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Alienware é processada por não corresponder à promessa de upgrades do Area-51m

Por| Editado por Wallace Moté | 07 de Junho de 2021 às 15h40

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The Verge
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Dias após anunciar os novos notebooks x15 e x17, a Alienware encara uma situação desconfortável. A divisão gamer premium da Dell foi processada por um cliente que se sentiu lesado pelas promessas de múltiplos upgrades oferecidos pela fabricante durante o lançamento do Alienware Area-51m, monstruoso laptop da marca munido de hardware potente para desktops.

O consumidor Robert Felter foi ao tribunal do Distrito Norte da Califórnia, onde acusou a companhia de produzir marketing "falso e enganoso" por afirmar que o aparelho teria opções "de upgrades sem precedentes", e então mudar os planos para tornar essas melhorias mais limitadas.

Falta de clareza nos materiais de divulgação

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Segundo os autos do processo, os consumidores "foram enganados pela campanha de marketing falsa e enganosa da Dell e pagaram uma quantia significativamente alta pelo Area-51m R1 sob a crença incorreta de que essa 'capacidade de realizar upgrades sem precedentes' os faria salvar dinheiro no longo prazo ao permitir que atualizassem os principais componentes de seus laptops em vez de comprar um laptop completamente novo".

Tecnicamente, o Area-51m de fato permite que upgrades sejam realizados, mas apenas com componentes da mesma geração ou similares, como processadores Intel de 9ª geração no caso da CPU e placas GeForce RTX 2000 em relação à GPU. Aqueles que haviam optado pela configuração mais poderosa, no entanto, ficaram sem opções, outro dos pontos defendidos pelo advogado de Felter, David W. Kani.

“A propaganda da Dell ao público não impôs nenhuma restrição na capacidade de upgrades do laptop”, disse o jurista. "Eles também nunca disseram que aqueles com a configuração mais potente de CPU e/ou GPU não teriam essa opção".

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"Dell sabia da futura falta de suporte"

Como aponta o site ExtremeTech citando a matéria de lançamento do portal The Verge, a Dell havia dito que as possibilidades de upgrade estariam sujeitas às vendas e à adoção do modelo de modularidade pelas fabricantes dos componentes, mas em nenhum momento a companhia deixou esse ponto claro, nem em materiais de divulgação destinados à imprensa, o que abre brechas para o processo movido por Felter.

Um ano após o anúncio do Area-51m original, identificado pelo código R1, a Dell revelou o Area-51m R2, equipado com a 10ª geração de processadores Intel. Um novo soquete foi adotado pela Intel, com chips incompatíveis com o conector usado no modelo antigo. As GPUs mantiveram o formato de kits de upgrades da primeira geração, mas também eram incompatíveis com a versão anterior da máquina.

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O reclamante e seus advogados afirmam que, por estar em contato direto com Intel, Nvidia e outras companhias, a Dell estaria ciente das mudanças que seriam feitas durante o desenvolvimento do Area-51m e agiu de má-fé durante o lançamento do dispositivo para não ter o número de vendas afetado. Procurada pelo site Tom's Hardware, a fabricante se recusou a comentar sobre o caso.

Fonte: ExtremeTech