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Consumo de vídeo faz redes sociais crescerem na pandemia, revela estudo

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 07 de Setembro de 2021 às 10h32

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Reprodução/Sensor Tower
Reprodução/Sensor Tower

Em um cenário onde o isolamento social ainda é recomendado, as redes sociais desfrutam de um gigantesco crescimento nos últimos 18 meses, impulsionadas principalmente pelas transmissões ao vivo e pela explosão da economia criativa. Um estudo realizado pela empresa App Annie revelou que essas duas vertentes foram o estopim na expansão das plataformas sociais em todo o planeta e ainda continuam a afetar o cenário.

Somente em 2021, os consumidores já baixaram mais de 9,2 bilhões de aplicativos e devem gastar 740 bilhões de horas navegando por eles, das quais 548 bilhões devem ser focadas em lives. A pesquisa The Evolution of Social Media Report foi lançada na segunda-feira (6) e considerou o Instagram, o TikTok e a Twitch como os líderes dessa "revolução".

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Conforme o relatório, caso a tendência se mantenha até o fim do ano, é bem provável que sejam ultrapassadas as 800 bilhões de horas conectadas, marco alcançado em 2020. A Twitch tem um grande impacto nestes dados, com mais de 30 milhões de usuários diários e foco em games — embora a plataforma também tenha sucesso em outros nichos como IRL (In real life), música e as polêmicas transmissões em banheiras, piscinas e praias.

O relatório de App Annie reflete como alguns criadores estão mais focados a produzir conteúdo original desde quando aplicativos começaram a oferecer programas de monetização e incentivos financeiros. O TikTok e o Kwai são expoentes dessa prática aqui no Brasil, mas o Facebook também deve pagar R$ 5,1 bilhões aos influenciadores digitais até 2022, assim como o YouTube, cuja renda mensal pode chegar a R$ 50 mil para quem se dedicar ao Shorts — a sua ferramenta de vídeos curtos.

O Twitter é outra plataforma que aposta na remuneração de pessoas para impulsionar o crescimento. Além de lançar o Spaces, voltado para conversas por voz, a rede social adicionou o Super Follows, que permite cobrar uma taxa de assinatura mensal por conteúdo extra, e o Tip Jar, uma espécie de gorjeta que se envia a um criador de conteúdo como forma de agradecimento.

Do texto para o vídeo

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A pesquisa do App Annie revela uma tendência que a maioria dos produtores de conteúdo digital já percebeu: a migração do texto e foto para os vídeos e o streaming. O objetivo é manter os usuários presos nas plataformas por mais tempo, o que gera retornos financeiros com a exibição de propagandas direcionadas. O próprio Instagram, criador do conceito de rede social fotográfica, já mudou seu enfoque para os vídeos com os Stories, o IGTV e, mais recentemente, o Reels.

O relatório aponta um gasto de R$ 34,4 bilhões por meio dos apps sociais só em 2021: somente americanos e japoneses, os mais "mãos abertas" no ambiente digital, torraram mais R$ 7,6 bilhões no primeiro semestre deste ano. Uma projeção feita pela companhia revelou que esse valor pode subir para R$ 87,7 bilhões até 2025, o que revela o poder de expansão do mercado.

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Domínio do TikTok

A pesquisa reforça, ainda, a posição de domínio do TikTok no mundo: trata-se do aplicativo social e de entretenimento mais baixado pelo segundo ano consecutivo. O Instagram, que começou a pedir a verificação de datas de nascimento, já superou a empresa-mãe (Facebook) e fica na segunda posição do ranking global.

Completam o TOP 10 aplicativos como WhatsApp, Telegram, Snapchat, Messenger, Capcut, MX TakaTak e PicsArt — esses três últimos são editores de vídeo e passaram outros programas populares como Netflix e Pinterest. Vale lembrar que esses dados não consideram os downloads do mercado chinês, cujos os apps exclusivos e populares por lá podem fazer frente às alternativas ocidentais.

O relatório completo do App Annie pode ser baixado no blog da companhia, mediante cadastro prévio.

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Fonte: App Annie