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Missão que trará amostras de Marte à Terra deve ter cronograma atrasado

Por| Editado por Patricia Gnipper | 28 de Março de 2022 às 10h44

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NASA/JPL-Caltech
NASA/JPL-Caltech

Deve haver algumas mudanças no cronograma da próxima fase da campanha Mars Sample Return, criada para trazer amostras de Marte à Terra na próxima década. Thomas Zurbuchen, administrador associado de ciência na NASA, revelou que a agência espacial dos EUA e a Agência Espacial Europeia (ESA) concordaram em realizar alterações no projeto das missões futuras de retorno de amostras, para reduzir os riscos gerais do programa.

Zurbuchen explicou ao Comitê de Estudos Espaciais que a NASA e a ESA concordaram em dividir o lander para o retorno de amostras em dois veículos, ao invés de somente um, como planejado originalmente. A missão agora fica com lançamento estimado para 2028.

Segundo ele, esta iniciativa com dois landers poderia trabalhar com o mesmo sistema de pouso usado pelos rovers Curiosity e Perseverance, e pode ser concluída ainda nesta década.

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Um dos landers, chamado SLR1, levaria o MAV (Mars Ascent Vehicle, o foguete que receberá as amostras e as levará à órbita) e o braço robótico para a transferência delas, e seria construído pelo Laboratório de Propulsão a Jato, da NASA. Já o segundo lander, chamado SL2, levaria o rover que buscaria as amostras — e, até o momento, não foi decidido quem o construirá.

Em sua fala, Zurbuchen não discutiu as implicações financeiras das mudanças do cronograma ou do projeto. Além disso, a NASA não deverá divulgar estimativas oficiais de custos das missões dos landers até a condução de uma nova análise — mas a proposta orçamentária do novo ano fiscal, que deve ser anunciada nesta segunda-feira (28), pode trazer detalhes sobre a questão.

O retorno das amostras de Marte

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Originalmente, a NASA planejava lançar um lander para a coleta das amostras, e a ESA lançaria um orbitador, que traria o material para a Terra em 2026. O lander teria um rover construído pela agência europeia e iria coletar as amostras armazenadas pelo rover Perseverance. Depois, elas seriam carregadas no foguete MAV, que as lançaria para a órbita.

Em seguida, através de um sistema de coleta fornecido pela NASA, o orbitador coletaria as amostras e as traria para a Terra em 2031. Esta iniciativa com somente um lander iria exigir um escudo de calor maior, que, consequentemente, precisaria de uma carenagem de carga útil maior para o foguete lançador. Além disso, este design teria capacidades de entrada, descida e pouso ainda “não postas à prova”, e precisaria de propulsão elétrica para aumentar a performance da carga útil. Com a alteração no programa, as amostras de Marte só devem chegar à Terra a partir de 2033.

Uma análise independente conduzida em 2020 recomendou que a NASA adiasse as missões para 2027 ou 2028, para trabalhar em um cronograma de desenvolvimento mais razoável. Outra recomendação propunha que a NASA dividisse o lander Sample Retrieval Lander em dois veículos separados, para que um levasse o rover e o outro levasse o MAV. Segundo Zurbuchen, a NASA deverá decidir quem construirá o novo lander até junho.

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Fonte: Via: SpaceNews