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Windows, Linux ou macOS? Qual o melhor sistema operacional para você?

Por| 08 de Novembro de 2019 às 11h20

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William Johnny
William Johnny

Ao contrário do que muita gente pensa, a escolha de um computador novo é muito mais complexa do que apenas ir à loja, sacar o cartão de crédito e voltar para casa com o produto na sacola. Talvez mais difícil ainda seja dar nova vida àquela máquina velhinha que já há algum tempo pede por socorro ou está guardada no fundo do armário sem muita serventia. Em ambos os casos, porém, vale o conselho de que é obrigatório o usuário saber quais são suas necessidades e qual finalidade dará ao equipamento.

Invariavalmente, essa análise passa pela escolha do sistema operacional. Afinal de contas, qual é o melhor e o que melhor atenderá suas necessidades? Windows, Linux ou macOS?

Partidarismo e fanatismo a parte, no artigo de hoje vamos falar dos pros e dos contras de cada uma dessas plataformas, mas sempre guiados pela necessidade do usuário doméstico, que utiliza o computador para consumir arquivos multimídia, navegar na internet, jogar e até mesmo executar alguns trabalhos, sejam eles acadêmicos ou profissionais. Com esse escopo definido, ficarão de fora desta matéria cenários corporativos, de infraestrutura e de sistemas embarcados, pois cada um desses, por si só, renderia uma matéria individual a parte.

Dito isso, vamos dar uma olhada nos três sistemas operacionais que dominam o mercado doméstico nos tempos atuais, apontando pontos positivos e negativos de cada um deles, além de indicar para quais cenários de uso/necessidade cada um é mais indicado.

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Do que você precisa?

Não é raro ouvir dos ditos especialistas que o Windows não presta, que o Linux é o sistema operacional mais seguro de todos e que o macOS, por ser da Apple, é caro demais. Todas essas afirmações são muito relativas e precisam ser muito, mas muito ponderadas pelo usuário na hora de comprar um computador novo ou optar por um novo sistema operacional para usar em um PC antigo, do contrário é quase certeza que você ficará insatisfeito com a escolha que os outros fizeram por você.

Portanto, vamos à pergunta que todo mundo deveria fazer a quem quer comprar um computador novo: do que você precisa?

Depois de definir muito bem para o quê você usará esse computador, é preciso pensar em quanto você está disposto a pagar e tentar equilibrar tudo na balança do custo-benefício para chegar à configuração ideal e que cabe no seu bolso.

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Fez isso? Então é importante saber de uma coisa: não existe sistema operacional perfeito. Quase sempre uma característica muito boa de um deles faltará no outro e vice-versa, por isso da importância de saber exatamente quais são suas expectativas com seu computador para entender o que Windows, Linux e macOS poderão oferecer e fazer por você

Leve em consideração o seguinte: embora muita gente reclame que o Windows é pago, a verdade é que na maioria das vezes o custo da licença vem "embutido" no valor do computador novo e dificilmente você terá de pagar por isso "por fora". O macOS, por sua vez, é gratuito, mas limitado aos Macs (falaremos do preço deles mais tarde). O Linux, finalmente, é totalmente grátis, independentemente de plataforma, mas pode carecer de alguns recursos que você precisa.

Sendo assim, a primeira análise a ser feita é esta daqui: se o seu orçamento está muito limitado, então provavelmente você se sentirá inclinado a ir de Windows ou Linux. Se o seu objetivo é trabalhar com produção de vídeo ou design gráfico, modelagem em 3D e afins, então um Mac pode valer o investimento.

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Claro, essa primeira explicação é muito simplista, mas serve para você ter em mente que é muito importante saber quais são as suas necessidades e do que você precisa.

Dito isso, vamos dar uma olhada no Windows, no Linux e no macOS individualmente para saber qual é o melhor sistema operacional para você.

Windows

Há muitos anos o Windows é o sistema operacional mais popular do mercado, atualmente estando instalado em cerca de 78% de todos os computadores do mundo. O número impressiona e, em partes, é consequência da política agressiva de adoção que a Microsoft preparou para o Windows 10 desde o seu lançamento em 2015.

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A ideia da companhia era oferecer o upgrade gratuito para o novo sistema a usuários do Windows 7 e Windows 8.1, o que por si só foi um baita incentivo. Além disso, o Windows 10 chegou com a promessa de corrigir todos os erros cometidos pelo Windows 8, entregar uma interface de usuário mais fluida e consistente, e ser o "último" Windows lançado pela Microsoft. Na prática, vimos que isso significou que o sistema se tornou um serviço e agora é atualizado periodicamente para receber novas funcionalidades, recursos, correções de segurança e afins — ou seja, você não tem de se preocupar com quando sairá o Windows 11 nem quanto ele custará.

Toda essa estratégia deu muito certo e hoje só o Windows 10 está instalado em nada menos que 800 milhões de computadores em todo o mundo. Por conta disso, para muita gente o sistema da Microsoft é a escolha mais óbvia de todas, mas essa mudança para software como serviço trouxe alguns probleminhas para a plataforma.

Para todos os gostos

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Dominar 90% do mercado de sistemas operacionais não é mera coincidência: para onde quer que você olhe, para o que você quiser fazer, há um computador com configuração e formato ideal com Windows instalado para você.

Por exemplo: já faz muito tempo que o sistema da Microsoft oferece suporte a telas sensíveis ao toque, uma funcionalidade que não é encontrada nos Macs da Apple. Além disso, praticamente todas as fabricantes de computadores e de peças fazem seus produtos com o Windows em mente. Na prática, isso significa que você vai achar por aí desde desktops full-tower até dispositivos do tamanho de um pendrive capazes de rodar o Windows — isso sem falar em aparelhos 2-em-1 que fazem as vezes de computador e tablet, bastando destacar o teclado da tela.

Não quer comprar um computador pronto, mas sim montá-lo peça por peça para deixá-lo exatamente como você quer? Não tem problema. Desde computadores básicos, com todos componentes embutidos na placa-mãe, até verdadeiros Transformers com quatro placas de vídeo e 10 dispositivos de armazenamento funcionando ao mesmo tempo, o Windows dá conta.

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Resumindo: não importa o que você queira fazer, nem como quer fazer, existirão componentes e máquinas compatíveis com Windows para você.

O lado negativo de toda essa flexibilidade é que colocar tudo isso para funcionar em perfeita harmonia pode ser desafiador e dar uma baita dor de cabeça em usuários que não têm tanta intimidade com hardware assim. Conflito de drivers, incompatibilidade de componentes... Esses e outros problemas podem acontecer, mas são contornáveis sobretudo se houver bastante pesquisa prévia.

Todavia, a verdade é que a grande maioria dos usuários que escolhem o Windows como sistema operacional acabam comprando desktops e notebooks montados, e esses equipamentos geralmente não oferecem grandes riscos de incompatibilidade por serem testados previamente pelo fabricante. Mesmo nesses casos, esteja preparado para lidar com alguns "imprevistos" que vêm com as atualizações constantes do Windows 10, desde drivers que param de funcionar até processadores pegando fogo.

Seu bolso é quem manda

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Outra característica do Windows é que ele é, digamos assim, democrático. Máquinas de fabricantes como Dell, Lenovo e a própria Microsoft podem custar tanto quanto um Mac, mas também é possível comprar computadores baratinhos que custam menos de R$ 800 — às custas do desempenho, claro. Se quiser gastar R$ 120 mil em algo superpoderoso para um fim específico, também é possível.

O lado negativo desse leque diverso de opções é que a qualidade será condizente com o quanto você está disposto a pagar em um PC com Windows. Em outras palavras: se você optar por pegar um PC de uma fabricante de renome, é quase garantido que você terá componentes de qualidade e suporte e garantia condizentes com o quanto pagou. Por outro lado, comprar uma máquina de baixo custo pode significar que você está abrindo mão de bons componentes, desempenho, configurações coerentes e uma boa rede de assistência técnica.

Independentemente da sua escolha, uma coisa é certa: por ser o sistema mais popular do mercado, o Windows é o que conta com mais aplicativos compatíveis. Esse é um fator determinante para muitos usuários, sobretudo aqueles que trabalham com aplicações bem específicas, como o Adobe Photoshop, Adobe Premiere, 3ds Max, Office e outros. Claro, há alternativas tanto no Linux quanto no macOS, mas quando você já está acostumado a trabalhar com um software específico, reaprender tudo do zero pode ser custoso e exigir tempo e esforço desnecessários.

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Tamanha oferta de aplicativos também gera um efeito colateral que pode afetar os mais desavisados: é fácil esbarrar em softwares de qualidade duvidosa e que oferecem risco à sua segurança. Embora a Microsoft já tenha tentado mitigar esse problema embarcando o básico Windows Defender no sistema e impondo um certo controle de qualidade aos apps publicados na Loja, a verdade é que o Windows continua sendo o alvo predileto de malwares, spywares e ransonwares, com larga vantagem em relação ao Linux e ao macOS.

Por conta disso, o Windows acabará exigindo mais sua atenção no quesito segurança. Apesar de o melhor remédio para se manter longe de problemas seja se manter bem informado e ser cauteloso, para muita gente acaba sendo mais cômodo adquirir um software antivírus ou antimalware mais completo. Se esse for o seu caso, prepare-se para ter esse custo de "manutenção" pelo menos anualmente.

Recursos de rede e jogos, muitos jogos

Hoje em dia todos os sistemas operacionais possuem recursos de rede, mas o Windows se destaca por não necessitar de praticamente nenhum software adicional seja para montar uma pequena rede doméstica ou até mesmo configurar um servidor multimídia para toda a casa. Em comparação com os demais sistemas, tudo isso é bem simples de ser feito e geralmente envolve apenas um ajuste aqui e outro acolá. Mas calma que há uma ressalva: antes de se empolgar demais com isso, primeiro certifique-se de estar com a versão Pro do Windows 10. Se não for o caso e você tiver a versão Home, então terá de investir dinheiro numa atualização.

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Se você não quer saber de nada disso e sua única preocupação é com jogos, então pronto, você achou o seu sistema operacional. O Windows é imbatível no suporte desde a jogos indies até jogos AAA. Pense em um jogo para PC e pode ter certeza: ele rodará no Windows sem precisar de nenhuma gambiarra.

A única divergência nesse assunto é se vale a pena montar um PC gamer ou investir em um console como o Xbox One ou PlayStation 4. A decisão dependerá, mais uma vez, da necessidade de cada usuário, mas é inegável que um computador com Windows pode ser personalizado com o visual e o poder de fogo que você quiser. Só esteja pronto para desembolsar.

Linux

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O Linux fez sua fama por ser um sistema operacional extremamente versátil, equipando desde minicomputadores como o Raspberry Pi até datacenters na nuvem, passando por dispositivos que estão no nosso cotidiano, como smart TVs, roteadores, termostatos e afins, sem que sequer desconfiemos. Mas e para o uso doméstico e pessoal? Como o sistema do pinguim se sai?

O principal diferencial do Linux em relação ao Windows e macOS é que ele é um sistema de código aberto. Por isso, ele pode ser modificado e aprimorado por qualquer pessoa que queira colaborar para o projeto ou fazer sua própria distribuição. É devido a essa característica que vemos o sistema ser implementado para tantos fins.

Código aberto

Essa característica atrai bastante a atenção de quem está alinhado com os ideais do software livre e busca opções que não são controladas pelas "garras" da Microsoft e da Apple. Fora a preferência política, essa escolha também pode ser motivada por motivos práticos, sobretudo quando há necessidade de personalizar o sistema para um propósito específico sem o engessamento imposto pelas grandes corporações.

Não é pirataria nem configura quebra de direitos autorais mexer nas "entranhas" do Linux, então está tudo bem você dar o propósito que quiser a ele. Há milhares de pessoas fazendo isso em todo o mundo neste instante, liberando versões do sistema chamadas de distribuições, cada qual destinada, focada ou especializada em executar algumas tarefas, desde as de uso geral, para quem quer apenas um sistema leve para navegar na internet; até as mais complexas, que podem dar conta de toda a infraestrutura de uma rede doméstica.

Distribuições para fins específicos

Se não ficou claro até aqui, vamos lá: não existe "o sistema operacional Linux", mas sim variantes do sistema chamadas de distribuições. Cada uma delas foi pensada, arquitetada e programada para um ou mais propósitos específicos.

Há, por exemplo, a OctoPi, uma distribuição feita para Raspberry Pi e com foco no gerenciamento de impressoras 3D; além da Raspbian, uma variante do Debian que pode ser instalada no Raspberry Pi para diferentes propósitos, como a emulação de jogos com o auxílio do RetroPie e do RetroArch. Falando especificamente de distribuições voltadas para desktops, há o famoso Ubuntu, que conta com uma comunidade gigantesca e serve aos mais diferentes propósitos, e o Linux Mint, que se apresenta como a distribuição mais amigável para quem está migrando do Windows e macOS para o Linux.

E isso não é por acaso. Por anos o Linux foi visto como um sistema operacional inacessível ao usuário comum e restrito ao público nerd, digamos assim. Muito dessa percepção está associada às antigas distribuições que funcionavam na base da interface textual, com tela preta e texto verde. Mas de um tempo para cá temos visto ótimas interfaces gráficas sendo implementadas por essas distribuições que têm como objetivo atender o público geral. No caso do Linux Mint, mesmo quem nunca utilizou Linux na vida se sentirá familiarizado com o sistema por ele possuir um menu iniciar e trazer uma interface que se assemelha bastante ao Explorador de Arquivos do Windows e o Finder do macOS.

Ao contrário do que muita gente pode pensar, essa pulverização das distribuições não traz nenhum risco ao usuário. A bem da verdade, o Linux é consideravelmente mais seguro que seus dois concorrentes, mas isso não significa que ele não tem falhas de segurança. Os malwares, brechas de segurança, backdoors e exploits existem na plataforma, mas com cerca de apenas 2% do mercado de sistemas operacionais, a plataforma acaba não sendo tão "rentável" ou "atraente" para os cibercriminosos. Então pode ficar sossegado em relação a isso.

Se você estiver em busca de um computador novo com Linux instalado de fábrica, são poucas as opções disponíveis no varejo. Das grandes marcas, praticamente apenas a Dell comercializa desktops e notebooks com Ubuntu instalado. Na maioria das vezes, entretanto, os usuários escolhem dar nova vida a um computador usado/antigo instalando uma distro. Por exigir menos do hardware do computador que qualquer versão do Windows, o Linux faz muito bem o papel de "levanta defuntos", dando um novo propósito a essas máquinas. Se você tem algum computador nesse estado, dê uma chance ao bichinho e ao Linux: o processo de instalação é bem simples e na maioria dos casos envolve apenas o download e cópia dos arquivos de instalação em um pendrive. O proceso tende a ser muito simples, não levando nem uma hora, e com tudo muito bem documentado e explicado no site da distribuição. Tudo o que você tem a fazer é encontrar a distro ideal para você.

Mão na massa

Apesar da facilidade em instalar uma distribuição Linux no computador, se você for marinheiro de primeira viagem pode se ver perdido sem encontrar os aplicativos que estava acostumado a usar no Windows ou no macOS. Photoshop, Premiere, 3ds Studio e até o Office (neste caso, há o Office 365 na nuvem, mas ele não tem os mesmos recursos que a versão desktop) não estão disponíveis na plataforma. Mas não se desespere, pois há alternativas que oferecem funcionalidades e recursos semelhantes para praticamente todos os softwares que você conhece.

GIMP, PiTiVi, Blender e LibreOffice são algumas ótimas opções (todas grátis e de código aberto) para esses programas, mas que podem não conter todos os recursos que o usuário está acostumado. Uma alternativa, então, seria recorrer ao WINE ou ao CrossOver, que aplicam uma camada de compatibilidade para rodar apps Windows no Linux. Em ambos os casos, porém, você terá de gastar algum tempo ou se ajustando às alternativas ou buscando uma solução que atenda as suas necessidades — e isso definitivamente deve ser colocado na balança na hora de decidir por um sistema operacional.

Algo semelhante pode ocorrer com os drivers para os componentes do seu computador. Embora a maioria das fabricantes já disponibilize versões oficiais de seus drivers para o Linux, normalmente eles não são instalados automaticamente e você terá de buscá-los por conta própria. E nessa busca é provável que você esbarre não só nas versões oficiais, mas também em alternativas de código aberto feitas pela comunidade. Encontrar a ideal para manter todo o conjunto funcionando adequadamente pode ser um desafio, sobretudo se o computador for mais parrudo e personalizado, montado do zero, peça por peça.

Falando em computador parrudo, se o seu objetivo for montar um PC gamer com Linux, é bom ficar atento. Embora ultimamente tenha havido alguns esforços para trazer bons títulos para o sistema, a verdade é que tanto ele quanto o macOS estão anos luz atrás do Windows na oferta de games. Portanto, vale a pena investigar se aquele jogo que você quer curtir no PC é compatível com a distribuição que você adotou/está pensando em adotar — ou esperar pela popularização dos jogos por streaming, que deve ganhar bastante força com o lançamento do Stadia.

macOS

Consistente é um adjetivo que define bem o macOS. Por mais de 30 anos, o sistema operacional da Apple tem permanecido essencialmente o mesmo. Basta comparar o sistema original lançado em 1984 e o que temos hoje no macOS Catalina para constatar as semelhanças: o sistema de arquivos é o mesmo; o barra de menu parece a mesma; e até a lixeira é praticamente idêntica. Obviamente, hoje temos uma interface de usuário muito mais rica, bem definida e colorida, mas é flagrante que as diretrizes de design de três décadas atrás ainda influenciam bastante o sistema.

E esse nível de consistência não se aplica apenas à interface visual do macOS, não. No background, o sistema conseguiu se manter estável e seguro mesmo com todas as evoluções pelas quais a plataforma da Apple passou em todos esses anos, saindo dos processadores 68000 para os PowerPCs até os atuais chips da Intel — e em breve os chips da própria marca. Para o usuário, entretanto, tudo continuou como sempre foi, com praticamente nenhuma mudança de paradigma como a que afetou os usuários do Windows 7 para o Windows 8, e depois para o Windows 10, por exemplo.

Isso também contribuiu para que o macOS seja um dos sistemas mais seguros da atualidade, mantendo-se relativamente longe da atenção de malwares e outras ameaças. Ultimamente, porém, ele tem crescido em popularidade e tem sido um dos mais visados por golpes de carteiras de criptomoedas.

É caro? Não exatamente

Essa continuidade e consistência do macOS estão intimamente relacionadas à decisão da Apple de manter o sistema atrelado única e exclusivamente aos Macs. Diferentemente do que acontece com o Windows, que está disponível para praticamente toda e qualquer plataforma computacional, o macOS só funciona em hardware da Apple. Claro, há os chamados Hackintosh, mas eles exigem muito trabalho, esforço e recursos para funcionarem corretamente — o que acabaria rendendo um artigo a parte.

Por conta dessa decisão, criou-se a impressão de que comprar um Macintosh é muito mais caro que um PC. Essa afirmação é muito relativa, já que o computador de R$ 800 que falamos anteriormente tem especificações e propósitos muito, mas muito diferentes de um Mac. Para tornar esse comparativo justo, é preciso comparar as máquinas da Apple com PCs de configurações no mínimo semelhantes — então, o correto é colocá-lo lado a lado com um SurfaceBook ou um Lenovo ThinkPad X1 Carbon, por exemplo. Aqui, os preços se equiparam e temos a noção exata de que, no fim das contas, um MacBook pode não ser tão caro assim se você precisar de um equipamento com esse poder de fogo.

Se mesmo assim você ainda tiver a percepção de que os Macs realmente são caros, então vale uma outra abordagem: a IBM divulgou há alguns anos os motivos que a fizeram mudar as estações de trabalho de desktops para Macs. Indo para a ponta do lápis, a Big Blue descobriu que, num período de quatro anos, manter um Mac custa até US$ 543 menos que um PC — para o balanço financeiro da companhia, isso representou uma economia de mais de US$ 54 milhões.

Para nós, usuários domésticos, sobretudo os mais atentos e cuidadosos, isso significa não ter de se preocupar em contratar todo ano uma solução antivírus, ter de levar o equipamento na assistência técnica e afins.

Facilidade de uso

Quem tem um Mac sempre se gaba de que o macOS é muito fácil de instalar, atualizar e usar. Diferentemente do que acontece com o Windows, as atualizações do sistema são mais consistentes — e quando causam problemas, eles passam longe da incompatibilidade de hardware e/ou softwares que deixaram de funcionar. Com várias versões beta de testes disponibilizadas para o público antes do lançamento oficial, normalmente o sistema chega para todos redondinho e, quando muito, com algumas arestas a serem aparadas.

Fora isso, o macOS conta com uma boa variedade de programas gratuitos muito competentes já inclusos, livrando você de ter de adquirir uma licença. Tem o GarageBand para quem mexe com som, o processador de texto Pages, o software de planilhas Numbers e o de apresentações Keynote. Se você trabalha com edição de vídeo, também tem o iMovie. Se nenhum desses atender suas necessidades, há aplicações pagas, como a suíte do Microsoft Office e o excelente Final Cut Pro X, que custa uma pequena fortuna, mas atende com folga todos os profissionais de vídeo.

Se você tiver um iPhone e/ou um iPad, então poderá usufruir ainda mais do macOS. O sistema é estreitamente integrado ao iOS, sendo possível até mesmo compartilhar a área de transferência de um com o outro sem qualquer dificuldade. Quer que as fotos que você fez no seu gadget vão direto para o seu computador? Também dá para fazer sem o auxílio de nenhum intermediário.

3-em-1

De um jeito diferente do Windows, o macOS também é muito flexível. Restrito ao seu mundinho, o sistema da Apple é capaz de rodar tranquilamente ao lado de máquinas virtualizadas com Windows e Linux. Claro, isso tem um custo: seu Mac deve estar equipado pelo menos com um Core i5, bons 16 GB de RAM e SSD em vez de um disco rígido.

Saber previamente se você terá essa necessidade é importante porque no futuro você não conseguirá fazer um upgrade no seu Mac. É verdade que os Mac mini lançados a partir de 2018 permitem adicionar mais memória RAM, mas a facilidade de fazer isso está bem longe do que vemos nos PCs e exigirá que você leve a sua máquina até um técnico especializado. Por conta disso, em linhas gerais, o Mac que você adquirir é o Mac que você terá até decidir trocá-lo por outro equipamento, exigindo um planejamento ainda maior da sua parte.

Em todo caso, a questão é que, dependendo das configurações do seu Mac, ele conseguirá rodar satisfatoriamente não apenas o macOS, mas também Windows e Linux. Com isso vêm todos os benefícios de ter acesso às aplicações das três plataformas em um só lugar, algo impensável em qualquer um dos outros dois.

Mas tome cuidado para não se enganar: embora isso seja muito atraente, o custo é alto, sobretudo se você se vir utilizando mais apps do Windows ou do Linux. Se for esse o caso, no fim das contas talvez valha mais a pena gastar menos dinheiro em um PC.

Qual o melhor sistema operacional para você?

Alguns anos atrás Windows, Linux e macOS eram muito diferentes entre si e isso acabou contribuindo para as guerrinhas que vemos por aí até hoje. Atualmente, ainda bem, escolher um desses sistemas operacionais é basicamente questão de preferência. Em linhas gerais, tudo que você faz em um, consegue fazer no outro. O que muda é o esforço e o tempo gastos para se acostumar à interface, aos aplicativos, aos recursos e assim por diante.

Embora a decisão final caiba a você, há alguns cenários em que você pode se ver inserido e que um desses sistemas operacionais se sobressai em relação aos outros. São eles:

  • Se o seu PC é antigo e você não quer abrir mão de novos recursos, escolha o Linux
  • Se você quer escolher a dedo as configurações do seu PC sem se preocupar com compatibilidade, escolha o Windows
  • Se você quer rodar apps do Windows, Linux e macOS em uma mesma máquina, escolha o macOS
  • Se você quer integração completa do seu sistema com o seu dispositivo móvel (e ele é um iGadget), escolha o macOS
  • Se você quer um computador básico e barato, escolha o Windows ou o Linux (para melhor desempenho)
  • Se você quer voltar a usar um computador antigo que está guardado, escolha o Linux
  • Se você quer jogar os games mais recentes, escolha o Windows

E aí, qual é o melhor sistema operacional para você? Conta para gente nos comentários e compartilhe conosco o porquê.