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1 ano de PS5 e Xbox Series X|S: qual é o melhor até agora?

Por| Editado por Bruna Penilhas | 19 de Novembro de 2021 às 13h30

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1 ano de PS5 e Xbox Series X|S: qual é o melhor até agora?
1 ano de PS5 e Xbox Series X|S: qual é o melhor até agora?

Pode até não parecer, mas um ano se passou desde que o PlayStation 5 e os novos Xbox Series S e X chegaram ao mercado. 12 meses após a estreia, ainda não é fácil encontrar um desses por aí. Os consoles continuam enfrentando uma escassez de estoque devido a crise dos semicondutores e, quando aparecem à venda no varejo brasileiro, outra barreira surge para trazer cautela ao consumidor: o preço.

Mesmo com duas reduções do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) aplicados a consoles no último ano, o PlayStation 5 não sai por menos de R$3.899,90 para a versão digital, sem leitor de disco, e R$4.399,90 para o modelo com com leitor Blu-ray Ultra HD. O valor sugerido pela Sony se aproxima ao cobrado pela Microsoft, que indica a venda do Xbox Series X a R$ 4.349. O Xbox Series S, modelo menos potente da nova geração da empresa e sem leitor de disco, teve sugestão de preço fixada em R$ 2.649 após a redução do imposto.

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Com valores que se aproximam de 4 salários mínimos no Brasil e a escassez de estoques, a nona geração de consoles vai chegando a passos lentos, à medida que Microsoft e Sony elaboram estratégias para mitigar os problemas. A Sony resolveu apostar em lançamentos de títulos exclusivos da nova geração, enquanto a Microsoft ampliou o alcance dos serviços Xbox Game Pass e Xbox Cloud Gaming .

Passado um ano da nova geração de videogames, o Canaltech analisou o que deu certo e o que deu errado para o PlayStation 5, Xbox Series X e Xbox Series S até então. Se você está pensando em comprar um desses consoles, este é um guia para ajudar a decidir qual o melhor videogame para você.

Qual videogame é o mais potente?

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Tanto o PS5, como o Xbox Series X são capazes de gerar imagens a 8K e reproduzir jogos a 120 quadros por segundo (FPS). O aparelho da Microsoft é levemente mais potente do que o da Sony. Mas, durante o ano de lançamento, nenhum jogo foi capaz ainda de utilizar todo o poder das máquinas e exibir uma diferença significativa entre os consoles.

O Xbox Series X possui 12 TFLOPs de poder, 16 GB de memória GDDR6, processador de 8 núcleos a 3,8 GHz, além de um SSD NVMe de 1 TB de capacidade e 4,8 GB/s de velocidade. O videogame supera o PS5 em especificações, uma vez que a máquina da Sony vem equipada com 10,28 TFLOPs a 3,5 GHz, 16 GB de memória GDDR6 e 825 GB de armazenamento interno em um SSD customizado.

Já o Series S, versão que prioriza o custo-benefício na família Xbox Series, não liga tanto para jogos em resolução 4K e se preocupa mais com fluidez, agilidade no carregamento e mobilidade. O Series S processa imagens em até 1440p e 120 FPS, apresentando 10 GB de RAM, uma GPU AMD customizada de até 4 TFLOPs e o armazenamento com 512 GB no SSD.

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Sem espaço

Um dos maiores gargalos de hardware neste primeiro ano, foi o armazenamento interno. Com jogos cada vez mais elaborados e que ocupam mais espaço, o PS5 e Xbox Series S não comportam muitos títulos baixados ao mesmo tempo. O aparelho da Sony sai da fábrica com cerca de 650 GB livres, devido ao espaço ocupado pelo sistema. O Series S fica com menos de 500 GB disponíveis com a instalação do sistema.

Os números colocam os donos dessas máquinas para brincar de Tetris com a biblioteca de jogos. “O que instalar” e “o que apagar para baixar este lançamento” serão perguntas recorrentes para donos de PS5 e Xbox Series S. Somente Forza Horizon 5, por exemplo, demanda 110 GB de espaço dos consoles da Microsoft.

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Uma forma de amenizar o problema, adotado por Sony e Microsoft, é a tecnologia de compressão do SSD, que reduz o tamanho dos jogos. A velocidade de processamento das novas unidades de armazenamento permite que arquivos comprimidos sejam jogáveis, sem maiores problemas. A aplicação da tecnologia fez a versão de consoles de Deathloop, exclusivo temporário de PS5 nos consoles, cair de 25 GB para 17 GB com uma atualização.

Outra solução para o problema é a adoção de uma unidade de espaço extra. Tanto o PS5, como os Xbox Series, aceitam a ampliação do armazenamento interno com uma unidade acoplada aos consoles.

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Até é possível usar um HD externo para ler dados e alguns títulos nos videogames. No entanto, nenhum jogo de nova geração poderá ser instalado ou ter dados lidos a partir desse tipo de conexão. Isso porque o PS5 e os Xbox Series foram projetados para trabalharem com um SSD e aumentar esse tipo de espaço nos videogames é a opção mais indicada — e mais cara também.

Desde a atualização de outubro, o PlayStation 5 permite a instalação de memória SSD de terceiros, desde que eles sejam tipos determinados de SSD M.2, compatíveis com a máquina. O videogame aceita expansões até 4TB e as especificações de compatibilidade podem ser encontradas no blog de suporte PlayStation. Os dispositivos de espaço compatíveis custam de R$ 1.400 a R$ 3.800 no Brasil.

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Já as expansões de memória para os consoles da Microsoft geraram polêmica. A empresa resolveu criar uma porta especial de SSD NVMe nos novos Xbox, uma tecnologia proprietária da marca. A decisão fez com que apenas a Seagate fosse responsável pela fabricação dos cartões de armazenamento. A expansão de 2 TB da Seagate estreia em dezembro no exterior e ainda não tem data para chegar ao Brasil.

No quesito hardware, temos um empate entre PS5 e Xbox Series.

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Qual tem os melhores recursos?

Com a falta de estoque dos consoles em todo o mundo, diversos estúdios de jogos exclusivos e de grandes desenvolvedoras multiplataforma estão apostando em títulos crossgen. Ou seja, jogos que vão ter um desempenho excelente na nova geração, mas que ainda estarão disponíveis para o deleite dos donos de PlayStation 4 e Xbox One.

Mesmo a Sony, que possui um calendário de exclusivos mais constante, garantiu que trará seus dois maiores lançamentos de 2022, Horizon Forbidden West e God of War Ragnarök, para a antiga geração. Até mesmo Godfall, título de estreia do PS5, acabou chegando para PS4.

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A estratégia de manter aventuras rodando em consoles mais antigos ainda segura desenvolvedores que querem explorar as fronteiras de poder da nova geração. Com exceção de carregamentos mais rápidos nos dois aparelhos e no uso do áudio 3D no PlayStation 5, a nona geração ainda está tímida e não mostrou muito das mecânicas que esperamos ver no futuro.

A Sony ainda muito timidamente explora os recursos baseados no poder do SSD. O PS5 realmente tem telas de carregamento mais rápidas, mas outras funções, como o novo menu de ajuda, que fornece dicas em foto, texto e vídeo para passar de um desafio, ainda é mais ausente do que presente nos jogos que chegam à plataforma.

Além do menu de Ajuda, quem também aparece timidamente nos jogos é a função de viagem rápida. O PS5 exibe cards de missões de uma determinada aventura e permite que o jogador viaje instantaneamente para o momento daquele desafio. A função está habilitada em jogos da Sony, como Ratchet & Clank: Rift Apart e Marvel's Spider-Man: Miles Morales, mas desaparece em títulos desenvolvidos por estúdios multiplataforma.

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Entre as funcionalidades anunciadas no lançamento que estão empregadas, o destaque no Xbox Series é a presença do Quick Resume. O recurso permite que o jogador alterne entre jogos e retorne exatamente no lugar em que parou, instantaneamente.

Os consoles da Microsoft conseguem manter até três jogos abertos ao mesmo tempo na função. Vale citar, no entanto, que o Quick Resume não está ativo para todos os jogos e pode apresentar falhas, com jogos “resumidos” sendo fechados inesperadamente.

Ainda no Xbox, um recurso interessante é o Smart Delivery, que permite o upgrade gratuito de jogos comprados no Xbox One para as versões otimizadas para a nova geração. Depois de um ano, o recurso continua empregado, chegando a uma lista extensa de títulos. Para os exclusivos, a divisão Xbox garante o Smart Delivery. Já os estúdios multiplataforma podem optar se oferecem o recurso ou não, mas lançamentos como Far Cry 6 e Grand Theft Auto: The Trilogy – The Definitive Editionsão exemplos de jogos que beneficiam os jogadores com a atualização gratuita.

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Indo no caminho oposto da Microsoft, a Sony chegou a anunciar que os jogos de lançamento do PS5 seriam atualizados gratuitamente, quando comprados em um PS4. Por isso, os jogadores foram pegos de surpresa, quando a empresa japonesa divulgou que Horizon Forbidden West teria atualização paga para a nova geração.

Os fãs da marca pressionaram a Sony, que resolveu voltar atrás e garantir a atualização gratuita entre o PS4 e PS5. A decisão veio acompanhada da notícia que todos os futuros lançamentos da empresa, cobrarão US$ 10 do usuário pelo upgrade entre gerações.

No quesito recursos, o Xbox Series sai na frente.

Qual tem o melhor controle?

Entre todos os recursos do PS5, a novidade mais marcante foi a apresentação do controle DualSense. O controle chegou prometendo imersão nos jogos, graças a um feedback tátil dos gatilhos, que adaptam a resistência para simular a sensação de segurar uma determinada arma ou soltar uma magia.

O equipamento também apresenta pontos de vibração por todo o seu corpo, vibrando de forma mais compatível com a situação experienciada no game.

Em alguns casos, a proposta do controle de nova geração realmente funciona. Jogos da própria Sony, como Returnal, Deathloop e Astro’s Playroom são experiências que surpreendem e geram uma nova gama de sensações para o jogador. Outros muitos títulos, principalmente de estúdios multiplataforma, parecem ignorar as possibilidades da novidade.

A maior parte dos estúdios ainda deixam o DualSense de lado, salvo exceções que merecem nossa menção, como Resident Evil Village (Capcom), Control (Remedy), No Man's Sky (Hello Games) e Marvel's Avengers (Square Enix) — este último cujo uma das únicas coisas elogiáveis é a preocupação com a resposta tátil do controle.

Existem ainda os títulos que exageram no uso da tecnologia. Ratchet & Clank: Em Uma Outra Dimensão, por exemplo, exagera na vibração e deixa os gatilhos demasiadamente resistentes, deixando a experiência desagradável.

Não podemos deixar de citar os problemas com o controle do PS5. As primeiras versões do DualSense, que acompanharam os primeiros lotes do videogame, são realmente sensíveis e podem apresentar defeitos em poucos meses. Em minha experiência pessoal, troquei duas vezes o meu DualSense com o suporte técnico da Sony. Meu primeiro modelo afrouxou os gatilhos adaptáveis e o segundo apresentou defeito em um dos direcionais. Nas duas ocasiões, a Sony me enviou um novo controle.

Apesar dos problemas, quando o assunto é controle, o PS5 sai na frente. Comparada a todas as novidades do DualSense, os controles do Xbox Series avançam pouco em relação ao que vimos no Xbox One. Entretanto, o joystick da Microsoft ainda é excelente e o favorito de muitos jogadores.

Entre as novidades do acessório do Series, temos gatilhos e botões texturizados, botões direcionais híbridos e mais confortáveis e uma maior duração da autonomia de pilha, perceptível após algumas muitas horas jogando sem precisar levantar do sofá para trocá-las.

No quesito controle, temos uma vitória do PS5, mas com ressalvas.

Qual tem os melhores jogos?

A biblioteca de exclusivos sempre foi um fator que interessou e vendeu um videogame para o consumidor. Muitos jogadores compraram um PS4 para jogar The Last of Us ou God of War (2018). Quem gosta de games de corrida, geralmente opta por um Xbox para aproveitar a franquia Forza, embora a Sony tenha Gran Turismo.

Os exclusivos ainda são um grande fator de venda de consoles, mas, aos poucos, Sony e Microsoft estão subvertendo essa lógica e indo para diferentes caminhos. A empresa dona da PlayStation, por exemplo, quebrou uma parede que parecia de concreto e está trazendo jogos próprios para o PC.

Horizon Zero Dawn, Days Gone e Uncharted 4: A Thief's End foram disponibilizados para computadores anos após o lançamento no PS4, mas chegaram e se tornaram inevitavelmente uma opção e uma dúvida: será que a Sony trará ainda mais exclusivos para outras plataformas? God of War (2018) é o próximo lançamento confirmado, com estreia marcada para o início de 2022.

Já a Microsoft anda apostando em serviços, algo que foi iniciado nos últimos anos do Xbox One. Durante a nova geração, a empresa acelerou o passo da jogatina na nuvem com a expansão do xCloud, agora chamado de Xbox Cloud Gaming. O serviço executa um jogo em um Xbox Series X dentro de um data center da Microsoft e transmite a jogatina, via internet, para celulares, tablets e PCs. A promessa da empresa verde é ainda trazer jogos da nova geração para o Xbox One via nuvem no futuro.

O futuro da estratégia de Sony e Microsoft ainda é incerto. Olhando apenas para os exclusivos lançados neste primeiro ano, a Sony parece tomar uma clara vantagem. O lançamento do PS5 veio acompanhado de títulos como Marvel’s Spider-Man: Miles Morales, Demon’s Souls Remake, Sackboy: A Big Adventure, Bugsnax e Astro’s Playroom. Em um ano, a empresa japonesa ainda lançou Returnal, Ratchet & Clank: Rift Apart, Ghost of Tsushima: Director's Cut, Final Fantasy VII Remake: Intergrade e o exclusivo temporário Deathloop.

A comparação com a Microsoft nesse quesito parece até injusta. Entre os lançamentos de estúdios da empresa, apenas um “vendedor de consoles” chegou ao Xbox Series em um ano: Forza Horizon 5. Também vale a menção da versão de consoles do querido Microsoft Flight Simulator.

Um dos grandes títulos da empresa, Halo Infinite, foi prometido como jogo de lançamento do Xbox Series, com direito a imagem do jogo na caixa do console, mas foi adiado e só chega aos jogadores passados 12 meses, em 8 de dezembro. O multiplayer já está disponível em fase beta, mas a campanha ficará para o lançamento.

Os adiamentos também acertaram a Sony. Horizon Forbidden West e God of War Ragnarok foram prometidos para o primeiro ano do PS5, mas acabaram adiados para 2022, devido a atrasos causados pela pandemia de covid-19.

O ponto para esse quesito vai para a Sony, mas a grande verdade é que quem ainda é dono de um PS4, Xbox One ou PC, não perdeu muito da nova geração neste primeiro ano, além de dois ou três jogos de peso.

Qual tem os melhores serviços?

Quando o assunto é serviço, a Microsoft coloca a Sony para suar. Se você acompanha um pouco da indústria de videogames, deve conhecer o Xbox Game Pass, serviço que confere acesso a uma biblioteca de mais de 100 jogos para os assinantes. Por R$ 44,99 por mês é possível jogar lançamentos, jogos exclusivos e o catálogo do EA Play com a versão Ultimate do serviço.

Se o Xbox não recebeu muitos exclusivos nestes 12 meses, a Microsoft trouxe muitos benefícios para solidificar o Game Pass. A compra da Bethesda trouxe ao catálogo jogos de franquias consagradas como The Elder Scrolls, DOOM, Fallout, Dishonored e Wolfenstein. Um contrato com a Humble Games fechou o lançamento de títulos da distribuidora, incluindo os brasileiros Dodgeball Academia e UNSIGHTED, direto no Game Pass. Já o acordo com a EA Play continua disponibilizando jogos novos da empresa para assinantes na assinatura Ultimate.

Muitos desses jogos podem ser jogados diretamente do celular via nuvem. Neste ano, a Microsoft lançou no Brasil o Xbox Cloud Gaming. O novo serviço permite que usuários joguem mais de 250 títulos presentes no ecossistema do Xbox em diversos dispositivos através da nuvem, sem a necessidade de terem um videogame ou um PC gamer. O acesso aos jogos da nuvem foi incluído como benefício da assinatura Ultimate do Game Pass.

Levando em consideração todas as vantagens, assinar o serviço da Microsoft é um ótimo negócio. E ainda durante essa troca de gerações, é possível assinar o Game Pass por um ano, por R$ 200.

Do outro lado, a Sony parece não estar interessada em investir em serviços. Durante o lançamento do PS5, a empresa aumentou para três o número de jogos ofertados a assinantes do serviço PS Plus, que dá acesso a funcionalidades online nos consoles PlayStation,, armazenamento de dados na nuvem e mais. Os assinantes ganharam alguns títulos interessantes nos últimos 12 meses, como Final Fantasy VII Remake, Control e Bugsnax.

Um outro benefício foi adicionado para donos de PS5. A PS Plus Collection traz uma seleção de games do PS4, para quem desembarcou direto no PS5. Entre os jogos disponíveis, estão God of War (2018), inFAMOUS Second Son, Ratchet & Clank, The Last of Us Remastered, Until Dawn e outros.

No quesito serviços, está claro que os Xbox Series oferecem a melhor oferta.

Qual o melhor console de nova geração para comprar em 2021?

Com uma geração andando a passos lentos, quem não está em busca de exclusivos específicos da Sony, deve apostar no Xbox Series S. O console é o ideal para o jogador que deseja aproveitar carregamentos mais rápidos e lançamentos com melhorias pontuais de performance.

O preço mais amigável da versão menos parruda da nona geração não chega a exibir imagens 4K, mas compensa com acesso ao melhor serviço do mundo dos games atualmente. O Game Pass é eficaz na hora de evitar que o jogador gaste dinheiro com jogos, que chegam a R$ 300 atualmente. O catálogo ainda permite experimentar diversas aventuras, equilibrando jogos independentes como Unpacking, com fortes concorrentes a jogo do ano em 2021, como It Takes Two.

No fim das contas, cabe ao jogador saber o que procura na hora de garantir seu videogame. Se assinar um serviço com inúmeros títulos diferentes não for a sua praia, e o desejo for por jogar The Last of US e os jogos do Homem-Aranha, a escolha clara vai para o PS5.

No fim do dia, dá pra dizer que a Sony e a Microsoft não são concorrentes diretos com seus videogames. Neste primeiro ano de geração, cada uma das empresas apresentou investimentos e uma estratégia para tipos diferentes de jogadores.

Futuro do PS5 e Xbox Series X|S

Com uma crise de peças e falta de estoques em todo mundo, é improvável imaginar um cenário próximo em que Sony e Microsoft apostem em criar novas esteiras de produção, com versões revisadas ou "Pro" do PS5 ou Xbox Series X|S.

Rumores até surgiram em julho deste ano, sugerindo que a Sony poderia trabalhar em um novo modelo do PS5, com peças alternativas e disponíveis no mercado. Algumas mudanças pontuais, como troca de parafusos, foram feitas em novos lotes de PlayStation 5, mas nada significativo.

Versões novas, menores e com mais espaço interno seriam perfeitas para os consoles da nova geração. Mas é difícil se apegar essa ideia no momento, principalmente pelo alto custo gerado pelo lançamento do PS5 e Xbox Series X|S.

Nos dois consoles, Sony e Microsoft vendem o hardware a uma margem apertada comparada ao preço de produção, encarecido por peças como o SSD. O plano é posto em prática com esperança na aposta do lucro a partir da venda massiva de máquinas e principalmente da comercialização de serviços e jogos.

As companhias assumem uma faixa de prejuízo com a venda de consoles, como forma de segurar o preço para o consumidor final e garantir a entrada dos videogames em mercados emergentes, que consomem softwares por anos. Nesse cenário, em que as tecnologias que envolvem a nova geração ainda estão tão caras, é bom não esperar novos modelos de PS5 e Xbox Series X|S — pelo menos não tão cedo.

Futuro do PS5

No momento, a Sony está concentrada em reestruturar o time de estúdios com a compra da Housemarque e BluePoint, além de apostar no aumento de venda de jogos nos próximos anos. A empresa assistiu a um vitorioso final de geração com o PS4, lançando sucessos estrondosos como The Last of Us Parte II e Ghost of Tsushima, e agora quer prolongar o modelo de negócios, fortalecendo sua biblioteca de exclusivos. Provavelmente, veremos os títulos mais impressionantes chegando nos próximos anos. Alguns deles estão mais próximos, como God of War Ragnarök e Horizon Forbidden West.

Mas a verdade é que, no quesito exclusivos, ainda há muitos anos de vida tanto para o PlayStation 5 e Xbox Series X|S. Estamos apenas no começo, e a expectativa é que a qualidade gráfica dos jogos melhore aos poucos, conforme a geração anterior for, inevitavelmente, ficando no passado.

A empresa trabalha agora para trazer títulos para o PC, com a marca PlayStation PC, e para o mundo das adaptações. Além do filme de Uncharted e da série de The Last of Us na HBO, a japonesa tem pelo menos 10 projetos de filmes e séries baseados em jogos em andamento. As informações são do chefe da divisão PlayStation, Jim Ryan.

“Iremos fortalecer a experiência para a nossa comunidade por meio da colaboração com vários parceiros e também com a Sony Group. Uma dessas parcerias mais importantes é o nosso trabalho conjunto com a Sony Pictures para adaptar várias propriedades de jogos para filme ou série, sendo que 10 projetos já estão em estágios variados de desenvolvimento”, declarou Ryan em uma reunião com investidores.

Futuro do Xbox Series X|S

Enquanto a Sony aposta em fortalecer seus exclusivos, a Microsoft sonha em se tornar uma plataforma para desenvolvedores, estúdios e consumidores interessados em serviços. A companhia tem um desejo claro com a expansão do Xbox Cloud Gaming e do Xbox Game Pass de fidelizar uma grande base de jogadores com assinaturas e enfraquecer a ideia de comprar apenas um jogo por mês, por exemplo.

O objetivo da empresa é claro: expandir as opções de acesso para a comunidade. Recentemente, o Xbox One passou a rodar jogos de Series X|S via streaming, a partir de uma conexão com a internet. A novidade deve chegar em breve no Brasil.

Apesar da estratégia, a companhia também pretende continuar apostando em jogos exclusivos. Com a gigantesca aquisição da Bethesda, em setembro de 2020, a expectativa é que o Xbox Series X|S ganhe mais respeito quando o assunto é jogo próprio. Starfieldé um dos games mais aguardados de 2022, e é exclusivo de Xbox, com The Elder Scrolls VI também podendo entrar nessa lista. Ainda teremos o novo Fable, State of Decay 3 e Hellblade 2: Senua's Saga integrando um futuro bem promissor para o Xbox.