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Rover Perseverance agora escolhe sozinho quais rochas investigar

Por| Editado por Rafael Rigues | 02 de Junho de 2022 às 18h15

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O rover Perseverance disparou recentemente lasers contra duas rochas para saber mais sobre a composição delas. Os disparos aconteceram no dia 18 de maio (ou "Sol 442" da missão), e foram dignos de nota porque o rover os realizou por conta própria, sem receber comandos explícitos das equipes da missão aqui na Terra. Assim, a NASA pode aproveitar a capacidade que o robô tem de selecionar seus próprios alvos para estudos, acelerando o trabalho científico em Marte.

Para selecionar rochas de interesse, o rover Perseverance utiliza o software Autonomous Exploration for Gathering Increased Science (AEGIS). Ele foi desenvolvido no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA para outras missões, e foi adaptado para o instrumento SuperCam (aquele que fez os disparos).

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Durante seu funcionamento, o AEGIS envia solicitações para a câmera de navegação do Perseverance (Navcam) tirar fotos. Depois, ele analisa as imagens em busca de rochas, priorizando-as para novas análises de acordo com o tamanho, brilho e outras características. “Em seguida, ele inicia uma sequência em que o SuperCam dispara o laser para determinar a composição química de um ou dois alvos prioritários nas fotos da NavCam”, explicou Roger Wiens, investigador principal da SuperCam.

Wiens observou que, normalmente, quando o rover seleciona seus alvos, as observações acontecem somente no dia seguinte. “Se o rover escolha seus próximos alvos, ele pode disparar contra eles logo em sequência”, disse. A vantagem de ter os resultados das análises do instrumento SuperCam disponíveis é que a equipe pode notar rapidamente composições químicas de interesse, com tempo para decidir se são necessárias mais análises antes de seguir na exploração do planeta.

No ano passado, o rover Perseverance pousou na cratera Jezero, com o helicóptero Ingenuity preso à sua “barriga”. Desde então, o robô vem explorando o antigo delta de um rio que pode ter abrigado microrganismos no passado; enquanto isso, ele também coleta e armazena amostras de rochas, que devem ser trazidas à Terra no início da década de 2030.

Fonte: NASA