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Os avanços mais significativos da medicina nos últimos 10 anos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 13 de Julho de 2022 às 09h00

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sofiiashunkina/envato
sofiiashunkina/envato

Em dez anos, muita coisa pode mudar. Na ciência, é tempo o suficiente para o surgimento de novas descobertas, e o aprimoramento de ideias já levantadas anteriormente. Na área da medicina não é diferente: mudanças radicais no diagnóstico e no tratamento de diversas doenças se fazem presentes.

Com isso, levando em consideração o aniversário de dez anos do Canaltech, separamos as descobertas e os avanços mais significativos da medicina que aconteceram nesta última década. Confira!

Tratamentos para o câncer

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Nos últimos dez anos, a medicina se aprimorou em tratamentos para o câncer. Os grandes avanços no combate contra a doença têm sido representados pelas vacinas personalizadas, por exemplo, que mantêm seus efeitos no sistema imunológico anos após a injeção. Essas vacinas fazem com que o sistema imunológico crie células T antitumorais que são específicas de acordo com cada tumor e paciente.

A ciência também tem se concentrado em encontrar novas maneiras de detectar o câncer, como testes sanguíneos destinados a identificar a doença de forma precoce para iniciar o tratamento, com maiores chances de sucesso na recuperação. Quanto antes se descobrir a predisposição a ter a doença, melhor, e a tecnologia passou a contribuir com essa questão nos últimos anos por meio do mapeamento genético.

Telemedicina

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Sem dúvidas, a relação entre a tecnologia e a medicina se acentuou nessa última década, mais precisamente durante a pandemia de covid-19. Trata-se de uma modalidade que abrange uma série de processos realizados a distância, como teleconsulta, teleassistência, telediagnóstico, entre outras. Em outras palavras, é possível conversar com o profissional da saúde pelo computador ou pelo celular, sem sair de casa.

Em comparação com avanços mais antigos, considerando que analisamos de 2012 até aqui, a telemedicina é bem recente, e só foi regularizada no Brasil em maio.

Inteligência artificial

A inteligência artificial tem sido outro marco na relação entre a medicina e a tecnologia, servindo como uma verdadeira aliada na detecção de determinadas doenças, como Alzheimer ou Parkinson. A ferramenta também é capaz de diagnosticar e prescrever objetivamente tratamentos de depressão e até detectar sinais de transtorno mental em postagens da internet.

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O recurso também tem dado alguns passos rumo ao diagnóstico do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), podendo até mesmo detectar sinais de autismo na fala. Já no que diz respeito à covid-19, a IA já mostrou que consegue diagnosticar a doença em exames de sangue e até prever as próximas variantes dominantes.

Transplante

Vale, ainda, fazer um panorama sobre os avanços que a última década se deparou em relação a transplantes. Cientistas buscaram combater a escassez do banco de órgãos apostando em porcos geneticamente modificados. No ano passado, cirurgiões transplantaram rim de porco em um humano, e deu certo! Esses órgãos são projetados para eliminar um açúcar prejudicial ao sistema imunológico das pessoas.

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Já neste ano, aconteceu o primeiro transplante de coração de porco em um ser humano. Pesquisadores brasileiros estimam que, já em 2025, a população poderá passar a contar com esse avanço da medicina. O Governo do estado de SP investiu R$ 50 milhões em pesquisas sobre xenotransplantes.

Combate contra o HIV

Nesta década, também tivemos novidades animadoras no combate contra o HIV. A farmacêutica Moderna adaptou sua tecnologia e começou os estudos clínicos para uma nova fórmula contra o vírus. Atualmente, a vacina já está em fase de testes em humanos. Há também outro estudo chamado Mosaico, com participação de cientistas e voluntários brasileiros, que procura demonstrar a eficácia de um imunizante contra a doença.

Fabricação de órgãos

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Os cientistas também se concentram na fabricação de órgãos, o que pode resolver os problemas de escassez e a grande fila de espera para quem precisa de doações e transplantes. Ao longo desses dez anos, estudos passaram a tentar criar órgãos usando bioimpressoras 3D, por exemplo. Neste ano, foi possível usar um robô para imprimir um "miocárdio" que dura seis meses. Harvard deu um recente passo rumo à fabricação de órgãos, ao desenvolver um modelo biohíbrido de ventrículos humanos com células cardíacas.

Cirurgia robótica

Para encerrar a lista de avanços na medicina nos últimos dez anos, nada mais adequado que falar do campo cirúrgico: em 2019, aconteceu a primeira cirurgia cardíaca feita a longa distância com auxílio de robôs. A cirurgia robótica também passou a ser realidade no Brasil, e só no ano de 2020, o país registrou mais de 14 mil cirurgias feitas com o auxílio de robôs.