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Barbie | 5 críticas sociais que o filme faz

Por| Editado por Jones Oliveira | 21 de Julho de 2023 às 15h05

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Warner Bros
Warner Bros

O filme da Barbie chegou aos cinemas trazendo uma trama divertida e recheada de críticas sociais. Dirigido por Greta Gerwig — atriz, diretora e roteirista conhecida por filmes de cunho feministas, como Lady Bird e Adoráveis Mulheres — a trama conta como a boneca de plástico perfeita sai da Barbielândia e vai parar no Mundo Real.

Abordando temas como patriarcado, machismo, assédio e ainda fazendo um breve recorte de raça, o longa conseguiu entregar um bom resultado em cena e também se destacou por retratar diferentes tipos de Barbie, desde a Presidente negra até a Advogada plus size.

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Com um roteiro afiado, escrito pela própria Gerwig junto de seu marido Noah Baumbach (História de um Casamento), as alfinetadas foram bem distribuídas ao longo da trama, de modo que o filme não ficou cansativo e nem militante demais. Pensando nisso, listamos as cinco melhores críticas sociais do filme e como elas se encaixam na história. Confira abaixo.

5. Crítica ao padrão de beleza

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Umas das primeiras críticas que aparece no filme é sobre o padrão de beleza irreal imposto às mulheres. Não é novidade que a Barbie sempre perpetuou um modelo de beleza quase inatingível com cabelos perfeitamente alinhados, corpo magérrimo com pernas torneadas e uma pele de plástico impecável.

No longa, assim que ela começa a ter pensamentos de morte, surgem os primeiros problemas de humano como a celulite nas coxas, algo tão comum nas mulheres, mas totalmente massacrado pela mídia e pelo machismo estrutural.

Avançando no filme, outra excelente cena acontece quando Barbie encontra uma senhora no ponto de ônibus. Já idosa, a mulher ostenta várias rugas e um cabelo branco bem penteado, mas ainda assim se acha bonita, contrariando também o que a sociedade pensa, já que estamos acostumados a achar que qualquer pessoa idosa é feia e não serve para mais nada.

4. Crítica à intolerância ao diferente

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Essa crítica até pode passar despercebida para os mais desatentos, mas também é um ótimo acerto do live action de Barbie. Uma das Barbies do filme é a Estranha (Kate McKinnon), uma boneca que foi rabiscada e maltratada por uma criança e, desse modo, tem o rosto meio desfigurado e o cabelo desgrenhado para os padrões da Barbielândia.

Acontece que ela é vista por todas as Barbies como “a diferente” e por isso vive meio isolada. Essa situação exemplifica como a nossa sociedade trata aqueles que não se encaixam no padrão esperado. Curiosamente, é justamente o fato de ser diferente que faz ela ser uma das poucas figuras de resistência quando a Barbielândia é tomada por forças opressoras.

3. Crítica ao branco salvador

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Outro momento que quase passa despercebido, mas é uma excelente alfinetada é quando a trama critica o complexo do branco salvador. O que é isso? É quando uma pessoa branca acredita que pode salvar outras não-brancas se colocando no meio da história como o herói da situação.

No longa, Glória — vivida pela atriz America Ferrera, que tem descendência hondurenha — gasta um bom tempo explicando uma determinada situação para, logo em seguida, a Barbie (Margot Robbie) sintetizar aquilo. Quando uma outra personagem diz que a boneca loira salvou todas as outras, uma terceira contradiz citando justamente esse complexo do branco salvador.

Apesar de rápida, a cena funciona muito bem e é importante ver esse recorte de raça retratado nas telas do cinema.

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2. Crítica ao patriarcado

Chegamos à principal críticado filme da Barbie: o patriarcado. O enredo do longa foca especialmente em mostrar como o Mundo Real — ao contrário da Barbielândia — é machista, misógino e agressivo com as mulheres.

Quando a Barbie sai do seu mundinho cor-de-rosa e tem que encarar a vida real, se depara com todo tipo de machismo possível: ela é assediada com um tapa nas bunda, intimidada com olhares que sexualizam o seu corpo e ainda se surpreende quando descobre que a Mattel, empresa responsável pela fabricação das bonecas, tem uma alta cúpula formada só por homens.

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Essas e outras situações são óbvias para quem assiste ao filme, mas servem para nos fazer enxergar (ainda mais) como o machismo suprime e massacra as mulheres.

1. Crítica ao mansplaining

Ainda falando em machismo, o filme retrata um comportamento tipicamente masculino: o mansplaining, que é quando um homem tenta explicar algo para uma mulher de maneira bem simples e rasa, como se ela não tivesse nenhum conhecimento daquilo. Geralmente isso acontece em assuntos que a mulher já domina, mas que o homem quer se colocar como especialista — ou seja, em uma posição superior.

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Em Barbie, as bonecas retratam isso quando, a fim de ridicularizarem os Kens e reverter uma certa situação, fazem com que eles lhes expliquem coisas óbvias como a trama de um filme ou como segurar uma raquete.

Bem trabalhado, esse momento do filme arranca boas risadas, e retrata com fidelidade essa prática tão abusiva.