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10 filmes para assistir no streaming do Telecine durante o isolamento

Por| 08 de Abril de 2020 às 10h29

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Paramount Pictures
Paramount Pictures

Em qualquer momento, assistir a bons filmes pode ser uma boa pedida. Pensando nisso, o Canaltech preparou uma lista com alguns dos filmes mais bacanas disponíveis no streaming do Telecine. A ideia também foi indicar para muitos gostos diferentes, tanto para assistir quanto para reassistir. Isso, claro, sem a menor pretensão de criar algo exato, definitivo ou qualquer coisa do tipo. Os filmes citados e brevemente resenhados mais abaixo servem somente como indicações para quem não os assistiu ou para quem gostaria de reassisti-los. Toda a apreciação, ainda, depende de questões subjetivas do imaginário e, claro, do gosto pessoal (até por isso a lista é bem diversa).

Sem mais demora e, como sempre, dentro de uma abordagem sem verdades absolutas, vamos à lista de 10 filmes para assistir no streaming do Telecine durante o isolamento.

10. Artista do Desastre

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Tomando como base as filmagens do icônico The Room (de Tommy Wiseau, 2003), Artista do Desastre tem força para extrair comédia de uma produção que já era, sem fazer muita força, uma comédia (involuntária e talvez constrangedora), um filme considerado, simbolicamente, o pior já feito. James Franco, que interpreta Wiseau, está tão certeiro que, para quem assistiu ao filme de 2003, pode acontecer alguma confusão... o que deixa tudo mais sarcástico. Vale muito a pena tentar (porque pode ser bem difícil de aguentar) assistir ao filme original antes, mas, mesmo que não consiga, Artista do Desastre é um filme com um humor bem particular. De repente, para saudosos da série The Office (a versão inglesa ou americana), a comédia de vergonha alheia com seu espaço no cinema.

Para quem não conhece e ficou curioso por The Room, segue o trailer:

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9. Atentado ao Hotel Taj Mahal

Ao final de Atentado ao Hotel Taj Mahal, a sensação pode ser de atordoamento, de não saber exatamente o que pensar ou fazer. As pernas tremendo e o coração acelerado podem ser sintomas também. Organizar as ideias depois de um filme assim pode ser complicado. Se existir uma entrega do espectador, uma conversa com o filme, a imersão deve ser inevitável aqui... e quase sufocante. Um filme cheio de adrenalina que, no final das contas, gera empatia. Mas pode ser pesado de se assistir, então, caso seja muito sensível, talvez seja melhor pular para o próximo...

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Leia também:Crítica | Atentado ao Hotel Taj Mahal: a violência em um caminho sem volta

8. Bacurau (e Bacurau no Mapa)

Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles demonstram a importância de manter todos os passados existentes vivos, mas também expõem que, às vezes, somente um merece a luz do sol. O enterro final é a metáfora ideal de que é necessário se ter conhecimento de toda maldade do passado para jamais trazê-la de volta à tona. E a melhor forma de fazer isso é a mantendo-a por perto, enterrada bem debaixo dos nossos pés. Ou, com os pés na realidade, bem ao nosso alcance: nos livros.

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De quebra, o catálogo do Telecine traz o documentário Bacurau no Mapa, que é, na verdade, um making of de uma hora (ou pouquinho mais que isso de duração), mostrando as gravações e a pré-produção de Bacurau. Para os fãs do filme ou do cinema em si, vale muito a pena.

7. Encantada

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Amy Adams é encantada de fato. Não sei se haveria escolha melhor para a personagem-título. Mas o filme, que tem todo um charme discreto e ingênuo por causa da atriz, vale muito a pena por trazer uma ideia de animação para o live action. É como se tudo continuasse a ser animação mesmo quando deixa de ser. Não é exatamente confuso. Isso faz parte da unidade criada pela direção, de acreditar nesse potencial que Adams tem de tornar tudo mais bonito e... encantador.

Além disso, as músicas são todas compostas por compositores com experiência em animações como Tarzan (de Chris Buck e Kevin Lima, 1999), O Corcunda de Notre Dame (de Gary Trousdale e Kirk Wise, 1996) e Pocahontas (de Mike Gabriel e Eric Goldberg, 1995). É um filme mágico, de algum modo bobo e ingênuo, mas é sempre bom um filme como Encantada para dar uma aquecida no coração.

6. A Favorita

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O diretor grego Yorgos Lanthimos tem uma filmografia no mínimo original. Sempre abraçando histórias gloriosamente pessimistas e com um clima fúnebre – por mais que seus personagens lutem para viver –, ele constrói paralelos com o que há de mais egoísta nos seres humanos. Mas nunca o faz gratuitamente. Cada face de repugnância, de estranheza e de incômodo só revela mais e mais de um lado da natureza humana pouco explorado em uma arte que ainda é vista por muitos como apenas entretenimento.

Com A Favorita, Lanthimos traz toda a sua carga autoral para comentar que o povo é influenciado pelo poder de quem o governa e, se esse governo (onde pode se ler essa elite) é sujo, dificilmente o resultado será uma sociedade limpa. O ar criado no filme, como se a degradação de um povo através de uma política confusa e desastrada fosse uma novidade, é assustador.

Leia também: Crítica | A Favorita: Nem só de estranhezas e humor sofrido

5. Gritos e Sussurros

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Gritos e Sussurros é um dos filmes mais lindos da história do cinema e, talvez, o mais popular da carreira de um gênio. Cada grito e cada sussurro do filme parece preso em seus personagens, ocupados pela paixão. Ingmar Bergman, diretor de clássicos como Persona (que tem o título nacional bizarro de Quando Duas Mulheres Pecam, de 1966) e O Sétimo Selo (de 1957), faz muito do filme fluir sem que precise mostrar. É um filme com uma história existencialista, sobre morte, vida, amor... Um clássico, uma obra-prima.

4. Nós

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Nós é construído sob a luz da realidade e é nesta luz que está o seu maior terror. De qualquer forma, sua camada mais superficial, a da fantasia, é desenhada com um cuidado meticuloso pela direção de Jordan Peele. Essa junção – realidade e fantasia – tem força para dar a impressão (pretensiosa e acertada ao mesmo tempo) de que Peele tenta agradar a gregos e troianos. Mas, afinal, o filme consegue ser sobre nós e sobre eles... e é assustador o que está no subterrâneo das entrelinhas: o fato de que, socialmente, sempre há espaço para que sejamos eles e o “nós” sejam outros.

3. Pantera Negra

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Pantera Negra é um filme diferente de fato. Dissocia-se dos seus iguais (dos filmes do Universo Cinematográfico Marvel) tanto quanto Wakanda dissocia-se da África atual. Não importa, porém, nesse caso específico, se a produção da Marvel não é infalível em diversos pontos. O que importa é a sua relevância histórica, a sua força sócio-política. Vendar os olhos para o Cinema enquanto ferramenta social e ater-se ao filme em si e nada mais é vendar os próprios olhos para o mundo. A representatividade impulsiona a possibilidade de acreditar em um mundo que parecia inacessível. Produções como Pantera Negra, que trazem minorias em posições de poder, ganham ares educativos ao sugerirem pontos de vista diferentes e exercitarem a empatia.

2. Rocketman

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É complicado pensar em Rocketman sem seus exageros. Talvez impossível. Seria um filme mais sério se fosse menos extravagante? A verdade é que o diretor Dexter Fletcher extrai toda a complexidade de Elton John através de sua persona delirante (no melhor sentido). A atuação de Taron Egerton traz uma vida exuberante e uma ingenuidade gloriosa. Para fãs do músico – e de música –, é um dos filmes mais válidos da lista; para quem pouco conhece de Elton John, é um caminho prazeroso... e que faz voar bem acima de qualquer comentário negativo sobre o exagero e a extravagância.

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1. Turma da Mônica: Laços

Para a nostalgia de quem está no isolamento, para aquecer o coração de um jeitinho diferente de Encantada, o filme de Daniel Rezende é das produções mais lindas. O laço que fica, no final das contas, é o da saudade invisível e silenciosa, embaçando os olhos e querendo se tornar concreta; é um sentimento de dor que não é de dor exatamente, que vem dessa dita nostalgia, que nasce de lembranças de uma infância que, fisicamente (e talvez geograficamente), não volta mais.
O melhor sentimento, enfim, é o de que somos os adultos de hoje porque fomos as crianças de ontem – e porque tivemos a oportunidade de sermos crianças (algo que muitos não têm). Turma da Mônica: Laços pode ceder, com capricho e olhando nos nossos olhos, essas e outras sensações.

Leia também: Crítica | Turma da Mônica: Laços de saudade

Agora, ficam aí os comentários para que, em um momento tão delicado, possamos trocar indicações e ir criando uma corrente de filmes cada vez maior. Tenho certeza que vocês podem complementar e enriquecer tudo. Vamos conversando, debatendo...

É isso. Fiquem em casa, lavem as mãos, limpem os celulares, evitem levar as mãos ao rosto, cuidem-se e... bons e ruins filmes para nós!