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5 filmes cientificamente corretos em suas histórias

Por| Editado por Patricia Gnipper | 23 de Outubro de 2022 às 19h00

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Warner Bros/Paramount Pictures/20th Century Fox/Sony
Warner Bros/Paramount Pictures/20th Century Fox/Sony

Nem sempre os filmes científicos se mantêm fiéis aos conceitos e ideias nos quais foram inspirados, mas isso não significa que não existam produções cientificamente corretas. Há filmes fascinantes que acertam a mão na ciência por trás da trama e, nesta matéria, listamos 5 deles.

Melhores filmes científicos

Existem diferentes filmes cientificamente corretos, mas a maioria deles já não é tão recente, sendo que muitos não são facilmente encontrados em serviços de streaming. Mas prepare-se para os spoilers e relembre (ou descubra) alguns dos melhores filmes de ficção científica de todos os tempos, que especularam e abordaram conceitos da ciência com precisão:

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5. Contato

Este filme é inspirado no livro homônimo de Carl Sagan, um dos maiores cientistas do século XX. Contato aborda a história da Dra. Eleanor (ou apenas “Ellie”) Arroway, uma astrônoma que trabalha em um programa de busca por inteligência extraterrestre (“SETI”, na sigla em inglês). Quando o programa está prestes a ser encerrado, ela descobre uma transmissão vinda do sistema estelar Vega.

No filme, a transmissão é encontrada de forma parecida com a operação do projeto Phoenix, do Instituto SETI, que buscava sinais em estrelas individuais, como aconteceu no filme. E, assim como no filme, a cientista envolvida no trabalho era a astrônoma Jill Tarter. A personagem Ellie não foi diretamente baseada em Jill, mas certamente representou bem as experiências enfrentadas por mulheres em uma área tão dominada por homens.

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O filme traz belas imagens das antenas do radiotelescópio Very Large Array (VLA), no Novo México. Apesar de ter 27 antenas, o VLA tem área de coleta quatro vezes menor que aquela do Observatório de Arecibo, destruído em 2020. Portanto, ele é menos sensível e menor adequado para o trabalho em SETI — mas é bem fotogênico mesmo assim!

4. Impacto Profundo

Dirigido por Mimi Leder, Impacto Profundo revela o que poderia acontecer se um cometa fosse identificado em rota de colisão com a Terra. O objeto é descoberto por um astrônomo amador, e embora especialistas sejam consultados para buscar uma solução, eles concluem que nada pode ser feito.

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Mesmo hoje, ainda não há consenso sobre qual seria a melhor saída em uma situação do tipo — tanto que os personagens até tentam destruir o objeto, sem sucesso. Então, o filme passa a abordar como a humanidade lida com desastres, com cenas realistas de um possível impacto e de suas consequências na atmosfera, oceano e cidades.

Contudo, há alguns pequenos detalhes que poderiam ser mais verossímeis — por exemplo, a superfície do cometa é de cor clara, mas a maioria destes objetos é bastante escura. Além disso, a cena de abertura traz jovens astrônomos observando o céu e estudando mapas com lanternas de luz branca, sendo que a luz delas prejudica a adaptação dos olhos ao escuro.

3. Moon — O Outro Lado da Lua

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Dirigido por Duncan Jones, o filme Moon te leva para conhecer a história de Sam Bell, um funcionário da empresa Lunar Industries. Ele está trabalhando em uma estação no lado afastado da Lua, onde ocorre mineração do isótopo hélio-3. Ele está junto do robô GERTY, e a dupla segue na instalações aparentemente tranquilas. Mas, quando falta pouco para voltar à Terra, Sam começa a sofrer alucinações.

O filme impressionou a comunidade científica e, logo após seu lançamento, a NASA exibiu uma cópia dele durante palestras. Tom Jones, cientista planetário e astronauta da agência espacial que ajudou na consultoria para a produção, afirmou que o diretor acertou na representação do trabalho em uma estação, com tarefas repetitivas e poucas opções de entretenimento.

Outro aspecto interessante é que os modelos da superfície lunar usados no filme foram construídos com base no livro Full Moon, do fotógrafo Michael Light, que conta com imagens das missões do programa Apollo e fotos tiradas pela missão lunar Selene.

2. Interestelar

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É difícil relembrar filmes que retratam conceitos científicos com precisão sem citar Interestelar. Dirigida por Christopher Nolan, a sequência traz a história de Joe Cooper, um ex-astronauta que tenta viver como fazendeiro na Terra em um futuro com nosso planeta se tornando um deserto árido. Cooper é recrutado em uma missão, em que terá que atravessar um buraco de minhoca para buscar planetas habitáveis.

Não se sabe se estes objetos existem, mas eles são previstos pela Teoria da Relatividade Geral. Além disso, para descobrir como representar o que há além do horizonte de eventos de um buraco negro, Nolan contou com Kip Thorne, laureado com o Nobel de Física de 2017. Enquanto consultor científico, ele ajudou a equipe do filme a produzir um buraco negro científicamente plausível com base no que se sabe sobre eles até o momento.

Em uma parte do filme, os personagens ficam bastante próximos de Gargantua, o buraco negro fictício da sequência. Para Roberto Trotta, astrofísico do Imperial College London, o esperado era que eles acabassem mortos pela radiação emitida pelo disco de matéria ao redor de Gargantua, ou que ao menos fossem “espaguetificados” pela gravidade extrema dele.

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1. Perdido em Marte

Considerado um dos filmes mais realísticos da temática espacial, Perdido em Marte traz a história de Mark Watney, um botânico que acaba preso em Marte após um acidente ocorrido durante uma missão no planeta. O filme foi dirigido por Ridley Scott, e é baseado no livro homônimo de Andy Weir.

Na época, Scott pediu a profissionais da NASA que analisassem o filme para garantir que tudo estava cientificamente certo. Pois bem, um dos melhores aspectos factuais do filme está nas mecânicas orbitais, que representam com precisão os oito meses de viagem até o planeta com a tecnologia atual.

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Além disso, o filme se destaca também pela engenhosidade de Watney, que consegue cultivar batatas no solo marciano — o que talvez seria possível, apesar de estudos indicarem que as características do planeta não permitiriam que a ideia desse certo. Entretanto, as tempestades de poeira em Marte não teriam energia suficiente para empurrar grandes objetos, como aparece no filme e no livro.