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Mais um caso? Hospital de SP investiga fungo negro em paciente com COVID-19

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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catolla/envato
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No último dia 16, um homem de Manaus morreu de mucormicose, doença mais conhecida como fungo negro. O caso foi confirmado na última terça (1º). Já nesta quarta-feira (2), o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP passou a investigar um caso da doença em questão em um paciente com COVID-19.

A mucormicose mata mais de 50% dos acometidos, e em muitos casos, é preciso retirar cirurgicamente as partes do corpo afetadas pelo micro-organismo, como os olhos, por exemplo. Acontece que a doença necrosa os tecidos da face, atingindo nariz, olhos e podendo até invadir o cérebro. O surgimento do “fungo negro” em pacientes de COVID-19 na Índia acendeu o sinal de alerta no mundo, uma vez que mais de 9 mil pacientes infectados tiveram a doença.

No Brasil, além desse caso de Manaus, já tem mais um investigado em Santa Catarina. Atualmente, o Ministério da Saúde já está acompanhando o caso de SP. O paciente tem menos de 40 anos, teve um quadro moderado de COVID-19 e, por enquanto, não apresenta as comorbidades associadas ao “fungo negro”.

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Há alguns fatores relacionados à proliferação do fungo, como diabetes, graças ao aumento da glicose. Pacientes com transplante de medula óssea e com doenças onco-hematológicas também estariam predispostos. No que diz respeito à COVID-19, a hipótese envolve o uso de corticoides, que aumenta a glicose e pode favorecer a proliferação dos fungos. A contração dos vasos sanguíneos e a inflamação gerada pela COVID-19 também poderiam facilitar o surgimento da mucormicose.

Mas é preciso ressaltar que o fungo negro não é transmissível e que, segundo os especialistas, não deve se transformar em um problema de saúde pública no Brasil.

Fonte: Folha de S. Paulo