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Intel Alder Lake: chips de 12ª geração têm diversos novos detalhes vazados

Por| Editado por Wallace Moté | 10 de Junho de 2021 às 18h50

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Divulgação/Intel
Divulgação/Intel
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Não é segredo que a Intel tem sofrido para acompanhar o ritmo acelerado da AMD, que conquista cada vez mais espaço em praticamente todos os segmentos do mercado de CPUs. Graças aos inúmeros atrasos das litografias de 10 nm e 7 nm, a gigante de Santa Clara se viu obrigada a reutilizar até este ano o processo de 14 nm, que já mostra suas limitações e não tem fôlego para competir contra os 7 nm e a arquitetura Zen 3 dos chips Ryzen.

No entanto, a companhia prepara uma aposta arriscada e promissora: a 12ª geração Alder Lake. Confirmada durante a conferência da Intel na CES 2021, a família Alder Lake será a primeira geração de CPUs da fabricante a chegar aos desktops e notebooks de alto desempenho com arquitetura híbrida, isto é, mesclando núcleos de alto desempenho com núcleos de baixo consumo, mesma estratégia usada em chips ARM como o Snapdragon 888 e o Apple M1.

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A aposta é um tanto arriscada por alguns motivos: além de utilizar a arquitetura x86, mais complexa que a ARM, o Windows 10, sistema operacional que deve ser o principal foco da linha, não é devidamente otimizado para chips híbridos. Ainda assim, a Intel deve apostar todas as fichas nessa configuração, com a ameaça dos chips da Apple crescendo a cada novo lançamento da Maçã, e há chances de vermos melhorias com a chegada do Windows 11, ou Sun Valley, ainda neste mês.

Seja como for, a família Alder Lake está próxima de estrear no mercado e, nesta semana, teve uma série de novos detalhes divulgados por fontes do canal do YouTubeMoore's Law is Dead, que possui um histórico geralmente certeiro de vazamentos. Segundo as informações, a 12ª geração do time azul pode trazer a companhia de volta a uma posição mais competitiva no mercado.

Entendendo a 12ª geração Alder Lake

A 12ª geração Alder Lake chega em algum momento do segundo semestre de 2021, adotando uma arquitetura híbrida. As novas CPUs contarão com dois conjuntos de núcleos: um voltado para tarefas mais pesadas e intensas, como jogos e renderização de vídeos, e outro para tarefas mais simples geralmente realizadas em segundo plano, como atualização da lista de e-mails.

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De acordo com rumores e vazamentos, os núcleos de alto desempenho serão chamados pela Intel de Golden Cove, uma evolução dos Willow Cove utilizados na 11ª geração Tiger Lake, enquanto os núcleos de baixo consumo serão conhecidos como Gracemont, uma evolução dos Tremont usados na família Lakefield, primeira aposta híbrida da companhia que equipa, por exemplo, o Samsung Galaxy Book S.

Segundo um suposto slide vazado de uma apresentação da empresa, a família Alder Lake será "inovadora", entregando um aumento substancial de 20% de desempenho em processamento single-core, com um único núcleo, e impressionantes 100% mais desempenho em tarefas multi-core, que utilizam todos os núcleos.

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Os saltos não viriam apenas dos novos núcleos Golden Cove e Gracemont, como também da litografia de 10 nm Enhanced SuperFin, e do que a fabricante chama de "agendamento auxiliado por hardware", ou seja, um componente extra integrado aos processadores que irá auxiliar o Windows a encaminhar corretamente uma tarefa para o conjunto de núcleos mais adequado.

Outras novidades de destaque da 12ª geração devem incluir a estreia do protocolo PCI-E 5.0 e das memórias DDR5, bem como o suporte a Wi-Fi 6E e portas Thunderbolt 4, mais comuns até o momento em notebooks.

Alder Lake K para desktops

Segundo as informações de Moore's Law is Dead, a família Alder Lake deve contar com três principais linhas: K, para desktops; P, para notebooks; e M, para tablets e dispositivos ultrafinos. Algumas variantes também estão previstas, como a série A para desktops e HX para notebooks gamer entusiastas.

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A linha K deve ser a primeira a chegar ao mercado, com rumores apontando para uma estreia no final de outubro, e pode representar a maior parte do volume de CPUs da Intel até 2022. Os chips estrearão o novo soquete LGA1700 e deverão operar com consumo semelhante ao visto na 11ª geração Rocket Lake-S, na casa dos 125 W.

Também de maneira similar à 11ª geração, os chips gráficos integrados utilizarão a arquitetura Intel Xe, mas contarão com apenas 32 Unidades de Execução (EU), oferecendo desempenho modesto, já que a ideia é que os usuários instalem uma placa de vídeo dedicada.

Haverá três modelos: um Core i9 de 8 + 8 núcleos, com o primeiro número representando a quantidade de núcleos de alto desempenho, enquanto o segundo se refere aos núcleos de baixo consumo; um Core i7, em configuração de 8 + 4 núcleos; e um Core i5, com 6 + 4 núcleos, todos contando com Hyperthreading nos núcleos de alto desempenho.

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Ainda para desktops, a Intel também deve lançar a linha A, com configurações um pouco mais modestas e quatro modelos: um Core i9 com 8 + 8 núcleos, um Core i7 com 8 + 4 núcleos, um Core i5 com apenas 6 núcleos de alto desempenho e 12 threads, e um Core i3, com apenas 4 núcleos de alto desempenho e 8 threads.

Alder Lake P para notebooks

A linha Alder Lake P seria voltada para notebooks, com quatro sub-famílias: a HX, a H45, a U28 e a U15. Mais robusta de todas, a HX seria voltada para notebooks gamer entusiastas, como o atual Alienware Area-51m, e teria a intenção de competir com os chips HX da AMD, como o Ryzen 9 5900HX, prometendo oferecer o mesmo nível de desempenho entregue por desktops com até 16 núcleos em configuração 8 + 8.

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A H45 seria voltada para o público em geral, devendo equipar futuros notebooks gamer mais tradicionais, operando entre 35 W e 45 W. Esses modelos devem ficar limitados a 14 núcleos, em configurações de 6 + 8. Por fim, as linhas U28 e U15 devem ser destinadas a ultrabooks e notebooks mais finos, operando entre 15 W e 28 W e oferecendo configurações de 2 + 8 núcleos. Todos trariam gráficos avançados, com até 96 EUs, e seriam anunciados durante a CES 2022.

Alder Lake M para ultrafinos

A família Alder Lake P seria a mais simples de todas, estando voltada para tablets e dispositivos ultrafinos. A série contaria com duas sub-famílias: a U9 e a M5, que assumiriam o lugar dos atuais Core Y e Core M. A U9 seria a mais robusta, operando entre 9 W e 12 W com configurações de 2 + 8 núcleos e até 96 EUs para gráficos.

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Enquanto isso, a M5 operaria entre 5 W e 7 W, com configurações de 1 + 4 núcleos, bastante similar à atual família Lakefield, com até 64 EUs para gráficos. Ambas serão anunciadas em algum momento após a CES 2022.

13ª geração Raptor Lake: núcleos de alto desempenho em dobro

Fechando o pacote massivo de informações, Moore's Law is Dead também traz novidades acerca da 13ª geração de processadores Intel, cujo codinome seria "Raptor Lake". A linha não traria muitas novidades, e apenas aprimoraria a base que a linha Alder Lake entregará.

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Os núcleos Golden Cove de alto desempenho dariam lugar aos núcleos Raptor Cove, que trariam outro salto respeitável de desempenho, enquanto os núcleos Gracemont de baixo consumo seriam mantidos, mas com melhorias para entregar mais performance. A grande mudança seria o aumento na contagem total de núcleos, que passaria de 16 para 24, em configuração de 8 + 16 núcleos.

Outras novidades incluem suporte a memórias DDR5 a 5600 MHz e LPDDR5X, além de aumento nos canais PCI-E 5.0, que chegariam aos 48. A 13ª geração Raptor Lake estaria sendo preparada para competir com a aguardada linha Ryzen 6000, baseada na microarquitetura Zen 4, cuja estreia está prevista para o final de 2022.

Fonte: WCCFTech