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Review AMD Ryzen 7 8700G | CPU imbatível para jogar sem GPU

Por| 19 de Março de 2024 às 19h30

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Jones Oliveira/Canaltech
Jones Oliveira/Canaltech
Tudo sobre AMD

A AMD lançou sua nova família de APUs com a linha Ryzen 8000G no final de janeiro de 2024. Também conhecidos como Phoenix, esses componentes focam em usuários que querem montar um PC gamer sem ter de investir em uma GPU dedicada. E o Ryzen 7 8700G é a implementação máxima dessa proposta, com muito poder de processamento e o melhor gráfico integrado da atualidade.

Topo de linha dos Ryzen 8000G, o Ryzen 7 8700G vem com oito núcleos Zen 4 feitos na litografia TSMC FinFET de 4nm, 16 threads e 12 unidades computacionais baseadas na microarquitetura RDNA3 — a mesma utilizada nas novas GPUs dedicadas RX 7000 e empregada em handhelds como o ASUS ROG Ally. Em outras palavras, é o que há de melhor e mais recente na AMD em matéria de CPU e GPU, tudo empacotado em um único componente.

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Outra adição muito bem-vinda é a integração de uma NPU dedicada exclusivamente a rotinas e cargas de trabalho de inteligência artificial. A ideia é que esse componente assuma esses workloads e as execute com o máximo de eficiência possível, deixando CPU e GPU livres para lidarem com outros fluxos.

No papel, esse conjunto é a melhor APU disponível no mercado na atualidade. E na prática? Será que o Ryzen 7 8700 oferece uma boa experiência em jogos?

Prós

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  • Melhor gráfico integrado do mercado
  • Excelente desempenho em jogos em 1080p
  • Bom desempenho em aplicações profissionais
  • Cooler incluso
  • Alta eficiência térmica e energética

Contras

  • Falta suporte a PCIe 5.0
  • Linhas PCIe limitadas
  • Apenas 16MB de cache L3
  • Preço da plataforma AM5

Ryzen 7 8700G: Arquitetura

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As novas APUs Ryzen 8000G reúnem o que há de melhor na AMD em termos de CPU e GPU em um único componente. Aqui temos chips de processamento Zen 4 de última geração associados a chips gráficos RDNA 3 em um die monolítico.

Isso significa que aqui não vemos empilhamento do cache, nem de qualquer outra estrutura. Tudo está "espalhado" horizontalmente no die, como numa grande planície de silício. Obviamente isso gera uma limitação geográfica para a implementação de CPU, GPU, NPU, cache, controladores etc, mas a AMD deu um "jeitinho".

O principal deles foi reduzir os 32 MB de cache L3 dos Ryzen 7000 para 16 MB. Assim, abriu-se o espaço necessário para a acomodação do gráfico integrado mais avantajado.

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Outro corte feito pela AMD — este muito mais para baratear o projeto — foi a falta de suporte a PCIe 5.0. Em vez disso, esse processador utiliza PCIe 4.0 x8 para conexão com placas gráficas, o que vai limitar seu desempenho com placas PCIe 5.0 x16 futuras e SSDs PCIe 5.0 x4 atuais.

Os Ryzen 8000G também trazem litografia mais avançada: saem os núcleos Zen 4 de 5nm dos Ryzen 7000 e entram os de 4nm feitos no processo TSMC FinFet. Com isso, o time vermelho garante mais espaço e desempenho aliados a uma maior eficiência energética.

Por fim, essa nova linha de APUs Ryzen 8000G é a primeira a trazer uma NPU integrada. Presente nos Ryzen 5 8600G e Ryzen 7 8700G, essa estrutura (também conhecida como Ryzen AI) atua como um importante auxiliar da CPU e GPU em tarefas que envolvem inteligência artificial. Ela "puxa a responsabilidade" quando identifica esse tipo de demanda e deixa processador e placa de vídeo livres para continuarem trabalhando no que lhes for mais conveniente.

Ryzen 7 8700G: Especificações

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O Ryzen 7 8700G é o topo de linha na nova linha de APUs Ryzen 8000G. O processador vem com 8 núcleos Zen 4 e 16 threads rodando a 4,2 GHz, podendo chegar a 5,1 GHz em boost, se as condições de temperatura e energia ideais forem atendidas.

O gráfico integrado fica a cargo da Radeon 780M, com 12 unidades computacionais RDNA3 rodando a 2.900 MHz e 768 shader units. Essas características são suficientes para o Ryzen 7 8700G conseguir rodar alguns jogos em Full HD com qualidade intermediária, talvez às custas de alguns ajustes finos aqui e acolá.

No geral, essas especificações representam um excelente salto em relação à antiga APU topo de linha da AMD, o Ryzen 7 5700G: são 400 MHz a mais de clock base e 500 MHz a mais em boost na CPU, enquanto na iGPU o salto é de 900MHz no clock — tudo isso sem entrar no mérito das diferenças entre as microarquiteturas Zen 3 e Zen 4, e RDNA3 x Vega 8.

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Ao lado do Ryzen 5 8600G, o Ryzen 7 8700G é um dos primeiros processadores para desktop a contar com uma NPU (Unidade de Processamento Neural). Esse componente livra processador e placa de vídeo de cargas de trabalho de inteligência artificial, executando-as com o máximo de eficiência energética possível, numa abordagem que faz muito sentido em notebooks, que têm projetos térmico e energético limitados. Nos computadores de mesa, que não têm essa limitação, ainda não está claro o suficiente o quão benéfica é sua adoção — como vocês verão nos testes a seguir.

A família Ryzen 8000G também é a primeira série de APUs da AMD compatível exclusivamente com a plataforma AM5 e memórias RAM DDR5. Esse é um ponto de atenção, já que o usuário terá de investir em uma nova placa-mãe com soquete AM5 e um novo kit de memórias — ambos ainda relativamente caros no Brasil.

Na prática, isso significa que, no momento que este review é escrito, montar um PC gamer com o Ryzen 7 8700G pode custar de R$ 4.500 a R$ 5.000, o que acaba minando o que deveria ser o seu maior apelo: o custo-benefício. Assim, é provável que muitos usuários fiquem tentados a investir em um Ryzen 7 5700 com placa de vídeo dedicada de entrada ou intermediária.

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Apesar disso, é importante pensar no fator atualização. Uma máquina com Ryzen 7 8700G e na plataforma AM5 terá muito mais possibilidades de upgrade e suporte por muitos anos; assim, o investimento se dissipa e o projeto, de fato, passa a ser atraente financeiramente.

Outros dois pontos merecem destaque no Ryzen 7 8700G. O primeiro deles é que, apesar de esse ser o processador com o gráfico integrado mais poderoso da atualidade e conseguir entregar uma excelente experiência de gameplay, o usuário ainda pode buscar mais performance ao ativar recursos como o FidelityFX Super Resolution 3.0 (FSR 3) para uscaling de imagem, o AMD Fluid Motion Frames para gerar mais quadros, o aprimorador de escala integrado ao driver Radeon Super Resolution e todo o leque de técnicas do Hyper-RX.

Por fim, o projeto térmico e energético desse componente é altamente eficiente: no papel, a AMD indica um TDP de apenas 65W. Assim, o usuário não precisará investir em uma fonte robusta e cara para o seu setup, tampouco gastar com um cooler ou watercooler avantajados — o Ryzen 7 8700G já vem com o Wraith Prism na caixa, um cooler intermediário capaz de mantê-lo funcionando adequadamente mesmo em cenários de alta demanda.

AMD Ryzen 8000G
Ryzen 3 8300GRyzen 5 8500GRyzen 5 8600GRyzen 7 8700G
ArquiteturaZen 4 + Zen 4cZen 4
SoqueteAM5
LitografiaTSMC 4nm FinFET
Núcleos / Threads4 / 86 / 126 / 128 / 16
Clock base / boost (GHz)4,0 / 4,94,1 / 5,04,3 / 5,04,2 / 5,1
Clock base / boost Zen 4c (GHz)3,2 / 3,63,2 / 3,7N/A
Cache L3 (MB)12222224
MemóriaDDR5-5200
PCIe4.0 
Linhas PCIe1420
Linhas PCIe usáveis1016
NPUNãoSim
TDP (W)65
Vídeo integrado
GPURadeon 740MRadeon 760MRadeon 780M
ArquiteturaRDNA 3
Núcleos4812
Clock (MHz)2.6002.8002.900
Shading Units256256512768
TMUs16163248
ROPs881632
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Setup de testes

Eu testei o AMD Ryzen 7 8700G com uma placa-mãe ASRock B650 Pro RS e um kit de 32 GB de memória RAM DDR5-6400 da G.Skill que a AMD me enviou.

Essa placa-mãe é um modelo intermediário com chipset B650, muito bem dimensionado para a proposta do Ryzen 7 8700G. Com 14+2+1 fases de energia, o modelo conta com uma parte dos VRMs cobertos com dissipadores de calor para mantê-los operando a baixas temperaturas e oferecer espaço para realização de overclocking.

O kit de memória RAM é ligeiramente superdimensionado: 6.400 MHz de frequência são mais que suficientes para proporcionar um funcionamento sem gargalos, sobretudo para o gráfico integrado do Ryzen 5 8600G. Ele custa caro e foge da proposta de custo-benefício da APU, mas nos dá uma excelente noção de como esse componente opera em condições ideais.

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Se você estiver considerando um setup equipado com Ryzen 7 8700G, considere um kit de 5.200 ou 5.600 MHz que você já estará bem atendido.

No mais, o setup completo para testar o Ryzen 7 8700G foi o seguinte:

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Temperatura e consumo do Ryzen 7 8700G

O teto térmico de operação do Ryzen 7 8700G segue o padrão de todos os processadores da AMD: 95°C. Quando está próximo de atingir esse limite, o componente reduz seu clock para conter a alta temperatura e a sobrecarga de tensão. Toda a família Ryzen 8000G tem TDP de 65W, o que é bastante baixo se levarmos em consideração que este processador traz um gráfico integrado tão poderoso.

Para testar todos os limites térmicos e energéticos do Ryzen 7 8700G, eu utilizei o teste de estabilidade do AIDA64. Ele é conhecido por executar instruções AVX, AVX2 e AVX-512 simultaneamente, levando o componente ao limite em um cenário sintético que dificilmente é replicável num caso real de uso. Apesar disso, esta é uma das melhores maneiras de observar os limites de um processador.

A unidade do Ryzen 7 8700G que eu recebi para este review atingiu o teto térmico aos 92°C, num pico de consumo de 87W. Isso significa que, com um sistema de arrefecimento baseado em watercooler de 240mm, o processador topo de linha da AMD com gráficos integrados teve uma margem energética de 22W antes de atingir sua temperatura máxima e baixar o clock para se manter operando normalmente.

Na prática, isso indica que o usuário que adotar o coolerbox Wraith Prism não deve enfrentar problemas no uso cotidiano do Ryzen 7 8700G. Ele é um processador bastante frio, operando em temperaturas bastante aceitáveis e consumindo pouca energia. Por isso, o usuário que adotar o cooler que vem na caixa do produto não terá qualquer tipo de problema, mesmo durante longas sessões de gameplay.

Benchmarks

Eu submeti o Ryzen 7 8700G a diversas baterias de benchmark para aferir o desempenho bruto dessa APU e em aplicações voltadas para produtividade, renderização, inteligência artificial e games.

Por ser um processador voltado para um público mais amplo, e não necessariamente entusiasta, não vi a necessidade de fazer o overclocking dele — embora ele venha desbloqueado de fábrica para tal. Portanto, os dados a seguir mostram o desempenho do Ryzen 7 8700G em suas especificações padrão, saído da caixa e diretamente instalado no setup de testes.

Ryzen 7 8700G: Testes de CPU

Os testes de CPU servem para medir o poder de fogo bruto da CPU. Os resultados obtidos pelo Ryzen 7 8700G só o deixam à frente do Ryzen 5 8600G, seu irmão menor que sofre por ter apenas seis núcleos e 12 threads.

Apesar de contar com oito núcleos e 16 threads, a APU topo de linha da AMD fica atrás dos processadores Intel que pude avaliar até aqui por dois fatores bastante óbvios: menor contagem de núcleos e arquitetura híbrida. Nos testes do CPU Profile, que entortam os processadores com renderização de micropartículas, vetores e iluminação global, o rival mais próximo do Ryzen 7 8700G foi o Core i9-12900K, que desempenhou melhor graças aos seus absurdos 16 núcleos híbridos e 24 threads.

Já o teste do y-cruncher avalia a capacidade do processador de lidar com cálculos matemáticos avançados. Aqui, o clock do processador conta bastante a favor dele, podendo ajudar a superar até modelos mais avançados e com contagem de núcleos superior.

E foi exatamente isso o que aconteceu com o Ryzen 7 8700G. Seus 5,1 GHz de clock boost fizeram com que ele ficasse muito próximo do Core i5-14600K no teste multi-core e superasse o Core i9-14900K no teste single-core. E esse é um dado curiosíssimo: o todo poderoso da Intel esquenta muito e tem dificuldades para operar estável, mesmo com um arrefecimento baseado em watercooler de 360mm. O Ryzen 7 8700G é muito mais estável nesse sentido e seu desempenho oscila muito pouco, fazendo ele se sobressair nesse cenário.

No fim das contas, os testes de CPU mostram que o Ryzen 7 8700G consegue lidar com tarefas mais pesadas e exigentes, mas não faz milagres. A arquitetura baseada em die monolítico para comportar o gráfico integrado é o principal fator limitante aqui, já que os oitos núcleos do processador são bastante competentes: eles têm uma estabilidade invejável, mas carecem de memória cache L3 e largura de banda para poder executar tarefas mais rapidamente.

Ryzen 7 8700G: Testes de produtividade e IA

Os testes de produtividade medem o desempenho do processador em aplicações cotidianas, incluindo pacote Office, e especializadas, como o Blender. Com os dados desses benchmarks, é possível afirmar para quais cenários de uso o componente é mais indicado, evitando uma compra frustrada.

A primeira bateria de testes é feita com o UL Procyon aliado ao Microsoft Office e Adobe Photoshop e Lightroom Classic. Aqui o objetivo é medir a performance do Ryzen 7 8700G numa rotina de escritório, edição e manipulação de imagens e cargas de trabalho com inteligência artificial.

Os gráficos abaixo mostram que o principal rival do novo processador da AMD é o Core i5-12600K, componente da Intel lançado há dois anos e que hoje tem uma plataforma relativamente barata, compatível com memórias RAM DDR4 e DDR5. A rivalidade se dá em pé de igualdade, embora a vantagem seja do Ryzen 7 8700G por uma margem pequena.

Mas a surpresa foram os testes de inferência de IA do WinML32. Aqui o Ryzen 7 8700G ficou apenas 10 pontos atrás do Core i5-14600K, modelo recém-lançado da Intel com 14 núcleos, 20 threads e uma plataforma muito mais onerosa. Isso mostra que os dois núcleos a mais do 7 8700G em relação ao Ryzen 5 8600G fazem diferença e ajudam a NPU baseada em XDNA da AMD performar melhor.

A rivalidade com o Core i5-12600K, e algumas vezes até mesmo com o Core i5-14600K, se repete nos testes de renderização que eu fiz para este review. Nesses benchmarks, o objetivo é medir a performance do processador em aplicações especializadas e voltadas para criadores e artistas.

A estabilidade de operação associada à eficiência das microarquiteturas Zen 4 e RDNA 3 proporciona ao Ryzen 7 8700G vantagem sobre a arquitetura de núcleos híbridos da Intel em praticamente todos os testes. A exceção fica por conta de cenários de renderização que utilizam muita iluminação volumétrica e Ray Tracing avançado — casos do Blender e do V-Ray. Neles, a contagem maior de núcleos e threads é uma vantagem às alternativas da Intel, deixando o processador octa-core da AMD para trás.

Os testes de produtividade mostram que o Ryzen 7 8700G é um bom processador para uso cotidiano numa rotina de escritório. Em outras palavras, se o usuário trabalha com planilhas, digitando textos e até mesmo editando imagens, não terá problemas ao adotar esse processador.

Para atividades mais especializadas, como renderização 3D e edição de vídeos, o Ryzen 7 8700G não é o melhor processador disponível no mercado. Ainda assim, ele consegue desbancar processadores Intel de 10ª geração e fica bastante próximo do Core i5-12600K, mostrando ser uma alternativa viável, sobretudo para quem tem orçamento limitado e ainda assim quer aprender e/ou trabalhar com renderizações mais avançadas.

Ryzen 7 8700G: Testes com games

O Ryzen 7 8700G tem o gráfico integrado mais poderoso do mundo na atualidade. Com a Radeon 780M, o processador da AMD consegue rodar jogos em Full HD (1080p) em qualidade baixa e acima dos 60 FPS em muitos jogos, um desempenho digno de GeForce GTX 1650 — uma das placas mais populares do mercado de entrada.

É possível extrair mais desempenho dessa APU com o uso de técnicas como o FSR 3.0 e o AMFM para fazer upscaling de imagem e gerar quadros adicionais, mas antes disso vale à pena fazer ajustes finos nas predefinições dos jogos. Reduzir a resolução para HD (720p) também é uma opção viável, sobretudo para quem tem monitores menores e quer extrair mais quadros por segundo num cenário mais competitivo.

Para medir com exatidão o desempenho do Ryzen 7 8700G em jogos, executei dois tipos diferentes de teste. O primeiro é o padrão, associando a CPU + placa de vídeo dedicada para rodar jogos em Full HD e medir o quanto a CPU influencia na taxa de FPS in-game.

Em jogos com gráficos mais complexos do ponto de vista matemático, como Cyberpunk 2077, Ashes of the Singularity e Shadow of the Tomb Raider, o Ryzen 7 8700G não conseguiu se desprender tanto do irmão menor e ficou bem atrás dos concorrentes da Intel. Nesse cenário, ficou claro que o processador gargalou e limitou o desempenho da GeForce RTX 4070 Ti usada nos benchmarks.

Na segunda bateria de testes, rodei os mesmos jogos apenas com o gráfico integrado, mirando o intervalo HD e Full HD em qualidade baixa — justamente o alvo desse componente. E os resultados foram muito satisfatórios.

No geral, o Ryzen 7 8700G é um excelente processador para jogos. Ele entrega 16,6% mais desempenho que o Ryzen 5 8600G e impressiona por alcançar mais de 60 FPS em Cyberpunk 2077 e chegar muito próximo dos 100 FPS em Metro Exodus, conhecido por ser um entortador de placas nato. Tudo isso sem o uso de nenhuma técnica de upscaling ou geração de quadros.

Contra o Intel Core i9-14900K, melhor processador da Intel para desktops no mercado atualmente, a vantagem foi de impressionantes 213% — um atestado irrefutável da força do poderoso gráfico integrado do Ryzen 7 8700G.

Concorrentes do Ryzen 7 8700G

Oficialmente, a AMD afirma que o principal concorrente do Ryzen 7 8700G é o Intel Core i7-14700K. Todavia, em todos os testes que fiz, e que você pôde ver, ele compete com o Core i5-12600K e até com o Core i5-14600K em algumas situações específicas.

O processador de 12ª geração da Intel é uma opção interessante pensando no custo-benefício. A plataforma LGA 1700 já tem um tempo de estrada e hoje possui placas-mãe bastante em conta, com opções que suportam tanto memórias RAM DDR4 quanto DDR5. A única ressalva é que, se você quiser jogar, obrigatoriamente terá de comprar uma placa de vídeo dedicada, já que o desempenho do gráfico integrado da Intel é pífio.

O Core i5-14600K é um dos processadores mais recentes da Intel e custa caro. Portanto, ele acaba sendo um concorrente do Ryzen 7 8700G apenas em questão de desempenho, já que seu custo-benefício não é atraente e o usuário ainda terá de investir em uma GPU dedicada se quiser jogar com um mínimo de qualidade.

Uma alternativa que corre por fora é o Intel Core i5-13400F. Com preço mais em conta que as duas opções anteriores, esse processador traz 10 núcleos e 16 threads trabalhando a até 4,6GHz, além de oferecer 20 linhas PCIe com suporte a PCIe 5.0. O preço chega a ser até R$ 600 mais em conta que o Ryzen 7 8700G. Com essa economia o usuário poderá investir em uma GeForce GTX 1650 caso queira jogar algo.

Finalmente, dentro da própria AMD, o principal concorrente do Ryzen 7 8700G é seu irmão menor, o Ryzen 5 8600G. Apesar do desempenho ligeiramente inferior (16%), o componente se apresenta como uma opção mais interessante em termos de custo-benefício, com preço 35% inferior (R$ 1.900 x R$ 1.400).

Vale à pena comprar o Ryzen 7 8700G?

O Ryzen 7 8700G tem uma CPU robusta e o melhor gráfico integrado da atualidade. Fiquei genuinamente surpreso com os resultados obtidos nos testes com jogos, sobretudo quando rodei eles apenas com a iGPU. É nesse cenário que ele brilha, oferecendo gameplays em Full HD com qualidade intermediária e acima dos 60 FPS em alguns títulos sem qualquer técnica de upscaling ou geração de quadros. O Ryzen 7 8700G é imbatível se você quiser montar um PC para jogar em Full HD sem ter de gastar com uma placa de vídeo.

Esse processador também consegue lidar muito bem com atividades de escritório e algumas tarefas mais complexas, como edição e processamento de imagens. Em outras palavras, o Ryzen 7 8700G também é um bom processador para quem quer uma máquina para jogar e trabalhar, não ficando tanto atrás em comparação a outros nomes de peso e mais caros, como o Intel Core i5-14600K.

Você só tem de atentar a dois detalhes importantes. Se o seu objetivo for montar uma máquina já com placa de vídeo dedicada, o Ryzen 7 8700G não é a melhor opção. A plataforma cara associada a alguns cortes de especificações, como a falta de suporte a PCIe 5.0, tornam os processadores Intel mais atraentes sob o ponto de vista do custo-benefício — nesse caso, vale a pena olhar para o Core i5-13400F ou o Core i5-12600K.

Outra questão é que o principal concorrente do Ryzen 7 8700G é o seu irmão menor, o Ryzen 5 8600G. Se o seu orçamento estiver muito limitado e o seu objetivo for unicamente montar um PC gamer para jogar em Full HD, o Ryzen 5 8600G pode te atender perfeitamente, mas custando bem menos — são 16% de diferença de desempenho contra 35% de diferença de preço.

Portanto, se você quer o melhor processador para jogar sem uma placa de vídeo, o Ryzen 7 8700G é a melhor opção do mercado na atualidade. Se o dinheiro estiver curto e você quiser apenas jogar, sem se preocupar com FPS, desempenho e outras questões, o Ryzen 5 8600G pode ser uma alternativa mais atraente.