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10 astrônomos famosos e suas descobertas sobre o universo

Por| 05 de Novembro de 2022 às 16h00

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Wellcome Images/Domínio Público/NASA/ESA
Wellcome Images/Domínio Público/NASA/ESA

Quando se pensa em grandes cientistas, nomes como Nicolau Copérnico, Galileu Galilei e Isaac Newton, ou ainda Albert Einstein, Stephen Hawking e Carl Sagan são logo lembrados. Mas existem muitos outros astrônomos famosos que também mudaram nossa compreensão do universo — e que talvez você não os conheça tão bem.

Copérnico deu um start na astronomia ao dizer que tudo o que vemos no céu não gira em torno da Terra; é a Terra que gira ao redor do Sol. Galileu é tido como o "pai" da observação astronômica com seus telescópios, sendo o primeiro a observar as quatro maiores luas de Júpiter. Newton compreendeu a gravidade como ninguém havia feito, explicando movimentos planetários e acabando com qualquer dúvida quanto ao Sol ser o centro do Sistema Solar.

Einstein explicou melhor como a gravidade funciona no universo, desenvolvendo a teoria da relatividade geral. Sagan foi, além de um importante cientista, um brilhante divulgador científico, levando o entendimento do cosmos para as massas pela televisão. Hawking causou uma revolução na compreensão de buracos negros, do conceito de tempo e da física quântica.

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Mas quem descobriu a composição do Sol? Quem percebeu que existiam outras galáxias? E quem atestou a existência da matéria escura? Essas e outras descobertas foram feitas por alguns dos maiores cientistas da história, que você precisa conhecer melhor!

Astrônomos famosos por suas grandes descobertas

1. Johannes Kepler

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Considerado o último astrônomo-astrólogo do mundo ocidental, Kepler foi apelidado de "o astrólogo cético", pois tentou conciliar os conceitos da astrologia com a visão heliocêntrica da astronomia.

Kepler foi uma figura importantíssima na revolução científica do século XVII. O astrônomo e matemático alemão formulou as Leis de Kepler, que explicaram o movimento planetário e ajudaram a definir a mecânica celeste.

Outro astrônomo famoso que vale citar aqui é Tycho Brahe: eles trabalharam juntos e, após a morte de Brahe, Kepler teve acesso a instrumentos e observações até então mantidos em sigilo, o que tornou possível todo o trabalho que fez Kepler famoso.

A NASA homenageou o cientista com o telescópio espacial Kepler, aposentado em 2018 após proporcionar a descoberta de mais de 2.600 exoplanetas.

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2. Edmond Halley

O astrônomo britânico ficou famoso por ter decifrado a órbita do cometa Halley em 1696, sendo o primeiro a entender que cometas são objetos periódicos. Ele calculou que o cometa em questão cruzaria o Sistema Solar novamente em 1758 e também demonstrou como seria possível calcular a distância entre a Terra e o Sol a partir dos trânsitos de Mercúrio e Vênus.

E não para por aí: Halley ainda mapeou o campo magnético superficial da Terra, previu a ocorrência de eclipses solares e explicou as auroras boreais.

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3. Charles Messier

Este astrônomo francês criou um catálogo de objetos do céu profundo, com uma lista de 110 itens observados por ele — nebulosas, aglomerados estelares e galáxias que ficaram conhecidos como "objetos Messier".

Tudo começou com a busca pelo cometa Halley, já que Edmond Halley previu que o cometa passaria por aqui novamente em 1758. Messier se deparou com uma nebulosa, inicialmente confundida com o cometa, mas logo ficou claro que se tratava de outra coisa. Ele então decidiu catalogar objetos fixos no céu profundo para evitar que novos enganos acontecessem.

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E foi assim que surgiu o Catálogo Messier, compilado pelo astrônomo entre 1764 e 1781. De todos os 110 objetos da lista, foi Messier quem descobriu 44 deles. O catálogo compila 40 galáxias, 29 aglomerados globulares, 27 aglomerados abertos, 11 nebulosas e outros 3 objetos. O Catálogo Messier é, até hoje, uma referência para astrônomos amadores, que estão iniciando suas observações do céu.

4. Edwin Hubble

O telescópio espacial Hubble leva o sobrenome deste astrônomo norte-americano que provou que muitos objetos até então compreendidos como nebulosas eram, na verdade, outras galáxias.

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Ele calculou a distância entre a Via Láctea e a galáxia de Andrômeda em 1923, concluindo que essa distância seria de 1 milhão de anos-luz. Apesar de tal estimativa ter se mostrado incorreta anos depois (já que esse número é de mais de 2 milhões de anos-luz), seu cálculo foi importante por ter provado que Andrômeda estava muito além dos limites da nossa Via Láctea e, portanto, tratava-se de uma outra galáxia.

Hubble também classificou os diferentes tipos de galáxias, entre espirais e elípticas, e ainda revelou que o universo está se expandindo, criando a Lei de Hubble, quando demonstrou que as galáxias se afastam em grande velocidade e que essa velocidade aumenta com a distância.

5. Cecilia Payne-Gaposchkin

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Esta astrônoma britânico-americana foi a primeira pessoa a revelar a composição do Sol, em 1925. Foi ela quem demonstrou que nossa estrela era composta principalmente de hidrogênio, numa época em que muitos acreditavam que o Sol tinha composição parecida com a da Terra.

Isso foi possível analisando variações nas linhas espectrais do astro, descobrindo que o hélio e o hidrogênio eram muito mais abundantes no Sol do que na Terra. Ela também concluiu que o hidrogênio seria o principal item na composição de estrelas, sendo, consequentemente, o elemento químico mais presente no universo.

Estudando estrelas, Cecilia realizou mais de 2 milhões de observações, reunindo dados preciosos que foram fundamentais para a compreensão da evolução estelar.

6. Gerard Kuiper

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Sabe o Cinturão de Kuiper, localizado a partir da órbita de Netuno e que abriga milhares de pequenos corpos celestes, incluindo Plutão? Pois bem, esta região foi assim chamada em homenagem a Gerard Kuiper, astrônomo holandês que sugeriu a existência dessa área em 1951.

Além disso, Kuiper descobriu uma lua em Urano e outra em Netuno, e também detectou dióxido de carbono na atmosfera de Marte, além de ter identificado a presença de metano na lua Titã, de Saturno.

7. Clyde Tombaugh

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Plutão, que já foi considerado o nono planeta do Sistema Solar até ser reclassificado como planeta anão, é um mundo que ainda rende polêmica. Mas que Plutão foi "rebaixado" de categoria todo mundo sabe; o que talvez você não saiba é que foi o astrônomo Clyde Tombaugh que descobriu este pequeno notável, em 1930.

Plutão foi o primeiro objeto descoberto na região que anos depois seria chamada de Cinturão de Kuiper. Tombaugh estava na verdade tentando achar o até hoje hipotético Planeta X, quando notou um objeto em movimento ao comparar registros de observações diferentes. E como a órbita deste objeto se estendia para além de Netuno, seria impossível que se tratasse de um asteroide. Então Tombaugh entendeu que este seria o nono planeta do Sistema Solar, que ele tanto buscava.

Bem, Plutão seguiu sendo considerado um planeta até que outros objetos do cinturão foram descobertos a partir do fim dos anos 1990. Então, em 2006 houve a decisão de rever a classificação de corpos celestes, redefinindo os critérios para um objeto ser um planeta de verdade.

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Ainda assim, Plutão atraiu o interesse da ciência e recebeu a sonda New Horizons em seus arredores, em 2015. Foi quando Clyde Tombaugh ganhou uma bela homenagem: o coração "impresso" na superfície de Plutão foi chamado de Tombaugh Regio, em honra a seu descobridor.

8. Frank Drake

Falecido em setembro de 2022, Frank Drake ficou famoso pela Equação de Drake. Em 1961, ele formulou uma equação para estimar quantas civilizações extraterrestres ativas podem existir na Via Láctea.

A equação se tornou questionável porque contabiliza alguns fatores que ainda são desconhecidos, então diferentes cientistas obtiveram resultados bem discrepantes entre si. Enquanto Drake concluiu que poderiam existir duas civilizações inteligentes na Via Láctea, outros cálculos resultaram em centenas de milhares.

De qualquer maneira, Drake não foi desacreditado — muito pelo contrário. Ficou conhecido como um dos pioneiros na busca por vida inteligente fora da Terra, atuando nessa área controversa da ciência desde os anos 1960.

E olha só: nessa "ideia fixa" por encontrar algum sinal de que não estamos sozinhos no universo, Drake acabou fazendo várias descobertas no caminho. Foi ele quem mapeou o centro da Via Láctea pela primeira vez, também descobrindo cinturões de radiação ao redor de Júpiter, além de descobrir que Vênus tem uma atmosfera espessa o bastante para reter o calor no planeta. Por fim, Drake foi o criador de um método diferente de análise de ondas de rádio, que foi usado para mapear a superfície de Vênus com precisão.

9. Vera Rubin

O trabalho desta astrônoma confirmou a existência da matéria escura, algo que foi idealizado nos anos 1930 e até hoje não pôde ser observado, de fato. Enquanto estudava estrelas orbitando nos arredores de galáxias, Vera reparou que aquele agrupamento se mantinha unido, mesmo que em movimento. Logo, deveria haver alguma coisa invisível ali "segurando" o grupo.

Hoje em dia, estima-se que a matéria escura represente 84,5% de toda a matéria do universo, tornando-se um dos assuntos mais importantes da cosmologia.

Mas tamanho mistério pode ser desvendado em breve, graças ao observatório Vera C. Rubin, cujo nome homenageia a astrônoma. Este observatório vai buscar algumas respostas para perguntas fundamentais sobre o universo — incluindo, claro, a matéria escura.

10. Nancy Grace Roman

A primeira mulher a ocupar um cargo executivo na NASA foi a astrônoma Nancy Grace Roman, conhecida como a "mãe" do telescópio espacial Hubble. Na agência espacial, ela atuou em várias posições de prestígio, como o de astrônoma-chefe.

Nancy foi a responsável por planejar a parte científica de diversos programas da agência por mais de vinte anos. Seu último projeto foi a idealização do Hubble, do qual ela participou ativamente de todas as etapas do desenvolvimento.

Falecida em 2018, o nome de Nancy também batizará um telescópio, tal qual o Hubble que ela ajudou a criar: o telescópio Nancy Grace Roman deve ser lançado nesta década de 2020 e vai investigar alguns mistérios do cosmos, como a força por trás da expansão do universo. Ele vai contar com um instrumento capaz de criar um campo de visão ultraprofundo, que será 100 vezes maior que o visualizado pelo Hubble.