Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Review Redmi Note 11 Pro Plus 5G | Muita potência e desempenho

Por| Editado por Léo Müller | 26 de Abril de 2022 às 16h05

Link copiado!

Review Redmi Note 11 Pro Plus 5G | Muita potência e desempenho
Review Redmi Note 11 Pro Plus 5G | Muita potência e desempenho

No final de março, a Xiaomi apresentou oficialmente o Redmi Note 11 Pro Plus 5G ao mercado global. Infelizmente, o celular ainda não foi apresentado oficialmente no Brasil, ao contrário de outros modelos da confusa linha Redmi Note 11.

De qualquer forma, já tenho em mãos a unidade global para testes. O aparelho mais completo da série intermediária da Xiaomi se destaca pelo carregamento Ultra rápido e chega com a promessa de entregar um bom custo-benefício.

Mas será que, entre o exército de celulares da linha Redmi Note 11, ele realmente se destaca? Ou é melhor apostar em alternativas de concorrentes? Nessa análise, levanto os principais pontos positivos e negativos do celular, a fim de tornar a sua decisão de compra mais fácil.

Continua após a publicidade

Design e Construção

Continua após a publicidade

O design é o que mais chama a atenção no Redmi Note 11 Pro Plus 5G. A unidade que recebi para testes é na cor Star Blue (ou azul estrela, em tradução aproximada) — a que eu acho mais bonita entre as três opções disponíveis, que ainda inclui um preto fosco chamado Graphite Gray e a Forest Green, que é um verde também fosco.

Mas, falando especificamente deste aparelho que recebi, ele tem um aspecto muito elegante e brilhante na traseira, com uma espécie de purpurina que dá um tom “estelar” ao telefone — daí o nome da cor Star Blue.

Visual à parte, a construção também é digna de um aparelho premium. Ele tem acabamento de metal nas laterais e, na traseira, é finalizado em vidro — algo que é comum mesmo nos smartphones intermediários da chinesa.

Continua após a publicidade

Seu módulo de câmeras é bem saltado e, caso você não use o celular com uma capinha, deixará o celular “desnivelado” ao colocá-lo em cima da mesa com a traseira para baixo. Mas isso não é nenhum problema e praticamente qualquer celular é assim, atualmente.

Em relação ao peso e ergonomia, o smartphone é bem “comum”. Ele não é considerado nem leve, nem pesado — está ali em um meio termo, com suas 204 gramas. As dimensões são de 163,65 x 76,19 x 8,34 mm e a construção ajuda a manter a pegada segura, apesar de eu recomendar fortemente o uso da capinha de proteção já inclusa no kit.

Outro padrão nos celulares intermediários da Xiaomi é a presença de um sensor de impressões digitais na lateral, acoplado à tecla power. No RedmiNote 11 Pro+ 5G não é diferente a empresa decidiu por seguir sua tradição na linha de médio alcance.

Outras características do acabamento incluem a certificação IP53 de resistência à água, que protege apenas contra pequenos respingos, e o vidro Gorilla Glass 5 para dar mais segurança à tela.

Continua após a publicidade

Tela

A tela do Redmi Note 11 Pro Plus 5G é um painel AMOLED de 6,67 polegadas, com taxa de atualização de até 120 Hz e resolução de 1080 x 2400 pixels. Na prática, ela entrega uma ótima resolução para assistir a filmes e séries em plataformas de streaming ou simplesmente para ver fotos em redes sociais ou na própria galeria.

A taxa de atualização padrão é configurada em 60 Hz, o que já é o suficiente para muitas tarefas, como acessar redes sociais, ler textos ou até mesmo ver vídeos. Essa definição, inclusive, é a que poupa mais bateria.

Continua após a publicidade

No entanto, caso queira uma experiência mais fluida, é possível travar a taxa de atualização em 120 Hz, principalmente se você joga bastante games que exigem muito da tela. No entanto, é importante destacar que essa frequência não é adaptativa, ou seja, será sempre de 120 Hz e consumirá muito mais energia.

O display com tecnologia AMOLED dá um bom equilíbrio para as imagens e oferece cores bem vibrantes. Outra vantagem é que o conteúdo é sempre muito visível na tela. Mesmo com bastante luz solar, o brilho dá conta do recado e não perde a qualidade — algo que dá uma boa vantagem contra os painéis LCD.

Configuração e Desempenho

O Redmi Note 11 Pro+ 5G é equipado com a plataforma móvel Dimensity 920, da MediaTek. Para quem está mais habituado aos chips da Qualcomm, ela é equivalente, aproximadamente, ao Snapdragon 778G, utilizado em celulares como o galaxy a73, Galaxy M52 5G ou Motorola Edge 20, por exemplo.

Continua após a publicidade

Além disso, o aparelho ainda oferece configurações com até 8 GB de memória RAM e 256 GB de armazenamento interno, com possibilidade de expandir o armazenamento com cartão microSD ou a RAM com memória virtual.

Na prática, o desempenho do smartphone é muito bom para executar praticamente qualquer tarefa básica. Para jogos, testei com alguns dos mais populares, como League of Legends: Wild Rift e Call of Duty Mobile, e tive uma boa experiência, mesmo com os gráficos e taxa de quadros de ambos os títulos configurados no máximo permitido.

É claro que, em alguns cenários, pode acontecer alguns travamentos. No entanto, reduzindo um pouco as configurações ou deixando nas definições padrão o celular deve oferecer uma experiência bem agradável para jogos.

Continua após a publicidade

Com isso tudo, é seguro esperar que ele aguente realizar outras tarefas mais simples sem qualquer lentidão ou travamento. Além de jogos, se você busca um celular para acessar as redes sociais ou serviços de streaming, ele certamente irá te atender muito bem.

Como padrão, também realizei testes de benchmark no aplicativo 3DMark. Isso ajuda a ver a pontuação do aparelho no ranking e compará-lo com outros modelos equivalentes.

Aqui, o Redmi Note 11 Pro Plus 5G atingiu a marca de 607 pontos na análise Wild Life Extreme Unlimited e 2.072 na Wild Life Unlimited. No papel, esse resultado não é muito bom e ele fica atrás até mesmo de modelos mais antigos, como o Galaxy S9, por exemplo, que tem uma média de 2.335, ou o Galaxy A52s 5G, que chega a 2.481 pontos.

Continua após a publicidade

Usabilidade

O Redmi Note 11 Pro Plus 5G chega às lojas com a interface da MIUI 12.5 carregada ainda sob o Android 11. É curioso ver que a fabricante não disponibilizou o high-end da linha já com as versões mais recentes do sistema do Google e de sua interface, que são, respectivamente, o Android 12 e a MIUI 13.

De qualquer forma, o aparelho não está tão desatualizado em relação a outros dispositivos Android e já recebeu, inclusive, o pacote de segurança referente ao mês de fevereiro de 2022. Não é o ideal, mas não chega a estar tão atrasado.

Em relação à usabilidade, o Redmi Note 11 Pro+ 5G tem vários dos recursos mais recentes da Xiaomi — que podem ser conferidos na análise que fiz do próprio sistema operacional —, como o Centro de Controle, que separa as notificações das configurações rápidas ao deslizar o dedo para baixo na tela inicial.

Continua após a publicidade

A interface também é bem customizada e permite, ainda, que o usuário faça várias modificações adicionais no sistema, como mudar o tema, alterar os ícones da gaveta de apps ou da área de trabalho ou adicionar planos de fundos, não só para a tela inicial, como para o fundo da gaveta de apps ou da Área de notificações/Centro de Controle.

Por fim, no geral, a MIUI 12.5 tem uma interface bem intuitiva e oferece uma navegação fluida. Há ainda a opção de escolher uma exibição com a gaveta de aplicativos, para ter um menu dedicado para unir todas as aplicações, ou manter todos na tela inicial, semelhante ao que acontece no iOS.

Câmera

Continua após a publicidade

O Redmi Note 11 Pro Plus 5G conta com uma configuração de três lentes traseiras, sendo uma principal de 108 MP, uma ultrawide de 8 MP e uma macro de 2 MP. No geral, ele consegue captar ótimas imagens, principalmente com sua câmera maior. Confira, abaixo, um pouco mais sobre cada sensor.

Câmera Principal (108 MP)

O maior sensor do Redmi Note 11 Pro Plus 5G tem resolução de 108 MP e lente com abertura de f/1.8. Ela será a mais utilizada no dia-a-dia e entrega uma boa qualidade de imagem e equilíbrio de cores.

Por padrão, o modo HDR é definido como automático e ele ajuda bastante a manter as imagens com uma definição ainda melhor.

Além dele, também é possível ativar a inteligência artificial, para aplicar um pós-processamento em fotografias de paisagens, por exemplo. No entanto, essa função compromete um pouco a qualidade da imagem, então recomendo não utilizá-la se quiser ter um nível de detalhes maior na foto.

Outro ponto importante de destacar é que, apesar de ter um sensor de 108 MP, a câmera não captura imagens com a resolução máxima como padrão. Para isso, é preciso ativar o modo nas configurações.

Entretanto, não há muita diferença entre o modo de 108 MP e o “normal”, principalmente se você for ver as fotos na tela do celular ou publicá-las em redes sociais. Só vai ser possível notar algo a mais se você aproximar muito a imagem com zoom após a captura.

Ultrawide (8 MP)

Já a câmera ultrawide é mais modesta, com apenas 8 MP. Ela contribui bastante para obter fotografias com um campo de visão mais amplo. Na prática, apesar de ter bem menos resolução, ela ainda entrega imagens muito nítidas e só perde um pouco de detalhes em fotos de árvores e plantas, por exemplo.

Macro (2 MP)

Como muitos celulares da Xiaomi, o Redmi Note 11 Pro Plus 5G ainda traz uma câmera macro dedicada para imagens bem aproximadas. No entanto, não diferente dos demais, a resolução é de apenas 2 MP.

Isso acarreta em imagens bem simples. Apesar de conseguir captar bem os detalhes próximos, as fotografias perdem bastante na qualidade geral e ficam com um pouco de ruído.

Modo noturno

O modo noturno do Redmi Note 11 Pro Plus 5G até consegue clarear bem uma imagem, mas compromete muito a qualidade da foto, que tem bastante perda de detalhes. No geral, a câmera quebra o galho para fotos com pouca iluminação, mas não chega a entregar um resultado surpreendente.

Modo retrato

Por fim, o Redmi Note 11 Pro Plus 5G tem um recurso de modo retrato que utiliza o software para aplicar o desfoque no fundo, já que não tem uma lente de profundidade dedicada para isso. Isso acontece tanto na frontal quanto no conjunto traseiro.

As imagens são boas, sejam elas selfies ou feitas com a câmera principal. Um ponto negativo, no entanto, é que a inteligência artificial do celular da Xiaomi não consegue fazer um bom recorte do fundo.

Nas selfies, em vez do recorte ficar rente ao corpo, é possível ver o contorno em volta da pessoa em destaque. Já na câmera traseira, quando o recorte não fica parecido com o da câmera frontal, alguns pontos ficam de fora do desfoque, principalmente perto do cabelo.

Sistema de Som

O Redmi Note 11 Pro Plus 5G possui uma configuração de áudio estéreo com três saídas de som: são duas principais — uma na parte de cima e outra na parte inferior — e uma terceira, no speaker utilizado durante as ligações. Essa é uma definição comum em celulares da Xiaomi e contribui para um volume bem alto.

Outro destaque é que o aparelho tem assinatura de áudio da JBL. Isso quer dizer, na prática, que o sistema de som é ajustado pela empresa popular no segmento de áudios.

Em relação à qualidade sonora, em si, o aparelho tem um volume máximo bem alto, mas essa configuração pode deixar o áudio um pouco estourado.

É o suficiente para animar um ambiente inteiro, mas não com muita clareza, já que as frequências agudas, médias e graves ficam um pouco perdidas entre si. Se a configuração ficar em algum nível entre 50 e 90%, no entanto, já é possível ter uma sonoridade mais agradável em um bom volume.

É importante destacar que o celular também tem uma entrada dedicada 3,5 mm. Então você pode conectar seu fone de ouvido com fio ou uma caixa de som para ter uma experiência mais avançada ao ouvir músicas, por exemplo.

Bateria e Carregamento

O carregamento é o grande destaque do Redmi Note 11 Pro Plus 5G. Com potência de 120 W, o celular pode ter sua carga completamente abastecida em cerca de 20 minutos. No meu teste, carreguei o aparelho de 15 a 100% em apenas 15 minutos.

Para atingir essa velocidade, no entanto, é necessário ativar o modo de carregamento mais rápido no smartphone. Essa configuração pode ser feita ao conectá-lo à tomada. Quando conectado, basta acessar a notificação de carregamento e ligar o modo de 120 W.

A bateria está um pouco abaixo da média, já que o celular conta com “apenas” 4.500 mAh. Não chega a ser algo muito ruim, mas se considerarmos que muitos intermediários chegam com 5.000 mAh, essa pode ser considerada uma pequena desvantagem do celular chinês.

De qualquer forma, os 4.500 mAh são o suficiente para garantir um dia de uso com uma carga. Claro que isso é com um uso moderado. Aqui, usei aplicativos de redes sociais, joguei um pouco de CoD: Mobile e alternei entre mensageiros como WhatsApp e Telegram e pude chegar a essa média. Todo esse tempo foi apenas com Wi-Fi ligado, sem redes móveis.

No entanto, se você for do tipo hard-user, ou seja, que fica praticamente o dia todo navegando em redes sociais ou mensageiros e jogando pelo celular, talvez seja necessária uma carga adicional antes do fim do dia.

É importante mencionar que, no nosso teste padrão, o Redmi Note 11 Pro Plus 5G consumiu apenas 10% em uma sessão de três horas de streaming na Netflix, com brilho definido em 50%. Essa é uma excelente marca, já que muitos aparelhos ficam na faixa de 13% a 20%.

Com esse consumo, é possível estimar que o dispositivo chegue a 30 horas de reprodução de filmes e séries no app da Netflix.

Concorrentes Diretos

O Redmi Note 11 Pro Plus 5G pode ser colocado, lado a lado, com alternativas da Samsung, Motorola e Realme. Entre as três fabricantes, os principais concorrentes são o Galaxy A73, Motorola Edge 20 e Realme 9 Pro Plus — todos lançados entre o último semestre de 2021 e o começo de 2022.

Em relação ao chipset, Realme e Redmi dividem a mesma plataforma: o MediaTek Dimensity 920. Do outro lado, Samsung e Motorola apostaram no Snapdragon 778G com seus intermediários. Ambos os componentes possuem uma performance equivalente, mas o modelo da Qualcomm se destaca um pouco em um aspecto geral.

Em relação à memória, todos oferecem opções de até 8 GB de RAM, mas apenas o Redmi tem uma versão com até 256 GB de armazenamento interno, enquanto os rivais param em 128 GB.

O modelo da Samsung oferece um conjunto com mais lentes na câmera, para quem busca mais versatilidade. São quatro sensores traseiros, com um principal de 108 MP, enquanto os demais têm “apenas” três.

Também é importante destacar que quase todos possuem uma lente de 108 MP — com exceção apenas do Realme, cuja lente com maior resolução é de 50 MP. Já para selfies, o Galaxy e o Motorola têm uma câmera de 32 MP, enquanto Realme e Redmi oferecem um componente de 16 MP.

A Samsung também leva vantagem com sua bateria de 5.000 mAh, que oferece uma melhor autonomia contra os 4.500 do Redmi e Realme ou os 4.000 do Motorola.

Por fim, o preço é mais convidativo para quem quer um Motorola, já que o Edge 20 gira em torno de R$ 2.000 a R$ 2.200. Já o Samsung e o Redmi, por terem sido lançados a menos tempo, ficam um pouco mais caro, e custam em torno de R$ 2.500 a R$ 3.000. O Realme, por sua vez, é ainda mais salgado e custa R$ 3.500 nas lojas parceiras da chinesa no Brasil.

Um ótimo intermediário com poucas falhas

O Redmi Note 11 Pro Plus 5G é uma boa opção para quem gosta da linha intermediária da Xiaomi. Ele traz importantes avanços na série, como seu carregamento super rápido de 120 W e um bom desempenho para jogos ou aplicativos mais pesados.

Sua bateria deixa um pouco a desejar no segmento. Apesar de não ser necessariamente ruim, há alternativas na mesma faixa de preço que oferecem 5.000 mAh de capacidade, ao passo que ele fica em “apenas” 4.500 mAh. Outro ponto negativo é que ele chega ainda com o Android 11, enquanto outros modelos da Xiaomi já rodam o Android 12 com MIUI 13.

Seu conjunto de câmeras também é ótimo e a lente principal de 108 MP registra excelentes imagens. Como outros celulares da marca, seu modo noturno não empolga tanto e a lente macro é, na minha opinião, um “luxo” desnecessário na composição, já que tem apenas 2 MP de resolução.

Sua faixa de preço também não é das mais atrativas. Beirando os R$ 3.000, é possível encontrar alternativas melhores, como o próprio Galaxy A73 da Samsung ou até mesmo o Motorola Edge 20, que sai ainda mais barato.