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O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (15/09/2020)

Por| 15 de Setembro de 2020 às 19h00

NASA/JPL
NASA/JPL
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Hoje é terça-feira — e vocês já sabem, certo? É aquele dia já tradicional no Canaltech, em que dedicamos um tempinho especial para trazer, de forma resumida, tudo o que está rolando de mais importante no universo da ciência. Assim, você leva apenas alguns minutos para ficar por dentro de tudo o que mais importa nas áreas da astronomia e da saúde, em especial.

Vamos lá?

Quase 600 luas em Júpiter?

Uma das candidatas mais promissoras a lua de Júpiter (Imagem: Reprodução/Edward Ashton (University of British Columbia)
Uma das candidatas mais promissoras a lua de Júpiter (Imagem: Reprodução/Edward Ashton (University of British Columbia)

Até o momento, o maior planeta do Sistema Solar tem 79 luas oficiais, mas esse número pode aumentar (e muito!) no futuro. É que astrônomos canadenses sugeriram que Júpiter pode, na verdade, ter quase 600 luas ao seu redor. Para isso, a equipe conduziu um estudo no qual, na verdade, identificaram quase 50 possíveis novas luas jovianas, ainda menores do que as descobertas recentemente. Só que, ao extrapolar a área observada do céu, eles perceberam que existem muitos outros pequenos objetos na região do gigante gasoso.

Contudo, é cedo para oficializar as descobertas, pois a equipe ainda precisa fazer mais observações para determinar as órbitas confiáveis desses numerosos objetos. Somente depois disso é que as supostas novas luas jovianas poderão ser oficializadas — ou não.

10 milhões de estrelas estudadas, e nenhum sinal de tecnologia alienígena

Antenas do Murchison Widefield Array (Imagem: Reprodução/Dragonfly Media)
Antenas do Murchison Widefield Array (Imagem: Reprodução/Dragonfly Media)
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Usando o radiotelescópio Murchison Widefield Array, na Austrália, pesquisadores fizeram a busca mais profunda e abrangente de baixas frequências de ondas de rádio, em busca de sinais que pudessem indicar a existência de alguma tecnologia alienígena em outros sistemas estelares. No entanto, nada foi encontrado em pelo menos 10 milhões de estrelas.

Mas, sem desanimar: para nós, 10 milhões de estrelas pode parecer muita coisa, enquanto, para o cosmos, isso não é. Um dos envolvidos no estudo, inclusive, fez a seguinte comparação: "embora este seja um estudo muito grande, a quantidade de espaço que observamos é o equivalente a tentar encontrar alguma coisa nos oceanos da Terra, mas procurar em um volume de água equivalente a uma piscina no quintal de casa".

Asteroide Bennu joga pedaços de sua superfície no espaço

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A equipe da missão OSIRIS-REx, da NASA, estuda o asteroide Bennu de pertinho, já que a sonda de mesmo nome está por lá. Agora, uma nova descoberta: o objeto espacial possui uma superfície ativa, ejetando materiais para o espaço com frequência. Essa foi a primeira vez em que cientistas puderam observar a superfície de Bennu descartando pedaços de si mesmo por aí, e isso pode render estudos que, quem sabe, nos darão uma nova perspectiva sobre o comportamento dos asteroides.

SpaceX faz 2º voo de sucesso com protótipo do Starship

Depois do sucesso com os testes iniciais de voo com o protótipo SN5, a SpaceX agora também foi bem sucedida no teste de voo do protótipo SN6 do foguete Starship — aquele "todo-poderoso" que levará cargas e até 100 pessoas a destinos como Lua e Marte. Ele voou por cerca de 150 metros e durante pouco menos de um minuto, pousando verticalmente em um local próximo a onde o lançamento aconteceu.

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O bom desempenho do protótipo é importantíssimo, uma vez que os testes vêm passando por altos e baixos: na fila de protótipos que antecedem o SN6, há o Mk.1 e SN1, que explodiram durante a realização de testes de pressão. Já o SN2 conseguiu superar o teste criogênico, mas o protótipo SN3 falhou e acabou destruído após a realização de um teste. Em seguida, o SN4 apresentou um vazamento de gás e explodiu. Depois, veio o protótipo SN5, que realizou com sucesso o primeiro breve teste de voo.

Asteroide relativamente próximo da Terra é descoberto por brasileiro

(Imagem: Reprodução/NASA)
(Imagem: Reprodução/NASA)

O astrônomo amador Leonardo Scanferla Amaral observava o céu noturno com seu telescópio no observatório Campo dos Amarais, em São Paulo, quando se deparou com um asteroide até então desconhecido — e relativamente próximo de nós. O objeto tem 1 km de diâmetro e foi chamado de 2020 QU6. Mas, calma, pois o objeto espacial é mais um dos inúmeros próximos da Terra e que não representam risco algum ao nosso planeta!

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Filmando Marte e suas luas em 8K

A agência espacial japonesa (JAXA) quer levar aos arredores de Marte uma câmera 8K para filmar o Planeta Vermelho e suas luas, Fobos e Deimos. A câmera estará a bordo da missão Martian Moons eXploration (MMX), prevista para ser lançada em 2024. A missão MMX irá orbitar a lua Fobos para coletar dados e amostras para estudos sobre a origem das luas e o processo evolutivo do sistema marciano.

Bioassinatura na atmosfera de Vênus?

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(Imagem: Reprodução/NASA)
(Imagem: Reprodução/NASA)

A "bomba" da semana foi a seguinte: foi encontrada a substância fosfina nas densas nuvens de Vênus e, como a fosfina é considerada uma bioassinatura, isso pode significar que existe algum tipo de vida em nosso planeta vizinho. "Pode", pois essa não seria a única explicação para a presença de fosfina por lá, portanto, ainda é cedo para bater o martelo nessa questão.

Aqui na Terra, a fosfina também é produzida por processos industriais, mas, obviamente, não existem fábricas em Vênus. Isso significa que muitos estudos ainda serão realizados a partir de agora, com o objetivo de descobrir o que pode estar produzindo fosfina no "planeta infernal".

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A partir de agora, você acompanha as principais notícias de saúde que rolaram nos últimos dias, relacionadas à pandemia de COVID-19.

Ministério da Saúde quer "vacinar todo mundo" em janeiro

(Imagem: Reprodução/Dimitri Houtteman/Unsplash)
(Imagem: Reprodução/Dimitri Houtteman/Unsplash)
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O Ministério da Saúde disse que sua expectativa é a de que as campanhas de vacinação contra a COVID-19 comecem, no Brasil, em janeiro de 2021. As primeiras doses devem chegar no início de tal mês. É provável que a imunização completa seja feita através de duas doses, de acordo com os estudos clínicos ainda em andamento.

OMS acredita que vacinação em massa só ocorra em 2022

(Imagem: Reprodução/Willfried Wende/Pixabay )
(Imagem: Reprodução/Willfried Wende/Pixabay )

Já pensando no contexto mundial, a Organização Mundial da Saúde não espera que as vacinas sejam distribuídas massiva e internacionalmente antes de 2022. “Muitos pensam que no início do próximo ano haverá uma panaceia que resolverá tudo, mas não será assim: há um longo processo de avaliação, licenciamento, fabricação e distribuição”, declarou Soumya Swaminathan, cientista-chefe da OMS.

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Taxa de contágio no Brasil volta a subir

(Imagem: Reprodução/Tumisu/Pixabay)
(Imagem: Reprodução/Tumisu/Pixabay)

Nesta semana, a taxa de contágio do novo coronavírus em nosso país voltou a subir. Na semana anterior, essa taxa era de 0,94, mas, nesta semana agora, o indicador subiu para 1. Isso significa, basicamente, que a velocidade de transmissão se mantém constante, o que torna ainda mais difícil o controle da epidemia.

COVID-19 pode gerar delírios e confusões mentais

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(Imagem: Reprodução/Kjpargeter/Freepik)
(Imagem: Reprodução/Kjpargeter/Freepik)

Um novo estudo forneceu evidências claras de que, em algumas pessoas, o coronavírus pode invadir as células cerebrais, sugando o oxigênio próximo e matando células vizinhas. Isso acaba causando delírios e confusões mentais nessas pessoas. Não está claro como o vírus chega ao cérebro, mas os especialistas chamam atenção para a possibilidade de que a infecção do cérebro seja rara. Algumas pessoas, no entanto, se mostram suscetíveis devido a seus antecedentes genéticos, uma alta carga viral ou outros motivos ainda sob investigação.

Nova candidata a vacina será testada no Brasil

(Imagem: Reprodução/Karolina Grabowska/Pexels)
(Imagem: Reprodução/Karolina Grabowska/Pexels)

Mais uma vacina em potencial será testada em voluntários brasileiros. O laboratório nacional Dasa, em parceria com a norte-americana Covaxx, está desenvolvendo uma nova candidata a vacina contra a COVID-19. Os testes das fases 2 e 3 da vacina acontecerão por aqui até o final deste ano, sendo que esta vacina é baseada em uma tecnologia que utiliza peptídeos (moléculas formadas por cadeias de aminoácidos) para reproduzir uma parte do coronavírus e induzir no organismo a resposta imune à doença causada pelo patógeno.

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