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AMD anuncia novos Ryzen 5000 e crava: "a melhor CPU para games do mundo"

Por| 08 de Outubro de 2020 às 18h00

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Reprodução/AMD
Reprodução/AMD
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A AMD anunciou na tarde desta quinta-feira (08) as novas CPU Ryzen 5000. A nova família é composta por quatro membros, todos baseados na mais recente microarquitetura Zen 3 de 7nm, e promete até 19% mais desempenho por clock em relação à geração anterior: "É a atualização mais significativa que já fizemos em toda a família Zen", disse o CTO da AMD, Mark Papermaster.

"Com a Zen 3, nosso foco é trazer o que há de melhor para o mercado de PCs. Ela aumenta nossa liderança em performance geral, em eficiência energética, e agora entrega o melhor desempenho single thread e em jogos. Fizemos mudanças drásticas na arquitetura de nossos núcleos (para alcançar isso)", explicou a presidente e CEO da AMD, Lisa Su.

Quais são as mudanças?

Segundo a AMD, ela é a única fabricante de processadores desktop que entrega incrementos reais de desempenho ano após ano. Tanto é que o foco da apresentação foi mesmo o ganho de 19% no desempenho por clock que os novos Ryzen 5000 entregarão aos usuários.

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Para alcançar isso, ela disse que redesenhou a arquitetura dos núcleos Zen 3, organizando-os de uma maneira diferente do que víamos até a Zen 2. Antes, os chiplets eram dispostos em duas estruturas distintas, cada uma com quatro núcleos e 16 MB de cache L3. O problema é que essa abordagem muitas vezes exigia que os núcleos conversassem entre si para acessar o cache do outro bloco, aumentando a latência e comprometendo o desempenho geral.

Agora, com o novo design, os chiplets são organizados em uma estrutura unificada com 32 MB de cache L3, que pode ser acessado diretamente por qualquer um dos oito núcleos. Dessa forma, a AMD eliminou a necessidade de "conversas paralelas" e baixou a latência de memória para jogos em duas vezes.

A companhia não entrou em mais detalhes sobre o que mais fez para ter esse ganho de performance de dígitos duplos, limitando-se a dizer que sequer teve de aprimorar o processo de fabricação em 7nm. Dessa forma, os novos Ryzen 5000 utilizam a mesma litografia dos Ryzen 3000XT, com as mudanças de arquitetura sendo suficientes não só para os ganhos de IPC, mas também de 24% de desempenho por watt em relação à primeira geração do Ryzen e 28% em relação ao Intel Core i9-10900K.

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Em outras palavras, ainda haveria espaço para melhorias se a AMD decidisse refinar o processo de fabricação de 7nm se assim quisesse, mas a verdade é que ela já está partindo rumo aos 5nm com a microarquitetura Zen 4.

Processadores Ryzen 5000

Como dito anteriormente, neste primeiro momento a AMD disponibilizará um total de quatro processadores, seguindo a mesma oferta de quando lançou a geração anterior. A oferta atenderá o segmento mainstream com um Ryzen 5 e um Ryzen 7, que oferecerão de seis a oito núcleos de processamento numa estrutura baseada em chiplet único. O segmento high-end, por sua vez, será atendido por dois Ryzen 9 baseados em dois chiplets e com cache L3 de impressionantes 64 MB.

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Ryzen 5 5600X

Modelo de "entrada" dessa nova onda de lançamentos da AMD, o Ryzen 5 5600X contará com seis núcleos e 12 threads rodando a um clock base de 3,7 GHz, mas podendo chegar a 4,6 GHz em turbo. Como o prefixo X indica, o processador não conta com vídeo integrado e chega para substituir a linha de processadores Ryzen 5 3600. Mirando na concorrência, o processador deve fazer frente com o Intel Core i5-10600K.

Um detalhe importante: este é o único processador da nova linha Ryzen 5000 que tem TDP de 65W; por isso, ele também será o único que virá acompanhado de cooler. Após a apresentação, a AMD confirmou que decidiu por não incluir o tradicional Wraith Stealth nos componentes com TDP acima de 65W por saber que os usuários preferem soluções próprias e de terceiros, do contrário teria de diminuir a frequência deles para mantê-los numa barra aceitável de refrigeração.

Ryzen 7 5800X

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Opção intermediária dessa oferta inicial dos Ryzen 5000, o Ryzen 7 5800X chega para substituir o Ryzen 7 3700X, oferecendo 8 núcleos físicos e 16 threads rodando a uma frequência de 3,8 GHz e 4,7 GHz em turbo boost. Assim como seu irmão menor, ele é baseado em um único chiplet com 32 MB de cache L3, mas consome bem mais energia: são 105W de TDP.

A expectativa da AMD é que esse modelo faça frente ao Intel Core i7-10700K.

Ryzen 9 5900X

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O Ryzen 9 5900X foi o modelo que mais recebeu atenção durante a apresentação da AMD e tem tudo para ser o carro-chefe da nova família. Ele traz consigo um total de 12 núcleos físicos e 24 threads rodando a uma frequência base de 3,7 GHz e podendo chegar a até 4,8 GHz em turbo. Além disso, esse é o primeiro modelo da linha a ser construído baseado em dois chiplets e a contar com nada menos que 64 MB de cache L3.

Em testes exibidos durante a apresentação desta quinta-feira (8), a AMD cravou que, rodando jogos, o Ryzen 9 5900X tem desempenho até 50% superior em relação ao Ryzen 9 3900XT e 21% acima do Intel Core i9-10900K. Quem acompanha a movimentação do mercado de processadores sabe que quando a Intel anunciou o 10900K em abril, afirmou que ele se tratava do "processador mais rápido do mundo para games", então a AMD agora reivindicou a coroa de "a melhor CPU para games do mundo" para si.

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Ryzen 9 5950X

Por fim, a AMD confirmou que também tem um substituto para o Ryzen 9 3950X. O Ryzen 9 5950X é o modelo topo de linha da nova família e chega com nada menos que 16 núcleos físicos e 32 threads, rodando a 3,4 GHz e podendo chegar a até 4,9 GHz. A ideia é fazer frente ao Intel Core i9-10980XE de 18 núcleos num segmento bem mais restrito, haja vista sua etiqueta de US$ 799 nos Estados Unidos.

Processadores AMD Ryzen 5000 para desktops
ModeloNúcleosThreadsClock baseClock turboCache L3TDPDestravadoMemóriaGráficos integradosCooler inclusoPreçoDisponibilidade
Ryzen 5 5600X6123,4 GHz4,9 GHz32 MB65WSimDDR4 @ 3200MHzNãoWraith StealthUS$ 2995 de novembro
Ryzen 7 5800X8163,7 GHz4,8 GHz105WNãoUS$ 449
Ryzen 9 5900X12243,8 GHz4,7 GHz64 MB105WUS$ 549
Ryzen 9 5950X16323,7 GHz4,6 GHz105WUS$ 799
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Vai bater a Intel?

Desde que lançou a primeira geração do Ryzen, a AMD vem caindo cada vez mais nas graças do público, sobretudo o gamer. Prova disso é uma pesquisa recente divulgada pelo Steam que aponta que, de abril de 2019 a setembro de 2020, a participação dos processadores da fabricante no mercado saltou de 18% para 25,75%.

São muitos os fatores que podem explicar esse ganho de terreno, mas não há dúvidas que o que mais chama a atenção é o custo-benefício dos componentes. Até o anúncio dos Ryzen 5000 nesta quinta-feira (8), o discurso era de que os processadores da AMD ofereciam desempenho semelhante por um valor bem mais em conta. Agora, entretanto, isso deve mudar para desempenho igual ou superior custando menos ou o mesmo que a oferta da Intel.

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Outro fator que chama atenção na abordagem da AMD é seu suporte a chipsets e soquetes que já estão no mercado. Desde que lançou a primeira geração do Ryzen, a empresa mantém o padrão AM4 e tenta ao máximo manter a compatibilidade com os chipsets que estão no mercado. Os novos Ryzen 5000, por exemplo, chegarão compatíveis com chipset da série 500, mas também funcionarão em placas da linha 400 quando uma atualização de BIOS for lançada em janeiro de 2021. Em outras palavras, se você tiver uma placa-mãe de uma dessas séries, não precisará gastar mais dinheiro para entrar para a nova família, algo que a Intel não vem conseguindo fazer.

Apesar de tudo isso, talvez o fator determinante para o sucesso dos novos Ryzen 5000 seja sua disponibilidade. A pandemia do novo coronavírus afetou, e continua afetando, muitos setores da indústria e o de tecnologia não está imune. Vide o caso da própria Intel, que desde abril pena para manter uma oferta mínima do Core i9-10900K no mercado, e da Nvidia, que já admitiu que vai faltar GeForce RTX 3000 no mercado até 2021.

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Dessa forma, se a AMD conseguir manter uma boa oferta do Ryzen 9 5900X para o mercado, o caminho para dominá-lo, que ainda é bastante longo, pode ser significativamente abreviado. Será que ela consegue? Cena para os próximos capítulos.