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Lançamentos mais marcantes de 2021

Por| Editado por Wallace Moté | 23 de Dezembro de 2021 às 16h00

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Divulgação/Samsung
Divulgação/Samsung

O ano de 2021 marcou negativamente a indústria da tecnologia, que não apenas precisou lidar com as consequências causadas pela pandemia de covid-19, como também sofreu fortemente com a escassez de semicondutores. Não eram raras as notícias de que certas fabricantes foram obrigadas a parar de produzir determinados produtos pela falta de chips, ou do aumento absurdo de preços que dispositivos com baixo estoque apresentaram.

Apesar dos pesares, o ano também foi marcado pela estreia de produtos únicos nos mais variados segmentos, com destaque para a evolução dos dobráveis, novas tecnologias de tela que prometem rivalizar o aclamado OLED, e a estreia de processadores híbridos em desktops. Antes de entrarmos em 2022, que promete trazer um número ainda maior de inovações, vamos relembrar alguns dos lançamentos mais marcantes de 2021.

Samsung Galaxy Z Fold 3 é a melhor experiência dobrável

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Apesar de não ter sido a primeira fabricante a lançar um celular dobrável, conquista que cabe à Royole, a Samsung está sendo a responsável por popularizar o novo formato que promete reinventar a indústria dos smartphones. Com o Galaxy Z Fold 3, a gigante sul-coreana chega à sua terceira geração, refinando a fórmula a ponto de tornar o aparelho polido o suficiente para ser uma opção realmente apropriada para o uso diário.

O mais recente dobrável em formato "Fold" da empresa trouxe hardware potente, com Snapdragon 888, 12 GB de RAM e até 512 GB de armazenamento, além de telas interna e externa com taxa de atualização de 120 Hz, câmera tripla de 12 MP, bateria modesta de 4.400 mAh com carregamento rápido de 25 W, ampla lista de conexões como Wi-Fi 6E e Bluetooth 5.2, e Android 11 sob a One UI 3.1.1, com otimizações para o display flexível.

Os destaques, no entanto, estão nos departamentos da construção, câmera de selfies e acessórios — o Samsung Galaxy Z Fold 3 é o primeiro dobrável do mercado a conquistar certificação IPX8 de resistência à água, conseguindo sobreviver a mergulhos graças a uma combinação de métodos engenhosos que incluem proteção emborrachada e proteção contra corrosão em áreas sensíveis.

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O modelo também é o primeiro celular da Samsung a trazer uma câmera sob o display que, apesar de não ter o refinamento de rivais como o Mi Mix 4 ou o ZTE Axon 30, cumpre o papel de oferecer maior imersão à tela dobrável. Por fim, o dispositivo luta para conquistar um espaço entre os fãs da extinta família Galaxy Note e estreia o suporte à S Pen, em uma versão especial com ponta macia retrátil para preservar a tela.

Vale também a menção ao Oppo Find N, primeiro dobrável da marca com formato tradicional de smartphone e tamanho compacto, capaz de rivalizar com o Galaxy Z Fold 3, mas que segue exclusivo da China.

Samsung Galaxy Watch 4 revive dispositivos vestíveis para Android

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A ideia de acessórios inteligentes que dão acesso rápido às mais variadas funções não é nova, mas ganhou força na última década, conforme a tecnologia evoluía. O destaque vai para os smartwatches, que tentam materializar a ideia de um dispositivo inteligente que permite a realização de chamadas, o acompanhamento de dados de saúde e diversas outras funções robustas diretamente do pulso, em um formato dos clássicos relógios.

Enquanto a Apple conseguiu se consolidar com seu Apple Watch, hoje em sua oitava geração, com fluidez e uma integração completa com o iOS e o ecossistema da marca, o Google e o Android sofreram para encontrar um caminho semelhante. A iniciativa da gigante das buscas começou com o Android Wear e, após um período problemático, ganhou novo fôlego com a concepção do Wear OS, que acabou sofrendo um destino semelhante.

A empresa não desistiu do mercado de vestíveis, no entanto, e uniu forças com a Samsung neste ano para conceber o Wear OS 3, que une a vasta biblioteca da Play Store e os populares apps Google com o hardware encorpado e as funções avançadas de saúde do Tizen OS da Samsung. O primeiro fruto da colaboração foi o Samsung Galaxy Watch 4, tido pela crítica como o melhor smartwatch para usuários Android, ainda que esteja longe de ser perfeito.

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O relógio inteligente da gigante sul-coreana foi o primeiro a ser equipado com um processador de 5 nm, o Exynos W920, e trouxe um conjunto atraente de especificações, que inclui ainda 1,5 GB de RAM, 16 GB de armazenamento, speaker para reprodução de músicas e ligações, tela AMOLED com alta resolução e quatro tamanhos diferentes com duas versões, o esportivo Galaxy Watch 4 e o elegante Galaxy Watch 4 Classic.

Foi nas funcionalidades que o dispositivo mais se destacou, por oferecer apps como YouTube Music e Google Maps em uma experiência completa, além de contar com uma infinidade de sensores de saúde, com leitor de batimentos cardíacos, Eletrocardiograma (ECG) e a inédita Análise de Impedância Bioelétrica (BIA), que utiliza pulsos elétricos para calcular a composição corporal do usuário.

Intel Alder Lake trouxe chips híbridos aos desktops

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No ramo de hardware, ainda que a AMD tenha conquistado a atenção dos jogadores com a família Ryzen 5000, a Intel foi a responsável pela mudança mais radical com a estreia da 12ª geração de processadores Alder Lake, como resposta ao cenário mais competitivo.

Além de estrear a aguardada litografia de 10 nm da empresa nos desktops, a linha de chips foi a primeira baseada na arquitetura x86 a adotar amplamente o design híbrido, com a combinação de núcleos de alto desempenho e núcleos de baixo consumo, depois do projeto experimental com a família Lakefield.

As CPUs combinam os chamados P-Cores (Performance Cores), da geração Golden Cove, com os E-Cores (Efficient Cores), da geração Gracemont, distribuindo tarefas para que o conjunto de alto desempenho atinja melhor performance enquanto o grupo de baixo consumo lida com processamento em segundo plano.

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Para garantir que esse balanço funcione de maneira adequada, os componentes utilizam otimizações do Windows 11 e o Intel Thread Director, camada de hardware que conversa com a CPU e o sistema operacional. A combinação chega a um total de 16 núcleos e 24 threads no Core i9 12900K, sendo 8 P-Cores com Hyper-Threading e 8 E-Cores.

Como os vazamentos sugeriam, a aposta foi acertada, e a arquitetura híbrida possibilitou aos processadores competirem com rivais de patamares mais elevados: em determinados cenários, o i9 12900K entrega desempenho próximo ao do Ryzen 9 5950X, enquanto o i7 12700K rivaliza com o Ryzen 9 5900X. O destaque, no entanto, vai para o i5 12600K, que encosta no Ryzen 7 5800X.

A 12ª geração da Intel também inaugurou tecnologias como as memórias DDR5, com mais do dobro das velocidades dos módulos DDR4 e inúmeras mudanças importantes na estrutura, e o barramento PCI-E 5.0, com taxas de transferência duas vezes maiores frente ao oferecido pelo PCI-E 4.0 e promessa de periféricos como SSDs com mais de 14 GB/s de transferência.

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Samsung Odyssey Neo G9 é enorme monitor de 49" com Mini LED

Entre os periféricos para PC, o Samsung Odyssey Neo G9 chamou a atenção por ser o primeiro monitor gamer a apostar na tecnologia de iluminação com Mini LED. O painel é do tipo VA, conhecido pelo contraste mais elevado entre os diferentes tipos de LCD, e utiliza lâmpadas de LED cerca de 4 vezes menores que as tradicionais.

Com isso, a Samsung oferece 2.048 zonas de iluminação, que ligam e desligam de maneira independente para garantir pretos mais profundos, ainda que as limitações do LCD, como o vazamento de luz em cenas de contraste muito elevado, permaneçam. A adoção da tecnologia também abriu portas para um brilho extremamente alto, que atinge os 2.000 nits, o que conferiu ao aparelho a certificação Quantum HDR2000, uma das mais avançadas do mundo.

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Apesar disso, a tela com retroiluminação Mini LED não é o único destaque do Odyssey Neo G9: o monitor traz painel de 49 polegadas em proporção super ultrawide de 32:9, taxa de atualização de 240 Hz e resolução Dual QHD de 5120 x 1440 pixels, equivalendo a dois monitores de 27 polegadas, segundo a gigante sul-coreana.

Tecnologias populares entre os monitores gamer premium também estão presentes, como sincronização vertical com Nvidia G-Sync e AMD FreeSync Premium Pro, tempo de resposta de 1 ms (GtG), reprodução de conteúdo em HDR10+, 125% de cobertura da gama de cores sRGB, curvatura com raio de 1000R, modo de baixo input lag e função Picture-by-Picture (PbP), que exibe dois sinais de vídeo simultaneamente.

Razer Blade 14 trouxe poder de fogo a laptops compactos

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Mesmo que os notebooks gamer tenham evoluído substancialmente nos últimos anos, especialmente com o aumento da eficiência energética dos chips, as limitações de espaço seguem sendo o maior obstáculo desse tipo de dispositivo. Em virtude das dimensões compactas, processadores e GPUs muito potentes acabam sofrendo reduções drásticas de desempenho, especialmente em uma época em que uma placa de vídeo consegue consumir mais de 350 W por conta própria.

A Razer desafiou essas limitações quando lançou o Razer Blade 14, tido como o notebook de 14 polegadas mais potente disponível atualmente, que marca ainda o anúncio do primeiro laptop da Razer a trazer uma CPU da AMD. O aparelho foi disponibilizado em três versões, todas equipadas com processador Ryzen 9 5900HX, modelo mais robusto da família com clocks de até 4,6 GHz e suporte a overclocking.

A principal diferença está nas GPUs — o modelo base traz uma Nvidia GeForce RTX 3060, enquanto a variante intermediária adota a GeForce RTX 3070. Por fim, a versão mais completa emprega chip gráfico GeForce RTX 3080. As três atingem potência de 100 W, característica que impressiona quando consideramos que rivais da mesma categoria mantêm o consumo entre 60 W e 85 W.

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Mesmo com o hardware potente, o Blade 14 possui apenas 16,8 mm de espessura, feito que a Razer diz ter conseguido graças a um novo design de câmara de vapor que dissipa o calor mais rapidamente. Também foram implementadas duas grandes ventoinhas com 80 lâminas de 1 mm de espessura cada, que prometem excelente fluxo de ar.

MacBook Pro com M1 Max agita o mercado de profissionais

A Apple revirou o mercado no ano passado quando anunciou que abandonaria a parceria com a Intel para passar a investir em processadores próprios para Macs. A primeira aposta da companhia, o Apple M1, estreou com as novas gerações do MacBook Air 13 e do MacBook Pro 13 e, como prometido, entregaram um nível de desempenho impressionante, conseguindo rivalizar com CPUs de desktop em certos cenários, mesmo consumindo menos energia e não necessitando de refrigeração ativa.

Seguindo com sua transição de 2 anos, a gigante de Cupertino revelou em 2021 a próxima etapa dos chamados "Apple Silicon" com a chegada dos MacBooks Pro de 14 e 16 polegadas. Além de um visual ligeiramente reformulado, mais quadrado, e do retorno de diversas portas muito requisitadas por profissionais, os laptops chamaram atenção pelos processadores Apple M1 Pro e Apple M1 Max.

Apesar de serem versões escalonadas do M1, mantendo boa parte da arquitetura do chip menor, as soluções mostraram ganhos massivos de desempenho enquanto mantiveram a eficiência, especialmente em cargas de trabalho para as quais foram preparados, incluindo edição de imagens e vídeos, produção de música e modelagem 3D.

Os laptops mais poderosos da Apple para 2021 também dividiram opiniões pela nova tela Liquid Retina XDR, com iluminação Mini LED. Se por um lado o display apresentava bordas finas e altíssima qualidade, com elevada precisão de cores, brilho intenso, contraste profundo e taxa de atualização de 120 Hz, por outro foi o primeiro em um notebook da empresa a utilizar um entalhe no topo para abrigar a webcam.

iPad Pro com M1 e tela Mini LED busca ser seu novo computador

Com maior número de otimizações realizadas por parte dos desenvolvedores, o iPad já domina o mercado de tablets e, diante disso, a Apple quer ir além ao tentar convencer os usuários de que o dispositivo também é uma alternativa válida para quem busca um computador portátil. Essa iniciativa da gigante começou no ano passado, com o lançamento do Magic Keyboard, mas foi além com o iPad Pro deste ano.

A primeira grande mudança ocorreu no conjunto de processamento, que traz o mesmo Apple M1 utilizado no MacBook Air e no iMac de 24 polegadas, aliado a até 16 GB de RAM e até 2 TB de armazenamento, além de novas otimizações no iPadOS para turbinar o multitarefas, porta Thunderbolt 4 e uma nova versão do Magic Keyboard, agora munida de um touchpad.

As melhorias ensaiam um futuro em que editores de imagem, áudio e vídeo, e profissionais que fazem uso de programas pesados possam utilizar o iPad como uma solução viável, mas ainda são limitadas pela falta de programas como o Final Cut Pro, cuja estreia na famíllia de tablets já foi prometida pela gigante de Cupertino.

Além da alta performance, outro destaque do tablet foi a tela da variante de 12,9 polegadas, que seguiu a tendência das TVs e monitores ao ser um dos primeiros painéis de Mini LED do mercado. Com 10 mil lâmpadas, o display Liquid Retina XDR do aparelho impressiona pelo pico de brilho de 1.600 nits, suporte a HDR nos padrões HLG e Dolby Vision, e contraste de 1.000.000:1, rivalizando com painéis OLED, apesar das polêmicas resultantes do "blooming".

TVs de Mini LED aproximaram LCD do OLED

Painéis OLED são favoritos da crítica pelo contraste praticamente infinito que oferecem, graças ao desligamento individual de pixels, pelas cores precisas e pelo brilho razoável, menor que o de painéis LCD no geral, mas acentuado pelo contraste. Ainda assim, paira a preocupação em torno do Burn-In, o artefato de "imagem fantasma" irreversível que afeta esse tipo de display em virtude do uso de moléculas orgânicas de carbono (OLED é a sigla para Organic LED, ou LED Orgânico).

Essa limitação motivou a indústria de telas a buscar alternativas, sendo o LCD com iluminação Mini LED uma delas, tendência que também chegou ao mundo dos televisores. O surgimento dos painéis Mini LED no mercado de TVs ficou a cargo das duas principais fabricantes do segmento: a Samsung estreou a linha Neo QLED, enquanto a LG revelou a família QNED Mini LED, ambas baseadas na tecnologia.

As Neo QLED combinam o painel VA da Samsung, de forte contraste, com os Quantum Dots, posicionados atrás do LCD para gerar cores mais intensas, e a iluminação de Mini LED, com cada lâmpada de LED tradicional sendo substituída por 40 LEDs menores. Há ainda taxa de atualização de 120 Hz com conexões HDMI 2.1, recursos dedicados a games, como o AMD FreeSync Premium Pro, som potente e preocupação com o meio-ambiente, com recursos como o controle remoto que recupera a carga com luz e caixa reutilizável.

Enquanto isso, as QNED Mini LED trazem o tradicional painel IPS da LG, combinados aos Quantum Dots e à tecnologia NanoCell, nanocristais posicionados à frente do display LCD que filtram as tonalidades indesejadas para tornar as cores mais intensas e precisas, com iluminação de 30 mil Mini LEDs. Assim como a concorrente, há taxa de 120 Hz com portas HDMI 2.1, Nvidia G-Sync e FreeSync Premium Pro, bem como áudio encorpado.

O ano também marcou um crescimento na popularidade das TVs OLED, especialmente da LG, com modelos como a OLED C1 tornando-se mais acessíveis e concorrendo diretamente com modelos LCD premium — se antes era necessário desembolsar quase R$ 10 mil para obter uma TV avançada com a tecnologia, hoje já é possível encontrar um modelo poderoso por valores entre R$ 4.500 e R$ 5.000.

Sony mantém destaque com earbuds WF-1000XM4

A Sony tem tradição de oferecer experiências de áudio de alta qualidade e cancelamento de ruído efetivo por valores altos, mas normalmente mais acessíveis que soluções semelhantes. Essa posição mudou nos últimos dois anos, com a estreia de rivais como o Galaxy Buds Pro da Samsung e o AirPods Pro da Apple, que ofereciam desempenho sólido por preços mais baixos, ou se destacavam pelos recursos.

A gigante japonesa voltou à disputa neste ano com o anúncio do WF-1000XM4, novo fone TWS que turbinou as qualidades do antecessor, reposicionando-se como um dos melhores earbuds disponíveis atualmente ao aprimorar quatro pontos específicos: a qualidade de som, o cancelamento de ruído (ANC), o design e a bateria.

No som, a novidade empregou drivers de 6 mm com ímãs 20% maiores, além do novo chip Sony V1, mais potente e eficiente. O processador também atua no ANC e conseguiu estender a faixa de frequência anulada pela tecnologia, com auxílio de novas ponteiras com um material que mescla as características do silicone e da espuma em uma espécie de espuma de memória, para melhor isolamento e maior conforto.

Um dos pontos criticados da geração anterior, o design foi completamente repaginado, ganhando uma case significativamente mais compacta e cápsulas menos desajeitadas. Completando o pacote, a bateria ganhou upgrades consideráveis e superando concorrentes com enorme margem, oferecendo até 8 horas de uso com ANC ligado, totalizando 24 horas com a carga do estojo. É possível ampliar os números ao desativar o ANC, atingindo 12 horas de uso contínuo, com total de 36 horas com a case.