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Review Moto G9 Plus | Muito poder, mesmo para 2021

Por| Editado por Léo Müller | 11 de Julho de 2021 às 10h00

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Ivo/Canaltech
Ivo/Canaltech

A Motorola anunciou a linha Moto G9 cerca de um ano após introduzir os Moto G8 Plus e G8 Play. E novamente fez os lançamentos a conta-gotas, apresentando primeiro os modelos Plus e Play para fechar com o Power algumas semanas depois — e nada de Moto G9 “base”.

Os dois primeiros a serem lançados trouxeram grande salto em relação ao antecessor. No caso do Motorola Moto G9 Plus, vimos uma melhoria considerável em processador e câmera, além de tela bem maior e, consequentemente, mais bateria. O resultado é um celular bem grande e o mais potente Moto G até então, tanto em processamento quanto em qualidade fotográfica.

Mas será que este é realmente um bom celular? O Moto G9 Plus ainda vale a pena em 2021, com tantos novos Moto G despejados no mercado? É o que eu vou explicar aqui nesta análise, depois de ter experimentado o aparelho na época de seu lançamento e novamente agora, nove meses depois.

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Prós

  • Potente;
  • Bateria de ótima duração;
  • Câmera principal com boa qualidade.

Contras

  • Tela com brilho baixo;
  • Poucas atualizações de sistema;
  • Som mono.
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Design e Construção

O Moto G9 Plus muda bastante o visual dos celulares que a Motorola havia lançado até setembro de 2020, quando ele foi oficializado. A traseira tem acabamento liso, com o logo da marca centralizado na porção superior e um módulo de câmeras com a mesma cor da tampa, em formato retangular. São três lentes no lado esquerdo, alinhadas verticalmente, e mais uma menor no lado direito, com o flash LED abaixo.

A tampa é de plástico em peça única, ocupando, também, as laterais do aparelho. No lado direito tem os botões de volume e o de energia, com o leitor de impressão digital embutido, enquanto no esquerdo fica a gaveta de chips e um botão exclusivo para o Assistente do Google. No topo temos um microfone e o conector de fone de ouvido, enquanto na parte inferior ficam outro microfone, conector USB-C e alto-falante.

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  • Dimensões (A x L x P): 170 x 78,1 x 9,7 mm
  • Peso: 223 g

O celular da Motorola é bem grandão, maior até que o Galaxy S20 Ultra, apesar de a tela de 6,8 polegadas ser ligeiramente menor. O visor ocupa um pouco mais de 84% da parte frontal e possui bordas pequenas, sendo que a inferior é um pouco maior que as outras três. A câmera de selfies fica em um furo localizado na parte superior esquerda da tela.

Se você considera o iPhone 12 Pro Max grande, também não vai gostar muito do tamanho do Moto G9 Plus, que ainda por cima é pouca coisa menos pesado. Um ponto que pode ser considerado positivo é que, por ter acabamento em plástico, o celular da Motorola não precisa tanto de uma capinha protetora. Mas aí depende do seu nível de cuidado com o aparelho — se costuma passar por muitos acidentes é sempre mais indicado usar a capinha.

Eu testei o modelo na cor azul, e além desta opção você também pode encontrar o celular na cor dourada.

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Tela

A tela LCD é um dos quesitos que eu considero o maior ponto fraco deste modelo. É claro que você pode não se importar ou até preferir essa tecnologia, que traz cores mais naturais, mas eu considero as desvantagens em relação ao OLED muito importantes e, portanto, prefiro esta segunda opção.

Ao menos a Motorola optou pelo painel LTPS, que entrega eficiência energética um pouco melhor. De resto, o brilho mais baixo e um tom de cinza bem escuro no lugar do preto — normais de um visor LCD — estão presentes aqui. São 6,8 polegadas com resolução Full HD+ e proporção 20:9, então a tela é um pouco mais alta, com 1080 x 2400 pixels no total. — densidade de 386 ppp, aproximadamente. Esse display funciona a 60 Hz, já que ele foi lançado antes desta nova tendência das telas com altas taxas de atualização começar a se espalhar.

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Uma vantagem do Moto G9 Plus para antecessores da linha Moto G e até alguns posteriores de faixa de preço mais barata é a presença do HDR10, que oferece contraste melhorado. Em termos simples, o visor traz gama de cores mais equilibradas, e não perde tantos detalhes em áreas escuras mesmo com áreas muito claras na exibição.

Configuração e Desempenho

Na parte interna, o Moto G9 Plus traz a plataforma Snapdragon 730G, da Qualcomm, um chipset com configurações intermediárias potentes. O SoC (System on Chip), que traz mais do que apenas o processador, é fabricado em litografia de 8 nm, uma dos mais avançadas na época de seu lançamento. O processador nele inserido tem oito núcleos, divididos em dois com arquitetura Kryo 470 Gold de 2,2 GHz e outros seis de 1,8 GHz com arquitetura Kryo 470 Silver. A GPU é a Adreno 618.

Traduzindo esse monte de especificação, é um processador potente o bastante para competir de igual para igual com qualquer celular intermediário do ano passado, mas ainda fica alguns degraus abaixo dos topo de linha de até uns dois anos atrás. Claro que, no dia a dia não, dá para sentir diferença, e o Moto G9 Plus só perde para um Galaxy S10 na hora de executar jogos mais pesados ou tarefas mais exigentes, como renderizar um vídeo, por exemplo.

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Isso fica bem claro no resultado do teste de benchmark que eu rodei no dispositivo. Foram 642 pontos no Wild Life Unlimited do 3D Mark, com 3,8 quadros por segundo. Apenas por comparação, o Moto G100, que tem processador e GPU topo de linha de 2020, fez 4212 pontos com 25,2 fps no mesmo teste. Na versão Wild Life Extreme Unlimited, o G9 Plus chegou a 232 pontos com 1,4 fps, também bem menos que os 1.215 pontos com 5 a 9 fps do irmão G100.

O celular da Motorola ainda tem 4 GB de memória RAM LPDDR4X e 128 GB de armazenamento interno, dos quais cerca de 114 GB ficam livres para o usuário — o restante é reservado para o sistema operacional. Dá para guardar bastante foto e vídeo e instalar alguns jogos e bastante aplicativo no Moto G9 Plus sem precisar se preocupar com o espaço. Aliás, tem um slot híbrido para cartão micro SD para expandir a memória ou um segundo chip de operadora.

Nos meus testes, não tive problema ao rodar nenhum jogo. Claro que isso vai depender do seu nível de exigência, mas, se mantiver os gráficos no padrão, tudo flui muito bem, sem travadas mesmo em jogos multiplayer online como os populares COD Mobile, PUBG Mobile, Free Fire e afins. O problema principal é que ele não aguenta muitos jogos e apps pesados abertos ao mesmo tempo, por causa da memória RAM “curta”.

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Interface e conectividade

Este dispositivo ainda tem conectividade 4G, Bluetooth 5.0, Wi-Fi dual-band e NFC. Não fica devendo muito a nenhum smartphone intermediário atual, portanto é uma boa opção veloz e potente para quem não faz questão de um topo de linha. A Motorola inclui alguns recursos de personalização (dá para mudar ícones e cores do tema), gestos, tela e jogos. O software, no entanto, é bastante limpo e próximo do “Android puro”.

O maior problema está nas promessas de atualização. O aparelho saiu com o Android 10 e, até o momento de produção desta análise, no início de julho de 2021, nada de Android 11 liberado. E, segundo a Motorola, será a única versão do sistema do Google que o modelo receberá, ficando restrito apenas a updates de segurança até setembro de 2022.

De qualquer modo, se você não faz questão de ter sempre a versão mais recente do Android e quer um celular potente para entregar bom desempenho para os próximos dois a três anos, tem no Moto G9 Plus uma ótima opção. O dispositivo é bastante veloz e fluido, graças às poucas modificações feitas pela Motorola, que não lota o celular de recursos que nem todo mundo usa.

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“Os diferenciais da Motorola estão presentes no Moto G9 Plus. E os gestos para abrir câmera, ligar lanterna e printar a tela ainda se unem a algumas novas boas adições, como a personalização do tema.”

Câmera

Com um conjunto traseiro quádruplo de câmeras e mais uma na frente, o Moto G9 Plus oferece uma boa quantidade de recursos fotográficos e videográficos. Atrás, ele tem um sensor principal de 64 MP, um ultra grande-angular de 8 MP, um macro de 2 MP e um de profundidade de 2 MP. Na frente, as selfies são feitas com um sensor de 16 MP.

Sensor principal | 64 MP

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Apesar dos 64 MP, as fotos na configuração padrão do Moto G9 Plus ficam com 16 MP, porque o software junta quatro pixels em um para entregar menos ruído e mais sensibilidade à luz. Mas é até melhor, já que assim o arquivo não fica tão pesado para as redes sociais, e a vantagem da foto gigantesca seria apenas para imprimir ou fazer um recorte específico — a Samsung, por exemplo, usa zoom híbrido justamente com sensor de 64 MP em alguns celulares.

A qualidade geral das fotos é bem satisfatória, mas falta um pouco de destaque nas cores e uma estabilização melhor para evitar imagens tremidas. O primeiro ponto fraco dá para corrigir com um software de edição, enquanto o segundo é um problema maior, mas com um pouco de concentração e costume, você consegue acertar na maior parte das vezes.

Também dá para tirar fotos bem bacanas com pouca luz, especialmente se você ativar o Night Vision (modo noturno). O Moto G9 Plus usa inteligência artificial para analisar uma série de capturas e transformar em uma única imagem mais nítida e com menos ruídos.

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O Moto G9 Plus ainda permite que você tire fotos com a ultra resolução de 64 MP, ou seja, imagens que não juntam os quatro pixels em um. O resultado final não fica muito diferente da câmera principal, que reduz para 16 MP.

Ultra grande-angular | 8 MP

Como estamos falando de um intermediário, não dá para reclamar muito da qualidade das fotos feitas com a lente ultra grande-angulares do Moto G9 Plus. O foco é fixo e bastante amplo, portanto a ideia desta câmera é realmente aproveitar o enquadramento maior para paisagens e afins.

No geral, a qualidade das fotos é bem razoável, apesar das limitações. Além da já mencionada questão do foco fixo, tem a sensibilidade à luz muito baixa, que deixa o sensor pouco útil em cenários com pouca iluminação. E as cores são um pouco mais lavadas que as da câmera principal.

Macro | 2 MP

Resolução em fotografia não é tudo, mas isso não significa que não seja importante. Com um sensor de apenas 2 MP para macros, o Moto G9 Play não oferece uma experiência muito boa neste sentido. A câmera está ali e até dá para tirar fotos legais com muita luz e paciência, mas para quem gosta de explorar este tipo de fotografia, não é o mais indicado.

Sinceramente, durante os meus testes, notei que o sensor principal consegue tirar fotos macro bem legais. E em muitos casos, o resultado é melhor do que se você usar a câmera dedicada a isso.

Modo retrato e outros recursos

A última câmera serve apenas para fazer o desfoque de fundo do modo retrato e alguns outros recursos. Entre eles estão o recorte, que remove o cenário; e cor em destaque, que é autoexplicativo. A Motorola ainda oferece em seu app nativo de câmera o Cinemagraph, que faz uma espécie de GIF animado apenas onde você selecionar, e um filtro interativo.

Selfies | 16 MP

A quinta câmera fica na frente, no furo da tela, para tirar as selfies. Dá para aproveitar os recursos de modo retrato, cor em destaque e Night Vision com o sensor frontal, com resultados que nos fazem pensar se havia mesmo a necessidade de incluir uma câmera só para alguns destes recursos na traseira.

As selfies do Moto G9 Plus são razoáveis, não chegam a decepcionar, mas também não é das melhores na faixa de preço do aparelho. A menos que você não faça questão de usar a câmera frontal, ela vai quebrar um galho na maior parte das vezes.

Vídeos

A gravação de vídeos apresenta praticamente os mesmos problemas das fotos: falta estabilização para a imagem ficar mais bacana, mas no geral dá para o gasto. Você pode filmar em 4K, mas fica com alcance do foco limitado, ainda menos estabilização e não consegue usar a ultra grande-angular, que está limitada ao 1080p. A frontal tem a mesma limitação.

Sistema de Som

Não dá para esperar grande coisa do sistema de som de um celular intermediário, apesar de a própria Motorola já ter lançado modelos da linha Moto G com áudio estéreo, incluindo o antecessor do Moto G9 Plus. Infelizmente, este foi um dos recursos cortados nesta edição, com a justificativa de que o usuário que realmente quer consumir mídia no aparelho já tem um bom fone de ouvido ou caixa de som em casa.

O alto-falante do Moto G9 Plus fica na parte inferior do dispositivo, ao lado do conector USB-C. A qualidade é razoável em volumes médios, mas chegando ao máximo já começa a apresentar distorções. O foco está nos médios, com agudos e graves sem destaque.

Ao menos o celular traz entrada para fone de ouvido, e você pode usar o seu preferido com áudio que lhe agrada sem problemas. Há também a opção de usar a porta USB-C ou até o Bluetooth para conectar o acessório.

Aliás, falando em fone de ouvido, a unidade que vem na caixa é bem simples, para quebrar galho mesmo. O som é um pouco abafado e, em volumes altos, pode até apresentar distorções, especialmente nos agudos. Se você já tem um que usa por aí, é melhor manter para ouvir músicas, assistir a vídeos ou até jogar com um som minimamente satisfatório.

Bateria e Carregamento

Com 5.000 mAh de capacidade, o Moto G9 Plus tem bateria para até dois dias de uso normal, segundo a Motorola. E se tem um aparelho que consegue entregar algo próximo disso é este, que realmente chega a até dois dias longe da tomada, geralmente com uma folga no final.

Fizemos dois testes para chegar a esta conclusão. O primeiro é realizado em três horas de reprodução de vídeo na Netflix. Ou seja, o tempo todo conectado à internet e baixando dados, enquanto a tela é constantemente atualizada com novas informações. O brilho foi mantido em 50% durante todo o processo, e o celular entregou autonomia estimada de mais de 27 horas. Considerando que você não vai ficar sempre o dia inteiro vendo vídeo, está ótimo.

Outro teste foi de uso real, navegando nos aplicativos mais comuns do dia a dia, como redes sociais, câmera para tirar fotos e gravar vídeos, alguns jogos casuais e até a reprodução de música e vídeo. E, em um dia, o dispositivo fica em cerca de 50% de carga, podendo variar para um pouco mais ou um pouco menos dependendo do seu tipo de uso.

“A bateria do Moto G9 Plus é um dos pontos altos do dispositivo, com duração suficiente para quase dois dias de uso para a maior parte dos usuários. Mesmo quem fica muito tempo navegando nas redes sociais ou mesmo jogando, consegue ficar um dia sem precisar recorrer à tomada.”

A recarga é outro ponto positivo. Com adaptador de parede de 30 W de potência, o G9 Plus pode ter bastante carga em alguns poucos minutos na tomada. Porém, o tempo total de recarga é um pouco decepcionante, ultrapassando consideravelmente uma hora e meia para o processo todo — considerando a capacidade da bateria e potência do carregador, era esperado tempo abaixo disso.

Concorrentes Diretos

Um celular lançado em meados de 2020 ainda pode competir com muito aparelho novo, especialmente por oferecer potência superior a muito intermediário recente. Há muitos aparelhos que vão entregar características semelhantes — alguns a preço mais baixo —, enquanto outros vão cobrar um pouco mais.

Entre os modelos da própria Motorola, dá para pensar no One Fusion Plus, que tem praticamente a mesma ficha técnica e e geralmente custa menos. O Moto G60 é um pouco mais potente, mas vai sair mais caro. De resto, a maioria vai ficar abaixo do G9 Plus, exceto pelo Moto G100, mais completo e poderoso, mas também com preço muito acima.

Pensando em Samsung, o mais próximo é o Galaxy A71, também do ano passado e com mais atualizações de sistema garantidas, além de conjunto de câmeras e tela com qualidade superior. Este modelo, no entanto, vai entregar menos bateria. O Galaxy M51 é uma alternativa para quem quer fotografias melhores com mais bateria, já que tem 7.000 mAh de carga. Além destes dois, dá para pensar num modelo mais novo, como os Galaxy A52 ou A72, mais caros, ou o Galaxy A32, mais barato e um pouco menos potente.

A Xiaomi também tem uma boa quantidade de opções, sendo que o Redmi Note 9 Pro seria uma alternativa um pouco menos potente, enquanto o Redmi Note 10 Pro já fica acima, bem como o Poco X3 Pro. Todos ainda entregam qualidade fotográfica um pouco superior ao Moto G9 Plus.

Por fim, tem os modelos da Realme, mais especificamente o 7 Pro e o 8 Pro, que têm processador um pouco abaixo e menos bateria, mas também entregam fotografia e tela melhores.

Conclusão

O Moto G9 Plus é um celular muito mais potente que seu antecessor, com ganho também no tamanho da tela e da bateria, além dos sensores de câmera. O único ponto em que há perda é no sistema de som, que deixa de ser estéreo para ficar mono.

Mesmo assim, o modelo parece uma boa opção para quem quer atualizar seu próprio Moto G, caso tenha um até a oitava geração. E também é um intermediário mais que competente para quem busca um bom celular para os próximos dois a três anos. Só é bom lembrar que o modelo provavelmente vai parar no Android 11, que ainda não havia chegado oficialmente até a conclusão desta análise.

E se qualquer aspecto do aparelho não lhe agradou, o que não falta são opções. Claro que todas vão ter algum ponto negativo, mas é assim que as coisas funcionam: para ter um conjunto de vantagens, alguma coisa acaba sacrificada. O truque é buscar o produto que entrega mais daquilo que você busca. Ou optar pelo que mais agrada esteticamente, ainda mais na categoria dos intermediários potentes, como é o caso do Moto G9 Plus.

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