Windows 11 faz 1 ano | O que melhorou no sistema da Microsoft?
Por Igor Almenara • Editado por Douglas Ciriaco |
O Windows 11 completa, hoje (5), um ano desde o seu lançamento oficial. Repleto de expectativa, o sistema operacional representou uma evolução direta do Windows 10 com novidades importantes, mas sem ir muito longe nas mudanças estruturais. Como mencionado na análise do Canaltech, a atualização era “uma promessa frutífera que ainda precisava amadurecer”.
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O sistema estava polido, visualmente aperfeiçoado e mais moderno que seu antecessor, mas vários dos recursos prometidos não foram incluídos na estreia. Exemplo disso é a compatibilidade com aplicativos Android, que até hoje não foi amplamente distribuída para os usuários e esta limitada aos testadores de determinadas regiões.
Ao longo desses 12 meses, o sistema operacional da Microsoft passou por uma série de atualizações com importantes adições em usabilidade. Contudo, quais defeitos a empresa conseguiu solucionar até agora e quais ainda estão deixados de lado? O CT se debruça sobre o assunto para trazer essas respostas.
Modernização de fora para dentro
No ano passado, uma das principais críticas ao Windows 11 era a negligência da Microsoft quanto à modernização de seções mais profundas do sistema. A superfície do SO cheirava a novidade, mas bastava cavar um pouco para encontrar seções com aparência e interface intocadas desde o Windows XP.
Por enquanto, não dá para dizer que a Microsoft tornou o Windows 11 totalmente moderno, mas ao menos a empresa parece dedicada em transformá-lo em um ambiente mais uniforme. Prova disso são as revisões visuais do Gerenciador de Tarefas e o Explorador de Arquivos com interface com abas.
Áreas como o Gerenciador de Dispositivos e o Gerenciador de disco, apesar disso, permanecem intactos em seu estilo antigo — o que, novamente, não é de todo ruim, principalmente por se tratarem de seções de uso estritamente técnico. O Painel de Controle, por outro lado, já está no caminho para ser aposentado.
“Novas” ferramentas
Dos aplicativos nativos, da mesma forma, não dá para dizer que a Microsoft anda negligente. O Windows 11 se tornou lar para uma série de ferramentas novas e retrabalhos importantes de aplicativos antigos do sistema operacional.
Uma das revisões mais interessantes foi o Groove Música, substituído pelo novo Media Player. O aplicativo serve como uma central de reprodução para todo tipo de mídia, especialmente músicas, com fundo dinâmico, organização por álbuns e muito mais.
O app Fotos também recebeu retoques para embarcar o Windows 11. Em setembro, foram encontrados indícios de que o programa passaria por mais mudanças em interface e teria ainda mais recursos para gerenciar arquivos salvos no PC.
A Microsoft Store
Quanto à Microsoft Store, a promessa era entregar uma plataforma de distribuição aberta para todo tipo de desenvolvedor. O programa seria um centro para encontrar qualquer aplicativo, assim como acontece no celular. Até agora, porém, isso não chegou a acontecer — ao menos, não no uso diário. A Microsoft Store pode até ter recebido nomes de peso, como o Firefox, mas o excesso de programas falsos incomoda bastante. Além disso, procurar pelo app direto pela web é um hábito difícil de quebrar.
Windows 11 foi um fracasso?
A transição entre gerações de sistemas operacionais é lenta — e com o Windows 11 não seria diferente. Contudo, o novo SO conseguiu alcançar o patamar de segundo Windows mais usado da atualidade em menos de um ano, perdendo apenas para o bem-sucedido Windows 10.
Atualmente, o Windows 11 detém 13,07% do mercado da família Windows. É lógico: ele ainda está bem distante daquilo que a Microsoft projeta para seus sistemas operacionais, mas a segunda posição já é algo grande para um software dessa categoria.
Outros fatores que impactaram significativamente na adesão do Windows 11 foram as exigências em hardware para rodá-lo: o SO exige a ativação de módulos de segurança específicos (TPM 2.0) e de processadores consideravelmente modernos. Nesse pente fino, muito computador ficou para trás (e não necessariamente modelos muito antigos).
Ao longo dos anos, a influência negativa dessas exigências em hardware deve desaparecer, à medida que usuários vão substituindo seus PCs por unidades mais recentes. Entretanto, é evidente que essa demanda retardou significativamente a adesão do novo SO, apesar de a atualização ser gratuita para quem vinha do Win 10.
Ainda amadurecendo
Apesar de estar num nível de polimento significativamente superior ao momento da estreia, o Windows 11 tem um longo caminho para trilhar para alcançar o estado do seu antecessor — em vários aspectos, na verdade. Felizmente, porém, dá para perceber que a Microsoft não só trabalha em incrementar o sistema operacional, como também está atenta ao feedback da comunidade.
A primeira grande atualização do Windows 11 (conhecida como Sun Valley 2 ou 22H2) ainda não chegou de fato, apesar de ter sido anunciada para outubro. É nela que boa parte das melhorias prometidas pela Microsoft, como o novo Explorador de Arquivos, mais versatilidade para widgets e outras mudanças devem ser implementadas.
Em 2023, outra grande atualização deve trazer ainda mais novidades e melhorias ao sistema operacional, mas tudo isso ainda está por ser detalhado na próxima leva e rumores e anúncios oficiais da Microsoft — e você confere tudo aqui no Canaltech.