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Review Realme 7 | Um intermediário ideal para jogar no celular

Por| Editado por Léo Müller | 23 de Junho de 2021 às 11h50

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Ivo/Canaltech
Ivo/Canaltech

A chinesa Realme desembarcou no Brasil em janeiro deste ano com o objetivo nada modesto de se tornar uma das três maiores fabricantes de celulares do mercado nacional. A primeira aposta da marca por aqui foi o intermediário Realme 7, lançado com a promessa de oferecer um excelente desempenho em jogos sem custar muito caro.

Para isso, o smartphone traz uma combinação poderosa, incluindo chipset gamer MediaTek Helio G95, placa gráfica de alta velocidade, memória RAM de 8 GB, armazenamento interno de 128 GB e tela fluida de 90 Hertz (Hz).

Mas, afinal, será que o Realme 7 cumpre o prometido? Há potência suficiente para os principais jogos da Play Store? Depois de muita jogatina com o intermediário da Realme, trago nos próximos parágrafos todas as minhas impressões do aparelho.

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Prós

  • Desempenho em jogos é muito bom;
  • 8 GB de RAM, incomum entre os intermediários;
  • Câmera principal garante ótima definição e cores vivas;
  • Bateria tem ótima autonomia;
  • Carregamento bastante rápido.

Contras

  • Sem previsão de atualização para o Android 11;
  • Câmera frontal não tem bom desempenho;
  • Alto-falante mono produz sons sem presença.
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Review em vídeo

Construção e design

O Realme 7 é bastante simples em termos de construção, trazendo tampa traseira e moldura de plástico, características presentes em muitos aparelhos intermediários mais básicos. Ainda assim, o smartphone da marca chinesa chama atenção pela pegada robusta, pois sua bateria de 5.000 mAh o deixa ligeiramente mais pesado que outros modelos do segmento — como o Galaxy A52 4G —, além de mais espesso.

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  • Dimensões: 162,3 x 75,4 x 9,4 mm;
  • Peso: 196,5 gramas.

No design, o celular intermediário também não se destaca, embora traga um visual que ganha pontos por originalidade: as câmeras, por exemplo, são organizadas em formato vertical em um módulo relativamente pequeno. A peça fica um pouco saltada do corpo do aparelho, deixando os sensores sujeitos a arranhões caso sejam apoiados em regiões mais ásperas. Felizmente, a Realme envia uma capinha de silicone da caixa.

O modelo que testamos é branco e traz um acabamento fosco na tampa traseira com tons azulados e alaranjados quando refletida na luz, dando um efeito bem interessante ao aparelho. Há, também, uma linha vertical que vai do conjunto fotográfico até a lateral inferior com o nome da Realme, algo pouco comum aqui no Brasil, mas é uma característica presente em muitos celulares de marcas chinesas.

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O Realme 7 segue a fórmula da maioria dos smartphones intermediários, possuindo tampa traseira e moldura de plástico. Ainda assim, o visual é bastante elegante e ganha pontos pela originalidade.

Conexões e slots

O Realme 7 traz uma bandeja na lateral esquerda para dois chips e um cartão de memória, ou seja, não será preciso escolher entre um segundo número ou expandir a memória interna. O modelo que analisamos tem conexão apenas 4G, mas existe uma versão do aparelho compatível com a nova tecnologia de rede que traz o mesmo nome, apenas com o “5G” no final.

Na lateral inferior, o smartphone possui uma porta USB-C 2.0 para carregamento e transferência de dados, uma saída de som e um conector de 3,5 mm (P2) para fones de ouvido — no entanto, a Realme não envia o acessório na caixa, decisão comum entre as fabricantes atualmente.

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Finalizando a parte de conectividade, o Realme 7 é compatível com a tecnologia NFC (Near Field Communication), que habilita pagamentos por aproximação. Também temos Bluetooth 5.0 e Wi-Fi 5 (ac), funcionando nas frequências de 2,4 GHz e 5 GHz.

Tela

Quando o assunto é tela, o Realme 7 tem 6,5 polegadas com resolução Full HD+ e proporção 20:9, ou seja, o display é mais esticadinho. A tecnologia do painel é apenas IPS LCD, inferior ao Realme 7 Pro e a alguns modelos de Samsung e Xiaomi que já apostam no AMOLED — como Galaxy A32 4G e Redmi Note 10 Pro. Apesar das limitações do LCD em tons escuros e brilho máximo, o display entrega boa definição e cores decentes, resultados similares a de alguns Moto G.

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O intermediário da chinesa ainda conta com taxa de atualização de 90 Hz, que atualmente já não parece ser um diferencial, pois diversos aparelhos da categoria vendidos no Brasil já possuem. No entanto, uma novidade muito bem-vinda por aqui é a opção de definir automaticamente a velocidade do painel conforme o conteúdo exibido. Na prática, isso ajuda a diminuir o consumo da bateria, já que o painel não trabalhará com toda a potência direto.

Configuração e desempenho

Se o Realme 7 não surpreende muito em tela e construção, internamente ele mostra para que veio. Ele é equipado com o processador Helio G95, da MediaTek, que trabalha com 8 GB de memória RAM e 128 GB de armazenamento interno, expansíveis via cartão de memória. Como a promessa do chip é ser uma opção ideal para quem curte jogar no celular, testei uma série de jogos da Play Store para ver se ele aguentava o tranco.

Dead By Daylight, um dos títulos mais pesados para Android, teve um desempenho decente com os gráficos no máximo a 30 quadros por segundo (fps), apresentando engasgos leves somente em cenários mais detalhados e movimentados. Notei que o celular estava operando em seu limite após alguns minutos de jogatina, quando ocorreram travamentos mais frequentes. Quando coloquei as configurações no automático, a performance foi muito boa.

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Genshim Impact não é um parâmetro muito justo para testes, já que não é muito otimizado no celular, mas tive um desempenho razoável com gráficos setados no médio, com travamentos mais visíveis apenas nos primeiros minutos de jogatina. No entanto, com as configurações no mínimo, o jogo conseguiu se manter estável.

Tanto em Call of Duty Mobile quanto em PUBG Mobile, títulos em que precisão é muito importante, o Realme 7 surpreendeu pela estabilidade mesmo com gráficos mais avançados. No entanto, infelizmente não consegui habilitar os 90 Hz suportados pela tela, apenas 60 Hz. O mesmo aconteceu com Asphalt 9, apesar de também ser compatível com taxas mais altas.

Com 8 GB de memória RAM, aplicativos de redes sociais e mensageiros rodaram sem sinais de travamentos e engasgos. A alternância entre eles também se deu de forma bastante suave.

Se você procura um smartphone intermediário para jogar, o Realme 7 é uma das melhores opções do mercado brasileiro atualmente.
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Sistema e interface

Um dos responsáveis pelo ótimo gerenciamento dos aplicativos é a interface Realme UI, baseada no Android 10. Apesar de ainda não ter previsão de atualização para o Android 11 aqui no Brasil, a skin da marca chinesa tem um visual bastante próximo ao Android puro, embora permita personalizar ícones, fontes e outros elementos.

Câmeras

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O Realme 7 tem um conjunto fotográfico digno de um smartphone lançado em 2020. São quatro câmeras traseiras: a principal tem 64 MP; a ultra grande-angular tem 8 MP, seguida por uma macro de 2 MP e um sensor dedicado para profundidade de campo, também de 2 MP.

Câmera principal

Os resultados com a câmera 64 MP são o que se espera de um celular intermediário mais básico: em ambientes com boa iluminação, as imagens trazem ótima definição, níveis de ruído e balanço de branco controlados.

As alterações que o software de câmera faz nas fotos têm algumas semelhanças com o pós-processamento da Samsung, adicionando muita saturação e contraste, e são bastante interessantes para publicar em redes sociais sem muitas edições.

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Modo retrato

O modo retrato do Realme 7, feito com o auxílio do sensor de profundidade e de inteligência artificial, consegue fazer uma boa detecção das bordas do objeto principal e o desfoque de fundo é feito com eficiência. Pude perceber que o pós-processamento não atuou da mesma forma das fotos “normais”, mas as cores continuaram agradáveis e devem agradar aos usuários.

Câmera ultrawide

Com apenas 8 MP, a câmera ultrawide não se destaca e tenta impressionar com saturação e contraste desnecessários, deixando tons escuros ainda mais escuros. A definição também não é boa, principalmente nos cantos das imagens, onde há perda de detalhes e distorções.

Câmera macro

A câmera macro do Realme 7 é daquelas que não faria falta se não estivesse no aparelho. O sensor de apenas 2 MP produz imagens com definição precária, cores lavadas e um desfoque de fundo nada natural.

Modo noturno

O modo noturno do celular intermediário faz um bom trabalho quando há uma incidência de luz para ele se basear. Nesse caso, os níveis de nitidez e contraste são controlados, sem adicionar muito ruído. No entanto, em ambientes mais desafiadores, o software não faz milagre, resultando em imagens com bastante ruído e péssima definição.

Selfies

A câmera frontal tem boa definição, mas confesso que me decepcionei com o pós-processamento, que, além de adicionar um efeito para deixar o rosto mais liso, não conseguiu lidar com a iluminação do ambiente, me deixando subexposto. Em ambientes bem iluminados, por exemplo, todas as tentativas de fazer uma selfie decente foram falhas. Esse problema provavelmente pode ser corrigido por uma atualização de software, mas é importante destacar.

Vídeos

Quando o assunto é vídeo, o Realme 7 consegue gravar em até 4K a 30 fps ou 1080p a 60 fps. Devido à falta de um sistema de estabilização óptica, as gravações não são muito estáveis, mas a definição e as cores são muito boas para a categoria. A qualidade só piora em cenários internos e com iluminação mais desafiadora.

Áudio

O Realme 7 tem apenas um alto-falante localizado na lateral inferior do aparelho, portanto não espere por uma qualidade sonora muito diferente de outros intermediários. Assim como os Nokia 5.4, Galaxy A32 4G e Galaxy A12, os vocais possuem boa definição, ideais para vídeos sem músicas e transmissões ao vivo.

Em canções, tanto agitadas como calmas, no entanto, as vozes ofuscam completamente qualquer instrumentação, resultando em um som sem vida — em Lost Cause, da Billie Eilish, por exemplo, só é possível ouvir sua voz, deixando a música sem corpo. O violão de Your Power também fica quase imperceptível.

Bateria e carregamento

O Realme 7 tem uma bateria de 5.000 mAh que consegue competir com alguns dos principais intermediários à venda no Brasil, como Galaxy A52 4G e Redmi Note 10 Pro. Reproduzindo um dia normal de uso, com 30 minutos de streaming na Twitch, 20 minutos de redes sociais, 30 minutos de vídeos no YouTube e 40 minutos de jogos, tudo no modo de tela 90 Hz e brilho no máximo, o celular passou de 100% para 65%, uma autonomia muito boa para a categoria.

Durante o dia a dia, o Realme 7 cumpre o prometido de entregar uma autonomia de quase dois dias sem precisar sacrificar a qualidade de tela, o que é muito interessante.

Em termos de carregamento, o Realme 7 simplesmente dá um show com seu carregador de 33 watts (W), igualando-se aos smartphones mais recentes da Xiaomi. Nos meus testes, de 0% a 45% precisei de apenas 20 minutos; até 100%, foram apenas mais 45 minutos.

Concorrentes diretos

O Realme 7 chegou ao Brasil em janeiro deste ano por um preço não muito atraente de R$ 2.299. No entanto, em uma rápida pesquisa no Google, você já consegue encontrar o modelo por valores muito menores, o que é bem legal considerando todas as configurações que oferece.

Na faixa de preço desse modelo, é possível encontrar aparelhos bem interessantes, como o Galaxy A32 4G e o Galaxy M51, ambos com tela AMOLED, câmeras melhores em relação ao Realme 7 e bateria de longa duração. O Galaxy A52 4G também pode ser visto nessa faixa de preço em algumas promoções.

No entanto, o Realme 7 tem suas vantagens: ele é o único intermediário abaixo dos R$ 2 mil com uma combinação de 8 GB de RAM e 128 GB de memória interna. O processador, por sua vez, traz uma placa gráfica potente para jogos, embora no dia a dia a diferença não seja muito perceptível.

Conclusão

O Realme 7 é um smartphone muito interessante para a categoria intermediária que certamente coloca a fabricante chinesa no radar do público brasileiro. Ele entrega um ótimo desempenho para jogos, memória RAM suficiente para uma excelente multitarefa, conjunto fotográfico interessante, tela fluida e ótima autonomia de bateria.

O intermediário é bastante similar a alguns modelos da Motorola, como o Moto G9 Plus, em termos de construção, câmera, tela e conjunto fotográfico, o que, particularmente, indica que ela está seguindo no caminho certo — inclusive, se eu fosse a Motorola e a Xiaomi, prestaria atenção à marca chinesa por aqui.

Não fossem os modelos da Samsung no mercado brasileiro, ficaria mais fácil de recomendar o Realme 7 quando comparado com os intermediários de Motorola e Xiaomi. As apostas da sul-coreana à venda no Brasil, como os Galaxy M51 e Galaxy A52 4G, ainda são as melhores opções abaixo dos R$ 2 mil, trazendo desempenho decente, câmeras melhores, bateria de maior duração e telas mais interessantes.

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