Os 7 melhores momentos do Oscar 2024
Por Felipe Demartini • Editado por Durval Ramos |
Há mais no Oscar 2024 além da consagração de Oppenheimer, que levou sete prêmios incluindo o de Melhor Filme, e do belo discurso de Emma Stone após vencer como Melhor Atriz por Pobres Criaturas. A cerimônia mais prestigiada do cinema, como sempre, também traz seus momentos durante a entrega de estatuetas e a cerimônia em si, realizada neste domingo (10).
DeVito foi o Pinguim em Batman: O Retorno, enquanto Schwarzenegger interpretou o Senhor Frio em Batman e Robin. E, por mais que seu inimigo da época fosse George Clooney (Ingresso Para o Paraíso), ambos voltaram suas atenções para Michael Keaton (Birdman), que estava logo ali nas primeiras fileiras e, inclusive, voltou a interpretar o Homem-Morcego recentemente em The Flash.
3. A vitória de Godzilla
O carinho do público com a indicação de Godzilla Minus One ao prêmio de melhores efeitos especiais existiu desde o início. Além de ser um dos melhores longas do personagem, o filme também chamou a atenção pela festa que seus produtores fizeram em plena madrugada do Japão, quando veio a lista de nominados ao Oscar. Isso sem mencionar o marco que foi um longa com orçamento de apenas US$ 15 milhões batendo de frente com megaproduções que custavam dez vezes esse valor.
Eles compareceram ao tapete vermelho portando bonequinhos do lagartão e com sapatos inspirados no personagem. Depois, foram aplaudidos fortemente quando receberam o Oscar das mãos de DeVito e Schwarzenegger, fazendo história como a primeira produção de não-falante do inglês a receber o prêmio.
2. Amigos atores
O Oscar 2024 escolheu uma maneira bonita de entregar os prêmios aos atores do ano. Em vez do tradicional clipe de indicados, cinco vencedores anteriores subiram ao palco, a cada prêmio, para falar palavras bonitas sobre os concorrentes da noite, de forma que eles se sentissem homenageados mesmo que não vencessem.
Assim, também, fizemos um passeio pela história recente da premiação. Astros como Brendan Fraser (A Baleia), Ke Huy Quan (Tudo em Todo o Lugar Ao Mesmo Tempo), Tim Robbins (Um Sonho de Liberdade), Jennifer Lawrence (O Lado Bom da Vida) e Lupita Nyong’o (12 Anos de Escravidão) compareceram ao palco, em um jeito de entregar estatuetas que esperamos ver repetido no futuro.
1. Discrição antiguerra
Em um momento de convulsão política, o Oscar permaneceu quase quieto, conforme esperado. Ainda que Kimmel tenha dado uma resposta ao ex-presidente Donald Trump diretamente do palco, pouco se falou sobre a guerra em Gaza além dos broches vermelhos usados por muitos indicados e convidados, que pediam um cessar-fogo sem necessariamente citar nomes.
Mais direto, porém, foi o diretor Jonathan Glazer (Zona de Interesse), que criticou os ataques de Israel em Gaza ao receber o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro. Ele comparou a desumanização que vemos no longa ao que está acontecendo agora na região, recebendo aplausos de parte dos presentes na cerimônia do Oscar.
Já Mstyslav Chernov, que subiu ao palco para receber a estatueta de Melhor Documentário por 20 Dias em Mariupol, disse que gostaria de não ter feito o filme. Ele citou o registro realizado durante os primeiros dias da invasão da Rússia à Ucrânia e apontou o caráter do cinema como memorial, para que aqueles que deram e perderam suas vidas em conflitos desse tipo jamais sejam esquecidos.