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5 processadores mais icônicos e populares da AMD

Por| Editado por Jones Oliveira | 17 de Março de 2024 às 15h30

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Divulgação/AMD
Divulgação/AMD
Tudo sobre AMD

A AMD é uma das maiores empresas do setor de tecnologia, principalmente por ser a única a ainda atuar de forma competitiva no setor de CPUs domésticos. Apesar de ter entrado no mercado após a Intel, a AMD teve diversos processadores extremamente icônicos ao longo de sua história, criando verdadeiros marcos que impulsionaram a concorrência e o próprio avanço da computação pessoal.

Pensando nisso, o Canaltech listou 5 dos processadores mais conhecidos e relevantes da história da AMD, justificando porque eles fizeram — e ainda fazem — tanto sucesso.

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5. Am286

Quando a Intel inaugurou a arquitetura x86 com os Intel 8086, ela também passou a licenciá-la para outras fabricantes, que tinham liberdade para implementar funcionalidades e especificações próprias. O primeiro fruto desses licenciamentos para a AMD foi o Am286, processador derivado do 80286 de 16 bits (iAPX 286) anunciado em 1982 e lançado em 1984.

Apesar de se tratar efetivamente de um clone do processador da Intel, desde a sua primeira CPU a AMD investiu em trazer suas próprias ideias e melhorias para o projeto. No caso do Am286, sua maior vantagem estava nas frequências de operação consideravelmente superiores.

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Enquanto o 286 trazia clocks de 5, 6, 8 e 12,5 MHz, as versões mais simples da AMD já partiam de 12, MHz, com implementações posteriores de 16 e 20 MHz, quase o dobro do modelo mais rápido da Intel. O feito foi impressionante justamente pelo fato de o design e pinagem dos dois chips ser essencialmente o mesmo.

Vale ressaltar ainda que o primeiro Am286 de 20 MHz era fabricado em processo de 1,5 μm (micrômetros) e trabalhava com tensões de 2,89 W, e já no ano seguinte a empresa reduziu a litografia para 0,8 μm, baixando as tensões de operação para 1,7 W sem reduzir frequências.

4. Am486

Outras concorrentes também licenciavam os chips Intel, mas nem sempre conseguiam entregar projetos, de fato, relevantes. Isso porque nem todas acompanhavam as evoluções de instruções e aceleradores embarcados, muitas vezes optando por soluções proprietárias em chips separados.

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A geração dos i486 foi um divisor de águas para o mercado de processadores, pois tanto Intel quanto AMD passaram a implementar coprocessadores aritméticos integrados no próprio die do processador. Isso permitia reduzir latências e incorporar instruções mais complexas aos conjuntos ISA32, facilitando a programação de softwares mais robustos.

Contudo, mais do que atuar em pé de igualdade, os AM486 DX4-100 traziam frequências de 100 MHz, mais elevadas que os Intel DX2-66 de 66 MHz, e custando relativamente menos. Outro diferencial é que o chip AMD foi um dos primeiros a trazer 8 KB de memória cache L1 integrada ao processador, agilizando os processos de endereçamento que até então dependiam do cache mais lento das placas-mãe.

A partir de então, os produtos da AMD começaram a ganhar muito mais espaço no mercado, oferecendo uma concorrência real e não apenas um clone mais barato das soluções Intel.

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3. AMD K6

O AMD K6 é o processador mais vendido da história da AMD, e possivelmente o mais popular. Lançado em 1997, ele foi sucessor direto do K5, fazendo dele o segundo processador AMD completamente desenvolvido internamente. Mesmo não sendo uma CPU x86 licenciada, ele competia diretamente com o Pentium MMX, inclusive trazendo os aceleradores para conjuntos de instruções MMX.

Outra vantagem é que ele também utilizava o Socket-7 do Pentium, fazendo dele intercompatível com placas-mãe da concorrência, mas consideravelmente mais barato. Além disso, enquanto o Pentium MMX trazia apenas 32 KB de cache L1, o AMD K6 contava com 64 KB, sendo 32 KB para dados e 32 KB apenas para instruções.

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Com frequências equivalentes de 66 MHz no barramento frontal (Front Side Bus) e configurações de 166, 200 e 233 MHz, o dobro de cache do K6 garantia um desempenho que podia superar o Pentium MMX em até 50%, praticamente empatando com o Pentium II 233.

2. AMD Athlon

Praticamente tudo que o K6 conquistou, o K6-2 decepcionou, não por ter sido ruim, mas por não ter apresentado um salto considerável de desempenho comparado aos Pentium II e Pentium III. Para responder à evolução da Intel, a AMD lançou em 1999 o Athlon, ou K7, com frequências originais de 500 MHz em sua versão de lançamento e 1 GHz no refresh para o K75.

Mais do que as frequências elevadíssimas, que, sim, foram extremamente marcantes, o Athlon deu início à geração de processadores AMD com sockets proprietários. Tecnicamente, o Super Socket 7 anterior já não era mais compatível com CPUs Intel, mas ainda dava suporte a chips da Cyrix, por exemplo.

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A partir do Slot A, e posteriormente o Socket A 462, as placas-mãe AMD comportavam apenas processadores da série Athlon, que perdurou praticamente até 2018, por quase 20 anos. O primeiro Athlon mantinha o padrão de oferecer memórias cache separadas para dados e instruções, originalmente com 128 KB (64+64), mas também já contava com 512 KB de cache L2.

Além das instruções MMX, 3DNow! e SSE desenvolvidas pela Intel, pela primeira vez em sua história a AMD se antecipou em relação à concorrência com o padrão x86-64, primeiro conjunto de instruções de 64 bits para CPUs domésticos. Naturalmente, a evolução ao longo de duas décadas foi muito além de frequências e instruções, com um forte componente no avanço de litografia.

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O primeiro Athlon foi produzido originalmente em nodes 250 nm, e o último, já em microarquitetura Zen e precursor dos Ryzen, em 14 nm, favorecendo muito a otimização energética e escalabilidade de frequências, com o Athlon 3000G, de 2019, atingindo 3,5 GHz. 

1. AMD Ryzen

Evidentemente, o ponto alto dessa lista são as CPUs Ryzen, que praticamente forçaram toda uma série de avanços em várias frentes do setor de processadores para PCs. Enquanto até ali as evoluções envolviam apenas aumentos de frequências e otimizações de arquitetura, a AMD quase sempre caía no grupo de produtos custo-benefício, com a Intel quase sempre liderando os gráficos em termos de desempenho.

As contagens de núcleo ficaram praticamente travadas em até quatro núcleos físicos e oito threads por quase uma década nas CPUs topo de linha, e os incrementos de clock eram cada vez menos significativos. Com isso, o ganho de desempenho entre gerações era mínimo e o fator de desempate na hora de montar um PC era quase sempre o preço.

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A chegada dos primeiros Ryzen em 2017, coexistindo com as últimas gerações do Athlon, já trazia 4 núcleos físicos no Ryzen 3 1200, processador mais básico e de entrada. Já nos segmentos mais avançados, as configurações saltavam para  6 núcleos e 12 threads no Ryzen 5 1600 e 8 núcleos e 16 threads nos Ryzen 7 1700. 

Enquanto isso, os Intel Kaby Lake de 7⁠ª geração ainda estavam engessados ao padrão de 2 e 4 núcleos sem hyperthreading nos i3 e i5, apenas com os i7 oferecendo contagem de 4 núcleos e 8 threads. A partir dos Ryzen, a nova métrica para aumento de desempenho deixou de ser ganhos sutis em frequências e passou a buscar uma combinação entre núcleos, threads, consumo energético e outras melhorias subjacentes, consagrando como maior concorrente a empresa que começou licenciando processadores Intel 80286.