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25 anos atrás, o primeiro rover pousava em Marte

Por| 05 de Julho de 2022 às 16h15

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NASA/MARS PATHFINDER
NASA/MARS PATHFINDER
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Hoje, notícias de descobertas sobre Marte são algo quase que corriqueiro. Com três robôs (rovers) em operação no planeta, temos um fluxo constante de informações sobre a composição da superfície, habitabilidade no passado e até mesmo fotos e vídeos de cenas curiosas na superfície de nosso vizinho.

Mas houve um tempo em que tudo isso não passava de um sonho, e alguém precisou dar o primeiro passo. E esse passo foi dado com a missão Mars Pathfinder, que está completando 25 anos.

O que foi a missão Mars Pathfinder?

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Desenvolvida ao longo de três anos a um custo de US$ 265 milhões, a missão era uma prova de conceito de uma forma de enviar um veículo móvel à superfície de Marte, e das informações valiosas que esta nova forma de exploração poderia produzir. Soa familiar? Exatamente os mesmos objetivos do helicóptero Ingenuity.

Composta por um módulo de pouso (Lander), mais tarde batizado de "Carl Sagan Memorial Station", e um pequeno robô, chamado Sojourner, a Pathfinder foi lançada em 4 de dezembro de 1996, e chegou em Marte sete meses depois, em 4 de julho de 1997.

Equipado com seis rodas, duas câmeras (uma frontal e uma traseira) e alguns instrumentos científicos, o Sojourner media 65 cm de comprimento, 48 cm de largura, 30 cm de altura e pesava 11,5 Kg. A locomoção era feita com seis rodas, e a alimentação ficava a cargo de um painel solar nas costas do robô. A comunicação era feita através do lander, que reenviava os dados à Terra.

Tudo isso comandado por, acreditem, um processador de 8 Bits, rodando a 2 MHz e equipado com 64 KB de RAM. Poder de processamento equivalente ao de um computador pessoal de meados da década de 80.

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As descobertas do Sojourner

O Sojourner foi projetado para funcionar na superfície de Marte por apenas 7 dias (ou "Sóis") marcianos, mas superou as expectativas de seus projetistas e funcionou por 83 sóis (85 dias na Terra), até a perda total de comunicação em 7 de outubro de 1997.

Apesar de nunca ter se aventurado longe do lander (a distância máxima percorrida foi de 100 metros), o Sojourner produziu 550 imagens, 15 análises químicas de solo e rochas em Marte e uma extensa quantidade de dados sobre os ventos.

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Somadas aos dados obtidos pelo lander, que incluíram o registro de nuvens de gelo na atmosfera do planeta e medidas de seu campo magnético, estas informações ajudaram a NASA a determinar que no passado Marte teve um clima muito mais ameno, e úmido, talvez propício ao surgimento da vida.

Mas o mais importante, a Pathfinder "abriu o caminho" (como sugere seu nome) para missões futuras, como os rovers Spirit, Opportunity, Curiosity e Perseverance, estes dois últimos atualmente em operação na superfície de Marte, junto com o rover chinês Zhurong.

Graças ao Sojourner e à Pathfinder, hoje falamos com naturalidade em buscar amostras do solo de Marte, planejamos missões tripuladas e sonhamos com a construção da primeira cidade fora da Terra. Quem sabe, num futuro próximo, possamos buscar o Sojourner e trazê-lo de volta para casa. Certamente, ele merece ser recebido como um herói.