Giro da Saúde: cães que detectam covid; jovem com cabo USB entalado no pênis
Por Luciana Zaramela | 26 de Setembro de 2021 às 08h00
Todo domingo, o Canaltech separa as principais notícias de saúde para que, em poucos minutos, você se informe com os destaques da área e comece a semana por dentro. Aqui no Giro da Saúde, resumimos os cinco assuntos mais bombados da semana, e ainda sugerimos uma lista de notícias interessantes para você acompanhar ao final da leitura.
Novo estudo revela que Moderna é a vacina mais eficaz dos EUA
Uma pesquisa recente, conduzida nos Estados Unidos, testou a efetividade das vacinas contra covid-19 usadas no país. Os resultados mostram que o imunizante da Moderna é o que possui maior eficácia, quando comparado com os dois outros usados por lá: a vacina da Pfizer/BioNTech e a da Janssen (Johnson & Johnson). Independente dos resultados, é importante frisar que todos os imunizantes em uso no país protegem, de forma segura e eficaz, contra o coronavírus.
Quem foi vacinado com as duas doses da Moderna teve o melhor efeito de proteção contra hospitalizações: a taxa de proteção contra a entrada em hospitais foi de 93%. Já a vacina da Janssen obteve uma taxa de efetividade de 71%. E a imunização completa com a ComiRNAty, da Pfizer, reduziu o risco de hospitalização em 88% no mesmo período. No entanto, a proteção da fórmula contra hospitalizações caiu para 77%, após quatro meses depois da última dose.
Um dado importante: essas informações foram coletadas entre março e agosto deste ano. No mês de julho, a variante Delta, mais infecciosa, já era predominante em todo o país.
Janssen: dos novos efeitos colaterais aos testes recentes de eficácia
A Anvisa avaliou os efeitos adversos da vacina da Janssen (Johnson & Johnson) e pediu a inclusão, em sua bula, de uma pequena lista deles. Em um prazo de 30 dias, a farmacêutica deverá atualizar a bula com as novas informações. Tais efeitos são considerados leves, e você os confere abaixo:
- Linfadenopatia (aumento do tamanho e/ou número de linfonodos, como o aparecimento de caroços no pescoço);
- Parestesia (sensação de dormência em alguma parte do corpo);
- Hipoestesia (diminuição da sensibilidade da pele);
- Tinido (zumbido no ouvido);
- Diarreia;
- Vômitos.
Na mesma semana, a Janssen divulgou números atualizados sobre a eficácia de seu imunizante, considerando uma segunda dose. De acordo com os resultados, o reforço da vacina pode aumentar ainda mais a imunidade contra o coronavírus, chegando a 75% contra casos moderados e graves da doença, tal como com a dose única. No entanto, com as duas doses da fórmula, a proteção foi de 100% por "pelo menos 14 dias após a vacinação final", segundo a farmacêutica.
Vale salientar que a vacinação com duas doses obteve uma proteção de 75% globalmente. Considerando apenas os números dos Estados Unidos, a proteção contra a infecção sintomática chegou a 94%. Leia a notícia no Canaltech para detalhes sobre níveis de anticorpos com 2 meses ou mais de reforço.
Cachorros farejam covid em aeroporto com 98% de precisão
Dois cachorros estão dando um show de detecção de covid-19 em um aeroporto de Miami. Cobra, uma pastora belga, e One Betta, um pastor alemão, fazem parte de um programa piloto que visa reconhecer funcionários infectados do aeroporto. A missão canina é farejar suas máscaras em busca de traços químicos do coronavírus SARS-CoV-2, para minimizar o risco de transmissão viral.
Entre 23 de agosto e 8 de setembro, eles analisaram 1.093 funcionários e detectaram apenas um caso. A pessoa havia sido diagnosticada com covid duas semanas antes e havia acabado de retornar ao trabalho após a quarentena; depois de um teste rápido, ela foi liberada.
Butantan vai fornecer milhões de doses da CoronaVac a estados
O Instituto Butantan já finalizou o contrato que previa a entrega de 100 milhões de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde, mas continua a todo vapor na produção e distribuição das vacinas. Agora, firmou acordo para fornecer 2,5 milhões de doses da CoronaVac a cinco estados: Ceará, Piauí, Pará, Espírito Santo e Mato Grosso.
Já que concluiu sua etapa com o governo federal, o Butantan fica livre para assinar novos acordos de distribuição. Além de negociar diretamente com os estados, o instituto já declarou que pode fornecer a CoronaVac para mais países da América Latina.
Jovem insere cabo USB no pênis e vai parar na mesa de cirurgia
Alegando querer medir o comprimento de seu pênis, um adolescente norte-americano de 15 anos introduziu um cabo USB pela uretra e foi parar no hospital para retirá-lo. O relato do caso saiu em uma revista científica renomada, e conta que o jovem buscou apoio médico após múltiplas tentativas de remover o cabo e perceber sangue em sua urina. Segundo o artigo, a motivação do adolescente é descrita como autoerótica.
No hospital, os médicos tentaram remover o cabo por uma via menos invasiva, a cistoscopia, que consiste da inserção de um aparelho pela uretra, mas não obtiveram sucesso. O jovem precisou ser encaminhado para a sala de cirurgia, onde os cirurgiões conseguiram remover o fio após uma incisão no pênis do garoto, que foi posteriormente suturado.
Curiosamente, este não é o primeiro caso do tipo que relatamos aqui no Canaltech. Casos como esse, aliás, não são raros nas salas de emergência: vários objetos incomuns já tiveram que ser retirados das uretras de pacientes, incluindo agulhas, alfinetes, fios de ferro e até mesmo cascas de pistache.
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