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AMD lança CPUs Ryzen 8040 Hawk Point com grande foco em IA

Por| Editado por Jones Oliveira | 06 de Dezembro de 2023 às 17h00

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Divulgação/AMD
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Seguindo o que apontavam os rumores, a AMD apresentou nesta quarta-feira (6) a família de processadores Ryzen 8040, de codinome Hawk Point. A linha estreia com especificações muito similares aos antecessores Ryzen 7040, incluindo arquiteturas e frequências de operação, mas tem como diferencial o maior foco em Inteligência Artificial e aprimoramentos gerais de software, que assegurariam ganhos de até 40% em tarefas de IA e assustadores 80% em games e outros apps de uso diário.

Avanços de IA na AMD

Antes de detalhar os avanços da família Ryzen 8040, a AMD fez questão de destacar a importância da IA não apenas para seus próprios lançamentos futuros, como para toda a indústria. O Time Vermelho chega a afirmar que enxerga a Inteligência Artificial como uma tecnologia "mais transformadora que o próprio PC ou a internet", citando como exemplo recursos disponíveis hoje que estavam apenas no campo da ficção há alguns anos, como a geração de textos e imagens.

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Dito isso, a companhia reforça a importância de se oferecer uma IA pervasiva (que se espalha e está em todos os lugares) para que as ambições das companhias e dos desenvolvedores possam realmente ser concretizadas. A parte da AMD nesse amplo projeto é o Ryzen AI, que traz aos desktops e notebooks domésticos a potência para executar tarefas complexas de IA.

Seu funcionamento é muito similar ao que foi apresentado pela Intel com a família Meteor Lake, estando dividido em CPU, GPU e NPU (a Unidade de Processamento Neural). A CPU garantiria boa velocidade para tarefas mais simples, com a menor latência (atraso entre o início e o fim do processamento) possível, enquanto a GPU entregaria os melhores resultados em recursos que tiram proveito do seu paralelismo, como aplicação de filtros em imagens e vídeos.

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Por fim, a NPU visa equilibrar consumo e desempenho, assegurando a melhor eficiência entre os três componentes — a AMD afirma que, baseada na microarquitetura XDNA, inspirada nos FPGAs da Xilinx, a solução consegue executar tarefas similares às da GPU consumindo metade da energia, possibilitando que funções avançadas de IA sejam usadas sem estressar tanto a bateria.

A companhia destacou ainda os motivos pelos quais os consumidores deveriam buscar pelo que a indústria está chamando de "AI PC", em vez de apostar em serviços da nuvem, por exemplo. Estão entre eles a performance, já que não seria preciso depender da potência e disponibilidade desses serviços; a segurança, considerando que os dados seriam processados localmente; o custo futuro, por não ser preciso manter uma assinatura; e a eficiência, assegurada pelo baixo consumo da NPU, responsável por possibilitar o uso de IA em qualquer lugar.

Outro destaque é o Ryzen AI Software, plataforma de software que se baseia em modelos de código aberto, destinada a facilitar o trabalho de implementação de recursos de IA e de otimização para a NPU dos processadores Ryzen. Reiterando seu compromisso com a ferramenta, a AMD prometeu disponibilizar tutorias de uso em breve.

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Ryzen 8040 tem ganhos de até 80%

Os Ryzen 8040 Hawk Point para notebooks chegam como uma atualização da linha Ryzen 7040 Phoenix Point, tendo ganhos significativos no processamento de IA. A princípio, a família estreia com um total de nove processadores, liderados pelo Ryzen 9 8945HS, de 8 núcleos e 16 threads rodando a até 5,2 GHz. Todos trazem NPU integrada, com exceção dos mais básicos Ryzen 5 8540U e Ryzen 3 8440U. Para além do novo componente embarcado no chip, o que chama a atenção de verdade é que temos a mesma arquitetura XDNA da geração anterior, mas promessas de saltos de performance significativos.

Sozinha, a NPU ofereceria até 16 TOPS (Trilhões de Operações por Segundo), o que representa 60% mais capacidade que os 10 TOPS dos Ryzen 7040. Na prática, isso garantiria até 40% mais desempenho no processamento de Grandes Modelos de Linguagem (LLMs), como o Llama 2 da Meta (antigo Facebook), e até 40% mais velocidade para visão computacional, responsável pelos efeitos em videochamadas, por exemplo.

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Se compararmos os números com rivais cujas arquiteturas já foram desenhadas para IA há mais tempo, como o ambicioso Snapdragon X Elite da Qualcomm e seus robustos 45 TOPS, os novos Ryzen não parecem tão encorpados. No entanto, o salto de 60% sem mudanças drásticas de arquitetura e engenharia não deixa de impressionar, e é interessante destacar que o time vermelho trabalha em novidades bastante promissoras já para 2024.

No uso comum, relacionado a tarefas profissionais e games, a linha Hawk Point também não decepciona. Novamente, os núcleos Zen 4 e os gráficos integrados RDNA 3 já vistos nos Ryzen 7040 retornam, mas mais otimizados pelas melhorias de software citadas pela AMD. Com isso, donos de máquinas com chips Ryzen 8040 podem esperar por saltos de até 10% em processamento com múltiplos núcleos, até 40% na criação de conteúdo e impressionantes 80% em jogos quando comparados aos rivais da 13ª geração Raptor Lake-H da Intel.

Benchmarks mais detalhados não foram divulgados, mas não falta muito para sabermos mais dos componentes: a AMD revelou que os primeiros notebooks com Ryzen 8040 estreiam no primeiro trimestre de 2024. Com esse prazo em mente, é provável que tudo será esclarecido com a participação da empresa na CES 2024, marcada para a segunda semana de janeiro. Também deveremos conhecer as marcas que apostarão na linha, ainda que seja quase certo que veremos nomes como ASUS, Acer, Dell e Lenovo entre elas.

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Futuro com Ryzen Strix Point

A AMD aproveitou a oportunidade para dar uma amostra do que está preparando para a próxima geração ao revelar novidades da família Ryzen Strix Point. Esperados para comporem a primeira linha de CPUs baseada na aguardada microarquitetura Zen 5, os Strix Point foram confirmados com uma NPU aprimorada, baseada na nova arquitetura XDNA 2. Com ela, o time vermelho promete triplicar o desempenho em funcionalidade de IA generativa, o que pode significar um componente de IA que atingiria os 48 TOPS.

Mais interessante, o uso da XDNA 2 traria aos notebooks "recursos até então vistos apenas na nuvem", ainda que a marca não tenha detalhado exatamente quais seriam eles. Levando em conta que seu lançamento também está previsto para 2024, é bastante provável que tenhamos mais informações da linha Strix Point também durante a CES.