Review Redmi Note 12 | Agora com 5G e câmeras melhores
Por Felipe Junqueira • Editado por Léo Müller |
O Redmi Note 12 foi anunciado com o novo Snapdragon 4 Gen 1, chip focado em eficiência energética que já tem 5G. Com poucas mudanças para a geração anterior, o celular pode não chamar tanta atenção.
Mas o salto, mesmo pequeno, é notável. O desempenho está mais fluido, a bateria dura mais, e as câmeras tiram fotos melhores. Nem tudo são flores, claro, já que o sistema de som agora é mono.
O Canaltech testou o novo intermediário de baixo custo da Xiaomi. Veja o que eu achei do dispositivo a seguir.
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Design, construção, tela e som
- Dimensões: 165,9 x 76,2 x 8,0 mm
- Peso: 188 gramas
- Tela: AMOLED de 6,67 polegadas
- Resolução: Full HD (1080 x 2400 pixels), 120 Hz;
O Redmi Note 12 não tem nada demais em design e construção. É um celular em barra com câmeras no topo superior esquerdo, dentro de um módulo retangular levemente saltado. Tem traseira e laterais em plástico, e frente protegida por vidro.
O botão de energia, no lado direito, também funciona como sensor de impressão digital. E há um conector P2 no topo, além do USB-C na parte inferior. A tela tem um pequeno furo para a câmera frontal e tem poucas bordas — apesar de a inferior ser um pouco maior que a média da atualidade.
Falando no display, a Xiaomi optou pela tecnologia AMOLED para o painel. É uma boa tela, com imagem nítida, bom contraste e bom nível de brilho. Para um celular intermediário mais em conta, está acima do nível de grande parte dos concorrentes.
O sistema de som não tem nada demais. É mono e apresenta um pouco de distorção, ficando levemente abafado já em volume médio. De fato, o áudio não é um dos melhores pontos deste celular.
Configuração, desempenho e usabilidade
- Sistema operacional: Android 12 sob MIUI 13;
- Plataforma: Snapdragon 4 Gen 1 (6 nm);
- Processador: Octa-core (2x 2,0 GHz Cortex-A78 + 6x 1,8 GHz Cortex-A55);
- GPU: Adreno 619;
- RAM e armazenamento: 4/128 GB, 6/256 GB.
O Redmi Note 12 já traz o novo Snapdragon 4 Gen 1 em seu interior. Trata-se de um chip intermediário com foco em eficiência energética da Qualcomm. A pontuação em benchmarks não impressiona, mas nem por isso a experiência é ruim.
Em resumo, o celular da Xiaomi consegue rodar tarefas mais comuns do dia a dia com tranquilidade. Porém, vai demorar um pouco mais em processos mais exigentes, como edição de vídeos, por exemplo. Não é que ele não seja capaz de fazer essas tarefas, mas vai precisar de mais tempo.
Aliás, eu senti algumas engasgadas leves enquanto jogava Subway Surfers. Algo que não me lembro quando foi a última vez que vi acontecer. E eu testei muitos celulares, de topo de linha a modelos de entrada, nestes últimos seis anos. Asphalt também teve alguns engasgos, mas foram mais suaves.
Eu testei o Redmi Note 12 com a MIUI 13.5 instalada por cima do Android 12. E minha impressão é de há uma quantidade um pouco maior de apps desnecessários instalados no aparelho — mas pode ser porque veio uma versão indiana aqui para o Canaltech.
O modelo que o Canaltech testou não tem NFC, mas traz o sensor infravermelho — que permite controlar TVs, aparelhos de ar condicionado e afins pelo celular.
Câmeras
- Principal: 48 MP, abertura f/1.8;
- Ultrawide: 8 MP, abertura f/2.2;
- Macro: 2 MP, abertura f/2.4;
- Selfies: 13 MP, abertura f/2.5;
- Vídeos: até 1080p a 30 fps.
O Redmi Note 12 conta com um conjunto de três câmeras na traseira. A principal, que tem 48 MP, tira fotos com um excelente nível de texturas, boa faixa dinâmica e cores bem próximas do real. Mas você precisa ativar o HDR automático quase sempre que mexe em qualquer configuração do app.
Na ultrawide, que tem 8 MP, as fotos já perdem consideravelmente as texturas. A faixa dinâmica também reduz um pouco, mesmo com HDR, e as cores já ficam mais “forçadas”. A macro tem boa faixa dinâmica, mas perde em texturas, principalmente por conta da resolução baixa, de 2 MP.
O modo noturno não consegue mudar muito o aspecto das fotos. Você consegue reduzir tremidos, mas não gera ganho em iluminação ou texturas, além da redução de ruídos ser tímida.
A câmera frontal tira selfies razoáveis. Se você gosta de ficar com o rosto mais liso, provavelmente vai gostar da câmera do Redmi Note 12. A faixa dinâmica é bem boa na frontal, com equilíbrio interessante de faixas claras e escuras.
A gravação de vídeo segue a qualidade de imagem das fotos. O grande ponto forte é a estabilização, que eu achei muito boa, especialmente na frontal. A resolução máxima é Full HD, que está de bom tamanho para vídeos de redes sociais.
Bateria e carregamento
- Capacidade de carga: 5.000 mAh;
- Recarga: até 33 W com fio.
O maior ponto forte do Redmi Note 12 é a bateria. Com brilho automático e uso interno, o dispositivo teve queda de apenas 22% na carga durante 6 horas, das quais cerca de 60% do tempo ele ficou com a tela ligada em navegação na internet, vídeos e jogos.
De acordo com o teste do Canaltech, o celular da Xiaomi poderia durar até 27 horas em uso real. Como o nosso teste é bastante exigente, dá para acreditar que ele passa de dois dias sem precisar da tomada, mesmo com usuários que têm tempo de tela alto por dia.
Lembrando que tempo de uso varia dependendo do tipo de apps, força da rede e vários outros fatores. Você pode conseguir extrair um tempo melhor, mas também pode precisar de uma tomada em um tempo menor do que os testes disponíveis na internet.
- Duração estimada: aproximadamente 27,3 horas;
- Recarga: menos de 1,5 hora.
A recarga é feita com um carregador de 33 W de potência. Em meia hora, o aparelho carrega cerca de 40% da carga. O tempo para ir de 0% até 100% é de cerca de uma hora e vinte minutos.
Concorrentes diretos
O único concorrente direto do Redmi Note 12 já lançado em 2023 é o Moto G53. O aparelho da Motorola tem pontuações um pouco inferiores em benchmarks, mas já está disponível oficialmente no Brasil com preço sugerido de R$ 1.900, mas aparece por cerca de R$ 1.600 no varejo.
Mas eu ainda acho mais interessante um Galaxy A53, que é lançamento de 2022, mas está um pouco à frente do celular da Xiaomi em quase todos os aspectos. E pode ser encontrado na casa dos R$ 2.000. Apesar de ser mais caro, é um investimento mais interessante no longo prazo.
Redmi Note 12: vale a pena?
O Redmi Note 12 é um bom salto em comparação a seu antecessor pelo simples fato de ser 5G. De resto, traz pequenos ajustes, como a taxa de atualização aumentada para 120 Hz — era 90 Hz na geração anterior — e desempenho um pouco mais fluido.
A autonomia de bateria também está um pouco melhor, bem como a qualidade das fotografias. A Xiaomi parece finalmente ter acertado a faixa dinâmica — mas você precisa ficar de olho se o HDR não está desativado, pois ele desliga sozinho quando você muda de modo da câmera.
Um passo atrás está no sistema de som, que agora é mono. Mas quem quer curtir um áudio bom no celular costuma usar um bom fone de ouvido, e o Redmi Note 12 tem conector P2.
Você consegue importar o aparelho por cerca de R$ 1.500. E vale mais a pena até mesmo que o Redmi Note 11S, mais barato, mas sem o 5G. No entanto, a demora para chegar e possíveis taxas extras devem ser levadas em conta na hora de fechar a compra.
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