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Review MIUI 13 | uma linda interface que ainda precisa de melhorias

Por| Editado por Léo Müller | 07 de Abril de 2022 às 16h17

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Review MIUI 13 | uma linda interface que ainda precisa de melhorias
Review MIUI 13 | uma linda interface que ainda precisa de melhorias

A MIUI — interface de celulares da Xiaomi — é bastante controversa por ser repleta de funcionalidades. Enquanto muitos a elogiam pela quantidade de recurso interessantes que traz, outros preferem passar longe dela, por “copiar” tanto o iOS e ter alguns aspectos muito irritantes em suas configurações.

Mas é inegável que o visual da skin chinesa é agradável e, a cada versão, conta com mais novidades — algumas até antes mesmo de serem inauguradas oficialmente no Android.

Mas será que vale a pena comprar um celular da Xiaomi e usar o sistema operacional no dia-a-dia? Para quem está migrando de outra marca ou até mesmo vindo de um iPhone, a interface é intuitiva e fácil de usar?

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Nessa análise, levanto os principais pontos da MIUI 13 e mostro os recursos mais interessantes, bem como, é claro, os pontos negativos nela. É importante destacar, porém, que nem todas as funções são novidades da MIUI 13, mas podem ser herdadas de versões anteriores do software.

Personalização

O fato de a MIUI ser tão personalizável é outro atrativo da interface. Para quem costuma cansar rápido do visual do aparelho, isso é um ponto extremamente Positivo e que faz falta no iOS ou em aparelhos Android como Motorola ou Realme.

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Os smartphones da Xiaomi contam com uma loja de temas nativa que inclui uma variedade enorme de papéis de parede, fontes, pacotes de ícones, temas e até toques para alertas e sons do sistema.

Algumas opções de temas também permitem que os menus fiquem com um aspecto transparente, com um papel de parede dedicado, que não necessariamente é o mesmo definido pelo usuário. Portanto, não vá estranhar, por exemplo, se o Centro de Controle tiver uma imagem de fundo e o celular, no geral, tiver outro.

Uma vantagem da loja de temas da MIUI é que boa parte das opções disponíveis é gratuita. Enquanto isso, se você quiser achar um tema bom e gratuito na One UI, por exemplo, você precisará ter bastante paciência para procurar.

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Além das customizações disponíveis na loja de temas, o usuário também pode alterar a quantidade de apps que aparecem na tela inicial, no menu de aplicativos ou até mesmo a orientação da tela de aplicativos recentes, que pode mostrar tudo na vertical ou horizontal.

Design da interface

Aparência é sempre uma questão de gosto, e isso pode ser bem questionável, mas a MIUI tem uma interface que promete conquistar bastante pela beleza. Bem parecida com o iOS em alguns aspectos, a skin conta com ícones elegantes e menus bem simples e intuitivos.

Assim como nos celulares da Apple, a Xiaomi divide a área de notificações da parte em que encontramos os acessos a configurações rápidas, como as chaves para Bluetooth, Wi-Fi, rede móvel ou lanterna. “Coincidentemente”, essa seção é chamada de Centro de Controle — mesmo nome adotado pela Apple.

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Ela permite encontrar de forma mais rápida e simples algumas definições, sem misturar com mensagens ou alertas recebidos. Neste aspecto, a interface da Xiaomi leva uma boa vantagem em relação aos concorrentes, como a One UI da Samsung, a MyUx da Motorola ou a Realme UI.

Essa divisão é bem simples e intuitiva, e a interface ainda “ensina” você como usá-la a primeira vez que é ativada: para abrir as notificações basta deslizar de cima para baixo no canto esquerdo, enquanto o lado direito dá o acesso ao Centro de Controle.

Nessa tela, além dos atalhos rápidos de configurações, é possível encontrar os controles de dispositivos de casa conectada.

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Aqui, mais uma vantagem em relação à Samsung: nos celulares da sul-coreana, é preciso abaixar a tela de notificações e depois clicar em “aparelhos” para ter a lista de aparelhos inteligentes. Na MIUI, basta deslizar uma vez para baixo para ter um controle total.

Assim como outras marcas, a chinesa também dá ao usuário a opção de escolher se quer utilizar uma gaveta de aplicativos ou se prefere espalhá-los direto na tela inicial — este último igual ao iPhone. Caso escolha usar o menu, ele terá uma navegação vertical e isso acaba sendo mais prático para achar os aplicativos na lista.

Segurança e privacidade

A MIUI segue basicamente os padrões de segurança e privacidade nativos do Android, sem grandes modificações. Isso quer dizer que a interface oferece o mesmo que a maioria das concorrentes, mas fica atrás da Samsung, que tem o Knox como camada de proteção extra.

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Na maioria dos aparelhos, o sistema operacional oferece várias opções de biometria, como desbloqueio facial ou por impressão digital — este último o mais seguro.

Há também uma opção para manter o dispositivo desbloqueado sempre que estiver ao alcance de um dispositivo Bluetooth, como um smartwatch. No entanto, a função é compatível apenas com vestíveis da Xiaomi.

No entanto, algo que a Xiaomi alega ser por segurança, mas acaba sendo um pouco irritante — principalmente se você já está acostumado com a interface — são os timers de confirmação presentes no aparelho.

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Com eles, antes confirmar qualquer configuração mais importante — como definir uma senha de bloqueio pela primeira vez ou tentar formatar o celular — você precisa aguardar de 10 a 15 segundos antes de apertar em “Ok”.

Isso, na teoria, é para garantir que o usuário leia bem o aviso na tela. Na prática, entretanto, acaba sendo bem chato, principalmente se você já sabe o que está fazendo.

Apps, recursos e diferenciais

Se em segurança e privacidade a MIUI é bem padrão e segue basicamente as mesmas funções do Android nativo, o mesmo não acontece com os recursos específicos da interface. A skin chinesa possui alguns diferenciais interessantes, que garante a fidelidade dos fãs.

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Ainda assim, certas coisas podem incomodar um pouco os usuários. A quantidade de aplicativos pré-instalados é uma delas. Isso varia bastante de acordo com o modelo, mas não é incomum que os aparelhos já cheguem de fábrica com TikTok, Facebook, Spotify, Netflix, PUBG Mobile, WPS Office, LinkedIn, AliExpress, Amazon Shopping e outras aplicações já carregadas na interface.

Também é válido destacar que, apesar de receber atualizações com bastante frequência — isso é, em modelos mais avançados e recentes — a MIUI também pode causar algum incômodo pós-update. Isso pode incluir falhas em aplicativos, bugs gerais no sistema e até mesmo uma queda significativa na performance da bateria com o passar do tempo.

Ainda assim, seus diferenciais e recursos exclusivos são bem agradáveis. Confira os principais:

Super Wallpapers

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Os Super Wallpapers — ou Super Planos de Fundo — são novidades da MIUI 12 e dão um tom bem mais agradável para a tela de bloqueio e para o papel de parede dos celulares da marca.

Com eles, é possível definir uma imagem com movimento para a tela bloqueada e para a área principal. Dessa forma, ao desbloquear o telefone ocorre uma animação com o wallpaper.

Normalmente, as opções são de planetas — como Terra, Marte ou Saturno — e a foto da tela de bloqueio mostra uma visão geral do globo e, quando desbloqueada, a imagem foca em uma região específica.

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É importante frisar, porém, que esse recurso não está disponível em todos os aparelhos e a Xiaomi reserva o funcionamento apenas em modelos topo de linha ou intermediários mais premium.

Mi Remote

O Mi Remote é o aplicativo nativo de controle remoto da chinesa e está disponível em todos os celulares que contam com um sensor infravermelho integrado. Dessa forma, é possível controlar praticamente qualquer TV, aparelho de som, ar-condicionado ou outros eletrônicos, desde que eles sejam comandados por um controle IR.

Lanterna

Qualquer smartphone hoje em dia já tem uma lanterna e isso não é nenhuma novidade ou algo para ser considerado um ótimo recurso. No entanto, o diferencial da MIUI — e o que eu sinto falta quando uso outro celular — é a opção de desligá-la pela tecla power, sem precisar desbloquear o aparelho.

Em outros aparelhos, só é possível acender e apagar pelo ícone na barra de notificações. Dessa forma, se quiser apagá-la, é necessário desbloquear o telefone e ir para seu atalho na barra. Já na MIUI, basta pressionar duas vezes a tecla power — com um certo intervalo entre cada toque — para desativar a luz.

Segundo Espaço

O Segundo Espaço funciona como um novo “usuário” nos celulares da Xiaomi. Com ele é possível, por exemplo, separar todos os arquivos e aplicativos de uma conta profissional de uma para uso pessoal.

Dessa forma, dados confidenciais ou de trabalho — bem como contas de mensageiros ou redes sociais — não ficam misturados com os assuntos pessoais e dá mais liberdade para o usuário quando ele não quiser ser incomodado com assuntos profissionais.

O Segundo Espaço e a área principal são separadas totalmente e o usuário define duas senhas exclusivas para acesso a cada uma. Também é possível definir impressões digitais diferentes para cada área.

Acessibilidade

Em acessibilidade, a MIUI não traz nenhuma funcionalidade diferente do que já é visto em outros celulares Android. De qualquer forma, a interface não decepciona nem um pouco neste aspecto. Os aparelhos da Xiaomi contam com diversos recursos para melhorar a experiência de usuários com dificuldades visuais, auditivas ou físicas.

Há ainda uma opção para inserir um menu de acessibilidade em qualquer tela. Dessa forma, ao clicar em seu ícone, o usuário tem acesso a uma série de opções, como o Google Assistente, tela de apps recentes, tela de bloqueio ou ligar e desligar o aparelho.

MIUI 13: uma interface linda, mas com algumas melhorias necessárias

A MIUI 13 é uma interface com recursos visuais muito agradáveis. O fato de ela ser tão personalizável torna ela muito atrativa para quem gosta de mudar o design do sistema operacional com frequência.

Seus recursos exclusivos — como o Centro de Controle, os Super Wallpapers e o Segundo Espaço — a tornam ainda mais ímpar e interessante para quem quer fugir do “Android padrão”.

No entanto, há algumas melhorias significativas para serem feitas na interface. A cada atualização é bem visível o número de usuários que reclamam de falhas gerais no sistema operacional. Além disso, a MIUI fica a cada update um pouco mais incapaz de fazer um bom gerenciamento de energia para evitar uma descarga rápida.

Com essas melhorias, no entanto, a interface pode ganhar ainda mais adeptos em futuras atualizações, mas é uma questão de ver se a chinesa irá ou não melhorar a skin.