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Review Samsung Galaxy A13 4G | Boa evolução em relação ao A12

Por| Editado por Léo Müller | 26 de Abril de 2022 às 15h11

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Review Samsung Galaxy A13 4G | Boa evolução em relação ao A12
Review Samsung Galaxy A13 4G | Boa evolução em relação ao A12

A Samsung lançou o Galaxy A13 no Brasil apenas na versão 4G, pelo menos por enquanto, mas com algumas novidades interessantes em relação ao A12. A tela, por exemplo, evoluiu para Full HD, enquanto o conjunto fotográfico recebeu uma câmera de 50 MP. Mas todas as melhorias vieram com um preço: R$ 1.799 no site da marca.

Será que vale pagar o valor a mais pelas novidades? Usei o Galaxy A13 4G por alguns dias e conto todos os seus pontos positivos e negativos nesta análise!

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Construção e design

O Galaxy A13 traz o chassi único que vimos no A12, cobrindo até as laterais do aparelho. É claro que a aparência de smartphone básico ainda continua, mas o acabamento plástico presente na nova geração aparenta ser de maior qualidade.

Ainda falando da tampa traseira, ela é lisa e felizmente não acompanha os dois tipos de textura do seu antecessor. O único problema é que acumula muitas marcas de dedos — e infelizmente a Samsung não envia uma capinha junto à embalagem.

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A pegada do aparelho, mesmo trazendo materiais mais simples, acaba agradando pela robustez. Ele é ligeiramente mais leve que o A12, pesando cerca de 195 gramas, mas é maior e mais largo. Mesmo assim, com as quintas e as laterais arredondadas, segurar o Galaxy A13 é até agradável.

A principal diferença do A13 em relação ao A12 é o posicionamento das câmeras. Inspirando-se no Galaxy A32, lançado em 2021, os quatro sensores e o flash de LED são integrados à tampa traseira, sem qualquer lambada ou módulo.

Particularmente, gostei muito que a Samsung está unificando a sua família Galaxy A em design. Além do A13, o A23 também apresenta um visual semelhante aos demais membros da linha. É inovador e revolucionário? Não, mas mantém um padrão bonito e que chama atenção pela simplicidade e elegância.

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O modelo que recebemos para testes possui a cor branca, que é bastante sóbria e bonita. O Galaxy A13 também pode ser encontrado nas cores azul, rosé e preta.

Botões e slots

Ao todo, o Galaxy A13 possui três botões, todos localizados na lateral direita. São eles: aumentar e diminuir volume, e o de energia, que também funciona como leitor de digitais.

Diferentemente do Galaxy A12, que tinha um botão aparentemente frágil e um desbloqueio bem rápido para a categoria, por aqui senti uma demora para acender a tela. Pelo menos ele também foi preciso durante os meus testes.

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Na lateral direita, fica a gaveta dupla para dois chips de operadora ou um chip e um cartão de memória. Na lateral inferior, há uma porta de 3,5 milímetros (mm) para fones de ouvido, um conector USB-C 2.0 e o único alto-falante, já que ele tem som mono.

Conexões

Como estamos falando de um celular bastante básico, o Galaxy A13 compartilha de muitas características do seu antecessor. Ele não tem 5G nem NFC (Near Field Communication), portanto nada de pagamentos por proximidade.

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Uma “novidade” no Galaxy A13 em relação ao A12 é o Wi-Fi 802.11 b/g/n/ac, que libera as frequências de 2,4 GHz e 5 GHz. Na prática, isso significa que você terá um pouco mais de qualidade na hora de consumir conteúdos via streaming, além de jogos online.

Tela

Tecnicamente, o Galaxy A13 veio com uma tela bastante similar à que vi no A12 em alguns aspectos. Ele é equipado com uma display do tipo PLS TFT, o mesmo do modelo passado, que não é a melhor variação do LCD disponível no mercado, mas oferece um bom ângulo de visão e brilho aceitável para a categoria.

O que me chamou atenção positivamente foi a resolução Full HD+, que na tela de 6,6 polegadas fica ótima para consumo de mídias. O A12, com sua tela HD+ de 6,5 polegadas, era muito prejudicado pela baixa resolução em conteúdos como streaming de vídeo.

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Mas as novidades acabam por aqui. Infelizmente, não há taxa de atualização mais alta, característica cada vez mais presente em celulares mais simples. Então, já adianto que a navegação é bem arrastada em diversos momentos. Claro que a culpa não é somente disso, mas também do hardware limitado.

Como qualquer recurso é bem-vindo em um celular básico, a Samsung adicionou o já conhecido filtro de luz azul, que limita a quantidade de emissão de luz azul emitida pela tela e tem como objetivo reduzir o esforço ocular, sem contar com o modo de escuro.

Configurações e desempenho

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O Galaxy A13 é equipado com o chipset intermediário Exynos 850. Ele é bastante simples, portanto não há modem 5G ou frequências muito altas, mas é ligeiramente superior ao defasado Helio P35, presente no Galaxy A12. Esse chip também é responsável pelo suporte ao Wi-Fi dual band.

A memória RAM de 4 GB se manteve, com novidades apenas no armazenamento interno, agora de respeitáveis 128 GB. O celular ainda oferece extensão armazenamento por cartão microSD de até 1 TB.

Apesar de, teoricamente, o Galaxy A13 ser melhor que o A12, durante os testes parecia que estava tendo um "déjà-vu" porque a experiência de uso foi muito parecida.

Comecemos pelos pontos positivos: é possível jogar títulos mais leves, como Subway Surfers, Jetpack Joyride e Candy Crush numa boa, inclusive com um pouco mais de fluidez em relação ao A12, porém não espere muito. Não é muito difícil encontrar engasgos.

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Surpreendentemente, também consegui rodar Asphalt 9 com uma qualidade ok, se considerarmos que, no A12, o jogo nem saía da tela de carregamento. Ele também aguenta Free Fire tranquilamente, embora não seja tão fluido quanto eu gostaria de um jogo de tiro.

Também gostei que o Galaxy A13 veio com o RAM Plus, recurso que se tornou queridinho dos smartphones intermediários e premium ultimamente. Basicamente, ele transforma parte do armazenamento interno do celular em memória RAM. O máximo permitido por aqui é 4 GB.

Ao ativar a função, os aplicativos deveriam abrir e responder ao toque de maneira mais rápida. Sinceramente, não percebi quase nenhuma mudança por aqui. Mas deve ser um detalhe que ajudará os celulares básicos daqui alguns anos.

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Se em jogos o Galaxy A13 se saiu relativamente bem nos meus testes, no multitarefas ele sofreu. Os 4 GB de RAM não deram conta de muitos apps abertos, como Facebook, Twitter, TikTok e Instagram, apresentando muitos travamentos e longos períodos de carregamento.

Mas o que eu gostei menos no Galaxy A13 em termos de desempenho foi a One UI Core. Mesmo sendo uma versão simplificada da interface original, não teve uma janela que não demorou mais que o normal para abrir ou as opções aparecerem na tela.

Além disso, durante basicamente todo o período em que usei o Galaxy A13 senti como se tudo estivesse funcionando em 30 quadros por segundo (fps), não 60 quadros, como padrão. O sistema parece bem pesado e mal otimizado para celulares mais básicos.

Sistema e interface

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Como eu toquei no assunto interface, devo dizer que surpreendi positivamente pelo Galaxy A13 ter sido lançado com o Android 12. A Samsung não informou se pretende atualizá-lo para o futuro Android 13, mas já foi bom vê-lo com o SO mais recente.

A interface que roda no Galaxy A13 é a One UI Core 4.1 e, assim como a One UI 4.1 presente no Galaxy S22, há a maioria das opções de personalização que chegaram com a nova versão do Android, como a paleta de cores predominante da interface conforme o wallpaper.

Ele também vem com os tradicionais gestos para ativar e desativar a tela, o Quick Share, este que serve para compartilhar arquivos rapidamente com outros dispositivos Galaxy, e o Dual Messenger, para usar duas contas de um aplicativo.

Câmeras

O conjunto fotográfico do Galaxy A13 não mudou muito em relação ao A12. Praticamente, só a câmera principal recebeu alterações, trocando o sensor de 48 MP do antecessor por um de 50 MP. As outras são idênticas: ultrawide de 5 MP, macro e profundidade de 2 MP, e frontal de 8 MP.

Câmera principal

Assim como o irmão mais velho, o A13 não vem com modo noturno, o que é uma pena porque o sensor principal repete os problemas do A12 em cenários de meia-lua e noturnos, com bastante ruído e definição prejudicada.

Em ambientes com boa iluminação, o pós-processamento dá uma saturada nas cores para chamar mais atenção, algo que, particularmente, curto bastante. Mas não dá para cobrar muito, de fato. Tons esverdeados ainda ficam com um aspecto “sem graça”, em vez de saltar aos olhos.

Mas, no geral, eu gostei dos resultados da câmera principal. O perfil de cor mais natural não me agrada muito, mas não posso dizer que seja ruim. Há uma boa fidelidade de cores, ótima definição e alcance dinâmico (HDR) decente. Eu só não recomendo aproximar além de 2x porque a qualidade cai drasticamente.

O único modo que você deve utilizar com mais frequência é o Retrato, já que o Food é pouco útil e, muitas vezes, piora a imagem em vez de melhorar. O Galaxy A13 tem um sensor de profundidade que deveria auxiliar no desfoque de mundo, mas ele só está ali para fazer numero, mesmo.

Pelo menos o software da câmera faz um trabalho decente por aqui, fazendo o isolamento de fundo com uma boa qualidade se considerarmos a categoria. Mas esse elogio vale apenas para retratos com pessoas, pois com objetos não há uma boa detecção de contorno.

Câmera ultrawide

Com apenas 8 MP, a câmera ultrawide também não se destaca em relação à do A12. Você não deve ter muitos problemas em fotografar com ela ao ar livre, mas em ambientes menores ou com muitas informações, fica nítida a falta de definição e a distorção nos cantos.

E eu prefiro nem comentar sobre o desempenho desse sensor em cenários noturnos. Simplesmente não dá para aproveitar nada.

Câmera macro

A câmera macro tem 2 MP e confesso que já não esperava nada dela. As imagens não possuem nenhuma definição, e as cores são extremamente lavadas. Mas se você ignorar bem esses defeitos, é possível tirar fotos “aceitáveis” de flores e plantas porque a iluminação do ambiente ajuda um pouco.

Selfies

As imagens com a câmera frontal são muito parecidas com as que consegui com o A12. Devem agradar os usuários menos exigentes em condições favoráveis, mas o HDR não é bom, apresentando céus geralmente estourados, e a definição é precária.

Bateria e carregamento

O Galaxy A13 manda muito bem no quesito bateria, mas acredito que falta otimização em alguns aplicativos.

Por exemplo, no nosso teste padrão de Netflix, com três horas de reprodução, brilho e volume em 50%, e conectado ao Wi-Fi, o aparelho saiu de 100% para 72%. É uma marca interessante, porém bem abaixo de outros aparelhos com a mesma capacidade de bateria.

No entanto, no dia a dia, o Galaxy A13 se mostrou um ótimo aparelho. Eu passei horas navegando por redes sociais, vendo vídeos no YouTube e jogando ocasionalmente, e consegui chegar ao segundo dia com cerca de 35% de carga restantes e pouco mais de seis horas de tela ligada.

É claro que, no uso real, o aparelho não deve durar tanto, já que entraria as redes móveis e outras variações que puxam a bateria para baixo. Ainda assim, ele não deve ser um problema para usuários que possuem um uso mais moderado.

No carregamento, o Galaxy A13 é compatível com velocidade de 15 W, e você vai ficar feliz em saber que a Samsung ainda envia um carregador na embalagem. Curiosamente, o acessório veio no padrão americano, mas não deve ser esse a versão vendida oficialmente.

Som

O Galaxy A13 tem apenas uma saída de som, localizada ao lado da entrada USB-C. Comparado com o som do A12, houve uma melhora significativa na qualidade. Eu ouvi a mesma música, Love Bites, da banda Halestorm, e os instrumentos ficaram embolados.

Também notei uma clareza a mais no vocal, principalmente nos agudos, e não soaram abafados, pelo menos nas músicas que eu testei. No volume máximo, os agudos ainda se sobressaem bastante, porém já era esperado.

Concorrentes diretos

O Galaxy A13 é um smartphone bastante básico, mas chegou ao Brasil recentemente pelo preço sugerido de R$ 1.799. Seu preço deu uma leve diminuída, agora chegando a cerca de R$ 1.600, mas ainda é impossível recomendá-lo por esse valor ao ter outros Galaxy melhores na mesma faixa.

Dá para citar muitos modelos superiores, como o Galaxy M52 5G, que custa só R$ 100 a mais e entrega tudo de melhor, além de ser compatível com 5G. O próprio A52 também pode ser encontrado nessa faixa de preço.

De outra marca, dá para citar o Moto G31, intermediário básico da Motorola que possui tela AMOLED, bateria de longa duração e câmera principal de 50 MP, tudo isso por menos de R$ 1.500.

Vale a pena comprar o Galaxy A13?

O Galaxy A13 seria um aparelho muito competitivo na faixa de preço até R$ 1.000, onde não há muitos smartphones, digamos, recomendáveis.

Ele apresenta uma tela Full HD de qualidade, design agradável, boa autonomia de bateria e câmeras básicas, porém justas se consideramos a sua categoria.

O desempenho não é grande coisa, melhorando quase nada em relação ao Galaxy A12, mas, novamente, para o público menos exigente e que procura o básico, é um conjunto interessante.

Mas é aquilo, por mais de R$ 1.500, é praticamente impossível recomendá-lo. Muitos smartphones intermediários que se destacaram no ano passado já podem ser encontrados nessa faixa de preço, casos dos Galaxy A52 e M52 5G.

Eu só recomendo o Galaxy A13 quando ele puder ser encontrado por menos de R$ 1.100, algo que pode não demorar muito se pensarmos na desvalorização dos aparelhos mais simples da Samsung. Até lá, considere outros modelos.