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Review ROG Strix Scar 18 | Notebook incrível com RTX 4090 e tela Mini LED

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Review ROG Strix Scar 18 | Notebook incrível com RTX 4090 e tela Mini LED
Review ROG Strix Scar 18 | Notebook incrível com RTX 4090 e tela Mini LED
ROG Strix Scar 18 (2024)

O mercado de notebooks no Brasil cresceu bastante nos últimos anos e não somente consolidou marcas renomadas com máquinas topo de linha, como também trouxe novos produtos que há até algum tempo eram apenas um vislumbre em nosso mercado. A Asus é uma das empresas que se encaixam nesse retrospecto. Sempre importante no varejo, a taiwanesa já havia trazido o bom ROG Strix G16 com RTX 4060 no passado, mas faltava força. Eis que o ROG Strix Scar 18 finalmente chegou.

Assim como seu irmão menor, todo o visual chamativo de uma máquina gamer cheia de LEDs impera no Scar 18. Contudo, é no interior que o notebook se destaca, já que vem equipado com um Intel Core i9-14900HX e uma RTX 4090 poderosa. Estiloso, bonito, monstruoso e caro são alguns dos adjetivos para descrever esse produto, que se destaca em basicamente tudo, inclusive pelo seu preço assustador.

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Design e construção

O ROG Strix Scar 18 é a síntese de todo notebook gamer que guardamos em nossa memória. O visual robusto e a carcaça cheia de LEDs imediatamente entregam que esse é um produto direcionado para games. Toda a linguagem visual foi criada para passar esse ar de grandeza, sabendo mesclar bem sua imponência e beleza.

A Asus escolheu trabalhar com um design cheio de retas, abrindo mão de curvas arredondadas e criando uma estética para alargar esse produto. Na chapa principal feita de alumínio, há um belo símbolo luminoso da ROG e uma fina faixa transversal gravada a laser com a frase “Republic of Gamers”. Indo para a região traseira, há uma divisão feita para que, quando aberta, a tela fique levemente elevada para mostrar os indicadores de bateria, além de uma faixa RGB. Na parte frontal, há um belo contorno luminoso, que assim como o restante do conjunto, é 100% personalizável.

Já no chassi, quase todo o acabamento é feito com um plástico translúcido, que fica cada vez mais visível conforme se aproxima da região do botão liga e desliga, como em um degradê. Na verdade, toda essa parte da carcaça é estilizada com diferentes padrões, que criam um visual muito bonito e diferente no ROG Strix Scar 18. 

Quando descobri que essa carcaça era quase que inteiramente de plástico translúcido, incluindo as laterais, fiquei decepcionado. Um notebook dessa magnitude e preço deveria ter acabamento metálico, como alumínio. Contudo, o fato de haver um Core i9 e uma RTX 4090 no interior torna isso um grande desafio no que diz respeito as temperaturas e quanto esse chassi seria afetado. No fim, o plástico translúcido faz realmente sentido.

Mesmo que o Scar 18 seja majoritariamente feito em plástico, não é — e nem poderia ser — um produto molenga. A construção é bem rígida, sem espaço para partes frágeis. Felizmente, esse notebook também não é muito suscetível para marcas de dedo, que demora um tempo até aparecerem. Todavia, acredito que a tampa de alumínio da tela seja um pouco mais frágil do que deveria, já que percebi alguns leves arranhões com pouco tempo de uso.

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Durante um evento de apresentação do produto no Brasil, um dos representantes da divisão ROG comentou algumas escolhas de design para esse produto que me chamaram a atenção. Diferentes de outros notebooks gamer topo de linha, o ROG Strix Scar 18 não possui aquela saliência alongada na região traseira, que contempla um espaço para saída de ar e várias conexões. 

A explicação é que pode haver o superaquecimento dessas conexões, portanto a traseira serve apenas como uma região para exaurir o calor interno dos componentes. Em ambas as laterais também há saída de ar, mas o calor principal é repelido pela traseira.

Por ter uma tela massiva de 18 polegadas, o Strix Scar 18 não é o notebook mais enxuto que você encontrará no mercado. Com esse tamanho e peso de 3,10 kg, é bem complicado de locomover esse laptop com frequência, além da dificuldade em colocar o produto em uma mochila. O desempenho tem seu preço, e nesse caso é a portabilidade — além do valor real gigantesco do produto.

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Ficha técnica do ROG Strix Scar 18

Parrudo, o ROG Strix Scar 18 acompanha o recente Intel Core i9-14900HX de 24 núcleos híbridos e uma incrível GeForce RTX 4090, a placa gráfica mais poderosa para notebooks. Ademais, há 32 GB de memória RAM DDR5 a 5.600 MT/s e um bom SSD M.2 NVMe de 2 TB.

  • Processador: Intel Core i9-14900HX (24 núcleos e 32 threads);
  • Memória RAM: 32 GB (2x16) DDR5-5.600 MT/s (expansível até 64 GB);
  • Armazenamento: SSD NVMe M.2 de 2 TB com mais uma porta M.2 para até 2 TB;
  • Placa de vídeo: Nvidia GeForce RTX 4090 16 GB a 175 W;
  • Webcam: HD (720p);
  • Sistema operacional: Windows 11 Pro.

Com exceção de um ou outro notebook, o Scar 18 é o notebook gamer mais poderoso disponível no Brasil no momento da publicação deste review. A junção do Core i9-14900HX e a RTX 4090 cria uma explosão de desempenho que eu nunca havia experimentado antes e certamente é algo feito para o público entusiasta que quer o melhor da tecnologia

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Mesmo assim, a Asus teve a ousadia de inserir uma webcam 720p básica em um produto que vale mais de um ano de salário para grande parte da população brasileira e isso não faz sentido algum. Usar o próprio smartphone como webcam pode ser uma ideia melhor em muitos casos.

Apesar de ser um combo bem esquentadinho, os dois componentes trabalham em equilíbrio na maior parte do tempo, sem superaquecimento ou thermal throttling comprometedor. Para o dia a dia, é mais do que o suficiente para qualquer tarefa, enquanto arrebenta nos games com muita facilidade.

No anúncio do produto, durante a CES 2024, a Asus comentou que focaria em outras melhorias para esse notebook e não somente na GPU, visto que nem a NVIDIA e nem a AMD anunciaram novas gerações de placas. Os destaques ficam além dos chips internos e transbordam para uma tela incrível, que completa uma tríade de especificações de ponta no ROG Strix Scar 18.

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Tela

Telas de 18 polegadas são uma característica relativamente nova no segmento de notebooks e embora não apareçam em produtos de entrada ou intermediários, já são uma realidade na categoria premium. Com bordas finas e uma proporção de 16:10, a tela do ROG Strix Scar 18 é a melhor que já testei em qualquer notebook, superando até os muito elogiados displays da Dell.

Aqui, a Asus não poupou despesas e inseriu uma tela que atende ao conjunto de especificações ROG Nebula HDR Display, com um painel do tipo Mini LED. Tecnologia muito popular em TVs nos últimos anos, o Mini LED trabalha com um conjunto de LEDs menores para melhorar os níveis individuais de iluminação. Se uma tela LED convencional trabalha com zonas, o Mini LED atua individualmente, levando mais precisão em tons de preto nas cenas mais escuras.

  • Tamanho da tela: 18 polegadas
  • Painel: Mini LED
  • Resolução: Quad HD (2.560x1.600)
  • Taxa de atualização: 240 Hz
  • Tempo de resposta: 3ms
  • Recursos extras: 100% do DCI-P3, validação Pantone, NVIDIA G-SYNC, MUX Switch + NVIDIA Advanced Optimus e Dolby Vision HDR
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Em outras palavras, essa tecnologia de painel impede o vazamento de luz e torna os tons pretos mais escuros, como deveriam ser. Saindo da teoria para a realidade, a tela do ROG Strix Scar 18 mantém essa premissa e entrega uma qualidade visual encantadora. As cores são bem vivas e sem distorções, o contraste e nitidez são acentuados e tudo funciona de maneira harmônica e orgânica. Inclusive, tudo isso funciona tão bem porque também há a cobertura de 100% da gama de cores DCI-P3, contraste de 100.000: 1, validação Pantone e brilho máximo de 1.100 nits.

A resolução da tela do ROG Strix Scar 18 é a famosa QHD+ (2.560x1.600), incluindo a boa taxa de atualização de 240 Hz e apenas 3ms de tempo de resposta. As tecnologias MUX Switch e NVIDIA Optimus para troca inteligente de GPU dedicada e integrada estão disponíveis, bem como suporte ao Dolby Vision HDR e o NVIDIA G-SYNC, para evitar o efeito de tearing.

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Assistir a filmes e séries é um deleite com esse painel Mini LED e todas essas características. Jogar títulos como Horizon Forbidden West e Cyberpunk 2077 se traduzem em uma experiência totalmente distinta por conta da profundidade visual criada. Aliás, essa também é uma baita tela para profissionais do audiovisual, já que há uma boa acuracidade de cores e tons para trabalhar.

Teclado e touchpad

Por ter um tamanho avantajado, o ROG Strix Scar 18 não tem problemas em embutir um teclado completo na carcaça. Todas as teclas são retroiluminadas e podem ser totalmente customizadas através do aplicativo Armoury Crate, bem como toda iluminação RGB do notebook.

As teclas são de perfil baixo e cumprem seu papel, mas não espere nada fora do padrão. De fato, para um produto dessa magnitude eu gostaria de ver um teclado mecânico, por exemplo, que torna a experiência muito mais imersiva e interessante para o usuário. Contudo, a Asus inseriu cinco macros na parte superior do chassi, destinados à função de RGB, modo turbo, mute em microfone, etc. Esses macros, por sua vez, também podem ser personalizados da maneira que o usuário desejar.

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O touchpad possui tamanho mediano, sem ser pequeno demais como os de dispositivos de entrada, nem gigantesco demais como em certos laptops. Sua maciez nos movimentos é notável, mas nada impressionante. 

Conectividade

Falando sobre as conexões físicas do ROG Strix Scar 18, o notebook topo de linha da Asus tem um bom leque de conectividade. Na lateral direita há duas entradas USB 3.2 Gen2 Tipo-A, enquanto na parte esquerda ficam dois USB Tipo-C 3.2 Gen2 com suporte ao Thunderbolt 4 (um deles compatível com Power Delivery), HDMI 2.1, conexão de internet RJ45 e porta para fone/microfone.

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Já no quesito da rede sem fio, esse notebook é equipado com uma placa de rede compatível com o WiFi 6 e Bluetooth 5.3. Apesar de ser bem completo em todos os sentidos, senti falta de uma entrada para cartão SD, que poderia ser bem útil para criadores de conteúdo ou profissionais do audiovisual.

Bateria

Por ser um verdadeiro monstro em suas especificações técnicas, eu achava que o ROG Strix Scar 18 teria um desempenho bem irregular na sua duração de bateria, mas a realidade é diferente. O modelo acompanha uma bateria de quatro células Li-ion com autonomia de 90 Whr, ou seja, um conjunto até que bem utilizado em outros produtos desta categoria.

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No meu uso prático, não tive problemas com a bateria do Scar 18. O laptop manteve uma autonomia de 4 a 5 horas longe das tomadas enquanto trabalhava com diversas abas de navegadores abertos, Photoshop e músicas tocando. Nada diferente do que realizo em meu trabalho cotidiano.

Para mensurar a capacidade do componente, testei a bateria do Strix Scar 18 no benchmark Battery Life do UL Procyon. Esse teste simula uma atividade de escritório pesada, por meio de diversos programas abertos, como navegadores e o Pacote Office com brilho de tela em 50%. 

O resultado foi esperado, visto que há um gasto de energia elevado por parte dos componentes mesmo em situações de pouco estresse para a máquina. Não há como fugir desse problema, uma vez que estamos falando de um Core i9 e uma RTX 4090, e não um conjunto qualquer.

Temperatura

No quesito temperatura, o ROG Strix Scar 18 surpreendeu positivamente. Com componentes esquentados, como a RTX 4090 e o Intel Core i9-14900HX, nada mais justo do que esperar temperaturas bem elevadas nesse produto.

Felizmente isso não acontece e os resultados térmicos para esse produto estão acima do esperado, mesmo com uma mescla de peças consideradas esquentadas.

De forma geral, o Scar 18 não escapa de ser um notebook quente quando em alta carga por motivos lógicos. Contudo, o sistema de resfriamento utilizado pela Asus ajuda a minimizar eventuais problemas que outros produtos têm. Internamente, a companhia utiliza duas ventoinhas com 84 pás, interligadas por 7 condutores de cobre que realizam um trabalho bem competente. Contudo, por baixo dos ventiladores a Asus inseriu metal líquido Conductonout da Thermal Grizzly para ser o material térmica condutor.

O destaque principal nos meus testes vai para uma terceira ventoinha, de tamanho reduzido e localizada na região central do notebook. A Asus chama esse sistema de Tri-Fan, e permite que a carcaça do dispositivo, com ênfase na região do teclado, fique menos quente. Embora eu estivesse bem cético quanto ao funcionamento disso, é preciso dar os devidos créditos à fabricante, que realmente reduziu o calor nesta região.

Mesmo que naturalmente o chassi do produto fique quente, o teclado permanece em temperaturas amenas, sem incomodar ou atrapalhar o uso dos jogadores. Inclusive, mesmo em alta carga, as três ventoinhas não são barulhentas e fazem bem menos barulho que o esperado, sendo mais um ponto positivo para esse conjunto. 

Analisando o conjunto da obra, o Scar se sai bem nas temperaturas em idle de GPU e CPU. No entanto, o processador é o esquentadinho da vez nesse sistema, uma vez que bateu 95 °C em meus testes de estresse. Isso me deixou pensativo se o Intel Core i9-14900HX estaria gerando um thermal throttling, ou não. E no fim, realmente estava.

No uso em games, esse superaquecimento da CPU é discreto e deve afetar algo em torno de 2 ou 3% do desempenho. A temperatura não foge muito do que é mostrado nos gráficos, embora esteja muito mais perto da casa dos 85 °C do que dos 90 °C. Todavia, no benchmark extremo do AIDA64 pude perceber um throttling máximo de 12%, mas que aparecia em leves picos, nunca constante. O resultado dessa apuração é que sim, o ROG Strix Scar 18 possui um thermal throttling de CPU, mas o impacto dele no uso cotidiano é mínimo e, em boa parte do tempo, imperceptível.

Benchmarks

Finalizando todos os aspectos do ROG Strix Scar 18, chegou a hora de ver o que essa máquina encara. Testei o notebook em benchmarks de produtividade, criação de conteúdo, uso profissional e games. Como era de se esperar, o desempenho é simplesmente avassalador em praticamente todos os cenários.

Produtividade

Usar um Intel Core-14900HX com 32 GB de RAM no dia a dia é o mais próximo que conseguimos chegar da excelente leveza no trabalho. Trabalhar com o ROG Strix Scar 18 é ótimo, já que essas configurações não dão nenhum tipo de margem para travamentos ou lentidão no sistema. 

Certamente, usuários cotidianos não precisam desse tipo de máquina para trabalhar, mas é bom deixar registrado que é uma experiência veloz em todos os sentidos.

E para podermos entender melhor o que o Scar 18 consegue aguentar quando o assunto é produtividade em seu nível máximo, testamos os testes do Office Productivity do Procyon. 

Esse benchmark roda uma série de aplicações de escritório, com vários documentos, planilhas, apresentações e slides carregados de muita informação.

No gráfico é perceptível que o notebook gamer da divisão ROG passa por cima de tudo sem problemas, mas é interessante notar como ele e modelos inferiores, como o Alienware m16 e o Legion Slim 5 da Lenovo operam na faixa dos 7.000 pontos. Por mais que tenha peças incríveis, a experiência real de todos esses notebooks nesse tipo de aplicação será bem parecida para a maioria dos usuários.

Por outro lado, quando colocamos o Geekbench 6 em ação para imitar situações corriqueiras do dia a dia, como compressão/descompressão de arquivos, usabilidade em navegadores e PDFs, o Scar 18 começa a botar suas asas para fora e mostrar que não brinca em serviço. 

Naturalmente, o teste com um único núcleo (single-core) não demonstra ganhos tão expressivos, mas em multi-core as coisas começam a ficar bem interessantes. Com seus 16.748 pontos, o Intel Core i9-14900HX do Scar 18 supera o Core i9-13900HX em cerca de 14%, um número bem razoável se pensarmos que ambos os processadores são muito similares. 

Criação de conteúdo 

Com uma tela maravilhosa, seria um erro não recomendar o ROG Strix Scar 18 para profissionais do ramo audiovisual que almejam alguma portabilidade com esse notebook. E para a surpresa de exatamente ninguém, os resultados mostram pontuações bem altas.

Nesses benchmarks, usei os testes de Edição de Imagem e Vídeo presentes na suíte de do UL Procyon. Os testes foram em inúmeras aplicações complexas, que envolvem edição em lotes e a adição de efeitos gráficos avançados. Para isso, foram utilizados softwares como o Adobe Photoshop, Adobe Lightroom Classic e Adobe Premier Pro.

Começando pelos testes de imagem, o notebook da Asus assume a ponta do gráfico com um resultado muito satisfatório. Porém, é na edição de vídeo que esse produto se destaca, alavancando um salto de performance 31% superior em relação ao segundo colocado.

Os bons resultados do ROG Strix Scar 18 têm fundamento. Apesar de ser muito parecido com a geração anterior, o Intel Core i9-14900HX e sua arquitetura híbrida são muito bons parece esse tipo de carga de trabalho. 

A combinação do sistema melhora exponencialmente com a GeForce RTX 4090, que possui os codecs avançados da NVIDIA e suporte ao poderoso AV1, ideal para editores de vídeo. 

Profissional 

Elevando um pouco a categoria dos benchmarks, chegou a hora de pisar o pé no acelerador e ver o que ROG Strix Scar 18 pode fazer em cenários realistas, de cunho profissional. Aqui, usaremos a ferramenta do SPECviewperf, voltado para o segmento industrial e da medicina, além da renderização do Blender, que trabalha com imagens e cenas 3D. O software do V-Ray também será utilizado, focado na criação de imagens e projetos realistas.

Começando pelo famoso Blender, os testes são simplesmente impressionantes. Em Monster, o Scar 18 praticamente dobra sua pontuação, algo que acontece recorrentemente no Classroom e Junkshop. Ao realizar o aumento médio em relação ao segundo colocado do gráfico atual, o ROG Strix Scar 18 desempenho 63% a mais de performance nesse benchmark.

Essa tendência volta a acontecer no V-Ray CUDA, V-Ray RTX e V-Ray Next. Todos esses testes estão vinculados pela premissa da renderização de imagens fotorrealistas com uso de iluminação avançada, como Ray Tracing. Nisso, a RTX 4090 simplesmente destrói as outras GPUs dedicadas dos notebooks presentes no gráfico. Essa é a implementação máxima que conseguimos achar para arquiteturas e profissionais que precisam desse desempenho massivo. 

Finalizando com no 3DSMax do SPECviewperf, esse teste mostra até uma proximidade com o segundo colocado do gráfico, embora seja um valor alto. Contudo, os testes no Maya para iluminação já começam a destoar do restante, indicando que os valores podem dobrar, mas o notebook bate em um empate técnico no Creo para renderização. O cenário em que há mais benefícios é o do Solidworks-07, que mistura o render de alta densidade com efeitos de iluminação complexos. 

Todos os testes de aplicações profissionais mostram nitidamente que o ROG Strix Scar 18 não é somente um notebook gamer poderoso, como também é uma estação de trabalho incrível para quem precisa do máximo de performance disponível atualmente. 

Todos esses testes colocam a RTX 4090 presente nesse notebook em par de igualdade com uma GeForce RTX 4070 Ti de desktop, como mostrado em nossa análise da RTX 4070 SUPER

Games 

Agora é o momento tão esperado de ver como o ROG Strix Scar 18 se sai nos games. Nossa sessão de testes rodou 10 títulos tanto em Full HD, para estressar bem o processador; quanto em QHD, para colocar a RTX 4090 em sua prova de fogo. Os games foram testados em suas configurações mínimas e máximas e em QHD pudemos testar tecnologias de upscaling, como DLSS, FSR e XeSS.

Full HD

Começando na resolução Full HD, os resultados não são tão animadores quanto gostaríamos, embora os gráficos ainda sejam muito bons. Em Alan Wake 2, por exemplo, o ROG Strix Scar 18 é o único modelo da nossa lista capaz de segurar mais de 60 FPS com folga. 

Contudo, algo curioso acontece em qualidade mínima. Várias vezes outros notebooks estabelecem mais FPS no mínimo que o ROG Strix. Na teoria, isso não parece fazer sentido, já que o Scar possui uma ótima RTX 4090. Contudo, quanto menor a resolução e menor a qualidade gráfica, a carga de trabalho mais alta para no processador, que se torna um gargalo no sistema.

Obviamente, essa falta de performance com tudo no mínimo não tem importância prática, já que ninguém planeja jogar no mínimo tendo um notebook como esse, mas é um resultado inusitado. 

De forma geral, o notebook da Asus roda tudo em Full HD, qualidade máxima e bem acima dos 60 quadros por segundo, incluindo até mesmo aqueles títulos pesados, como Red Dead Redemption 2, Formula 1 2023 e Cyberpunk 2077

Quad HD

Pulando para o Quad HD, é nesse cenário que o ROG Strix Scar 18 brilha. Os gráficos dispensam comentários, uma vez que esse notebook consegue dobrar o desempenho em qualidade máxima quando comparado com outros laptops gamer topo de linha disponíveis no mercado brasileiro. Rodar Alan Wake 2 a 60 FPS já é um desafio e em QHD fica ainda mais complexo, mas esse é um dos únicos produtos disponíveis para compra atualmente que conseguem esse feito.

Os resultados são tão incríveis que realmente não é preciso tecer comentários aprofundados. O ROG Strix Scar 18 é avassalador em desempenho bruto. Inclusive, também colocamos o notebook para rodar jogos em QHD com técnicas de upscaling, como o DLSS (NVIDIA), FSR (AMD) e XeSS (Intel). 

Tecnologias como o FSR e o DLSS conseguiram catapultar o desempenho, embora muitos cenários apontem um empate técnico, como Cyberpunk 2077 e Far Cry 6.

O motivo para esse problema não foi solucionado por mim e chegou a surpreender quando Red Dead Redemption 2 performou melhor em resolução nativa do que com as tecnologias em modo performance. Uma hipótese é que as técnicas de upscaling estejam criando algum tipo de gargalo no sistema, dando mais carga ao processador do que à placa de vídeo.

Concorrentes diretos

Custando seus R$ 32.999, o ROG Strix Scar 18 possui poucos concorrentes para bater de frente. A escolha mais óbvia fica com o Avell Storm X, um notebook gamer brasileiro com RTX 4090 e Intel Core i9-13900HX. O modelo é mais básico, visto que possui uma tela IPS convencional, ainda que em QHD+, mas toda sua construção e acabamento é mais básico. Isso também reverbera em um preço mais ameno, na faixa dos R$ 26.000 quando disponível para compra.

Claro que podemos citar a concorrência interna com os novos ROG Strix G16 regulares, que mantêm o i9-14900HX, mas reduzem a GPU para até uma RTX 4080, e a tela para o IPS. Pensando nessa linha de raciocínio, vale recomendar o AORUS 17H BXF, um notebook da Gigabyte com RTX 4080, Intel Core i7-13700H e um design gamer bem bonito, que custa R$ 16.999.

Vale a pena comprar o ROG Strix Scar 18?

O ROG Strix Scar 18 vale a pena se você quer o melhor que a tecnologia pode te oferecer em termos de desempenho bruto atualmente, mesmo que custe um valor astronômico. A Asus conseguiu lançar seu mais poderoso notebook no mercado brasileiro e trouxe uma máquina impecável quando o assunto é performance, embora não seja perfeita. A bela construção, o visual gamer pulsante e uma tela exemplar são apenas parte de um grande conjunto nesse notebook.

No entanto, o ROG Strix Scar 18 não vale a pena se você procura por um notebook gamer potente e portátil, uma vez que esse modelo é grande e pesado. Aliás, ele também não vale a pena para o público casual, que pode encontrar outras ótimas opções na faixa dos R$ 10.000. 

Mesmo com muitos acertos, o Scar 18 também tem seus pontos fracos, como uma webcam 720p e um teclado padrão demais para um produto dessa magnitude, além da ausência de leitor de cartões.

Em análises como esta, eu dificilmente cravo conceitos como “o melhor” ou “o pior” produto de determinada categoria. No entanto, quando uma marca acerta com um produto bom é preciso dar os devidos elogios. 

O ROG Strix Scar 18, sem sombra de dúvidas, é o notebook mais poderoso que já testei e não é exagero dizer que essa é a máquina mais potente disponível no Brasil. 

Embora tenha vacilos para um produto de mais de R$ 30.000 e que muitos possam dizer que a Asus não está fazendo mais que sua obrigação, em um mercado que diversas marcas sequer conseguem desenvolver um laptop básico para estudar, o Scar 18 é um notebook gamer fantástico. 

A taiwanesa conseguiu se superar e melhorar um trabalho de consolidação no nicho gamer brasileiro iniciado há alguns anos, trazendo o que há de melhor e mais moderno ao Brasil, pouco tempo após o lançamento internacional. 

Mas e você, pretende encarar os mais de R$ 30.000 cobrados para ter toda essa performance bruta?