Os 7 melhores momentos do Oscar 2024
Por Felipe Demartini • Editado por Durval Ramos |
Há mais no Oscar 2024 além da consagração de Oppenheimer, que levou sete prêmios incluindo o de Melhor Filme, e do belo discurso de Emma Stone após vencer como Melhor Atriz por Pobres Criaturas. A cerimônia mais prestigiada do cinema, como sempre, também traz seus momentos durante a entrega de estatuetas e a cerimônia em si, realizada neste domingo (10).
Ao contrário dos anos anteriores, ninguém saiu esbofeteado do palco, mas outras situações entraram para os anais da Academia. Afinal de contas, em um evento com muitas expectativas confirmadas e algumas surpresas, as conversas foram realmente dominadas por um cachorro e um boneco cantor. Caso você tenha perdido a entrega do Oscar 2024, vale a pena dar uma olhada em nossa lista de vencedores e, também, nos melhores momentos da premiação:
7. Messi dominando o cinema
Não dá para começar uma lista de destaques do Oscar 2024 sem falar de Messi, o cachorro que rouba a cena em Anatomia de uma Queda. Citado desde o início pelo apresentador Jimmy Kimmel, entre menções à greve dos roteiristas, atores e o perigo do uso da IA no cinema, o doguinho compareceu presencialmente à cerimônia, algo que já era esperado e comentando pelos fãs antes do evento.
Ele não só recebeu espaços, como também aplaudiu o colega Robert Downey Jr. (Vingadores: Ultimato), que venceu como melhor ator coadjuvante por Oppenheimer. Era aqui, aliás, que o próprio Messi também deveria ter sido indicado, pelo seu papel impressionante no filme.
O comparecimento do cachorro-ator, porém, foi gravado previamente, em uma escolha dos tutores para que ele não se incomodasse com os sons altos e os aplausos frequentes da cerimônia. Messi, ainda, fez o tour completo por Hollywood, com direito a marcar a estrela de Matt Damon (Perdido em Marte) na Calçada da Fama como sua, em um momento que não foi exibido pela criticada transmissão nacional do evento, pela TNT na TV fechada e Max, no streaming.
6. Muito mais que Ken
O momento mais esperado da noite, sem dúvida nenhuma, foi a apresentação de Ryan Gosling (La La Land: Cantando Estações), um dos concorrentes ao Oscar de melhor canção original por Barbie. E, assim como no filme, ele entregou tudo, com direito a interações com Emma Stone, vitoriosa na cerimônia por Pobres Criaturas, e participações especiais.
Os outros Kens do filme — Simu Liu (Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis), Kingsley Ben-Adir (Bob Marley: One Love) e Ncuti Gatwa (Doctor Who) — estavam lá, assim como o produtor Mark Ronson e ninguém menos do que Slash, o lendário guitarrista do Guns N' Roses. Com música, dança e muita luz rosa, eles garantiram que a gente vai passar mais algumas semanas cantando I’m Just Ken sem parar, mesmo com a música perdendo o Oscar para Billie Eilish, que também concorria por Barbie.
5. John Cena sem figurino
Falando em Ken, mais um intérprete do boneco foi o responsável por protagonizar outro momento divertido do Oscar 2024. Após Kimmel fazer menção a uma falha de segurança na cerimônia de 1974, quando um homem nu invadiu o palco correndo, John Cena (O Pacificador) “desistiu” em cima da hora de fazer o mesmo, mas ainda assim, teve de entrar no palco vestindo apenas sandálias.
Na sequência, apareceu com um figurino inspirado em Ariana Grande para entregar a estatueta para a equipe de Pobres Criaturas. A produção aconteceu durante o clipe que exibia os indicados, em mais uma mostra da agilidade da produção contratada pela Academia, que também foi homenageada no palco logo no início da cerimônia.
4. O Batman mandou lembranças
A união de Arnold Schwarzenegger (O Exterminador do Futuro) e Danny DeVito (It’s Always Sunny in Philadelphia) no palco do Oscar remetia automaticamente a Irmãos Gêmeos, um clássico da Sessão da Tarde que está prestes a ganhar sequência. Ao apresentarem o prêmio de melhores efeitos visuais do Oscar 2024, entretanto, eles entregaram um dos diálogos mais inspirados da noite ao lembrarem que ambos já haviam tentado matar o Batman.
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DeVito foi o Pinguim em Batman: O Retorno, enquanto Schwarzenegger interpretou o Senhor Frio em Batman e Robin. E, por mais que seu inimigo da época fosse George Clooney (Ingresso Para o Paraíso), ambos voltaram suas atenções para Michael Keaton (Birdman), que estava logo ali nas primeiras fileiras e, inclusive, voltou a interpretar o Homem-Morcego recentemente em The Flash.
3. A vitória de Godzilla
O carinho do público com a indicação de Godzilla Minus One ao prêmio de melhores efeitos especiais existiu desde o início. Além de ser um dos melhores longas do personagem, o filme também chamou a atenção pela festa que seus produtores fizeram em plena madrugada do Japão, quando veio a lista de nominados ao Oscar. Isso sem mencionar o marco que foi um longa com orçamento de apenas US$ 15 milhões batendo de frente com megaproduções que custavam dez vezes esse valor.
Eles compareceram ao tapete vermelho portando bonequinhos do lagartão e com sapatos inspirados no personagem. Depois, foram aplaudidos fortemente quando receberam o Oscar das mãos de DeVito e Schwarzenegger, fazendo história como a primeira produção de não-falante do inglês a receber o prêmio.
2. Amigos atores
O Oscar 2024 escolheu uma maneira bonita de entregar os prêmios aos atores do ano. Em vez do tradicional clipe de indicados, cinco vencedores anteriores subiram ao palco, a cada prêmio, para falar palavras bonitas sobre os concorrentes da noite, de forma que eles se sentissem homenageados mesmo que não vencessem.
Assim, também, fizemos um passeio pela história recente da premiação. Astros como Brendan Fraser (A Baleia), Ke Huy Quan (Tudo em Todo o Lugar Ao Mesmo Tempo), Tim Robbins (Um Sonho de Liberdade), Jennifer Lawrence (O Lado Bom da Vida) e Lupita Nyong’o (12 Anos de Escravidão) compareceram ao palco, em um jeito de entregar estatuetas que esperamos ver repetido no futuro.
1. Discrição antiguerra
Em um momento de convulsão política, o Oscar permaneceu quase quieto, conforme esperado. Ainda que Kimmel tenha dado uma resposta ao ex-presidente Donald Trump diretamente do palco, pouco se falou sobre a guerra em Gaza além dos broches vermelhos usados por muitos indicados e convidados, que pediam um cessar-fogo sem necessariamente citar nomes.
Mais direto, porém, foi o diretor Jonathan Glazer (Zona de Interesse), que criticou os ataques de Israel em Gaza ao receber o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro. Ele comparou a desumanização que vemos no longa ao que está acontecendo agora na região, recebendo aplausos de parte dos presentes na cerimônia do Oscar.
Já Mstyslav Chernov, que subiu ao palco para receber a estatueta de Melhor Documentário por 20 Dias em Mariupol, disse que gostaria de não ter feito o filme. Ele citou o registro realizado durante os primeiros dias da invasão da Rússia à Ucrânia e apontou o caráter do cinema como memorial, para que aqueles que deram e perderam suas vidas em conflitos desse tipo jamais sejam esquecidos.