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Review ROG Strix G16 (2024) | Notebook com RTX 4050 e toque premium

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Review ROG Strix G16 (2024) | Notebook com RTX 4050 e toque premium
Review ROG Strix G16 (2024) | Notebook com RTX 4050 e toque premium
ROG Strix G16 (2024)

O segmento intermediário de notebooks gamer vem crescendo cada vez mais em mercados mais caros, como o brasileiro. Se há alguns anos havia a predominância de modelos muito baratinhos e já com um pé na defasagem, hoje já é possível encontrar dispositivos muito mais atrativos e com tecnologias recentes, como o ROG Strix G16 de 2024.

Introduzido no varejo há poucos meses, a ASUS resolveu lançar uma versão mais baratinha de um dos seus principais carros-chefe: o ROG Strix G16 com RTX 4050. Além da placa de vídeo de entrada, esse modelo ainda vem com Intel Core i7 de 13ª geração e promete ser uma alternativa para o consumidor. O problema é que, embora ele faça isso bem, o custo elevado dificulta a recomendação para todos os bolsos.

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Design e construção

A ASUS não alterou drasticamente o visual do ROG Strix G16 e manteve o notebook com um design bem similar ao da elogiada versão de 2023. Na verdade, a carcaça do modelo é muito parecida com a do anterior, com a construção em plástico no chassi e a tampa em metal, mantendo o símbolo da ROG.

Isso traz um design bem chamativo ao produto e reforça muito sua estética gamer arrojada. A carcaça em plástico semitranslúcido retorna para dar um toque especial, enquanto o teclado retroiluminado é um agrado sempre bem-vindo aos amantes do RGB.

Vendido na mesma cor grafite, o aparelho é bem sólido e fica com poucas marcas de dedo no chassi. Nas laterais, além das conexões, há exaustores de ar que se concentram principalmente na região traseira para arrefecer o dispositivo.

Sobre portabilidade, a tela de 16 polegadas não deve ser um grande problema para os usuários. O modelo cabe na maioria das mochilas, mas seu peso de 2,5 kg pode dar uma canseira caso você fique com ele por muito tempo nas costas.

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Especificações técnicas

Focado no segmento intermediário, o ROG Strix G16 acompanha uma GeForce RTX 4050 de 6 GB e processador Intel Core i7-13650HX. O notebook gamer ainda vem com 16 GB de memória RAM a 4.800 MT/s e SSD NVMe PCIe de 512 GB.

  • Processador: Intel Core i7-13650H;
  • Memória RAM: 16 GB (2x8) DDR5 a 4.800 MT/s (Expansível até 32 GB);
  • Armazenamento: SSD NVMe M.2 de 512 GB
  • Placa de vídeo: NVIDIA GeForce GTX 4050 (6 GB);
  • Webcam: 720p
  • Sistema Operacional: Windows 11 Home
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A ficha técnica é bem coerente com o segmento deste notebook, mas ao longo dos testes pude perceber certos padrões não tão animadores. O principal é que a RTX 4050 é uma placa que em muitos momentos chega até bem perto da RTX 4060, mostrando como a GPU de final 60 da NVIDIA foi desenvolvida com muito menos esmero do que deveria.

Isso também coloca em dúvida a recomendação do modelo da geração passada, uma vez que custa mais do que a variante de 2024 e oferece pouco ganho de desempenho. Ainda assim, o Strix G16 por si só já é um notebook caro por conta de toda a questão de construção, design e seu aspecto gamer latente.

Tela

Portando 16 polegadas, como o nome sugere, o ROG Strix G16 tem uma tela competente para o mercado em que está inserido, mas poderia ser melhor. O modelo utiliza um painel IPS com resolução WUXGA, ou seja, um Full HD com mais pixels (1.920x1.200), apostando no formato 16:10.

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O display tem taxa de atualização de 165 Hz e 100% da cobertura de game de cores sRGB. O G-SYNC também está presente, assim como o MUX Switch com NVIDIA Optimus para trocar a GPU dedicada e integrada de maneira inteligente.

  • Tamanho da tela: 16 polegadas
  • Painel: IPS
  • Resolução: Full HD+ (1.920x1.200)
  • Taxa de atualização: 165 Hz
  • Tempo de resposta: Não informado
  • Recursos extras: sRGB de 100%, G-SYNC, Dolby Vision HDR, MUX Switch + NVIDIA Advanced Optimus

Tudo isso proporciona uma experiência mediana, que se destaca principalmente por conta da gama sRGB de 100% para cores mais vivas. No entanto, pude perceber certo vazamento de cores nas laterais do produto, com destaque para menos intensidade nos tons de preto.

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Para jogar games mais competitivos, sem foco em qualidade gráfica mais acentuada, a tela funciona bem, assim como para assistir filmes e conteúdos sem exigência. Agora, se você precisa de um notebook com a tela mais parruda, o ROG Strix G16 não é ideal para isso.

Teclado e mousepad

Assim como no ROG Strix G16 da geração anterior, o teclado deste notebook gamer continua bem servido. O modelo do tipo chiclete é completo e retroiluminado em quatro zonas personalizáveis via software. Certas letras, como o padrão QWERT e ASDF, e o botão de espaço são translúcidos. A digitação é OK, mas a falta de feedback tátil não faz deste teclado muito recomendado para uso profissional.

Já o touchpad segue o mesmo formato da linha Strix tradicional, com um toque macio e bem ágil. O tamanho não chama a atenção e a peça é apenas um quebra-galho para quem está sem mouse.

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Conectividade

No quesito conectividade, o ROG Strix G16 é bem servido. O laptop acompanha duas portas USB Tipo-A 3.2 Gen 2, um USB Tipo-C 3.2 com suporte para Thunderbolt 4 e DisplayPort. Há ainda uma entrada HDMI 2.1, conector de fone/microfone e conexão de internet cabeada RJ45.

Já a respeito da rede sem fio, o Strix G16 recorre ao Wi-Fi 6E em banda tripla com boa estabilidade, além do Bluetooth 5.2.

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Bateria e temperatura

Por ser um notebook gamer intermediário, minhas expectativas de bateria para o ROG Strix G16 eram baixas. Todavia, o aparelho surpreende positivamente e conquista a segunda posição em nosso gráfico de testes, apresentando uma autonomia de 437 minutos longe das tomadas.

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Para medir esses dados, usamos a suíte de benchmarks do UL Procyon, que roda uma série de aplicações voltadas em produtividade até o notebook desligar. A bateria de 90 Wh com quatro células de lítio segura bem sua missão e se sai muito melhor do que outros concorrentes. Em um cenário prático, isso significa que pude trabalhar uma manhã inteira sem problemas e com o notebook desconectado.

No que diz respeito a temperatura, o ROG Strix G16 também se sai excepcionalmente bem. Para entender o nível de calor gerado pela máquina, utilizei o Time Spy Extreme Stress Test, que marcou apenas 77 °C em máxima, um valor muito baixo para um notebook dessa categoria com um Core i7 de 13ª geração.

A GeForce RTX 4050 também faz bonito nesse teste, operando em bons 78 °C quando em carga total. De modo geral, é um notebook bem frio e super competente em resfriamento, assim como os demais modelos da linha ROG Strix costumam ser. Isso também significa não haver thermal throttling na máquina.

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Benchmarks

Finalizando todos os aspectos do ROG Strix G16, chegou a hora de ver o que essa máquina encara. Testei o notebook em benchmarks de produtividade, criação de conteúdo, uso profissional e games.

Produtividade

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Começando pelos testes de produtividade, o ROG Strix G16 naturalmente se sai muito bem. Esse laptop é um bom companheiro para trabalho e outras atividades cotidianas, algo bem esperado quando consideramos suas especificações mais avançadas, embora não seja um produto topo de linha.

Pude trabalhar diariamente com esse modelo por vários dias com diversos softwares, abas de navegador e aplicativos de edição básicos abertos. Contudo, como veremos na próxima sessão, atividades muito complexas já podem ser mais difíceis de serem executadas. 

O gráfico mostra a pontuação do Strix G16 no teste Office Productivity do UL Procyon, comparando o dispositivo com seu principal competidor da lista, o Dell G15 5530. A diferença entre os dois modelos é de aproximadamente 15%, mas em uso prático os dois se saem bem. O teste do Geekbench 6, focado em PDF, compressão de arquivos, etc, revela um empate técnico entre ambos.

Criação de conteúdo

Nos benchmarks de criação de conteúdo a disputa com seu concorrente se mantém acirrada, mas evolui pouco. O ROG Strix G16 tem um bom Intel Core i7-13650HX e seus 16 GB para edição audiovisual, além de contar com todo o suporte atualizado para codecs da RTX 4050, mas pode sofrer em certos cenários. 

Embora competente, o notebook deve sofrer em edições mais exigentes, como na categoria de vídeos em 4K com muitos efeitos complexos. Ainda assim, esse notebook gamer tem boa potência para designers e outros profissionais, mas pode ter problemas com projetos de altíssima escala.

No entanto, a tela de qualidade mediana deve ser um ponto de atenção para esses editores. Em testes realizados no Adobe Photoshop, Lightroom Classic e Premier Pro, o notebook se saiu superior ao Dell G15 em edição de imagem, mas empata em edição de vídeo. 

Profissional

Na parte de aplicações profissionais, muito do que foi dito no tópico de criação de conteúdo pode ser repetido. O ROG Strix G16 tem um bom desempenho para certos tipos de atividades que exigem mais da máquina, contudo não consegue ir tão longe se você pretende se aventurar no campo de projetos super complexos. Ainda assim, parece uma pedida interessante.

Usando o Blender para atender à dinâmica para modelagem 3D, o modelo fica 17% atrás do Lenovo Slim 5i. Já nos testes do V-Ray, pautados na renderização de cenas realistas, o produto da ASUS fica 16% acima do seu concorrente superior e basicamente empatado com o Dell G15.

Na suíte do Specviewperf, que exige bastante das máquinas para simular projetos de larga escala para diversos segmentos, o Strix G16 tem um empate técnico com os demais modelos. No Solidworks e Maya o resultado fica na casa dos 24% de diferença para o Lenovo, enquanto o Creo mostra uma disparidade sutil de 8%.

Games

Passando para o que são os testes que mais importam para muitos usuários, chegou a hora de falar dos games. Para isso, eu testei 9 títulos em resolução Full HD para estressar bastante o processador. Normalmente, nós também fazemos testes em QHD, mas esse notebook possui apenas uma tela 1080p e não conseguimos forçar a escala de resolução para o 1440p.

Full HD

Chegando na parte na qual os gamers ficam empolgados, os benchmarks nos jogos não foi nada surpreendente. Em resumo, o ROG Strix G16 com sua RTX 4050 e o Core i7 consegue um gameplay bem estável a 60 FPS ou mais em qualidade máxima. 

Isso não é uma regra em qualquer título, já que F1 23 e Alan Wake 2 ficaram entre 30 e 40 quadros, como costuma acontecer. Em geral, o desempenho é bem esperado para as configurações do produto, que muitas vezes chega próximo do Lenovo Legion Slim 5i com uma RTX 4060. A diferença média de desempenho entre os modelos é de 10 a 15%, mas quando colocamos o preço na equação, a história muda substancialmente. 

Vale comparar o modelo com o Avell Storm BS e sua RTX 3050, que ficam quase 60% abaixo do Strix G16 com a RTX 4050. Além de um dos motivos ser a GPU, o processador i7 de 13ª geração Intel também ajuda a alavancar esses dados. Em geral, o Strix mostra conseguir ser estável, embora a versão com a RTX 4060 seja certamente superior — e bem mais cara.

Concorrentes diretos

O ROG Strix G16 atual é vendido em diversas variantes que começam nos R$ 8.000 e configurações básicas, até chegar no G16 com a RTX 4050, 16 GB e o Core i7 do modelo que avaliei para o Canaltech, custando na casa dos R$ 10.000. Um dos seus principais concorrentes, o Dell G15 5530 custa menos de R$ 8.000, embora tenha seus problemas de superaquecimento. Todavia, modelos como o Acer Nitro V estão próximos dos R$ 6.000 e oferecem maior custo-benefício.

Vale destacar que o ROG Strix G16 com a RTX 4060 já não parece valer tanto a pena, pois custa mais de R$ 11.000 e entrega somente 10% ou 15% de desempenho adicional. Com preços mais próximos, aí sim vale a pena investir nesse produto.

Vale a pena comprar o ROG Strix G16 com RTX 4050?

O ROG Strix G16 com a RTX 4050 é um notebook gamer que vale a pena para quem quer um notebook intermediário para jogar em Full HD ou trabalhar, mas que quer um produto com acabamento acima da média. Esse laptop se destaca pela boa autonomia energética, o design e as boas temperaturas.

Em contrapartida, o ROG Strix G15 com a RTX 4050 não vale a pena para quem quer economizar. Esse produto tem um preço bem mais salgado e o usuário pode encontrar opções igualmente boas em desempenho por valores mais baixos, embora o cuidado e refinamento com a máquina inevitavelmente seja inferior.