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Boletim Corporativo | Seu panorama semanal sobre o mercado tech (06/08 a 13/08)

Por| 13 de Agosto de 2018 às 10h39

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Para quem acha que assuntos corporativos são apenas um desfile sem fim de contabilidades, porcentagens e projeções, que a última semana sirva de contraexemplo. No curso de apenas alguns dias, viu-se de muito um tudo: do drama passado pela vítima de grande porte mais recente do WannaCry aos exageros quase cômicos que colocaram Elon Musk em uma ciranda cheia de tensões com a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA e com membros de sua própria companhia.

Também o gênero documentário foi contemplado – dessa vez, literalmente. Na série de curtas intitulada Emprego dos Sonhos. Ou não! (Startups), a produtora RankMyApp oferece uma espécie de mediação entre a imagem do paraíso empresarial “cool” vendido pelos idealizadores de startups Brasil afora e certa lista que tem circulado há algum tempo; um rol temerário no qual funcionários de empresas como Cabify e Rappi colocam a boca no trombone, amparados pelo anonimato.

Mas também há material para quem gosta de números. Um exemplo? Uma nova rodada de investimentos da Slack deve alçar o valor da companhia para US$ 7 bilhões. Enquanto isso, a Maçã comemora 252 milhões de usuários ativos do seu sistema virtual de pagamento, o Apple Pay.

Sem mais, vamos ao que esquentou o meio tech durante a última semana (o balde de pipoca na manteiga é opcional).

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Fornecedora de processadores da Apple foi nova vítima do WannaCry

O famigerado WannaCry fez pelo menos duas vítimas de grande porte ao longo da última semana. Diretamente, quem teve problemas com o malware foi a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co, a responsável pela fabricação dos processadores da Apple. Por isso, diversas questões foram levantadas logo que a companhia admitiu ter passado o perrengue com o WannaCry.

Afinal, se os computadores atacados no domingo retrasado (possivelmente com origem interna) tiveram mesmo impacto sobre a produção capaz de alterar sensivelmente os resultados financeiros prospectados para o próximo trimestre, como ficará o fornecimento de componentes para o próximo iPhone? Há quem aponte que o efeito será reduzido, mas vamos esperar para ver.

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Snapchat vê receita crescer no 2º trimestre

Os resultados divulgados pela Snap para o segundo trimestre do ano são daqueles que fazem investidores sorrirem meio de lado, em um misto de empolgação e receio. Afinal, um crescimento de 44% nas receitas ano a ano não é nada mal. O problema é que a boa nova veio acompanhada de uma queda na base de usuários diários de 1,5% em relação ao primeiro trimestre do ano; e isso vindo de um crescimento de 2,9% entre janeiro e março de 2018.

Mas um bom bode expiatório já foi selecionado. Segundo a própria companhia, o culpado foi o novo design do Snapchat, que fez boa parte dos usuários torcer o nariz. “Agora nós abordamos as maiores frustrações que ouvimos”, garantiu o diretor executivo da companhia, Evan Spiegel, em relatório oficial – e é claro que o investimento recente de US$ 250 milhões de um príncipe saudita deve ajudar a colocar as coisas nos eixos. O Snapchat fechou o último trimestre com 188 milhões de usuários ativos, contra 191 milhões do período anterior.

Documentário mostra como é trabalhar em startups no Brasil

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Entre o paraíso corporativo e o inferno astral de funcionários amargurados, esse é o ponto intermediário que interessou aos responsáveis pelo documentário Emprego dos Sonhos. Ou não! (Startups). A série, com seis episódios de um minuto cada, busca contrapor a visão idealizada pelas companhias de capital ligeiro ao conteúdo de certo documento anônimo mantido na internet; da mediação resultante, talvez surja um olhar mais razoável sobre a realidade de se trabalhar em uma startup no Brasil.

De autoria da especialista em micro movies Smarty, a produção de Emprego dos Sonhos ficou por conta da RankMyApp. Entre os temas tratados – na planilha online e no documentário -, há tópicos como salários abaixo da média, assédio moral e sexual, problemas de gestão, machismo e por aí vai. “Nos últimos quatro anos, a mídia jogou a expectativa das startups lá para cima”, apontou o diretor executivo da RankMayApp, Leandro Scalise.

Inexpressiva na China, Samsung tem participação de menos de 1%

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Aqui “fora”, a Samsung habitualmente lidera, ou pelo menos aparece bem próxima do topo de qualquer lista de celulares mais vendidos. Na China, entretanto, a coisa é diferente. A companhia vem amargando vendas cada vez mais baixas no país asiático pelo menos desde o final de 2015. Atualmente, a sul-coreana ocupa a 12ª colocação, com pífios 0,8% de participação de mercado.

Há quem aponte o Galaxy S9 como um dos culpados: aparentemente, os chineses não estão interessados em algo tão parrudo (e oneroso). Curiosamente, o mesmo não acontece com a Apple, cuja participação de mercado de 5,7% aparece associada a uma fatia de mercado mais afeita a aparelhos de luxo.

NII Holdings espera negociações sobre a Nextel Brasil já no próximo mês

De acordo com a Reuters Brasil, as primeiras ofertas pela Nextel devem ocorrer em setembro próximo. A intenção de vender a operadora foi anunciada pela NII Holdings no início deste ano, processo que contaria com a assessoria da Rothschild & Co. Entre os principais interessados aparecem nomes como TIM, Claro e Access Industries – esta última em uma tentativa de elevar sua participação societária atual de 30% a fim de se tornar majoritária.

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Além da intenção de venda, surgiram rumores relacionados a um possível aumento no espectro de atuação da Nextel nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, o que colaborou para uma alta de 1.400% nas ações da NII desde o início do ano. Ainda que a Nextel Brasil mantenha atualmente lucro próximo a zero, os 3 milhões de usuários espalhados pelo país mantêm compradores e investidores sempre atentos.

Elon Musk e a novela da Tesla Motors

Elon Musk deu na última semana uma amostra de como a mistura entre redes sociais e capital especulativo pode ser efervescente. Em 61 caracteres de uma mensagem emitida via Twitter, o fundador da Tesla conseguiu ficar US$ 1,4 bilhão mais rico – e depois mais pobre -, provocando um verdadeiro rebuliço em Wall Street ao divulgar intenções de fechar o capital da companhia.

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A breve alavancada no valor de mercado da Tesla, de fato, já virou história. Entretanto, a memória da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA é um tanto menos volúvel: os responsáveis pela instituição ainda querem saber se Musk realmente pretendia tornar privado o capital da Tesla e se tinha, de fato, condições para fazê-lo. Seja como for, até o momento, nem mesmo a cúpula da Tesla foi oficialmente informada sobre a manobra – embora tenham marcado uma reunião para breve, possivelmente para pedir o afastamento de Musk do processo.

Rodada de investimento recorde deve elevar valor de mercado da Slack a US$ 7 bilhões

A Slack deve passar em breve por uma nova rodada de investimentos da ordem de US$ 400 milhões, cujo desfecho deve alavancar o valor de mercado da companhia em pelo menos US$ 2 bilhões, conforme prospecção pós-investimento. Com esse novo movimento, o maior até hoje, a startup fecharia o crescimento dos últimos anos com um valor de mercado de US$ 7 bilhões – devidamente ancorados em 8 milhões de usuários mundo afora, com 3 milhões de pagantes.

Segundo uma fonte próxima ao site TechCrunch, o novo ciclo deve ser liderado pelo fundo de investimento General Atlantic, com possível participação de um novo investidor, o grupo Dragoneer. Seja como for, a Slack mantém atualmente pelo menos 41 nomes interessados em colocar dinheiro no aplicativo de comunicações corporativas, em que se inclui o SoftBank, instituição que participou de rodadas anteriores de startup.

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Facebook vai indicar anúncios pagos por políticos e partidos

Agora vai ficar mais fácil saber quem pagou – e como pagou – por determinado anúncio político, pelo menos dentro do Facebook. A rede social anunciou que o Brasil será o segundo país a ter vinculado o CFP e o CNPJ de anunciantes em campanha eleitoral. No caso de publicidades impulsionadas por candidatos, haverá um “Pago por”, seguido do nome do pagante

Já uma segunda modalidade terá identificação mais genérica, na forma de “propaganda eleitoral”. A identificação, entretanto, ocorre em ambos os casos. Segundo a Facebook, os interessados em anunciar devem se cadastrar até o dia 16 de agosto.

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Didi Chuxing anuncia investimento de US$ 1 bilhão em serviços automotivos

A Didi Chuxing anunciou na semana passada um investimento de US$ 1 bilhão para sua divisão de serviços automotivos. Atuando de forma centralizada desde o último mês de abril, a plataforma deve ser consolidada sob o nome de Xiaoju Automobile Solutions Co., oferecendo serviços que incluem leasing, manutenção preventiva e serviços de postos de gasolina, com vendas brutas de US$ 8,79 bilhões.

Conforme apontou uma fonte ligada à empresa em entrevista à agência de notícias Reuters, o novo investimento tem sido visto como uma preparação para uma possível IPO (Oferta Pública Inicial) da companhia a ser realizado no ano que vem. A listagem pública seria uma das maiores dos últimos anos, considerando-se o valor de mercado atual da Didi, estimado em mais de US$ 56 bilhões (conforme dados do último ciclo de investimentos da startup realizado em 2017). A Didi Chuxing é atualmente a maior empresa de caronas compartilhadas da China.

Apple Pay já tem 252 milhões de usuários

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Ao que parece, os usuários do iPhone têm se rendido cada vez mais às facilidades do serviço virtual de pagamentos da Apple. Conforme estimativa da analista Loop Ventures, o Apple Pay contabilizou 252 milhões de usuários durante o segundo trimestre de 2018 – ou 31% dos donos do smartphone da Apple. Essa mesma proporção era de 25% no mesmo período do ano passado.

Vale lembrar que o próprio diretor executivo da Maçã, Tim Cook, comemorou recentemente mais de 1 bilhão de transações realizadas por meio da plataforma durante o primeiro semestre deste ano. Trata-se do triplo do registrado durante a primeira metade de 2017. De acordo com projeções da Loop Ventures, o serviço deve crescer 200% durante os próximos meses. Atualmente, o Apple Pay já contabiliza 4,9 mil bancos parceiros pelo mundo.