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O que é um cinturão de asteroides?

Por| Editado por Patricia Gnipper | 25 de Setembro de 2022 às 19h00

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NASA/JPL-Caltech
NASA/JPL-Caltech

Muito se fala sobre os asteroides do Sistema Solar, e vários deles estão agrupados entre as órbitas de Marte e Júpiter em uma estrutura conhecida como Cinturão de Asteroides, que viaja em torno do Sol junto dos demais planetas. Mas, afinal, o que é um cinturão de asteroides e o que existe nele?

Quando astrônomos estavam observando Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno, os planetas conhecidos no século 18, eles descobriram um padrão orbital entre eles e chegaram à chamada Lei de Titius-Bode. De forma resumida, ela previa a quantidade de espaço entre planetas de qualquer sistema.

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No caso do Sistema Solar, a lei indicou um espaço entre as órbitas de Marte e Júpiter. Foi em 1801 que o astrônomo italiano Giuseppe Piazzi identificou um pequeno objeto, que seguia uma órbita de raio exatamente como previsto pela lei. O objeto em questão era Ceres, que foi chamado de asteroide por muito tempo, mas hoje é considerado um planeta anão.

Depois, novos estudos revelaram mais objetos na região. Não demorou muito até que vários corpos rochosos foram encontrados ali, tornando o nome “asteroide” e “Cinturão de Asteroides'' de uso comum.

Entenda o que é um cinturão de asteroides

Podemos dizer que um cinturão de asteroides é uma região no espaço com vários asteroides dispersos. No caso do Cinturão de Asteroides do Sistema Solar, ele é como uma “fronteira” que separa os planetas rochosos internos e os gigantes gasosos. Às vezes, o Cinturão de Asteroides é chamado de “Cinturão Principal” como uma forma de evitar confusões com o Cinturão de Kuiper — outro cinturão de asteroides do Sistema Solar, localizado além da órbita de Netuno.

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E o Sistema Solar não é o único com um cinturão de asteroides. Há alguns anos, uma equipe de cientistas descobriu uma nuvem de poeira ao redor de Zeta Lepois, uma estrela relativamente jovem, e suspeitam que a nuvem seja um cinturão “bebê”. Outras estrelas parecem ter sinais de cinturões de asteroides próprios, o que sugerem que sejam comuns pelo universo.

Mais especificamente, os estudos das estrelas anãs brancas (aquelas parecidas com o Sol, mas que estão chegando ao fim de suas vidas) indicam sinais de material rochoso caindo em suas superfícies. Na prática, isso pode indicar que os cinturões talvez sejam comuns em sistemas com estrelas morrendo.

Onde fica o Cinturão de Asteroides do Sistema Solar?

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Também conhecidos como “planetas menores”, os asteroides são corpos celestes rochosos que restaram da formação do Sistema Solar, há cerca de 4,6 bilhões de anos. A maior parte deles fica no Cinturão de Asteroides entre as órbitas de Marte e Júpiter, a uma distância mais de duas vezes maior do que aquela que separa a Terra e o Sol.

O Cinturão foi formado durante a juventude do nosso “quintal espacial”, quando a forte gravidade de Júpiter interrompeu o processo de formação de outros planetas do Sistema Solar na região. Assim, eles acabaram colidindo uns com os outros e foram fragmentados, formando os asteroides observados ali.

Os asteroides do Cinturão apresentam tamanhos variados: alguns têm menos de 10 m de extensão, enquanto outros chegam a centenas de quilômetros e são considerados planetas anões — é o caso de Ceres, o maior objeto do cinturão, com cerca de 950 quilômetros de diâmetro.

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Ele é um planeta anão pequeno demais para ser “promovido” a planeta e, sozinho, guarda aproximadamente 30% da massa do Cinturão. Tanto Ceres quanto Vesta, o segundo objeto mais massivo do Cinturão, foram visitados pela missão Dawn, da NASA, em 2011. Assim, ela se tornou a primeira a orbitar um planeta anão, sendo também a prmeira a orbitar dois corpos celestes do Cinturão de Asteroides.