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Análise | Dell G3 15 (2020): harmônico para jogos, mas um tanto esquentado

Por| Editado por Jones Oliveira | 03 de Maio de 2021 às 10h40

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O Dell G3 15 é um dos mais recentes lançamentos da fabricante no mercado de notebooks. Dentro da linha, os modelos carregam configurações variadas para atender diferentes necessidades e bolsos, encaixados dentro de um mesmo corpo com visual discreto construído em plástico. Embalados por uma placa de vídeo dedicada e prontos para lidar com produtividade e jogos, será que os modelos se dão bem rodando jogos e lidando com das tarefas do dia a dia?

O modelo cedido pela fabricante para o Canaltech foi o Dell G3 3500-M20P, equipado com um Intel Core i5-10300H, processador de 10ª geração com 4 núcleos e 8 threads rodando a 2,5 GHz de clock base e até 4,5 GHz em Turbo Boost; 8 GB de RAM em dual channel com 2933 MHz; GPU Nvidia GeForce GTX 1650 Ti com 4 GB de VRAM e armazenamento interno de 512 GB em SSD NVMe M.2. Um conjunto poderoso, mas não o mais avançado da família G3 15.

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Repórter e amante de jogos em praticamente qualquer hora vaga, o Dell G3 15 me acompanhou por quase três semanas para a produção desta análise. Adotei o notebook para elaborar as reportagens da semana e aproveitei seu poder bruto para rodar alguns dos jogos mais recentes. Passado esse período, expresso minha visão sobre o aparelho e palpito sobre a pergunta: “será que vale o investimento?”.

Estrutura, visual e conexões

O corpo do Dell G3 15 é construído em material plástico fosco. O visual está longe de ser básico, mas não é tão exagerado e incomum para um notebook. Sua tampa tem elevações que destacam a logo centralizada e a base, laterais e touchpad apresentam detalhes em azul claro, característica comum da marca.

A dobradiça é centralizada, o que torna a abertura pelas laterais desconfortável. O display de 15,6 polegadas é envolvido por bordas bem evidentes e o teclado conta com um conjunto numérico dedicado, o que é especialmente útil para quem trabalha digitando e/ou lidando com planilhas numéricas no dia a dia. Por falar nele, todas as teclas são retroiluminadas com LEDs azuis, sem opções de variação, que se ativam com qualquer atividade do usuário e podem ter os intervalos ajustados somente através da BIOS.

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Na base está o espaçoso touchpad com botões físicos integrados à superfície sensível ao toque; centralizado no topo está o leitor de biometria, para rápida autenticação com o Windows 10 (sistema que embarca o modelo cedido). A webcam também se faz presente e sem maiores surpresas, estacionada na borda superior do monitor, ao lado do microfone.

No geral, a experiência com a portabilidade com o notebook é satisfatória. É fácil manuseá-lo e sua base antiaderente o prende à superfície. O plástico, por sua vez, é um ímã de oleosidade — na tampa e nas áreas abertas do teclado. Em minutos, toda a carcaça fica repleta de marcas de dedo.

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Os detalhes em azul e a parte traseira, próxima à dobradiça, o distinguem e mostram a sua finalidade. É um produto voltado para o público gamer e o visual não nega. O notebook pesa cerca de 2,4 kg, distribuídos em 36,55 cm de largura e 25,4 cm de profundidade, elevados por 2,16 cm de espessura. Longe de ser um ultrafino de última geração, mas compacto o bastante para caber na mochila sem muita preocupação.

O padrão adotado para o teclado é o ABNT2, o que vem a calhar para edição de textos. As teclas são suaves, mas condizem com sua natureza de membrana. Digitar com ele é confortável, bom o bastante para evitar dores ou incômodos, mas o uso em jogos deixa a desejar principalmente pela falta de agilidade para registro dos comandos e a ausência de resposta tátil.

Na lateral esquerda estão disponíveis as portas USB 2.0 SuperSpeed, Mini Display Port, HDMI e a entrada de energia. Do outro lado, duas portas USB 2.0, entrada única para microfone e fone de ouvido e leitor de cartões SD completam a conectividade do aparelho. De primeira, nenhum recurso faz falta, mas as portas USB rapidamente são ocupadas por periféricos.

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Tela

A tela, por sua vez, é constituída por um painel Full HD WVA de 15,6 polegadas com taxa de atualização de 120 Hz. Reflexos são contidos pela tecnologia “antirreflexo” do vidro, mas o seu brilho de 250 nits não é o suficiente para brigar com a luz do sol, apenas proporcionar maior conforto em ambientes fechados igualmente iluminados.

A frequência elevada da tela, somada a boa reprodução de cores que evitam aquele tom “lavado” de tons mais próximos ao preto são um alento para uma boa experiência geral com o Dell G3 15. Devido ao tamanho reduzido e a alta resolução, a densidade de pixels é satisfatória e proporciona vantagens na hora de escolher opções gráficas em um game mais pesado.

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Aqui, infelizmente, não há suporte para o FreeSync, da AMD, ou o G-Sync, da Nvidia. Portanto, as imagens estão sujeitas ao Screen Tearing, quando múltiplos quadros produzidos pela GPU se sobrepõem numa mesma imagem. Em jogos que rodam com altas taxas de quadros, isso não tende a ser um problema, considerando que há formas para limitar a quantidade de frames, mas em títulos pesados demais para a GTX 1650 Ti, o “corte” na imagem se torna mais evidente.

No Dell G3 15, a tela é um elemento crucial para a proposta do produto e casa perfeitamente com os demais componentes (entraremos em detalhes sobre essa conclusão mais a frente). Para profissionais multimídia, em especial fotógrafos, a calibragem de fábrica pode não agradar, então é bom pensar na aquisição de um monitor especializado para os ajustes finos.

Desempenho geral

O conjunto presente no G3 15 cedido pela Dell pode ser classificado como, no mínimo, competente nas tarefas mais comuns da rotina. Em qualquer uma das ocasiões em que o adotei como dispositivo principal para o trabalho ou pesquisas eventuais, ele não apresentou engasgos e a experiência foi positiva.

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Nesses momentos, múltiplos softwares de produtividade eram alternados constantemente e tentei avaliar como o Intel i5-10300H encarava multitarefas com fluxo mais intenso. Felizmente, a CPU apresentou ótima estabilidade para essas ocasiões, mas ao custo da aceleração das ventoinhas (que comentaremos na seção de resfriamento, logo abaixo).

A inicialização é rápida o bastante para gerar estranhamento de quem vem de notebooks com HDD. O SSD NVMe M.2 coloca o Windows 10 a ponto de bala em cerca de 16 segundos, já com todos os programas associados à inicialização abertos. É quase como se o dispositivo despertasse do modo de “Suspensão”.

Quanto aos jogos, o resultado foi o mesmo: tentei focar na proposta do notebook em ser um aliado para todas as horas, especialmente para games competitivos e, por isso, escolhi títulos famosos do gênero para experimentar na tela de 120 Hz. Foi uma relação de emoções mistas, porém.

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Valorant, FPS tático da Riot Games, foi um dos títulos experimentados e os resultados foram extremamente positivos. Em qualidade média, a quantidade de quadros produzidos pela GPU ultrapassava a barreira dos 120 e não flutuavam muito abaixo desse valor. Ciente que o monitor não conseguia entregar mais que 120 imagens por segundo, utilizei o limitador de frames nativo para travar nessa marca e não tive qualquer problema com desempenho, nem mesmo pela CPU.

Já em Call of Duty: Warzone, a coisa muda de figura: o battle royale herda a qualidade gráfica excepcional da franquia, mas escala o multiplayer para 150 players simultâneos em um grande mapa — com vários elementos dinâmicos, incluindo complexos efeitos de iluminação. A experiência é aceitável, variando de 50 a 62 FPS durante caminhadas calmas no campo de batalha.

Não é o ideal para o monitor de 120 Hz, que tem potencial desperdiçado com o título, entretanto acredito que haja espaço para melhorias: o notebook não parecia estar em seu potencial total durante o game e, conhecendo as demandas de CoD: Warzone, talvez um upgrade de RAM com boas frequências proporcionaria maior estabilidade — pelo menos para manter os 60 quadros na maior parte do tempo.

Felizmente, isso não se repete no modo multiplayer de Call of Duty: Black Ops - Cold War. O modo convencional da franquia tende a ser mais leve devido ao seu escopo reduzido, por isso os resultados chegaram à casa dos 80 quadros por segundo nas configurações mínimas e em Full HD. No médio, o valor cai para 70 FPS, enquanto o topo ficou em torno dos 35, 45 FPS entre os trechos de combate e calmaria.

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Títulos mais datados, como Rainbow Six: Siege, por sua vez, apresentaram performance excepcional no Dell G3 15. O modelo extrapolou os 150 FPS nas opções gráficas mais humildes, mas não se distanciou dessa margem ao balancear as configurações para obter o máximo de vantagem competitiva.

No battle royale de sucesso da Respawn, Apex Legends, o cenário foi igualmente positivo. O jogo se mantém próximo dos 100 FPS quando configurado com gráficos no médio, e dá para extrair uma “gordurinha” a mais para ter folga com algumas opções colocadas no baixo. Visualmente, ele continua autêntico e bonito, especialmente no tamanho da tela do notebook, renunciando somente alguns detalhes despercebidos no campo de batalha.

Elevar as configurações para o máximo, por outro lado, não chega a ser desastroso, mas é um golpe em desempenho. Habilitar todos os filtros, melhorar as texturas e outros efeitos, reduz a média de quadros para os 60 com certa inconstância. Nesse caso, é melhor se agarrar às configurações baixa-média para aproveitar a fluidez dos 120 Hz.

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Partindo para outro gênero, coloquei Hitman 3 para a mesa na busca de avaliar os cenários de altíssimo custo de GPU e CPU. Surpreendentemente, o resultado ficou em torno dos 70 quadros na qualidade média — obtidos através da ferramenta de benchmark nativa. Brincando um pouco com as opções, deu para deixar o game ainda mais bonito e sem grande custo em suavidade.

Este caso me deixou plenamente satisfeito. Ciente de que a qualidade gráfica tomou alguns cortes, a densidade de pixels e distância da tela camuflou as deficiências e a experiência foi sólida. Era um título da nova geração sendo jogado em Full HD acima dos 60 quadros em uma qualidade gráfica vislumbrante, mesmo que os 4 GB de VRAM não sejam o ideal para games desse tipo.

Em testes sintéticos, o Dell G3 15 também não foi além de sua categoria. No conhecido teste TimeSpy do 3DMark, o Intel Core i5-10300H e a GeForce GTX 1650 Ti bateram 3.690 pontos. Durante os trechos focados no estresse de GPU, a média de quadros flutuou entre 16 e 18 FPS; enquanto a avaliação da CPU resultou na média de 10,53 FPS.

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A mesma tradução acontece no Fire Strike, também do 3DMark: a dupla principal bate os 8.845 pontos — aqui, numa média de 40 a 46 FPS no foco em GPU. Com o Fire Strike, a avaliação foca no comportamento do CPU e GPU como uma dupla, o que inclui o cálculo de física, renderização de gráficos, iluminação e processamento de partículas — elementos gerais que compõem games com visual mais exigente.

Vale mencionar que recursos como DLSS e Ray Tracing não estão disponíveis no G3 15 3500-M20P, nem mesmo os testes dedicados em benchmarks. As GPUs da série GTX 16 da Nvidia não contam com os núcleos tensores, responsáveis pela reprodução desses recursos, portanto, são incompatíveis com tecnologias provenientes desse hardware.

Resfriamento

Um ponto delicado acerca dos notebooks de alto desempenho equipado com CPUs do Time Azul tem sido, frequentemente, o resfriamento. Aqui, infelizmente, o cenário não é diferente. Até mesmo atividades mais leves, com uso exclusivo do CPU e RAM, elevam as temperaturas a um nível desconfortável para manter as mãos constantemente sobre o teclado — o que pode ser catalisado em cidades quentes.

Pela mesma razão, o notebook se torna um objeto bem barulhento durante o uso comum. Com fones de ouvido, o ruído é reduzido significativamente, mas isso não impede que as pessoas ao redor não fiquem incomodadas com ele. Além disso, o pior fica na hora de jogar, quando as ventoinhas do notebook elevam sua velocidade ao máximo.

Em alta demanda, a temperatura ultrapassa os 95°C, algo que se reflete até mesmo no teclado. Manter a mão sobre a superfície do notebook é quase insustentável. Tal característica incomoda durante os jogos e também durante a digitação.

Ao mesmo tempo, as ventoinhas quase “levantam voo”. O conjunto duplo se esforça incansavelmente para manter as temperaturas sob controle — sem muito sucesso. A insuficiência logo se reflete na CPU, cuja temperatura gira em torno dos 97-98 °C em cenários mais caóticos — e isso é um péssimo sinal.

Em qualquer adversidade, seja um cenário de alta complexidade dentro do game, testes de benchmark pesados e locais mais quentes, o valor pode alcançar a casa dos 100°C e, com isso, gerar o tenebroso Thermal Throttling. O efeito é evidente: os quadros em tela se reduzem drasticamente e de forma repentina, e não há nada para solucionar a não ser esperar que o resfriamento dê conta.

O curioso desse sintoma é que ele parece ser “familiar” em vários notebooks encabeçados com algum dos mais recentes processadores Intel. Como bem pontuam outras análises aqui do Canaltech, esse fenômeno se repete na linha Dell G5 (embarcado com o Core i7-9750H) e no Acer Predator 300 (Core i7-10750H); enquanto o parrudo Predator Helios 700 traduz tal característica no consumo de energia e no corpo nada portátil.

No pior dos casos, como aconteceu no teste de estresse do AIDA64, o notebook da Dell não suporta o calor prolongado e apresenta a famigerada BSOD (“Blue Screen of Death”, ou simplesmente “tela azul”), sendo reiniciado logo em seguida. Esse é um atestado de que o sistema de resfriamento pode falhar em momentos críticos e, por isso, deve-se considerar a aquisição de bases para notebooks com coolers para dar um bom reforço.

Autonomia

Autonomia também é outro tópico sensível nesse segmento. Apesar de se assumir um notebook que também aborde as necessidades de um usuário comum, a autonomia do Dell G3 15 não é lá um grande destaque. No teste sintético do “Modern Office” do PCMark 10 — composto por simulações de multitarefas, videochamadas, navegação na internet e edição de texto —, o notebook conseguiu se manter ligado apenas por 4 horas e 44 minutos no mínimo do brilho de tela e somente com o Wi-Fi ligado.

Isso o torna inapto para ser um “notebook para todas as horas” ou aquela máquina que te acompanha na saída de casa para um turno na faculdade, escola ou trabalho, sem um carregador. Em games, ele também não é um bom exemplo, visto que sua placa de vídeo e tela de alta frequência reduzem a autonomia para cerca de 2 horas — isso, enquanto eu experimentava Crash Bandicoot 4: It’s About Time, nada muito exigente.

Aqui, os principais vilões são claros: a tela de 120 Hz habilitada por padrão tende a consumir mais bateria até mesmo em imagens estáticas e, do outro lado, a dupla i5 e GTX 1650 Ti compõem o problema. A alto consumo por si só já é um desafio, some-o às ventoinhas em alta velocidade e você drena a bateria em questão de poucas horas.

Dito isto, a “portabilidade” deve ser questionada com o Dell G3 15: o notebook até quebra um galho longe de tomadas, mas ele não dura muito sem receber energia — menos ainda durante sessões de jogo. Contudo, seus componentes são eficientes o bastante para atender necessidades mais básicas em qualquer lugar — desde que exista uma tomada disponível —, e seu corpo “enxuto” ajuda nessa tarefa.

Proposta clara

Sobre uma ótica geral do produto, o Dell G3 15 tem uma proposta transparente e quase óbvia: ele quer ser um aliado para todas as horas, agradando “gregos e troianos” em termos de design, usabilidade e performance. Qualquer usuário com demandas não muito específicas será feliz com ele, em especial os gamers de jogos competitivos.

Títulos como Counter Strike: Global Offensive; Valorant; Apex Legends; Rainbow Six Siege; League of Legends rodam com perfeição aqui — seja na quantidade de quadros, como também na apresentação no monitor de 120 Hz. O Dell G3 15 casa perfeitamente com esse padrão: jogos focados na gameplay competitiva, isentos de elementos gráficos de última geração.

Apesar dessa mesma ideia não colar tão bem com o teclado que o compõe, nada impede que o aparelho seja acompanhado por um teclado com maior responsividade, um mouse de qualidade e um headset — especialmente, se forem da Alienware (“braço” da Dell para periféricos gamers), gerenciados pelo mesmo software que coordena a “experiência em jogos” do Dell G3 15.

Ainda assim, jogos de última geração não ficam de fora da equação. A GTX 1650 Ti e o Intel i5-10300H (mesmo com os problemas de resfriamento) são plenamente capazes de rodar jogos mais recentes com pelo menos 60 quadros por segundo. Logicamente, sacrifícios são necessários, mas nada que a tela com alta densidade de pixels não atenue. Em resumo: é um notebook gamer portátil, discreto visualmente e pronto para aguentar as demandas dos próximos anos.

Em termos de usabilidade, fora a autonomia, o conjunto de peso colabora — e muito — numa rotina sem engasgos. Excluindo os inconvenientes gerados pelo calor e eliminando o problema do ruído ao utilizar fones, ele é um computador que atende as necessidades da produção de conteúdo com excelência.

  • Ficha técnica do Dell G3 15 3500-M20P
  • GPU: Nvidia GeForce GTX 1650 Ti 4 GB GDDR6;
  • CPU: Intel Core i5-10300H de quatro núcleos, 8 threads e clock máximo de 4,5 GHz;
  • Memória RAM: 8 GB (2x4 GB) DDR4-2933 (expansível para até 32 GB, sem slot livre);
  • Armazenamento: 512 GB SSD NVMe;
  • Tela: WVA Full HD de 15,6 polegadas, antirreflexo, 250 nits e 120 Hz;
  • Teclado: Membrana retroiluminado em azul padrão ABNT2;
  • Câmera: HD (720p/30 FPS) com microfone embutido.
  • Bateria: 3 células, ~4.000 mAh, 51 Wh;
  • Conectividade: 1x Ethernet Gigabit, 2x USB 2.0 SuperSpeed; USB-C/Mini DisplayPort; 1x HDMI, saída de áudio, Alimentação AC;
  • Conectividade sem fio: Wi-Fi 5, Bluetooth 5.1;
  • Sistema operacional: Windows 10 Pro;
  • Dimensões: 2,16 cm (Altura) x 36,55 cm (Largura) x 25,4 cm (Profundidade);
  • Peso: 2,34 kg

Dell G3 15: vale a pena?

De forma breve, sim — mas não é tão simples. O Dell G3 15 é um belíssimo produto, coerente do começo ao fim da ficha técnica, com corpo sólido, ótima tela e periféricos que atendem as demandas básicas da rotina. Contudo, suas falhas podem incomodar.

Particularmente, o Thermal Throttling não agrada — pelo contrário, assusta e viola diretamente o princípio “gamer” do notebook. A ocorrência do fenômeno em títulos de última geração foi recorrente o bastante para me deixar incomodado e com aquela leve sensação de instabilidade.

Em seções com jogos competitivos, isso foi diferente. Ele foi bastante eficiente nesses cenários, se a emissão de ruídos não for um problema — e, com fones, não é. Munido de teclado e mouse comprados separadamente, a gameplay foi fluida e bem agradável, sem grandes surpresas.

Para a rotina, a mesma coisa: o Dell G3 15 é um bom companheiro para tarefas banais, edição de texto e até arrisco que seria um bom aliado para produção de fotos e vídeos, dependendo da complexidade. O aparelho é um ótimo aliado para o home office e garante a flexibilidade de poder trabalhar fora de casa sem contratempos.

Ainda assim, preciso ressaltar pontos críticos no modelo G315 3500-M20P. O armazenamento, mesmo que rápido e silencioso, é extremamente limitado. 512 GB é um valor irrisório perto do que jogos mais recentes ocupam e, além disso, rapidamente lota com softwares e mídias. Na prática, menos de 3 semanas de uso intenso foi o suficiente para lotar o SSD — isso com um punhado de quatro jogos e softwares de benchmark.

Confrontando o preço, o Dell G3 15 3500-M20P está sendo vendido na loja oficial da Dell por R$ 5.999 e, sob a perspectiva da escassez de hardware e a escalada geral de preços devido à alta do dólar, parece um valor razoável — principalmente ao analisar a harmonia do produto —, mas continua longe da realidade de muitos e gera incertezas no momento da compra.

Agora, vale o investimento? Se você for um jogador casual ou competitivo que precisa de um notebook poderoso e com aparência discreta, sim — mas isso não dispensa pesquisas mais extensas. Ele é um produto sólido e compacto, proporcionando melhorias em usabilidade notáveis.

Do outro lado, se costuma extrair o máximo da sua máquina em jogos pesados, é bom procurar itens para compor a jogatina (base refrigeradora, teclado, mouse, headset) ou outro modelo mais avantajado.