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Janssen mede eficácia da segunda dose da vacina; nível de anticorpos surpreende

Por| Editado por Luciana Zaramela | 21 de Setembro de 2021 às 18h30

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ABBPhoto/envato
ABBPhoto/envato

Nesta terça-feira (21), a farmacêutica norte-americana Janssen —  braço da empresa Johnson & Johnson — anunciou os dados completos do estudo de Fase 3 do imunizante de dose única contra a covid-19 que desenvolveu. De acordo com os resultados, uma segunda dose do imunizante pode aumentar ainda mais a imunidade contra o coronavírus SARS-CoV-2, chegando a 75% contra casos moderados e graves da doença. 

No ensaio ENSEMBLE de Fase 3, participaram 390 mil voluntários que receberam a vacina Johnson & Johnson contra covid-19. Com apenas uma única dose, a proteção contra casos graves da infecção chegou a 75%. Agora, com as duas doses da fórmula, a proteção foi de 100% por "pelo menos 14 dias após a vacinação final", segundo a farmacêutica.

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Para casos moderados e graves da covid-19, a vacinação com duas doses obteve uma proteção de 75% globalmente. Considerando apenas os números dos Estados Unidos, a proteção contra a infecção sintomática chegou a 94%.

Quão importante é o reforço da vacina da Janssen?

"Quando um reforço da vacina Johnson & Johnson contra a covid-19 foi aplicado dois meses após a primeira injeção, os níveis de anticorpos aumentaram de quatro a seis vezes mais do que os observados após a dose única", afirma a farmacêutica sobre a melhora em um dos níveis de proteção contra a doença.

Já o reforço aplicado após seis meses "forneceu um aumento de 12 vezes nos [níveis de] anticorpos", segundo o novo estudo. Com o maior intervalo entre as duas doses, vale destacar que os níveis de anticorpos aumentaram nove vezes uma semana após o reforço e continuaram a subir por outras 4 semanas, crescendo até um valor 12 vezes maior. Nesse caso, o benefício máximo do imunizante só é obtido após cinco semanas.

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Segunda dose da vacina da Johnson & Johnson deve ser para todos?

Sobre a descoberta, o vice-presidente do comitê executivo, Paul Stoffels, lembra que "é fundamental priorizar a proteção do maior número possível de pessoas contra hospitalização e morte, devido à disseminação contínua da covid-19". Nesse cenário, usar uma vacina de dose única —  considerada eficaz e de administração simples —  pode ser uma estratégia para controlar a pandemia.

Por outro lado, Stoffels destaca: "Agora, geramos evidências de que uma dose de reforço aumenta ainda mais a proteção contra a covid-19 e deve estender a duração da proteção significativamente". Desse ponto, o reforço pode ser estimulado, quando a situação permitir. A questão é ponderar quando segundas doses são necessárias ou não.

Fonte: Janssen News