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3 motivos que fazem o Google ser mais inovador que a Apple

Por| 22 de Janeiro de 2014 às 15h26

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3 motivos que fazem o Google ser mais inovador que a Apple
3 motivos que fazem o Google ser mais inovador que a Apple
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Desde o falecimento de Steve Jobs, diversos especialistas e usuários acreditam que a Apple perdeu aquilo que a diferenciou de outras empresas de tecnologia: a criatividade. Certos produtos mais recentes, como o incrível Mac Pro – que pode custar mais de R$ 50 mil no Brasil – e o identificador de digitais do iPhone 5s, até possuem algo de novo. Mas sejamos sinceros: desde os primeiros modelos do iPhone e do iPad, o que Maçã trouxe de realmente inovador?

O autor da biografia oficial de Jobs, Walter Isaacson, também concorda que a Apple não é mais tão criativa como há alguns anos e que perdeu espaço para o Google. A companhia tem desenvolvido diversos projetos malucos, passando pelo carro que dirige sozinho e o Google Glass até lentes de contato para diabéticos, mas todos estes protótipos ainda devem demorar a chegar ao mercado.

Fato é que a empresa de Mountain View está se preparando para um futuro com o qual outras organizações parecem não estar muito preocupadas. Por isso, o site Fool listou três motivos que mostram que o Google é, atualmente, mais inovador que a Apple e outras empresas de tecnologia.

1. Gadgets vestíveis

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Hoje em dia o seu tablet ou smartphone pode ser considerado uma extensão do seu corpo. Contudo, já é realidade esses dispositivos estarem não apenas na sua mão, mas também no seu pulso, olhos e cabeça. Um dos exemplos são os relógios inteligentes; Samsung, Sony e outras companhias lançaram modelos de diferentes tipos e com várias funcionalidades – alguns até podem atender ligações e enviar mensagens.

O problema dos smartwatches, assim como pulseiras e outros gadgets vestíveis, é que eles ainda não mostraram a que vieram, fazendo com que o usuário duvide de sua real utilização. Isso deve mudar com a chegada do Google Glass neste ano e colocar o Google à frente da Apple e de outras empresas que fabricam produtos nesse segmento. De acordo com alguns rumores, a Maçã trabalha na criação do chamado iWatch, mas sabe que investir em relógios inteligentes pode ser uma manobra arriscada e perigosa – no ano passado, o Galaxy Gear, da Samsung, foi devolvido por 30% dos usuários em uma rede de lojas nos Estados Unidos.

Ainda é difícil prever se o Glass será bem aceito pelo público. O Google tem se esforçado em disponibilizar ferramentas para que desenvolvedores criem novos aplicativos ao acessório, que hoje pode tirar fotos, enviar mensagens, traduzir expressões de um idioma para outro, acessar mapas e outras funções do dia a dia.

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Além disso, os óculos devem chegar ao mercado por um preço bastante competitivo: US$ 600, segundo Robert Scoble, uma das primeiras pessoas a testar o Glass. No entanto, o gadget pode enfrentar difiuldades nos primeiros anos de vendas porque muitos usuários ainda o consideram avançado demais para a atual geração. Algumas estimativas feitas por empresas de pesquisas avaliam que o Glass só deve se popularizar entre 2018 e 2020, quando alcançará 21 milhões de unidades comercializadas por ano.

2. Revolução automotiva

A tecnologia vestível evolui a cada ano, mas uma outra indústria também está mudando drasticamente: a dos automóveis. Companhias e montadoras tentam equipar seus veículos com o que há de mais novo no mercado, incluindo serviços e aplicativos que antes eram acessíveis apenas por um dispositivo externo – como um GPS e a própria internet.

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A Apple é uma das pioneiras em investir nesse setor, e alguns carros vendidos nos Estados Unidos já contam com suporte ao iOS e à assistente pessoal Siri, do iPhone. Mas é aí que está o problema: a Maçã apenas faz uma integração de seus gadgets com o veículo em vez de colocá-los dentro do próprio automóvel. E levando em consideração o histórico da Apple, dificilmente a empresa deve adotar essa estratégia de abrir seu sistema operacional para outros produtos (no caso, o veículo).

Por outro lado, o Google parece ir na contra-mão desse conceito. Recentemente, a companhia anunciou uma parceria com algumas montadoras para levar o sistema Android aos novos modelos de automóveis até o final de 2014. Fazem parte da aliança, nomeada Open Automotive Alliance (OAA), as empresas Audi, GM, Honda e Hyundai, além da fabricante de peças para computadores NVIDIA.

A ideia inicial consiste no mesmo padrão da Apple: integrar o smartphone do motorista ao carro para permitir que o dono acesse as funções do celular por um display dentro do veículo. Mas, em longo prazo, isso pode evoluir para um sistema muito mais completo e independente, que beneficie não apenas o consumidor, mas também as montadoras. Afinal, o Android é o sistema operacional móvel mais usado no mundo, presente em 81% dos smartphones.

Também vale lembrar que há alguns anos o Google realiza testes com um carro que dirige sozinho. O veículo ainda deve demorar um bom tempo para chegar ao usuário final e deve receber uma série de melhorias, mas o projeto só reforça os planos futuristas da companhia para os próximos anos.

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3. Internet das coisas

Pode anotar aí: a partir de 2014, as empresas vão investir pesado em novos produtos para conectar toda a sua casa. Talvez esteja distante um lugar automatizado e cheio de robôs como no seriado "Os Jetsons", mas hoje já é possível encontrar geladeiras, máquinas de lavar roupa e outros eletrodomésticos que acessam a internet e "conversam" com seu smartphone (enviando dicas sobre o tempo ou quando algum alimento está vencido).

A Nest Labs é uma dessas companhias que desenvolvem objetos inteligentes para a casa, como termostatos e alarmes de fumaça conectados às redes Wi-Fi. O termostato, por exemplo, acompanha a rotina do usuário e se adapta a ela – o sistema sabe quando o dono deixa o local, aprende os horários de sono e regula a temperatura ambiente sem que o proprietário precise definir funções pré-programadas no produto.

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A Nest chamou tanto a atenção que foi comprada pelo Google na semana passada por US$ 3,2 bilhões. E o que isso significa para você, usuário? A princípio, não muita coisa, mas este o primeiro passo para que o Google entre de vez na sua casa e aprenda, todos os dias, seus hábitos e atividades para implementar essas informações nos outros dispositivos do lar. Imagine chegar cansado depois de um dia no trabalho e a própria casa adaptar o ar condicionado, recomenda uma bebida ou liga a TV em um programa ideal para aquele momento?

Um pouco mais distante está a compra da Boston Dynamics, no final do ano passado. Não está claro qual o objetivo do Google ao adquirir a empresa, conhecida por fabricar robôs humanóides para o Pentágono. Contudo, a gigante das buscas agora possui uma divisão de robótica que, inicialmente, vai produzir uma nova geração de máquinas inteligentes para automatizar a indústria. Mas não é difícil de imaginar que, daqui a alguns anos, estes robôs podem ser adaptados e inseridos na nossa casa.

A Apple, assim como outras companhias do setor tecnológico, criou produtos incríveis que revolucionaram o mercado um dia, mas agora precisa se adequar não apenas a um público específico. O Google talvez não seja a empresa mais inovadora do mundo, mas certamente é aquela que está se movendo muito mais rápido e em várias direções para se preparar para o futuro.