5 problemas que a Asus precisa corrigir no ROG Ally 2
Por Daniel Trefilio • Editado por Jones Oliveira |
A ASUS se destacou por ter sido a primeira a lançar um console portátil com Windows nativo, garantindo compatibilidade com todas as bibliotecas de jogos, mas o ROG Ally original chegou ao mercado com vários problemas. Mesmo com uma atualização superficial prevista já para 2024, a expectativa é que um ROG Ally 2 seja lançado em 2025 ou no ano seguinte.
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Isso dá à empresa uma janela de desenvolvimento relativamente ampla para o sucessor do ROG Ally, permitindo corrigir muitos dos problemas — alguns até bem graves — do original.
Pensando nisso, o Canaltech listou quais são os 5 problemas mais urgentes que precisam ser resolvidos no ROG Ally 2, oferecendo vantagens competitivas em relação à concorrência.
5. Armazenamento
O problema mais básico — mas ainda urgente — que não pode estar presente no ROG Ally 2 é o armazenamento interno limitado, contando como forma de expansão apenas um leitor de cartões microSD. Com jogos cada vez maiores, é inviável lançar um console, independentemente do segmento, com menos de 1 TB de armazenamento.
Essas configurações já são um problema nos notebooks gamer, mas com o contraponto de ser muito mais simples de resolver. Isso porque na maioria notebooks é possível adicionar um novo SSD sem a necessidade de substituir o principal, evitando ter que restaurar o sistema.
Além disso, a presença de várias portas USB, com pelo menos uma delas sendo de alta velocidade, é possível utilizar um SSD externo, algo inviável no ROG Ally, pois ele conta com apenas uma porta USB, utilizada para carregamento.
4. Conectividade
A ausência de pelo menos mais uma porta USB-C de alta velocidade é outro ponto que precisa ser revisado para o ROG Ally 2. Nem tanto pela questão do armazenamento, assumindo que isso já não será um problema, mas principalmente para garantir a suposta versatilidade da plataforma.
Por trazer um processador até bastante competente para o formato ultracompacto, muitos usuários enxergam no Ally a possibilidade de utilizá-lo como um mini-PC, substituindo notebooks de entrada. Na teoria, isso até é possível, mas também pela falta de uma porta USB extra, usuários que quiserem ter essa experiência vão precisar de hubs USB mais caros, que tragam uma porta de power delivery.
Caso contrário, é inviável utilizar mouse, teclado e monitor no console, pois sua autonomia de bateria é baixíssima, sendo obrigatório manter o Ally conectado à fonte para sessões de uso mais longas.
3. Bateria
A Bateria do ROG Ally não é necessariamente um problema se considerarmos que a maioria dos notebooks gamer não oferecem autonomia em games muito superior a 1 hora, média do Ally. Contudo, precisar estar constantemente próximo a uma tomada mata um pouco da proposta de um console portátil.
Sempre é possível contornar esse problema com um powerbank mais generoso. Ainda assim, é importante levar em consideração que muitos usuários optam por essas plataformas esperando uma experiência portátil completa, sem um monte de acessórios pendurados para, com sorte, conseguir jogar durante todo o trajeto do fretado.
2. Leitor de cartão
Talvez a falha de projeto mais urgente e preocupante do ROG Ally seja seu leitor de cartão microSD. Mesmo que a ASUS ofereça um sucessor do Ally com armazenamento interno maior, o leitor de cartão ainda pode ser útil para instalar títulos menos exigentes, como jogos indie, por exemplo.
No entanto, o modelo atual continua superaquecendo e danificando permanentemente alguns cartões de memória, causando prejuízo a usuários.
Este problema específico só não está no topo da lista porque, ao que tudo indica, a ASUS já está trabalhando em uma solução que, supostamente, estará presente no refresh da geração atual, previsto par ao final de 2024.
1. Sistema operacional
Por fim, disparado, o item mais problemático é a integração do Windows 11 para o ROG Ally, questão com causas profundas, na própria forma como plataformas x86, e em especial o Windows, operam. Para garantir retrocompatibilidade com aplicações antigas, todos os microcódigos x86 desde o Intel 8086 estão embarcados nos processadores com essa arquitetura.
Como o Windows também preza pela retrocompatibilidade, o sistema traz amontoados de instruções, geralmente desnecessárias, apenas para o caso de desenvolvedores precisarem delas em algum cenário específico. O problema é que boa parte desse código e dos processos rodando no fundo do Windows são desnecessários para um console, consumindo recursos preciosos do sistema.
Naturalmente, a solução não pode partir exclusivamente da ASUS, pois o código do Windows é fechado, exigindo uma parceria próxima com a Microsoft. A boa notícia é que a empresa já reconheceu que essa integração é um dos pontos mais fracos do ROG Ally e algumas otimizações já começaram a ser lançadas, sugerindo um ecossistema bem mais promissor para o ROG Ally 2.