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Giro da Saúde: fungo negro, vacina nacional e o homem que tomou 40 mil "balas"

Por| 06 de Junho de 2021 às 08h00

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Luciana Zaramela/Canaltech
Luciana Zaramela/Canaltech

Mais uma semana se inicia, e para que você se mantenha informado sobre o que está acontecendo no mundo, o Canaltech resume as principais notícias da editoria de saúde. De produção nacional de vacinas até um curioso caso de um homem que tomou 40 mil comprimidos de ecstasy, o Giro da Saúde traz os destaques da última semana para você ficar por dentro!

Fungo negro e a mucormicose no Brasil

A mucormicose, doença causada pelo fungo negro, fez uma vítima em Manaus, capital do Amazonas, no último dia 16. E, agora, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP passou a investigar um caso da doença em um paciente com COVID-19. Um terceiro passou a ser investigado em Santa Catarina.

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A relação entre a doença em pacientes da COVID-19 foi descoberta primeiramente na Índia, e serviu de alerta para o mundo. A doença é brutal: a mucormicose mata mais de 50% dos acometidos, e não raro é preciso retirar cirurgicamente as partes do corpo afetadas pelo fungo — como os olhos, por exemplo. Essa patologia tem como característica a necrose dos tecidos da face, atingindo nariz, olhos e podendo até se aprofundar até o cérebro.

Alguns fatores colaboram para o desenvolvimento do fungo negro, a saber: diabetes, doenças onco-hematológicas e transplante de medula óssea. No que diz respeito à COVID-19, a hipótese envolve o uso de corticoides, que aumenta a glicose e pode favorecer a proliferação dos fungos.

No Canaltech, você lê mais sobre a mucormicose clicando aqui e aqui

IFA nacional: Fiocruz prevê doses para outubro

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Na terça-feira passada (1º), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinou o contrato de Transferência de Tecnologia da Covishield (AstraZeneca/Fiocruz) para produzir nacionalmente a vacina. A produção ficará a cargo do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), cuja expectativa de entrega do primeiro lote fica para outubro.

A meta é que, ainda neste mês, a fábrica comece a produção dos primeiros lotes de IFA para a Covishield. No entanto, os lotes experimentais ainda devem passar por testes de comparabilidade da farmacêutica AstraZeneca e, após a validação, começará a produção em larga escala. No entanto, a quantidade prevista para este ano foi cortada pela metade: antes, eram esperadas 110 milhões de doses, mas apenas 50 milhões devem ser entregues em 2021.

Quer saber mais? Veja no Canaltech

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OMS aprova uso emergencial da CoronaVac

A CoronaVac passou no teste da Organização Mundial da Saúde e foi aprovada para uso emergencial. O imunizante é o sexto a receber aval da OMS nesta pandemia.

“Hoje, tenho o prazer em anunciar que a vacina Sinovac-CoronaVac recebeu autorização para uso emergencial da OMS após ser considerada segura, efetiva e de qualidade garantida após duas doses da vacina inativada”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da organização. “Além disso, os requisitos simples de armazenamento tornam a vacina muito adequada para locais com poucos recursos”, completou.

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Sendo assim, todos os imunizantes em aplicação no Brasil — o que inclui também a Covishield (AzstraZeneca/Oxford) e fórmula da Pfizer/BioNTech — contam com aprovação da organização.

Acesse a notícia na íntegra

China relata primeiro caso de gripe aviária H10N3 em humano

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Na última semana, a China relatou ao mundo o primeiro caso de transmissão de gripe aviária H10N3 para uma pessoa. Trata-se de um homem que reside na província de Jiangsu, na região leste do país.

De acordo com a Comissão Nacional de Saúde da China (NHC), o paciente tem 41 anos e chegou a ser hospitalizado no dia 28 de abril, após apresentar febre e outros sintomas. Após receber tratamento, o paciente se recuperou da infecção. As autoridades de saúde explicam que se trata de um caso de transmissão esporádica do vírus, e que não há motivo para alarde: a gripe H10N3 não tem potencial pandêmico, segundo a China.

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EUA testam vacina universal contra gripe

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O vírus influenza, causador da gripe comum, tem um alto potencial de mutação — e isso faz com que autoridades de saúde recomendem a aplicação de uma vacina a cada ano. Para tentar contornar essa situação, cientistas do Instituto Nacional da Saúde (NIH) dos Estados Unidos querem uma vacina polivalente, que seja eficaz contra várias cepas do vírus, e já iniciaram a fase de testes em humanos.

Batizada de FluMos-v1, a nova vacina conta com nanopartículas do vírus da gripe e é projetada para fornecer proteção duradoura contra múltiplas cepas do agente infeccioso. Ao contrário das vacinas convencionais contra a gripe, que carregam uma cópia dos quatro tipos da proteína hemaglutinina (ou HA, o agente de ligação do vírus influenza nas células humanas), a FluMos-v1 traz várias cópias de cada um dos quatro tipos de HA, já que se tratam de nanopartículas. Sendo assim, os cientistas esperam que esses padrões repetidos enviem um forte sinal ao sistema imunológico, a fim de gerar uma resposta robusta de anticorpos.

A fase 1 do estudo busca inscrever até 35 voluntários saudáveis com idades entre 18 e 50 anos. Para saber como acontecerão os testes, acesse a notícia completa!

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O caso do homem que tomou 40 mil comprimidos de ecstasy

Um relato de caso chamou a atenção de especialistas e estudiosos de drogas e seus efeitos no organismo humano: em um período de nove anos, um homem tomou um total de 40 mil comprimidos de ecstasy, ou MDMA, uma droga sintética que causa euforia, aumenta a autoconfiança e incrementa as características de sociabilidade do usuário, mas tem uma série de efeitos adversos. Com essa quantidade absurda de pílulas ingeridas ao longo do tempo, a equipe de médicos da Universidade de St. George (SGU), em Londres, decidiu investigar o caso para entender o que a droga causou no organismo do homem de 37 anos, conhecido apenas como "A".

Segundo os autores, "A" consumiu a droga abusivamente entre os 21 e 30 anos. Nos primeiros dois anos de uso de ecstasy, ele ingeria cinco comprimidos todo final de semana. Nos três anos seguintes, ele passou a consumir uma média de 3,5 comprimidos por dia, chegando a uma média de 25 comprimidos diários nos quatro anos seguintes. Assim, a equipe estimou que, ao longo desses nove anos, ele havia tomado mais de 40 mil pílulas. Além do ecstasy, o paciente também relatou um histórico de uso de outras substâncias ilícitas, como LSD, cocaína, heroína e maconha.

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Após o uso indiscriminado da substância, "A" decidiu parar de tomar ecstasy. A decisão veio após três crises (colapsos) que aconteceram em festas por causa do consumo da droga. Ele ainda começou a relatar uma série de efeitos desconfortáveis da abstinência: "Por alguns meses, ele se sentiu como se ainda estivesse sob a influência do ecstasy", detalharam os médicos. "Ele acabou desenvolvendo ataques de pânico graves, ansiedade recorrente, depressão, rigidez muscular — particularmente no pescoço e na mandíbula —, alucinações funcionais e ideação paranoide". Além disso, o paciente sofre com perda de memória.

Quer saber mais sobre esse caso? Leia com detalhes, no Canaltech!

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