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LG desafia hegemonia da Samsung e deve vender 20 milhões de OLEDs para a Apple

Por| 28 de Julho de 2020 às 14h50

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Reprodução/EverythingApplePro
Reprodução/EverythingApplePro

Uma das novidades esperadas para a linha 2020 do iPhone — chamada até aqui de iPhone 12 ou 11s — é o uso de telas OLED em todos os modelos, acabando com a diferenciação entre modelos equipados com painéis OLED e LCD. A principal beneficiada com a mudança deve ser a LG Display, cotada para fornecer 20 milhões de unidades do componente para um dos novos celulares.

Tradicionalmente, a Apple compra a grande maioria das telas OLED de seus iPhones da Samsung Display (SDC), empresa que detém entre 70 e 80% do mercado de painéis para celulares com a tecnologia. A divisão da LG para o setor responde por cerca de 7% do mercado, sendo ameaçada de perto pela chinesa BOE.

Desde o iPhone X até a linha 11, os modelos topo de linha são equipados com tela OLED, enquanto os aparelhos menos sofisticados continuam com painéis LCD do tipo IPS, incluindo o iPhone 8 e SE.

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Duelo de duas Coreias

O domínio da Samsung Display sobre o fornecimento de telas OLED — usadas nos celulares da Samsung Electronics há vários anos — é tão grande que analistas acreditam que o contrato da Apple com a sul-coreana tenha uma cláusula que garante uma compensação à Samsung caso a venda de iPhones com telas OLED não atinja um determinado patamar. O valor teria sido de 800 milhões de dólares (cerca de R$ 4 bilhões) em 2019.

Para escapar dessa dependência, a empresa norte-americana busca há algum tempo outros fornecedores para o componente, fechando um acordo com a LG para algumas telas no iPhone 11 em 2019.

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A LG, que domina a produção de telas OLED para televisores (segmento em que fornece o componente para marcas como Sony, Panasonic e Philips), demorou para amadurecer sua produção de telas do mesmo tipo para celulares, com relatos de problemas em aparelhos como o Pixel 2 XL e o V30, da própria LG.

Informações do mercado indicam que a Apple escolheu o componente da LG Display para equipar o iPhone 12 com tela de 6,1 polegadas, com demanda estimada de 20 milhões de unidades. Já os modelos de 5,4 polegadas e as versões Pro de 6,1 e 6,7 polegadas devem ser equipados com telas da SDC, com projeção de vendas para até 35 milhões de aparelhos no modelo básico e até 20 milhões para cada um dos tamanhos da linha Pro.

A confiança da LG Display é tamanha que o diretor financeiro da empresa, Suh Dong-hee, acredita que o contrato será um divisor de águas, após seis trimestres de prejuízos.

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"Esperamos que nossa fábrica de painéis OLED para smartphones na cidade de Paju irá operar em capacidade máxima", declarou o executivo sul-coreano.

Quem corre por fora é a chinesa BOE que, segundo fontes do mercado, já estaria sob avaliação por parte da Apple. Apesar de boatos no começo do ano, os componentes chineses não devem equipar a linha 2020 do iPhone. Mesmo assim, a empresa já investe pesado para ultrapassar a LG Display e reduzir a vantagem da Samsung.

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Fonte: Nikkei Asian Review