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Review Samsung Galaxy A12 | Basicão seria interessante se custasse menos

Por  • Editado por  Wallace Moté  |  • 

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Ivo/Canaltech
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O Samsung Galaxy A12 foi o primeiro lançamento da Samsung em 2021 aqui no Brasil e chegou para continuar o legado dos populares A10 e Galaxy A11 no segmento de celulares básicos. O basicão aposta em tela HD+ de 6,5 polegadas, conjunto quádruplo de câmeras com principal de 48 MP e chipset mais potente para levar bom desempenho aos usuários que não querem gastar muito em um smartphone.

Seu lançamento no mercado brasileiro, em janeiro deste ano, não foi dos mais interessantes do segmento devido ao seu preço inicial de R$ 1.799. No entanto, na data de publicação desta análise, já poderia ser encontrado por cerca de R$ 1.000, tornando-o uma opção interessante e competitiva frente a concorrentes como Redmi 9 e Moto G9 Play.

Ficou curioso para saber como o baratinho Galaxy A12 se comporta no dia a dia? Testei o aparelho nas últimas semanas e conto minhas impressões sobre ele nos próximos parágrafos. Ah, e se gostar dele, fique atento à oferta especial que preparamos para você!

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Prós

  • Acabamento traseiro aderente;
  • Bateria de ótima duração;
  • Câmera principal tem bons resultados;
  • Interface One UI 2.5 Core.

Contras

  • Material plástico de qualidade duvidosa;
  • Processamento fraco para todas as tarefas;
  • Preço ainda é alto para a categoria.

Construção e design

O Galaxy A12 é um celular que foge completamente da atual identidade visual da Samsung, principalmente em relação aos seus aparelhos mais básicos: ele tem um chassi único que cobre até as laterais do aparelho, semelhante a uma capa. Além disso, há uma espécie de borda saltada entre a tampa traseira e o display, o que deve ajudar a reduzir o dano caso o smartphone caia de quina no chão.

Naturalmente, o Galaxy A12 não se destaca quando o assunto é construção. O dispositivo é feito inteiramente de plástico e dá para perceber que o material escolhido pela Samsung não é dos melhores. A tampa traseira traz dois tipos de textura: a maior parte tem um acabamento áspero, dando uma pegada mais aderente; o restante traz o tradicional brilhante.

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Embora o material plástico do A12 não seja de muita qualidade, a pegada do aparelho acaba agradando pela robustez. Ele é pesado e ligeiramente mais espesso que outros modelos da família Galaxy A, mas não tive muitos problemas ao segurá-lo com apenas uma mão.

  • Dimensões: 164.0 x 75.8 x 8.9 mm
  • Peso: 205 gramas

O modelo que recebemos para testes possui a cor branca, que é bastante sóbria e bonita. O Galaxy A12 também pode ser encontrado nas cores preto, azul e vermelho, mas, particularmente, a variante branca é mais interessante.

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Com relação ao módulo de câmeras, temos tradicional formato de "cooktop". A peça guarda apenas os quatro sensores, enquanto o flash de LED fica logo abaixo. O leitor de digitais, que no A11 ficava na parte traseira, passou para a lateral do smartphone, embutido no botão de energia. Surpreendentemente, o desbloqueio é bem rápido e preciso, mas o botão parece frágil.

O Galaxy A12 não se destaca no quesito construção, mas o acabamento áspero da tampa traseira dá ao aparelho uma pegada bastante aderente.

Conexões e slots

O Galaxy A12 traz uma gaveta na lateral esquerda que suporta dois chips de operadora e um cartão de memória de até 1 TB. Na lateral inferior, há uma porta de 3,5 milímetros (mm) para fones de ouvido, um conector USB-C 2.0 e o único alto-falante, já que ele tem som mono.

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Como estamos falando de um celular bastante básico, não há suporte às redes 5G por aqui, somente o tradicional 4G. Completam a parte de conectividade a compatibilidade com Bluetooth 5.0, o que é muito bom para conexão de dispositivos sem fios, e Wi-Fi 802.11 b/g/n, que libera apenas a frequência de 2,4 GHz, não sendo então o aparelho mais recomendado para assistir transmissões ao vivo em alta definição.

Infelizmente, o smartphone não conta com suporte a NFC (Near Field Communication), portanto nada de pagamentos por proximidade por aqui. Rádio FM, por outro lado, é suportado, mas ele funciona apenas com os fones de ouvido usados como antena — no entanto, eles não vêm inclusos na caixa, assim como em outros aparelhos da família Galaxy A.

Tela

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Com relação à tela, o Galaxy A12 usa um painel LCD com tecnologia PLS TFT de 6,5 polegadas. A solução, embora inferior ao AMOLED, traz boa fidelidade de cores, além de bom ângulo de visão e brilho aceitável. A resolução, no entanto, é apenas HD+, o que não é muito ideal para telas grandes, já que prejudica a definição no geral.

O smartphone não conta com taxa de atualização mais alta ou maior sensibilidade ao toque, mas isso não chega a incomodar devido a sua categoria mais acessível. Um recurso muito bem-vindo por aqui é o filtro de luz azul, que limita a quantidade de emissão de luz azul emitida pela tela e tem como objetivo reduzir o esforço ocular.

Na região superior da tela há um notch em formato de gota, solução já antiga mesmo entre os aparelhos mais básicos. A decisão de retornar com o recorte não faz muito sentido, principalmente porque o próprio Galaxy A11 já aposta no atual furo para a câmera frontal. Seria muito melhor se o A12 continuasse utilizando o mesmo painel do antecessor.

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Configurações e desempenho

Desempenho não é o grande forte do Galaxy A12. Ele roda o chip Helio P35, uma versão um pouco superior em relação ao defasado P22, que equipou vários smartphones da LG ao longo dos últimos anos. O modelo que recebemos para testes, e o único à venda no Brasil, possui 4 GB de memória RAM e 64 GB de armazenamento interno, com expansão via cartão de memória de até 1 TB.

O Helio P35 é um processador bastante fraco tanto para multitarefas quanto para jogos: durante os testes, aplicativos de redes sociais, como Facebook, Twitter, TikTok e LinkedIn, apresentaram muitos engasgos, lentidão no carregamento de conteúdos e demora na abertura; vários apps abertos simultaneamente também tiveram problemas, com reinicializações constantes em intervalos de tempo muito pequenos.

Em jogos, a GPU PowerVR GE8230 não teve fôlego suficiente para manter nenhum título estável por muito tempo, sem contar que alguns nem saíram da tela de carregamento, com foi o caso de Dead By Daylight. Asphalt 9, outro jogo pesado, demorou cerca de 10 minutos para iniciar, mas até que conseguiu rodar com engasgos apenas em cenários com muitos detalhes.

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Jogos mais simples, no entanto, como Subway Surfers, Candy Crush, Jetpack Joyride e Crash On The Run, devem funcionar numa boa, mas fique ciente de que pode ocorrer demora no carregamento e travamentos com bastante frequência.

Sistema operacional e interface

O Galaxy A12 roda o sistema operacional Android 10 sob a interface One UI Core 2.5, uma versão mais simplificada da sua skin personalizada. A One UI segue sendo uma das melhores modificações do Android, trazendo animações e ícones bastante amigáveis.

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Embora o smartphone não conte com alguns recursos elogiados da One UI para aparelhos mais caros, vale destacar algumas ferramentas bem-vindas no segmento básico: o Modo de operação com uma mão, que diminui a área de navegação da tela para controlar mais facilmente o aparelho; a plataforma Game Launcher, que agrupa e otimiza todos os jogos baixados; e o Dual Messenger, que permite conectar duas contas de um mesmo aplicativo.

Na gringa, o smartphone já começou a ser atualizado para o Android 11 junto à interface One UI Core 3.0, mas o modelo brasileiro ainda não havia recebido o update no momento da publicação desta análise.

Câmera

Uma das evoluções do A12 em relação ao seu antecessor está no departamento fotográfico. Ele traz quatro na traseira, com destaque para a principal de 48 MP e abertura de f/2.0. As outras câmeras são mais simples: ultrawide de 5 MP, macro de 2 MP e profundidade, também de 2 MP. Para selfies, há um sensor de apenas 8 MP.

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Câmera principal

Os resultados com a câmera principal são interessantes para a categoria mais básica. Em ambientes com boa iluminação, as fotos apresentam boa fidelidade de cores e alcance dinâmico (HDR) decente, embora não haja o tradicional pós-processamento da Samsung que deixa as cores mais vivas.

No entanto, em cenários de meia-luz e noturnos, o sensor não consegue lidar com a carência de luz, deixando as imagens borradas, sem definição e cheia de ruídos. Infelizmente, o software de câmera não traz um modo noturno, recurso tão simples e presente na maioria dos aparelhos atualmente. Ou seja, fotos noturnas não é com ele.

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Câmera ultrawide

O sensor de 5 MP não é tão bom quanto o de 48 MP, mas os resultados com ele são aceitáveis em condições de iluminação excelentes, como áreas ao ar livre. Mesmo que a definição não seja um dos destaques, o HDR é ok e os cantos não são muito distorcidos. Assim como a principal, a ultrawide em espaços mais escuros é muito ruim, com muitos ruídos e pouca definição.

Câmera macro

Como é de se esperar de um sensor macro de 2 MP, não há definição, nitidez e contraste; as cores são lavadas e também é possível encontrar aberrações cromáticas. Assim como o sensor de profundidade, que não serve para nada, a câmera macro só está aqui para fazer volume, pois também é inútil.

Modo Retrato

O Modo Retrato do Galaxy A12 surpreendentemente é competente e faz o isolamento do fundo com uma qualidade aceitável. No entanto, ainda é possível observar contornos falhados no objeto principal. Em ambientes com condições de iluminação excelente, o smartphone deve conseguir fazer boas fotos para as redes sociais.

Selfies

Em selfies, os 8 MP da câmera frontal devem ser suficientes em ambientes com boa iluminação, mas o alcance dinâmico não é muito bom, com céus bem estourados, e há bastante ruído. Em cenários noturnos, por sua vez, a falta de um Modo Noturno faz com que a definição se perca com muita facilidade.

Vídeos

Com relação à gravação de vídeos, o A12 grava em até Full HD a 30 quadros por segundo em todas as lentes. As filmagens são boas para a categoria, com poucos tremidos e áudio limpo, mas somente em cenários bem iluminados e com a câmera principal.

Áudio

Quando o assunto é áudio, o único alto-falante do Galaxy A12 não lida bem com músicas mais agitadas, onde muitos instrumentos ao mesmo tempo. Love Bites, da banda Halestorm, por exemplo, traz som tão distorcido ao ponto de ser muito difícil distinguir a instrumentação.

No volume máximo, os agudos se sobressaem bastante, deixando os médios e graves abafados. As vozes, por sua vez, são mais presentes, porém abafadas na maioria das músicas. O smartphone possui um conector de 3,5 mm para fones de ouvido, mas eles são vêm na caixa, o que é um ponto negativo considerando a sua categoria mais acessível. Entretanto, a experiência com o acessório é superior, ainda mais pela presença do Dolby Atmos.

Bateria e carregamento

O departamento onde o Galaxy A12 mais se destaca é na bateria. São 5.000 mAh que, aliado à tela HD+, o processador menos potente e recursos mais simples, fazem com o que o aparelho aguente cerca de dois dias longe da tomada sem problemas.

Durante os testes, reproduzindo um dia normal de uso, duas horas de streaming na Twitch, uma hora de navegação nas redes sociais, jogos ocasionalmente e gravações de vídeos fizeram com que o smartphone fosse de 100% para cerca de 60%, o que é excelente para a categoria.

No carregamento, a Samsung envia um carregador de 15 W de potência, o mesmo do intermediário avançado Galaxy A52. No entanto, a velocidade não é um dos destaques, já que é preciso quase duas horas e meia para levar a bateria de 10% a 100%.

O principal diferencial do Galaxy A12 é a sua bateria de 5.000 mAh. No entanto, não é nenhum exclusividade no mercado, principalmente porque já podemos encontrar outros aparelhos da mesma categoria com ótima autonomia.

Concorrentes diretos

Na categoria intermediária mais básica, o Galaxy A12 tem os Moto G9 Play e Redmi 9 como principais concorrentes. Ambos trazem um conjunto de especificações melhores, incluindo suporte a NFC, carregamento mais rápido, processamento mais potente e Wi-Fi a/b/g/n/ac dual band, que libera a frequência de 5 GHz.

Conclusão

Encontrar um smartphone competente em todos os pontos na faixa de R$ 1.000 não é uma tarefa fácil. O Galaxy A12, mesmo com todas as suas falhas, é uma opção decente, mas poderia custar ainda menos. Ele traz como principal destaque a bateria de 5.000 mAh, que aguenta cerca de dois dias de uso com tranquilidade, além da câmera principal de 48 MP bastante interessante para a categoria.

O material plástico de qualidade duvidosa e o processamento fraco para quase todas as tarefas, no entanto, podem ser seus principais problemas, servindo apenas aos usuários que procuram usar redes sociais.

Ainda assim, é um pouco difícil recomendar o Galaxy A12, ainda mais considerando que o popular Moto G9 Play, superior na maioria dos departamentos, ocasionalmente entra em algumas promoções custando menos de R$ 1.000. Ele seria muito mais interessante se custasse menos.

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