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Review Avell Storm BS | Notebook de entrada versátil com RTX 3050

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Felipe Vidal/Canaltech
Felipe Vidal/Canaltech
Avell Storm BS

Não é de hoje que a Avell mostra que sabe fazer notebooks parrudos, seja para o segmento gamer exigente ou para áreas profissionais. Nessa premissa, a linha gamer da companhia catarinense parece bem servida com a série Storm, aliando performance e custo-benefício em produtos como o Avell Storm BS com uma RTX 3050.

Projetado para ser uma máquina gamer, o Avell Storm BS é um aparelho mais versátil do que parece e, apesar da sobriedade e especificações simples, cumpre seu papel. É um notebook de entrada feito para alguns públicos específicos, mas contarei tudo sobre ele no review de hoje.

Prós

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  • Construção e visual moderado
  • Pequeno e relativamente leve
  • Boas conexões
  • Bom para certos estudantes ou profissionais

Contras

  • Tela descompassada
  • Teclado ruim para digitação
  • Desempenho comedido em games

Design

Sem usar os jargões clássicos de qualquer análise de notebooks, o Avell Storm BS com a RTX 3050 é, no mínimo, um laptop de aparência discreta. À primeira vista, e sem consultar especificações ou o próprio nome do modelo, eu diria facilmente que esse é um produto voltado ao âmbito corporativo. Para quem, assim como eu, usa notebooks para trabalhar e jogar e gosta de um visual comedido, é uma escolha bem acertada.

Em contrapartida, me surpreende a Avell não ter preparado uma linguagem visual mais afrontosa para esse dispositivo. Na verdade, isso tem muita relação com a postura da empresa em um passado recente, mas que deve mudar a partir de 2024. Contudo, não há problema algum em o Storm BS ser simples assim, até porque seu teclado conta com iluminação RGB que ajuda a evocar o lado gamer.

E dessa simplicidade vem seu charme. Pequeno e relativamente fino, o Avell Storm BS é integralmente pintado na cor grafite escuro, com o logotipo da Avell estampado em cinza na tampa e um símbolo da empresa abaixo da tela. As bordas são um tanto quanto espessas, mas nada que incomode em um produto de entrada. O chassi, por sua vez, tem um corte que separa o teclado do botão Liga/Desliga.

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Nas laterais ficam as conexões e saídas de ar, enquanto a região traseira do notebook continua com mais portas e exaustores. Essa é uma jogada sempre válida das fabricantes, principalmente em uma questão térmica. Todavia, vale ressaltar que o Avell Storm BS não possui aquela saliência na traseira, que serve como um extensor para o arrefecimento. As conexões são bem próximas ao chassi do produto, sem nenhuma parte agregada.

Por sinal, toda a construção do Avell Storm BS com RTX 3050 é feita em plástico. Felizmente é um plástico de boa qualidade e passa a sensação de confiança para quem utiliza. O aparelho não entorta facilmente e possui um aspecto limpo, que deixa poucas marcas de dedos na tampa ou no restante da carcaça. Novamente, reitero que é um produto simples, mas uma simplicidade bem feita e sem relaxamento.

"Mesmo sem um visual que grite o arquétipo gamer, o Avell Storm BS é um notebook minimalista pensado para todos os público que querem uma máquina de entrada portátil", Felipe Vidal
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A construção em plástico e o tamanho mais enxuto possibilita que o Avell Storm BS seja carregado com relativa facilidade na mão ou em uma mochila para trabalhar ou viajar. Por ser um produto gamer, ele é essencialmente mais pesado que outros notebooks para uso cotidiano, mas seus 2,10 kg não devem ser um grande problema.

Ficha técnica do Avell Storm BS

A versão do Avell Storm BS que eu testei possui uma RTX 3050 de 4 GB e um processador Intel Core i7-12650H. O notebook ainda acompanha 16 GB de RAM DDR4 de 3.200 MHz e um SSD NVMe de 512 GB. Porém, a linha Storm BS possui variantes com e sem a RTX 3050, conforme listado abaixo:

  • Processador: Intel Core i7-12650H (10 núcleos e 16 threads); 
  • Memória RAM: 16 GB (2x8); 32 GB (2x16) ou 64 GB (2x32) de 3.200 MHz;
  • Armazenamento: SSD NVMe M.2 de 512 GB (3.400 MB/s) ou até 2 TB (7.000 MB/s)
  • Placa de vídeo: NVIDIA GeForce RTX 3050 (4 GB) ou RTX 4050 (6 GB);
  • Webcam: 720p
  • Sistema Operacional: Windows 11 Home
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A mescla entre o Core i7 de 12ª geração e esses 16 GB de RAM funciona idealmente no dia a dia, sem ocasionar nenhum tipo de travamento. Em contrapartida, a RTX 3050 de 4 GB não foi a melhor opção para games, como veremos em breve, mas não é de todo ruim. Considerando que estamos falando de uma 3050 e um i7 de 12ª geração lançados há pouco mais de dois anos, é um produto válido para 2024, mas que pode ser olhado com carinho, dependendo do uso que você dará a ele.

Isso se dá pelo fato de a Avell vender uma variante do Storm BS com a RTX 4050, mais parruda, embora ainda de entrada. O possível salto de desempenho corresponde ao salto de preço de R$ 1.000 a mais? Isso somente um comparativo direto mostraria, mas é bom ficar de olho e entender que há uma opção mais atualizada no mercado.

Tela

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Falar sobre tela é sempre um impasse em notebooks de entrada. Ou é um bom display para categoria do produto, ou é um display barateado para reduzir custos. E sinceramente eu ainda tenho sentimentos mistos sobre a tela do Avell Storm BS com a RTX 3050.

Antes de realizar minhas ponderações, saiba que o modelo tem uma tela de 15,6 polegadas com painel WVA. Em outras palavras, é um painel muito similar ao velho conhecido IPS. A taxa de atualização é boa e entrega suaves 144 Hz. Na teoria, tudo parece bem, mas o uso diário me deixou dividido.

  • Tamanho da tela: 15,6 polegadas
  • Painel: WVA
  • Resolução: Full HD (1.920x1.080)
  • Taxa de atualização: 144 Hz
  • Tempo de resposta: 11ms
  • Recursos extras: sRGB de 65% e RGB Adobe de 48%

Esse display é nítido e bonito em um primeiro momento. Por mais que tenha somente 65% da cobertura da gama de cores sRGB, as cores até que são fortes e vivas, algo que deve ter relação direta com o painel usado. 

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O problema é que essa tela é totalmente descalibrada. Por mais que sejam cores vivas e haja uma nitidez muito grande, os tons quentes e frios estão errados. Por exemplo: uma imagem vermelha em meu monitor ou exibida no meu celular é bem alaranjada na tela do Avell Storm BS. Claro que é possível calibrar as cores, mas estamos falando de um notebook que o público ao qual ele se destina não quer passar por essas etapas.

E isso gera confusão. A tela do Storm BS é boa porque é viva e nítida, ou é ruim porque é descalibrada? Para dar o benefício da dúvida, eu coloco isso como pontos positivos e negativos, justamente porque por mais que muitos gamers ou usuários não se incomodem com isso, esse tipo de notebook é o exato tipo de produto que estudantes de design, arquitetura e engenharia procuram. É aquela famosa sinuca de bico do laptop: não se pode ter tudo em um produto de entrada. 

Teclado e touchpad

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O teclado do Avell Storm BS me fez passar raiva. Esse é um teclado padrão do tipo membrana, com layout ABNT2 e iluminação RGB customizável através de um simples software da Avell. As teclas de plástico possuem bordas brancas, que até lembram aquelas pudding keycaps, mas servem apenas para refletir a luz que vem de baixo.

O problema é que esse é um teclado molenga. As teclas não são durinhas como de outros modelos e parecem desbalanceadas, sem um centro de massa bem definido. Isso foi péssimo para digitação no dia a dia e também não agradou nos jogos. Já o touchpad é normal, sem reclamações ou elogios, mas seu tamanho reduzido pode ser insatisfatório para quem usa muito esse recurso.

Conectividade

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Apesar da simplicidade, o Avell Storm BS não poupa entradas e conexões. Na parte lateral esquerda há uma porta USB-A 2.0 e duas conexões individuais para fone e microfone. Já na direita, ficam duas entradas USB-A 3.2 Gen 1 e um leitor de cartão SD. A parte traseira, bastante elogiada, conta com um USB-C 3.2 Gen 2 com suporte para mini DisplayPort 1.4; uma entrada HDMI 2.1 e uma porta ethernet para internet cabeada.

Sobre a conectividade sem fio, esse notebook apresenta placa de rede compatível com Wi-Fi 6 e suporte a Bluetooth 5.2. Em geral, é um leque de conexões bem competente para um aparelho de entrada e faz um trabalho melhor que muitos notebooks gamer intermediários.

Bateria 

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Ponto de observação para eventuais compradores, a bateria do Avell Storm BS é OK. Com três células e uma autonomia de 46 Whr, a bateria cumpre seu papel de ser um quebra galho para momentos em que a tomada está distante demais, mas é apenas isso.

Em meus testes, trabalhei das 7h até cerca de 10h30 com brilho de tela entre 50% e 70%. É preciso realizar alguns ajustes no brilho para conseguir mais tempo sem o carregador, mas, no geral, não é indicado para quem precisa de uma máquina com foco na autonomia energética. Para mensurar isso com precisão, usei o teste Battery Life do UL Procyon. Esse teste roda uma série de aplicações do Pacote Office com brilho de tela em 50%, visando simular uma situação real de uso em escritório.

O resultado foi bastante previsível e demonstrou uma autonomia de cerca de 4 horas de uso sem precisar realizar uma carga, que demora suas 2 horas para ir do 0 aos 100%.

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Temperatura

Quando o assunto é temperatura, o Avell Storm BS é aquele notebook mediano. Ele apresenta uma construção interna simples, mas com boa expansibilidade, e um sistema de refrigeração bem comum, com duas ventoinhas para CPU e GPU, além do clássico conjunto de heat pipes que conecta esse projeto.

O processador, como de costume, acaba sendo o componente mais esquentadinho. Mesmo assim, em nossos testes de estresse do Time Spy Extreme, do 3DMark, o Intel Core i7-12650H bateu apenas 82 °C em carga máxima. Vale lembrar que esse benchmark visa simular um cenário de uso real e, nos meus testes em games, a peça se comportou de maneira similar, geralmente na casa dos 80 °C, mas com picos de 94/95 °C.

Isso me deixou curioso para entender se esse processador estava gerando um thermal throttling no sistema e, de fato, estava. No entanto, em games e aplicações práticas, esse superaquecimento impacta em 4% ou 5% de uso, bem imperceptível para usuários comuns. No teste de estresse do AIDA64, que coloca todos os núcleos em carga máxima, encontrei um thermal throttling de 8% com 15 minutos de teste. Esse benchmark é apenas para fins de curiosidade, já que ele estressa a CPU em um nível anormal e não reflete uma experiência de uso real. 

A GPU, por outro lado, é mais amena. No mesmo teste do Time Spy Extreme, a RTX 3050 chegou ao máximo de 78°C e bateu a mesma temperatura em games. Esse é um valor bem interessante e condiz bastante com o sistema de arrefecimento que a Avell montou para o Storm BS.

Junto à temperatura, o consumo energético não pode ser deixado de lado. A RTX 3050 opera bem abaixo dos 95 W de capacidade total que ela consegue, enquanto o Core i7-12650H fica no seu TDP (Thermal Design Power) básico muito próximo aos 45 W. Em geral, é um notebook quentinho na região central do teclado, mas nada avassalador quanto em outros modelos gamer.

Benchmarks

Agora que já comentei sobre todos os aspectos do Avell Storm BS com RTX 3050, vamos ver o que esse notebook gamer de entrada consegue encarar. Testei o Storm BS em benchmarks de produtividade, criação de conteúdo, uso profissional e games.

Produtividade

O Avell Storm BS segura qualquer atividade cotidiana tranquilamente. Tanto o Intel Core i7-12650H quanto os 16 GB de RAM são mais do que suficientes para múltiplas abas de navegador abertas, alguns softwares de edição, planilhas, editores de texto e afins. Isso não é surpresa alguma, já que um Core i7 da 12ª geração Intel não é um componente para menosprezar.

Usei o benchmark Office Productivity do UL Procyon para colocar todo esse desempenho prático no papel. O teste roda uma série de aplicações de escritório com foco na performance cotidiana, simulando situações com múltiplas planilhas abertas, documentos de Word e apresentações feitas por meio do Power Point.

O resultado é bem plausível e coerente com as especificações técnicas do Avell Storm BS. Os quase 5.900 pontos refletem de uma forma digna o que foi a minha experiência prática: sem travamentos, stuttering, erros, nem nada do tipo. Para usar cotidianamente é um notebook tão bom quanto qualquer outro nessa tabela. 

Já o Geekbench 6 é outro teste que mede situações usuais, como trabalhos em PDF, compactação e descompressão de arquivos, etc. O teste em single-core surpreende e encosta em um Core i7 de 13ª geração, enquanto o teste multi-core já evidencia mais diferenças entre as gerações.

Criação de conteúdo

Passando para os testes de criação de conteúdo, novamente usamos os testes do UL Procyon para mensurar até onde esse notebook pode ir. Os testes foram divididos em benchmarks de Edição de Imagem e Edição de Vídeo, por meio de uma série de inserções em softwares como o Adobe Photoshop, Adobe Lightroom Classic e o Adobe Premier Pro.

Em edição de imagem, o resultado foi muito satisfatório e novamente refletiu bem o que foi minha experiência de uso. Softwares como o Photoshop se dão muito bem com a arquitetura híbrida da Intel. Por outro lado, o Avell Storm BS não se deu tão bem em edição de vídeo, registrando uma pontuação bem menor.

O fato dos testes sintéticos apontarem benefícios para edição de imagem naturalmente me levaria a indicar o Storm BS para estudantes da área do design ou profissionais que não podem gastar tanto em uma máquina. No entanto, a tela descalibrada é um ponto de alerta para esses potenciais compradores, a menos que usem um monitor externo com maior fidelidade de cores.

Profissional

Antes de entrar nos games, eu fiz uma série de benchmarks em softwares profissionais, que passam por diversos segmentos da indústria e alguns resultados foram surpreendentes. Esse é o espaço para estressar CPU e GPU e entender como o Avell Storm BS pode ser útil em setores como engenharia, medicina avançada, arquitetura, modelagem 3D, etc. 

Começando pelo Blender, especialmente voltado para cargas de trabalho com a RTX 3050 e responsável por modelagem e animação 3D, o resultado no teste Monster ficou bem abaixo de uma RTX 4060, por exemplo, mas está na margem esperada para a 3050. Esses cenários se repetem tanto no teste do Blender Classroom, quanto no Junkshop, sem muitas movimentações interessantes para comentar. 

O Cinebench 2024, por sua vez, tem a missão de estressar os núcleos do processador em operações multi-core (todos os núcleos) e single-core (um único núcleo). Em single, o Core i7-12650H surpreende e empata com um Core i7 de 13ª geração, mas a prova em multi-core reduz essa proximidade, gerando uma margem de 21% entre ambos.

Por outro lado, os testes do V-Ray não são tão animadores assim. Essa série de benchmarks força a placa de vídeo a renderizar uma imagem com iluminação complexa por meio de Ray Tracing e, por conta disso, a RTX 3050 sofre. Embora tenha os RT e Tensor Cores habilitados, essa não é uma placa ideal para traçamento de raios e faz apenas o básico do que está a seu alcance. 

Ao fim, a bateria de benchmarks do Specviewperf considera projetos de uma escala maior, visando grandes aplicações 3D que passam pelo mundo da infraestrutura urbana e engenharia. Os testes do 3DSMax e o Creo, focados em realismo e renderização de alta densidade, ficam mais para o fim da fila, enquanto o Maya e o Solidworks para iluminação e render ficam realmente esquecidos no churrasco. O Avell Storm BS até tenta, mas a falta de uma GPU mais potente compromete os resultados. 

Games

Passando para o que são os testes que mais importam para muitos usuários, chegou a hora de falar dos games. Para isso, eu testei 9 títulos em resolução Full HD para estressar bastante o processador. Normalmente, nós também fazemos testes em QHD, mas esse notebook possui apenas uma tela 1080p e não conseguimos forçar a escala de resolução para o 1440p. Mesmo assim, isso não é um problema, já que dificilmente algum usuário tentará jogar em QHD com uma RTX 3050.

Full HD

Por mais que o Intel Core i7-12650H e os 16 GB de RAM ajudem a alavancar a performance, o Avell Storm BS com a RTX 3050 sofre para rodar games em Full HD e qualidade máxima. Começando pelo peso pesado dos benchmarks, Alan Wake 2 fez esse notebook sofrer no preset alto e bateu pouco nas configurações mínimas, tornando o pesado jogo do escritor jogável a 30 FPS. 

Em outros games, a taxa de quadros não é tão desesperadora quanto essa, mas é perceptível que a RTX 3050 segue um padrão. No máximo, a placa aguenta seus 30 FPS com alguns picos para 34 ou 36, como acontece em Forza Horizon 5, Ashes of the Singularity, Cyberpunk 2077, Metro Exodus, etc. Ao colocar a qualidade mínima, os saltos para mais de 60 FPS são perceptíveis, como já era de se esperar.

Claro que esbarramos em certas exceções, como Shadow of the Tomb Raider, Red Dead Redemption 2 e Far Cry 6. Esses games conseguem uma certa estabilidade em configurações altas, apesar de eu preferir fazer um balanço melhor dos filtros. 

Aliás, por falar em preferências, é bom salientar que os testes em games do Canaltech usam os presets máximos e mínimos apenas para ter um referencial de performance e conseguir ilustrar esses dados da melhor forma possível. Isso não significa que você precisa seguir esse pensamento, já que a configuração média é um bom ponto entre qualidade gráfica e fluidez para o Avell Storm BS. 

Upscaling ajuda?

Se você tinha essa dúvida, o upscaling ajuda até certo ponto. Testei múltiplos títulos em Full HD com tudo no máximo e FSR/DLSS e XeSS em modo qualidade. Certos títulos, como Cyberpunk 2077 e Alan Wake 2, conseguem um extra entre 6 a 10 FPS, que pode ser a diferença entre jogar a 22 ou 30 frames. 

Porém, a maioria dos títulos não registrou melhorias notáveis. Claro que os modos equilibrado e performance podem mudar isso, mas a redução de qualidade gráfica impactará muito na jogatina. Logo, a resposta é que as técnicas de upscaling podem ajudar em cenários muito complicados, como em Alan Wake 2, mas não vão salvar a RTX 3050. 

"A RTX 3050 é o gargalo do Avell Storm BS em games e limita a performance do notebook. No entanto, essa ainda é uma máquina que consegue rodar games em qualidade média, com alguns ajustes, a 60 FPS sem problemas", Felipe Vidal

Concorrentes diretos

Custando R$ 5.399 no site oficial da fabricante, o Avell Storm BS tem alguns concorrentes de peso no mercado brasileiro. Um deles é o clássico Acer Nitro 5, campeão de vendas no varejo que traz um design mais gamer, além de múltiplas opções de processadores, como o AMD Ryzen 5 7535HS, custando por volta dos R$ 4.500.

Outra opção, mais cara e na casa dos R$ 5.000, é o Dell G15. Esse é outro notebook muito popular que oferece opções de CPU como o Intel Core i5-12500H e é um competidor forte, mas que costuma ser esquentado.

Vale a pena comprar o Avell Storm BS?

Acompanhado de um design modesto, um preço OK, desempenho dentro do esperado e um bom leque de conexões, o Avell Storm BS vale a pena para quem procura um notebook gamer de entrada e ponderado, mas que não pode investir tanto. Esse laptop é uma opção muito interessante para estudantes de cursos que exijam uma máquina mais parruda para certas renderizações ou projetos, e até mesmo profissionais iniciantes. Aos gamers, o Full HD em qualidade média é o mais recomendado e atenderá bem a esse público, desde que não seja exigente demais. 

Infelizmente, o Avell Storm BS não vale a pena para quem quer um notebook com muita performance, já que a RTX 3050 limita o desempenho geral do sistema por conta do seu baixo desempenho. O aparelho também não faz tanto sentido para designers por conta de sua tela descompensada, mas isso é algo que pode ser resolvido com um monitor externo. O mesmo vale para o teclado molenga e não recomendado para digitação extensiva.