Publicidade

Transplantes com órgãos de porco devem começar no Brasil em 2025

Por| Editado por Luciana Zaramela | 04 de Maio de 2022 às 15h30

Link copiado!

 twenty20photos/Envato
twenty20photos/Envato

O transplante com órgãos de porco tem sido uma maneira alternativa de combater a escassez banco de órgãos. Pesquisadores brasileiros estimam que a prática não esteja tão longe de acontecer quanto se imagina: a projeção é que já em 2025, a população já pode passar a contar com esse avanço da medicina. O Governo do estado de SP investiu R$ 50 milhões em pesquisas sobre xenotransplantes.

O investimento se dá a partir de uma parceria entre o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e a startup XenoBrasil. A ideia é construir um biotério para a criação de porcos destinados a fornecer os órgãos para transplante. O espaço será no campus da Universidade de São Paulo (USP).

Não é a primeira vez que os suínos se mostram verdadeiros aliados da área da saúde: as válvulas cardíacas de porco costumam ser usadas com sucesso para reparar danos no coração de humanos, e enxertos de pele de porco são usados ​​em queimadura. Anteriormente, já foi possível usar córneas para restaurar a visão de uma pessoa, por exemplo.

Continua após a publicidade

Transplantes suínos

Ainda assim, o conceito de transplantes com órgãos de porco é relativamente novo. Em janeiro, o norte-americano David Bennett (57) se tornou o primeiro humano da História a receber um transplante de coração de porco. O paciente tinha uma doença cardíaca em estágio terminal, então o transplante era o último recurso. Apesar de a operação ter sido um sucesso, a princípio, Bennett morreu dois meses depois.

Em setembro do ano passado, uma equipe do NYU Langone Health conseguiu transplantar um rim de porco em um paciente humano. Esse rim utilizado veio de um animal editado geneticamente, projetado para eliminar esse açúcar e evitar um ataque ao sistema imunológico.

Continua após a publicidade

Para realizar esse procedimento, os cirurgiões anexaram o rim do porco a um par de vasos sanguíneos fora do corpo de uma pessoa já falecida (morte cerebral) e observaram o funcionamento do órgão por dois dias. O órgão conseguiu filtrar resíduos e produzir urina, e não foi rejeitado pelo organismo.

Fonte: Folha de S. Paulo