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Review Galaxy A73 5G | A Samsung aperfeiçoou o que já era ótimo

Por| Editado por Léo Müller | 02 de Junho de 2022 às 09h18

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Review Galaxy A73 5G | A Samsung aperfeiçoou o que já era ótimo
Review Galaxy A73 5G | A Samsung aperfeiçoou o que já era ótimo

O Galaxy A73 5G é o celular mais premium da nova geração da família Galaxy A para 2022. Ele se destaca por ser o primeiro da linha com câmera de 108 MP, mas possui, ainda, tela Super AMOLED Plus de 120 Hz, hardware potente com suporte às redes 5G e resistência à água.

Será que seus diferenciais justificam o título de melhor Galaxy A até o momento? Eu usei o Galaxy A73 por alguns dias e conto minha experiência nos próximos parágrafos. E se você se interessar por ele ao final desta análise, deixarei links de compra para você aproveitar!

Confira os preços do Samsung Galaxy A73 5G

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Construção e design

Em design, não há muito o que destacar de novo no Galaxy A73 5G. A Samsung manteve a tampa traseira e a moldura de plástico, porém com diferentes texturas, para dar um aspecto premium ao aparelho — a parte de trás tem acabamento fosco, enquanto as laterais, brilhante.

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O módulo de câmeras também não mudou, permanecendo integrado ao restante do aparelho, como se fosse uma peça única. No modelo mais novo, contudo, a junção do bump com a tampa traseira parece mais uniforme, bem semelhante ao celular chinês Oppo Find X5 Pro.

O modelo que recebemos para testes veio na cor branca, que está mais para um metálico por conta do plástico fosco. Felizmente, as marcas de dedos continuam pouco visíveis, além de não escorregar muito nas mãos.

Também foi mantida a certificação IP67, garantindo submersão em água doce (até um metro de profundidade) por até 30 minutos. Funciona tranquilamente caso você pegue uma chuva pesada ou queira tirar fotos em piscinas, por exemplo.

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Infelizmente, não foi dessa vez que tivemos suporte a carregamento sem fio na linha Galaxy A. Seria um baita diferencial se tanto o A73 5G quanto o A53 5G suportasse a tecnologia. Mas tudo bem, pois ainda estamos diante de um dos celulares intermediários mais robustos e elegantes do mercado.

O que a Samsung tirou de vez dos intermediários mais avançados foi o conector de 3,5 mm para fones de ouvido, o que já era de se esperar. Particularmente, não acho um ponto negativo, mas há quem ainda goste de utilizar fones com fio.

Tela

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O Galaxy A73 tem a mesma tela de 6,7 polegadas com resolução Full HD+ e painel Super AMOLED do A72. Por não ter mudado quase nada, a experiência de consumir multimídias por aqui continua excelente, talvez a melhor disponível num intermediário atualmente. A definição é ótima, as cores são vivas, e o brilho é bastante intenso.

Uma evolução do novo smartphone é a taxa de atualização da tela que subiu de 90 Hz para 120 Hz, garantindo animações e jogos mais fluidos. Curiosamente, no A73 5G não aparece a opção de atualização "adaptável", como no Galaxy A23, apenas a "alta". Ou seja, na teoria, ele não seria capaz de alterar a velocidade do display conforme o conteúdo exibido.

Mas eu pesquisei um pouco e encontrei que, sim, o Galaxy A73 tem taxa de atualização adaptável, conseguindo diminuir a velocidade da tela para até 48 Hz dependendo do que está sendo exibido. Ou seja, a promessa é de que a tela consuma menos energia durante as tarefas do dia a dia.

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Ainda em relação à tela, o Galaxy A73 é equipado com um sensor óptico de impressões digitais sob a tela. O posicionamento do leitor continua não sendo dos melhores, já que é preciso posicionar o dedão um pouco abaixo do ideal.

Além disso, por ser um sensor mais simples, a precisão não é um dos destaques, embora não tenha sido um problema durante os testes.

Configurações e desempenho

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O Galaxy A73 chegou ao mercado com o chipset Snapdragon 778G 5G, indo em uma direção diferente do A53, lançado com o Exynos 1280 5G. Apesar de ambas as plataformas serem equivalentes em ficha técnica, o modelo da Qualcomm ainda leva uma ligeira vantagem na maioria das tarefas.

E essa superioridade se refletiu na prática. O Galaxy A73 com chipset da Qualcomm me pareceu um pouco mais fluido que o A53, seja jogando ou simplesmente navegando pela interface One UI.

Em jogos, Asphalt 9, Free Fire Max e Call Of Duty Mobile tiveram um desempenho sólido mesmo com as configurações altas. Não houve uma oscilação na taxa de quadros por segundo (fps) como foi possível perceber com o A53 com Exynos 1280, por exemplo.

Genshim Impact também rodou muito bem durante os testes, mas com os gráficos no médio. Nas configurações no máximo, o celular aguentou o jogo com uma média de 25 fps e 28 fps.

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O Galaxy A73 vem, ainda, com 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento interno, mesmo conjunto do A53 e do A72. Todos os aplicativos mais populares da Play Store abriram com rapidez e se mantiveram na memória por bastante tempo.

Eu já analisei outros smartphones com o mesmo chipset do A73 e, sinceramente, eles não perdem em quase nada para um celular topo de linha. A experiência geral é tão agradável que me questionei várias vezes sobre ter um aparelho premium sendo que um intermediário já dá conta de muitas tarefas.

A única crítica que faço sobre o desempenho do A73, que pode soar insignificante para algumas pessoas, é a lentidão para tirar fotos no software de câmera. Eu perdi muitas oportunidades legais porque, após tocar no obturador, o celular demorou alguns segundos para processar a imagem.

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Com relação ao kit de conexões, o A73 já vem com 5G, para quando ele estiver pronto para uso aqui no Brasil, sem contar com todas as variações do Wi-Fi, com destaque para o Wi-Fi 6, e Bluetooth 5.0. NFC para pagamentos por aproximação também está presente.

Software e interface

O Galaxy A73 5G já sai de fábrica com a interface One UI 4.1 baseada no Android 12. Segundo a Samsung, o smartphone deve receber atualizações de sistema por, no mínimo, quatro anos, ou seja, até o futuro Android 16.

A interface One UI 4.1 do Galaxy A73 é a mesma presente no A53. É muito bonita, com ícones amigáveis e transições suaves. A maioria dos recursos funciona, como a Bixby Routines, Quick Share e a integração com o Windows, mas senti falta do suporte ao modo DeX.

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Acredito que os smartphones mais potentes da linha Galaxy A já possuem potência suficiente para suportar o modo desktop, porém a Samsung ainda insiste em limitá-lo aos celulares mais potentes.

Câmeras

O Galaxy A73 é o primeiro Galaxy A com câmera principal de 108 MP. Obviamente, não é a mesma presente no poderoso S22 Ultra 5G, mas ela tira boas fotos tanto de dia quanto de noite.

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Infelizmente, o tempo ruim não ajudou na maioria dos cliques, mas o Galaxy A73 se saiu bem no geral. O pós-processamento segue adicionando mais saturação e contraste em diversos cenários, fazendo com que as paisagens pareçam mais vibrantes e os alimentos, mais saborosos.

Com auxílio do sensor de profundidade de 5 MP, o modo retrato é muito interessante em dias ensolarados e com boa iluminação, apresentando um recorte preciso e desfoque agradável. Durante a noite, percebi somente algumas falhas na área do cabelo, mas nada muito grave.

O modo noturno é geralmente agradável. Não há muito brilho nas fotos, mas as cores são preservadas, o que me agrada.

As câmeras ultrawide e macro, por outro lado, são apenas ok. Elas não parecem ter mudado tanto em relação às presentes no A72, algo que não considero ruim, porém não se destacam. Os resultados do Realme 9 Pro+ são melhores, na minha opinião.

A câmera de selfie de 32 MP também não sofreu alteração. Tanto as cores vibrantes quanto a boa definição continuam. O recorte de fundo no Modo Retrato também é satisfatório, embora seja possível notar contornos não muito precisos.

Bateria e carregamento

O Galaxy A73 tem uma bateria de 5.000 mAh, mesma capacidade do A72 e do novo A53. Não senti que a autonomia melhorou em relação ao antecessor, apesar do chipset mais eficiente.

No nosso teste padrão de Netflix, com o celular conectado apenas ao Wi-Fi, brilho e volume em 50%, tivemos um desgaste de 19% em três horas de reprodução. Foi bem menos do que seu irmão A53 5G, que consumiu 26% no mesmo cenário, porém quase o mesmo consumo do A72.

Usando o smartphone no dia a dia, com muita rede social, vídeos e jogos, foi possível chegar tranquilamente a um dia a meio. Se seu uso for mais intermediário, dois dias de utilização são suficientes.

No carregamento, o Galaxy A73 5G tem suporte para fast charging de 25 W. O carregador compatível vem na caixa, o que é ótimo. O smartphone consegue encher completamente a carga em cerca de 1h20.

Som

O Galaxy A73 tem dois alto-falantes, os quais acredito que sejam os mesmos presentes no A72. A qualidade sonora é muito semelhante, com médios e agudos bem definidos mesmo no volume máximo. É possível distinguir cada detalhe das músicas, como guitarra, vocais e bateria.

Assim como o irmão mais velho, os graves não são destaque, porém geralmente os resultados são positivos. Pode soar estridente dependendo da canção, todavia é ótimo para jogar e assistir a vídeos no YouTube.

Concorrentes diretos

Enquanto o recente Motorola Edge 30 não chega ao Brasil, o principal concorrente do Galaxy A73 no portfólio da Motorola é o Motorola Edge 20. Ele também possui o chipset Snapdragon 778G 5G, tela AMOLED de qualidade, ótima construção e recursos premium, como o suporte ao Ready For.

Na minha opinião, o A73 leva mais vantagem no conjunto fotográfico, embora o celular da Motorola não faça feio. Ah, e a Samsung oferece bem mais tempo de atualizações do Android, característica cada vez mais pedida nos smartphones.

Duas vantagens do Edge 20 Pro: a construção de vidro, apesar de não ser resistente à água, e o preço, pois pode ser encontrado por cerca de R$ 2.100, contra R$ 2.600 do rival.

O Realme 9 Pro+ também é um grande concorrente do A73 e, inclusive, acredito que ele seja melhor em muitos aspectos. O visual mais elegante e inédito, o desempenho impressionante da câmera em ambientes noturnos e a tela AMOLED de 120 Hz são alguns dos destaques do aparelho.

Se você procura uma alternativa a Samsung e Motorola, a Realme com o Realme 9 Pro+ é a melhor opção no Brasil atualmente. O preço, no entanto, pode ser um empecilho, pois custa cerca de R$ 2.900.

Vale a pena comprar o Galaxy A73 5G?

O Galaxy A73 5G veio para aperfeiçoar que já era ótimo. Ele não representa uma evolução muito significativa em relação ao A72, mas se consolida como um dos melhores, senão o melhor, celular intermediário avançado vendido no Brasil atualmente.

Ele é extremamente equilibrado e não decepciona em nada: tem ótimo design, corpo resistente à água, tela AMOLED de 120 Hz, chipset potente com 5G, câmeras competentes, software atualizado, bateria de longa duração e recursos bastante úteis.

Apesar de todos os pontos positivos do Galaxy A73, infelizmente ele se encontra numa faixa de preço muito difícil. Por cerca de R$ 2.700, já é possível encontrar alguns modelos da linha Galaxy S, como o recente Galaxy S21 FE e o antigo Galaxy S21, que se sobressaem em tudo.

O S20 FE 5G, por outro lado, talvez o Galaxy S mais procurado do momento, custa bem menos que o Galaxy A73, na faixa dos R$ 2.000.

Resumindo, o Galaxy A73 é um excelente intermediário avançado que fica perdido no meio de tantos Galaxy S excelentes. Quando ele puder ser encontrado por cerca de R$ 2.000, talvez seja uma opção a se considerar para quem procura tela grande, design atual e ótimo desempenho.