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Inexpressiva na China, Samsung tem participação de menos de 1%

Por| 07 de Agosto de 2018 às 12h01

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Inexpressiva na China, Samsung tem participação de menos de 1%
Inexpressiva na China, Samsung tem participação de menos de 1%
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Deste lado do mundo, estamos mais do que acostumados a ver a Samsung no topo do ranking, sendo citada como a maior fabricante de celulares do mundo. Mas quando o assunto é a China, a história é bem diferente. No segundo trimestre de 2018, por exemplo, a companhia voltou a ver sua fatia de mercado caindo para menos de 1%, amargando uma 12ª colocação no mercado local, apesar dos seus esforços em recuperar o ritmo.

Os dados são da Strategy Analytics e afirmam que a marca sul-coreana vendeu apenas 800 mil aparelhos no país entre os meses de abril e junho. Esse número representa uma fatia de apenas 0,8% do mercado chinês, marcando uma queda em relação aos 1,3% de market share registrados no primeiro trimestre deste ano e, também, a segunda vez em sua história que a Samsung apresenta números que não justificam uma aparição individual na lista de maiores vendedores de smartphones, mas sim a inclusão na categoria de “outros”, que representa as fabricantes nanicas.

É uma situação problemática que já vem acontecendo há anos. Em 2015, por exemplo, a companhia detinha 20% do mercado do país, mas uma sequência de quedas e a dificuldade em manter a tração no território chinês levou a marca, pela primeira vez, abaixo dos 1% no quarto trimestre de 2017. A situação acendeu o alerta vermelho na diretoria da Samsung, que admitiu a baixa performance na China e apresentou estratégias de mudança que a levaram à marca dos 1,3% no período seguinte.

Em um trimestre com poucos lançamentos, tradicionalmente baixas vendas, mas a concorrência de sempre com fabricantes locais, que oferecem aparelhos mais baratos e com performance competente, não deu para a Samsung. As vendas iniciais do Galaxy S9 não se sustentaram e a visão geral é de que o dispositivo é caro e robusto demais para o mercado chinês, que apesar de gigantesco, ainda prefere opções mais baratas em vez do mais alto desempenho.

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A queda vertiginosa experimentada pela marca sul-coreana é inversamente proporcional à ascensão de companhias menores, que vêm chamando a atenção internacionalmente com seus produtos. Neste ensejo, por exemplo, a Huawei é a grande líder do mercado e vem se mantendo no topo há um bom tempo, com 27% de market share registrado no segundo trimestre de 2018.

Na sequência estão OPPO, com 20,4%, Vivo, com 19%, e Xiaomi, com 14,2%. A situação da Samsung, entretanto, não se repete com a Apple, que completa os cinco mais do mercado chinês com uma fatia de 5,7% do mercado e crescendo a cada trimestre, na onda de estratégias direcionadas ao mercado chinês e, também, constituindo uma das grandes detentoras do mercado de luxo, atraindo cada vez mais os usuários que querem, efetivamente, gastar com smartphones.

A Samsung não se pronunciou sobre os números e deve fazer isso em seu próximo relatório fiscal. A expectativa, também, é quanto ao anúncio de novas estratégias para conter o sangramento na China e, quem sabe, tentar retornar a um posto de destaque neste que é um dos mercados mais competitivos do mundo.

Fonte: The Investor