Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Giro da Saúde: batatas com gene humano; terceira dose no BR; existe DNA gay?

Por| 29 de Agosto de 2021 às 08h00

Link copiado!

Giro da Saúde: batatas com gene humano; terceira dose no BR; existe DNA gay?
Giro da Saúde: batatas com gene humano; terceira dose no BR; existe DNA gay?

Já chegamos no finalzinho de agosto, e mais da metade do ano já passou. No entanto, ainda seguimos na luta contra a COVID-19 e descobrindo novas formas de nos proteger: no Brasil, por exemplo, o ministro da saúde já anunciou data para reforço de vacina em grupos prioritários, e lá fora, foram descobertos anticorpos capazes de neutralizar todas as variantes do coronavírus. Para além da COVID, temos novidades em genética, neurociência e endocrinologia. Tudo isso você acompanha agora, e bem rapidinho, aqui no Giro da Saúde!

Terceira dose da vacina da COVID-19 no Brasil já tem data

Boa notícia para idosos e imunossuprimidos! Esses pacientes serão contemplados com a terceira dose da vacina contra COVID-19 a partir do dia 15 de setembro no Brasil. Isso significa que todos aqueles com imunosupressão que já tomaram a segunda dose da vacina há pelo menos 21 dias poderão tomar o reforço. Já em relação aos idosos, é necessário ter entre 70 e 80 anos nessa primeira leva e a segunda dose deve ter sido aplicada há mais de seis meses.

Continua após a publicidade

Segundo o ministro Marcelo Queiroga, a vacina usada para a dose de reforço será a da Pfizer. E a data não foi escolhida por acaso: até o próximo dia 15, é esperado que toda a população acima de 18 anos deva ter tomado pelo menos a primeira dose da vacina contra o coronavírus.

Afinal, existe um "gene gay" no DNA humano?

A homossexualidade poderia ter "justificativa genética"? A ciência não cansa de investigar o assunto e, recentemente, um importante estudo de genômica tentou desvendar o mistério que envolve a possível existência de um "gene gay" no DNA humano.

Continua após a publicidade

Até o momento, as pesquisas internacionais ainda não bateram o martelo quanto a existência de um ou mais genes que determinariam a orientação sexual de uma pessoa mesmo antes de ela nascer. Mas não é porque não foi possível encontrar essas evidências que pesquisas não buscam explicações científicas para o comportamento humano relacionado à sexualidade.

O estudo australiano identificou alguns padrões genéticos que podem estar associados a ser homossexual. No entanto, esses mesmos padrões, quando observados em outros grupos, podem auxiliar as pessoas a encontrarem parceiros de sexo diferente e, consequentemente, a se reproduzirem. A partir de pesquisas anteriores e da nova análise, os cientistas observaram que pessoas que tiveram pelo menos um parceiro do mesmo sexo tendem a compartilhar padrões com pequenas diferenças genéticas espalhadas por todo o genoma. Entretanto, nenhuma dessas variações parecia afetar o comportamento sexual por si só, apoiando pesquisas anteriores que não encontraram nenhum sinal independentemente forte do "gene gay".

É assim que nosso cérebro processa a gordura visceral

Continua após a publicidade

Uma recente pesquisa portuguesa chamou a atenção da comunidade científica na semana passada ao publicar resultados de um estudo que desvenda como o cérebro processa a gordura que envolve nossos órgãos, também chamada de gordura visceral. Para os cientistas, o sistema nervoso e o sistema imunológico colaboravam para controlar a gordura visceral, com base nos sinais de que os dois sistemas se comunicavam para controlar o tecido adiposo ao redor dos pulmões. No entanto, não havia essa comunicação para outros órgãos.

Ao realizar experimentos com camundongos, a equipe de Portugal identificou as regiões cerebrais específicas responsáveis ​​pelo controle da gordura visceral e descobriu um intermediário celular que traduz os sinais neurais e faz a regulagem ativa. Esse intermediário recebe instruções originadas principalmente do hipotálamo. “É como se as células neurais e imunológicas não falassem a mesma língua e esse intermediário servisse de intérprete”, apontaram os pesquisadores. Vale ressaltar que, mesmo com a descoberta do mecanismo, o estudo é preliminar e é necessário que novas pesquisas sejam conduzidas nessa área.

Cientistas inserem gene humano em batatas e o resultado é surpreendente

Continua após a publicidade

O que aconteceria com uma batata caso o genoma dela fosse editado e alterado para abrigar um — apenas um — gene humano? Foi o que uma equipe de pesquisadores norte-americanos fez: em uma espécie de truque genético, eles recortaram um gene humano relacionado à obesidade e à massa gorda e o inseriram nas plantas para tentar aumentar a safra de batatas.

A proteína reguladora de gordura fez com que plantas de batata idênticas produzissem safras 50% maiores. Ao cultivar mais alimentos sem ocupar mais espaço para a agricultura, os cientistas desejam que seu trabalho possa ajudar a combater a fome global — sem aumentar o impacto climático. “Foi realmente uma ideia ousada e bizarra. Para falar a verdade, estávamos esperando alguns efeitos catastróficos”, apontaram os pesquisadores.

Mas o que aconteceu, afinal? Segundo os especialistas, foi um crescimento mantido e regulado por uma grande variedade de genes, sendo que não há sistema genético para mantê-lo sob controle. A boa surpresa foi quando esses efeitos acabaram resultando batatas maiores, em vez de pés de batata mortos ou batatas danificadas.

Estes anticorpos podem neutralizar todas as variantes do coronavírus

Continua após a publicidade

Um dos maiores desafios para entender o comportamento do coronavírus reside no fato de o patógeno ter mutações que levam a variantes — que, por sua vez, se comportam de forma diferente das linhagens anteriores. Afinal de contas, as vacinas que temos hoje servem para neutralizá-las? A variante Delta é mais "forte" que as demais? E a cepa original, ainda infecta pelo mundo? Em meio a tantas perguntas, uma luz acaba de surgir no fim do túnel: um estudo publicado na The New England Journal of Medicine imunizou sobreviventes ao surto de SARS (síndrome respiratória aguda grave) de 2003 com a vacina da Pfizer, levando à descoberta de anticorpos que podem neutralizar todas as variantes conhecidas do SARS-CoV-2.

Os pesquisadores recrutaram oito pessoas que se recuperaram do SARS-CoV-1, responsável pela epidemia de SARS em 2003, bem como 10 pessoas saudáveis ​​e 10 sobreviventes da COVID-19. Eles então compararam a resposta imune dos três grupos antes e depois de serem vacinados com a vacina. Antes da vacinação, os sobreviventes do SARS-CoV-1 tinham anticorpos neutralizantes detectáveis ​​contra o SARS-CoV-1, mas níveis baixos de anticorpos neutralizantes anti-SARS-CoV-2. Mas depois de receber duas doses da vacina, todos exibiram altos níveis de anticorpos, como se fosse uma quimera de proteção.

A descoberta é interessante e animadora, uma vez que, detectados os anticorpos potencialmente neutralizantes de novas variantes, é possível traçar novas estratégias para desenvolver vacinas mais certeiras de próxima geração, que atuem de forma preventiva contra futuras pandemias de coronavírus.

Continua após a publicidade

Mais destaques que podem te interessar: