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Review Samsung Galaxy S22 | Ainda mais compacto e poderoso

Por  • Editado por Léo Müller | 

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Review Samsung Galaxy S22 | Ainda mais compacto e poderoso
Review Samsung Galaxy S22 | Ainda mais compacto e poderoso

O Galaxy S22 é o modelo mais "simples" da nova geração de celulares topos de linha da Samsung. Ele veio com algumas correções e novidades em relação ao Galaxy S21, porém ainda manteve alguns probleminhas que continuam assombrando as versões "base" da linha Galaxy S há alguns anos.

Mas, afinal, será que ele vale a pena? Eu testei o smartphone premium da Samsung por alguns dias e, após muitas horas de jogatina, fotos e gravações de vídeos, te conto tudo o que achei dele.

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Construção e design

Visualmente, o Galaxy S22 não mudou quase nada em relação à geração passada, porém há algumas novidades que valem menção. A principal é o retorno da tampa traseira de vidro, substituindo o plástico presente no S21. O material recebeu a tecnologia Gorilla Glass Victus+, a mais resistente disponível atualmente.

Por um lado, foi ótimo ver que a Samsung atendeu aos feedbacks dos consumidores e voltou com uma construção premium em sua linha mais top. Além disso, a empresa diz que as laterais do S22 são feitas de um alumínio “blindado com maior resistência a quedas e arranhões”.

É claro que eu não testei essa resistência jogando-o no chão, portanto, não posso confirmar esse detalhe. Além disso, ele tem a já conhecida certificação IP68 que o protege contra água e poeira — ou seja, pode tomar uma chuva ou tirar foto na piscina com ele à vontade.

A segunda novidade é módulo de câmeras, o qual deixou de ser integrado à moldura de alumínio, embora ainda possua o mesmo acabamento metálico. Com isso, infelizmente o aparelho também deixou de lado as laterais curvadas da tampa traseira que eu tanto gostei na geração passada.

Com relação à pegada: duas observações: a primeira é que as dimensões menores deixaram o aparelho mais agradável na mão e pode ser uma ótima opção para os “viúvos" de celulares compactos. Ele compete diretamente com outros modelos “mini” do mercado como o iPhone 13 Mini e o Zenfone 8.

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  • Dimensões: 146 x 70,6 x 7,6 mm;
  • Peso: 167 gramas.

A segunda consideração é que, pelo menos na minha concepção, ele ficou menos ergonômico que o Galaxy S21 devido ao seu corpo todo reto. A geração passada ainda possuía uma ligeira curvatura na parte de trás que favorecia a pegada — mas isso é algo mais pessoal do que um problema.

O Galaxy S22 que eu testei veio na cor branca com moldura em prata. A traseira fosca se mantém por aqui e se destaca por apresentar pouquíssimas marcas de dedos. No entanto, devo admitir que achei o celular bastante escorregadio, portanto eu tomaria cuidado.

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Ele ainda pode ser encontrado nas cores preto, rose e verde — este último o mais bonito, na minha opinião. Também senti falta de uma tonalidade mais chamativa, como o violeta com dourado da geração passada, mas ele parece conforme à proposta visual mais minimalista da Samsung para 2022.

Conexões, botões e slots

Como estamos falando de um smartphone premium, temos suporte a 5G, NFC, Wi-Fi 6, Bluetooth 5.2, Wi-Fi 6, USB-C 3.2 Gen 1. Ele também é compatível com o modo DeX, para conectá-lo em uma monitor ou TV e usá-lo como uma espécie de computador.

Os botões de energia e volume do Galaxy S22 ficam na lateral direita, enquanto a gaveta de chip se encontra ao lado da porta USB-C na parte inferior. O smartphone também conta com dois alto-falantes para oferecer som estéreo.

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Como você já deve imaginar, o celular não oferece entrada para cartão de memória nem entrada de 3,5 mm para fones de ouvido, mas isso não chega a ser um problema porque está cada vez mais difícil encontrar essas características em smartphones premium hoje em dia.

Tela

  • Tamanho: 6,1 polegadas, 90,1 cm² de área, ~87,4% de ocupação;
  • Tecnologia do painel: AMOLED Dinâmico 2X;
  • Resolução e proporção: Full HD (2.340 x 1.080 pixels), 19,5:9;
  • Densidade aproximada: ~425 ppi;
  • Extras: 120 Hz, HDR10+, Always-on Display, Gorilla Glass Victus+, 1300 nits.
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A Samsung mexeu pouco na tela do Galaxy S22 em relação à geração passada. Basicamente, ela só diminuiu o tamanho, saindo de 6,2 polegadas para 6,1 polegadas, e a proporção (20:9 para 19,5:9), por isso ele aparenta ser bem menor que o S21.

No restante, é quase o mesmo do seu antecessor: painel AMOLED Dinâmico 2X, resolução Full HD estendido, taxa de atualização variável de 120 Hz e suporte ao padrão HDR10+.

Não preciso me alongar muito aqui por a Samsung ser referência quando o assunto é tela. A nova geração manter essa tradição com cores extremamente vibrantes, pretos são profundos, navegação é fluida e níveis de brilho são altíssimos, ideais para visualização em qualquer ambiente ou condição de luz.

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No entanto, apesar de ser uma ótima tela, gostaria de ver alguma melhoria significativa que poderia me fazer trocar o Galaxy S21 pelo S22. O brilho é, sim, mais alto e o software está mais inteligente para adaptar a taxa de atualização, mas poderia trazer uma resolução maior ou, talvez, suporte à caneta S Pen.

Configurações e desempenho

  • Plataforma: Qualcomm SM8450 Snapdragon 8 Gen 1;
  • Processador: Octa-core (1x3.00 GHz Cortex-X2 & 3x2.40 GHz Cortex-A710 & 4x1.70 GHz Cortex-A510);
  • GPU: Adreno 730;
  • Sistema: Android 12 sob a interface One UI 4.1;
  • RAM e armazenamento: 8/128 GB, 8/256 GB.

A linha Galaxy S22 finalmente veio com uma plataforma da Qualcomm após três anos de Exynos. No caso, o escolhido foi o poderoso Snapdragon 8 Gen 1, atualmente o chipset mais potente no mundo Android.

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Não há nenhuma dúvida de que o S22 tem um desempenho excelente em todas as tarefas. Dead By Daylight Mobile, um dos jogos mais pesados da Play Store, rodou perfeitamente mesmo com gráficos no alto a 60 quadros por segundo (fps).

Free Fire, Asphalt 9, Yu-Gi-Oh: Master Duel e Call of Duty Mobile também tiveram uma ótima performance — ou seja, qualquer jogo rodará por aqui sem preocupações.

Com 8 GB de RAM, o smartphone da Samsung também tem uma excelente multitarefas e é óbvio que não presenciei nenhum engasgo ou demora ao abrir e alternar entre aplicativos.

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Se eu tivesse que apontar um único problema do hardware do Galaxy S22, seria o aquecimento acima da média. Assim como meu colega Felipe Junqueira presenciou no Galaxy S22 Ultra, o modelo menos potente esquenta bastante mesmo em tarefas básicas, como tirar fotos com modo noturno ativado.

Também percebi um aquecimento ao assistir a um filme na Netflix, baixar apps da Play Store, rodar benchmarks e carregar o aparelho usando um adaptador compatível com recarga rápida. Mesmo assim, não houve uma queda muito grande no desempenho geral.

Alguns colegas que compraram o Galaxy S22 também se queixaram sobre esse detalhe, principalmente ao usar as câmeras, tirando fotos ou gravando vídeos. Espero que a Samsung lance um patch de correção que faça ele esquentar menos em tarefas básicas.

Sistema e interface

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O Galaxy S22 já vem com o Android 12 rodando a nova One UI 4.1. A interface não mudou muito em relação à terceira geração, focando apenas em implementar as novidades do novo Android, como o Material Design.

O resultado é a melhor modificação do Android que você pode encontrar atualmente. A interface é extremamente fluida, ícones e fontes amigáveis, além de recursos e atalhos muito fáceis de acessar, diferente da MIUI.

O desbloqueio facial fica sob a tela e tem ótima precisão e rapidez, uma ligeira evolução se comparado com o presente no Galaxy S21.

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Infelizmente, o Galaxy S22 não veio com suporte à S Pen, apenas o poderoso S22 Ultra. É como se ele fosse de uma linha diferente, portanto não chega a fazer muita falta por aqui.

Outra boa notícia para quem pensa em comprar o Galaxy S22 é a garantia de atualização até o futuro Android 16. A Samsung é atualmente a marca de celulares Android que mais se esforça para oferecer suporte aos seus aparelhos, o que é excelente.

Câmeras

  • Principal: 50 MP, abertura de f/1.8, Dual Pixel PDAF, OIS;
  • Ultrawide: 12 MP, abertura de f/2.2, Super Steady Video;
  • Telefoto: 10 MP, abertura de f/2.4, PDAF, OIS, 3x zoom óptico;
  • Frontal (selfies): 10 MP, abertura de f/2.2, Dual Pixel PDAF;
  • Vídeos: 8K a 24 fps, 4K a 30/60 fps, 1080p a 30/60/240 fps.

Após alguns anos usando apenas câmeras principais de 12 MP nos modelos base, o Galaxy S22 finalmente trouxe um novo sensor wide, agora de 50 MP. No entanto, no modo automático as fotos ainda são feitas com 12,5 MP de resolução, já que o software combina quatro imagens para gerar uma com maior qualidade.

Na prática, temos resultados com um nível de detalhe impressionante, principalmente em ambientes com iluminação natural. Curiosamente, notei que neste modelo o pós-processamento da Samsung não foi tão agressivo quanto nas gerações passadas, embora você ainda deva perceber contraste e saturação um pouco elevados.

Particularmente, curto bastante essa modificação da Samsung nas fotos porque as deixa com um aspecto bem mais chamativo, mesmo que possa “fugir” da realidade um pouco.

A ultrawide de 12 MP manteve a boa impressão que tive com a câmera principal. Quase não houve alterações nas tonalidades e distorções muito graves nos cantos das imagens, o que achei excelente.

Com relação à telefoto de 10 MP, não tenho nada a reclamar quando comparado com o sensor equivalente do S21. Mesmo com uma resolução consideravelmente menor — 12 MP contra 64 MP —, os resultados são tão bons quanto, e ainda cria um desfoque de fundo natural muito interessante.

Assim como o Galaxy S22 Ultra, o S22 normal conta com o chamado 'Nightography', recurso no qual promete elevar a fotografia à noite a um outro nível. Eu gostei muito dos resultados noturnos, mas somente de paisagens ou objetos, pois consegue dar vivacidade às imagens ao mesmo tempo que controla os ruídos.

No entanto, em pessoas, o software tende a adicionar muita nitidez, deixando principalmente os rostos muito artificiais. Sem o modo noturno, as imagens perdem um pouco de definição, claro, porém mantém um aspecto mais natural principalmente em peles.

As selfies, por sua vez, ficam a cargo de uma câmera frontal de 10 MP, a qual eu tenho a impressão de ser a mesma presente no Galaxy S21. A qualidade das imagens, portanto, também é a mesma, com o Galaxy S22 levando uma ligeira vantagem em cenários noturnos.

Sistema de som

O Galaxy S22 mantém o sistema sonoro dos seus antecessores e adota dois alto-falantes, um na parte de baixo e outro no lugar onde sai o som das chamadas.

Com relação à qualidade, não há muito o que comentar. É excelente, com muita clareza nas vozes e definição nos instrumentos. No volume máximo, o som pode estourar um pouco, mas nada que prejudique a experiência.

Como já era de se esperar, o celular também tem Dolby Atmos que funciona tanto para músicas e filmes quanto para jogos, basta ativar nas configurações de som.

Concorrentes diretos

Dentre os aparelhos da mesma faixa de preço do Galaxy S22, dá para citar o iPhone 13 e o 13 mini como seus principais concorrentes, como também o Edge 30 Pro, da Motorola.

Os iPhone 13 e 13 mini são modelos base da nova geração de iPhones, portanto não há a câmera telefoto nem os recursos fotográficos das versões Pro. No entanto, eles são o que há de melhor da Apple pelo "menor preço".

Ou seja, tem 5G, chipset A15 Bionic, toda a fluidez do sistema iOS 15, o excelente software de câmera da Apple e a ótima tela OLED. Até a autonomia de bateria ficou boa.

A escolha entre os dois depende da sua preferência de plataforma, Android ou iOS, já que ambos se encontrem basicamente no mesmo valor, entre R$ 5.400 e R$ 5.700.

O Edge 30 Pro é outro concorrente do Galaxy S22 quando olhamos apenas o preço, pois, com relação às especificações, ele perde feio.

Com exceção do chipset Snapdragon 8 Gen 1, dos 12 GB de RAM e da bateria superior, o Edge 30 Pro perde em tela, câmeras, atualizações do Android e experiência de uso. E ainda é um pouco mais caro que o rival, podendo custar R$ 5.800.

Bateria e carregamento

O corpo e a tela do Galaxy S22 ficaram menores, logo a capacidade da bateria também diminuiu. Agora são 3.700 mAh, 300 mAh a menos que o Galaxy S21, na época já considerado pouco com 4.000 mAh.

Infelizmente, mesmo trazendo um chipset teoricamente mais eficiente e uma tela menor, o Galaxy S22 decepcionou nos testes de bateria, conseguindo números piores que o do antecessor.

No nosso teste padrão de Netflix, com três horas de streaming, brilho e som em 50%, e conectado ao Wi-Fi, o Galaxy S22 consumiu 32% de carga, resultando em uma estimativa total de aproximadamente no nove horas.

É um consumo bastante alto se compararmos com outros modelos de mesma faixa de preço, como o Edge 30 Pro, que gastou cerca de 22% no mesmo teste, e o iPhone 13, o qual consumiu menos de 20%.

No dia a dia, o Galaxy S22 também decepcionou. Eu gravei 20 minutos de vídeo em 4K/30 fps, mexi duas horas Twitter e Instagram, assisti a uma hora de vídeos do YouTube e joguei algumas partidas de Dead By Daylight, e o celular foi de 100% para 49%.

Vale mencionar que os testes foram feitos com o Galaxy S22 conectado ao Wi-Fi e sem chip de operadora, para evitar quaisquer interferências de sinal. A tela, por sua vez, ficou sempre com brilho em 50% e taxa de atualização adaptável.

Ou seja, é muito provável que a autonomia de bateria do Galaxy S22 seja ainda pior com brilho automática ativado e chipset de operadora inserido.

Como você já deve saber, o Galaxy S22 não vem com carregador na caixa, apenas um cabo USB-C. Mas ele suporta recarga rápido de até 25 W.

Nos meus testes, utilizando um carregador de 20 W, consegui encher o tanque do aparelho em aproximadamente uma hora de 15 minutos, velocidade muito boa.

Vale a pena comprar o Galaxy S22?

O Galaxy S22 é uma evolução natural do Galaxy S21, e é óbvio que você vai encontrar algumas melhorias na nova geração, principalmente quando o assunto é hardware. O chipset Snapdragon 8 Gen 1 realmente se sobressai em potência em relação ao Exynos 2100 do S21, embora não esteja tão otimizado.

A construção também recebeu novidades, agora com uma tampa traseira de vidro e um corpo mais compacto. Para quem possui mãos pequenas e preza por celulares "pequenos", ele com certeza é uma excelente pedida ao lado do iPhone 13 mini.

Em alguns departamentos eu gostaria que houvesse um avanço mais significativo, como a tela e as câmeras. A qualidade delas melhorou, mas não a ponto de fazer você trocar o já excelente Galaxy S21. Além disso, a bateria infelizmente piorou ano a ano, portanto não o recomendo se você for exigente em autonomia.

No fim, eu recomendo o Galaxy S22, mas esse ainda não é o melhor momento para comprá-lo. Com seu antecessor chegando na casa dos R$ 3.000, não acho que gastar quase o dobro para ter algumas melhorias aqui e ali seja a melhor decisão.

Quando ele estiver custando abaixo de R$ 4.500, o que pode acontecer em alguns meses, aí sim você pode começar a considerá-lo.

E aí, gostou da nossa análise do Galaxy S22? Então te convido a acompanhar o Canaltech Ofertas, pois você saberá em primeira mão quando esse e outros smartphones estiverem em oferta!