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Apple anuncia novos chips M1 Pro e M1 Max com desempenho até 4x maior que o M1

Por  • Editado por  Wallace Moté  | 

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Renan da Silva Dores/Canaltech
Renan da Silva Dores/Canaltech
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No ano passado, a Apple surpreendeu ao anunciar que abandonaria o uso de processadores Intel em seus computadores para investir em soluções próprias, em um processo de transição que levaria dois anos. A primeira aposta da empresa foi o Apple M1, equipado nos atuais MacBook Air, MacBook Pro 13, iPad Pro e iMac, que agitou o mercado ao mostrar potência suficiente para concorrer com CPUs de desktop consumindo muito menos.

A gigante de Cupertino segue agora para a próxima etapa do processo com o anúncio dos novos Apple M1 Pro e Apple M1 Max, focados em alta performance. Estreando nos novos MacBooks Pro de 14 e 16 polegadas, as soluções prometem assustar a concorrência novamente com desempenho e eficiência incomparáveis.

Apple M1 Max e M1 Pro são os novos chips mais poderosos da empresa

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Mais poderoso dos dois modelos, o Apple M1 Max é equipado com 10 núcleos, dos quais 8 são de alto desempenho e 2 são de baixo consumo. O processador é acompanhado de uma GPU de até 32 núcleos, até 64 GB de RAM LPDDR5 integrada com largura de banda de 400 GB/s e um total de 57 bilhões de transistores. Em comparação ao M1 original, a novidade tem 3,5 vezes mais transistores, 4 vezes mais desempenho gráfico e largura de banda de memória 6 vezes maior.

Menos encorpado, mas ainda bastante poderoso, o Apple M1 Pro conta com até 10 núcleos de CPU, ainda que haja configurações com 8 núcleos, GPU de até 16 núcleos, até 32 GB de RAM LPDDR5 com largura de banda de 200 GB/s e 33,7 bilhões de transistores. A comparação com o M1 tradicional também impressiona, com 2 vezes mais transistores, 2 vezes mais desempenho gráfico e largura de banda 3 vezes maior.

Ambas as soluções trazem ainda Neural Engine de 16 núcleos dedicada a processamento de Inteligência Artificial e otimização da performance de câmera, novo motor de displays que suporta até quatro telas externas de alta resolução, suporte a conexões Thunderbolt 4, processador de sinal de imagem (ISP) customizado para processamento de vídeo computacional, e múltiplos recursos de segurança, incluindo boot seguro com verificação de hardware e tecnologia Secure Enclave.

A gigante de Cupertino também destaca que todos os apps nativos do macOS já são compatíveis com a arquitetura ARM utilizada nos processadores, e que já há mais de 10 mil apps universais de outros desenvolvedores preparados para tirar proveito dos componentes. Fora isso, a compatibilidade com apps para iOS e iPadOS permanece, bem como o Rosetta 2, que traduz em tempo real programas desenvolvidos para outras arquiteturas.

O M1 Pro e M1 Max estreiam nos novos MacBook Pro de 14 e 16 polegadas, mas assim como o M1 original, podem acabar chegando a outros dispositivos da companhia, incluindo uma possível versão Pro do iMac já bastante especulada.

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Novidades prometem desempenho competitivo com laptops gamer

Os comparativos divulgados pela Apple impressionam, e comprovam o que os rumores indicavam. Os concorrentes não são citados diretamente, mas avaliando as notas de rodapé, é possível encontrar os modelos Windows com os quais a gigante de Cupertino comparou os novos chips.

Para o "laptop compacto", foi selecionado o Razer Blade 15 Advanced, com CPU Intel Core i9 11900H e GPU Nvidia GeForce RTX 3080 de 105 W, enquanto os modelos mais encorpados incluem um Lenovo Legion 5, com CPU AMD Ryzen 7 5800H e GPU Nvidia GeForce RTX 3050 Ti de 95 W, e um MSI GE76 Raider, com processador Intel Core i9 11980HK e GPU Nvidia GeForce RTX 3080 16 GB de 155 W.

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Começando pelos comparativos de CPU, as novas soluções da Apple prometem performance equivalente à do Core i9 11980HK, chip de 8 núcleos e 16 threads, mas consumindo 70% menos energia. Ao mesmo tempo, tanto o M1 Pro quanto o M1 Max entregam desempenho de CPU 70% maior que o M1 tradicional, feito impressionante considerando os resultados já bastante elevados do modelo básico.

As comparações de GPU são tão incríveis quanto, especialmente se levarmos em conta que os novos chips trazem GPUs integradas. Segundo a gigante de Cupertino, a variante de 16 núcleos utilizada no M1 Pro entrega performance equivalente à de uma RTX 3050 Ti, mas consumindo 70% menos energia. Curiosamente, é possível estimar o consumo médio da nova GPU da Apple utilizando esses dados, que deve ficar próximo dos 28,5 W

Já a versão de 32 núcleos, utilizada no M1 Max, teria desempenho equivalente a uma RTX 3080, mas consumindo 40% menos energia que o chip gráfico do Razer Blade 15 Advanced e 100 W a menos que a GPU do MSI GE76 Raider. Assim como no caso do modelo de 16 núcleos, é possível estimar o consumo, que deve atingir em torno de 63 W, número surreal caso a performance seja a prometida.

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Uma das vantagens de destaque dos novos M1 é o uso de memória unificada, que deve beneficiar de maneira significativa os profissionais que dependem de grande capacidade de RAM para trabalhar.

Justamente por ser unificada, tanto a CPU quanto a GPU operam com a mesma memória, o que, na prática, significa que os chips gráficos têm acesso a quase 64 GB de memória nos modelos mais completos, quantia presente apenas em placas de vídeo profissionais, o que também elimina eventuais gargalos de comunicação gerados pelo uso de RAM separada.

Dito isso, é importante destacar que o M1 Pro e o M1 Max chegam em diferentes configurações, e a performance pode variar de maneira significativa. Além disso, é preciso que os dispositivos sejam testados pela mídia especializada para que todos esses números sejam comprovados. Ainda assim, o histórico de promessas da Apple costuma se cumprir, e mais uma vez vale lembrar como o M1 original impressionou durante seu lançamento.

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Fonte: Apple