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Review Xiaomi 13 | Bonito e muito empolgante

Por| Editado por Léo Müller | 17 de Março de 2023 às 13h50

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Review Xiaomi 13 | Bonito e muito empolgante
Review Xiaomi 13 | Bonito e muito empolgante

A Xiaomi trava uma disputa interessante com Samsung e Apple no mercado de celulares, mas, sejamos sinceros, ultimamente houve mais derrotas que vitórias. Após alguns modelos recentes pouco empolgantes e caros, no entanto, acredito que o Xiaomi 13 funcione como um respiro na linha, ainda que repita alguns probleminhas das gerações anteriores.

Passei a última semana com o Xiaomi 13, que chegou às lojas globais custando oficialmente salgados € 999 (~ R$ 5.500), e conto nos próximos parágrafos minhas impressões desse celular top de linha. Será que bate as linhas Galaxy S23 e iPhone 14?

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Construção e design

A Xiaomi não costuma se prender em apenas uma identidade visual, tanto que o Xiaomi 13 é completamente diferente do 12. No entanto, o que a marca não larga são as semelhanças com o iPhone, nesse caso o iPhone 14 Pro, que foi a primeira coisa que percebi logo quando o tirei da caixa.

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Não me refiro ao único módulo de câmeras que separa os três sensores do aparelho por linhas, mas a moldura de alumínio levemente arredondada que só não é o iPhone 14 Pro porque não tem o logo da maça atrás. Também não é o aço inoxidável do modelo da Apple, mas ao menos a pegada robusta e elegante estão presentes.

A tampa traseira do celular é de vidro, porém a Xiaomi não destaca nenhum reforço de proteção com Gorilla Glass ou afins, então assumo não haver. Para um modelo premium que custa € 999, é uma baita ausência, até por seus principais rivais já se encontrarem com o teoricamente mais resistente do mercado Gorilla Glass Victus 2.

Ao menos, a marca fez um bom trabalho, apesar de ser o mínimo, ao incluir certificação IP68 para resistência contra submersão em água doce e poeira — a linha principal da Xiaomi nunca recebeu essa classificação, com exceção dos modelos extraordinários Xiaomi Mi 11 Ultra e Xiaomi 12s Ultra.

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Não costumo criticar se um celular acumula marcas de dedos ou não, até por estarmos falando de um corpo de vidro, mas devo destacar que o Xiaomi 13 foi o modelo que mais me irritou nesse sentido. A moldura de alumínio brilhante é um ímã para digitais, e a parte de trás fica extremamente engordurada — pelo menos, há uma capinha de silicone na embalagem.

Tela e som

A tela do Xiaomi 13 é praticamente impecável. É considerada compacta, com suas 6,36 polegadas, extremamente brilhante devido ao pico de brilho de 1.900 nits, e muito agradável aos olhos. O painel OLED oferece cores estonteantes, pretos profundos e contraste infinito. É tão boa quanto a da linha Galaxy S23.

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A resolução Full HD+ não é problema por aqui, ainda mais considerando sua tela pequena. Portanto, não há pixelização, e você não vê indicações de que a resolução é mais baixa. A taxa de atualização de 120 Hz, por sua vez, é boa, embora não seja tão inteligente quanto a do modelo da Samsung, que consegue diminuir a frequência da tela para até 48 Hz em conteúdos estáticos a fim de reduzir o consumo de energia.

Nos meus testes, usando o aplicativo Display FPS para monitorar a tela, o Xiaomi 13 só conseguiu alternar entre 120 Hz e 60 Hz — no software de câmera e no YouTube, notei a taxa de atualização mínima, enquanto redes sociais e a própria MIUI 14 rodaram na velocidade máxima.

O smartphone também é compatível com múltiplos formatos de HDR, incluindo o Dolby Vision, um diferencial em relação ao Galaxy S23 que só tem HDR10+. Além disso, sempre acho interessante que a MIUI traz alguns truques à tela, como um modo anti-oscilação e aprimoramentos de imagem por inteligência artificial (IA).

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O par de alto-falantes do Xiaomi 13 é bom para os padrões mobile, mas não fica entre os melhores que já testei. Tem um volume máximo bem superior ao do Galaxy S23, mas não achei tão definido como no rival. Os graves são um pouco abafados em volumes elevados, enquanto os médios não se destacam.

Configurações e desempenho

O Xiaomi 13 chegou com Snapdragon 8 Gen 2, atualmente o SoC (System-on-a-chip) para Android mais potente do mercado. A versão que analisamos tem 12 GB de RAM LPDDRX5 e 256 GB de armazenamento interno UFS 4.0.

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Os celulares top de linha da Xiaomi sempre impressionam em desempenho e o 13 não foi exceção. O aparelho é tão rápido que fez até a mal otimizada MIUI parecer Android “puro”. Nada ameaçou engasgar ou travar, nem mesmo o pesado Genshin Impact.

O Snapdragon 8 Gen 2, agora sob produção da TSMC no processo de 4 nanômetros (nm), está muito mais eficiente em relação à geração anterior, que era produzida pela Samsung. E não é exagero dizer que a diferença é visível no dia a dia.

Interessante notar que o Xiaomi 13 não chegou a esquentar tanto quanto o Galaxy S23 em tarefas mais pesadas, então presumo que ele faz um melhor trabalho de dissipação de calor. O que também pode explicar essa diferença é o leve aumento nas frequências na versão modificada do Snapdragon 8 Gen 2, exclusiva da Samsung.

Usabilidade

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Nunca fui muito fã da MIUI por achá-la poluída demais para meu gosto, mas sempre elogiei as possibilidades de personalização que ela oferece. Na atual MIUI 14, me pareceu que a Xiaomi poliu um pouco a interface e limpou algumas áreas entulhadas de botões e textos, e o resultado foi interessante.

Talvez seja resultado das ótimas configurações do Xiaomi 13, mas senti a MIUI 14 extremamente mais leve do que pesada MIUI 13. Como prometido, há bem menos bloatwares (aplicativos e ferramentas inúteis), e alguns restantes podem ser desinstalados ou desativados facilmente.

Consequentemente, a interface também está mais fluida, cerca de 88% mais veloz segundo os números da Xiaomi, além de ocupar menos espaço no armazenamento interno do aparelho. Quanto ao visual, se manteve muito inspirado no iOS dos iPhones, mas com alguns toques característicos da MIUI.

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No entanto, uma coisa que não me agrada é a central de notificações e o painel de controle terem acessos diferentes — é o mesmo gesto de deslizar para abaixo a partir de qualquer tela, mas em diferentes lugares. É confuso e nada intuitivo, igual no iOS.

Câmeras

Eu gostei bastante do conjunto fotográfico do Xiaomi 13, embora tenha achado mais divertido que agradável. Não que seja ruim, mas achei inferior em relação a modelos como Galaxy S23 e iPhone 14.

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São três câmeras traseiras: principal de 50 MP, ultrawide de 12 MP e telefoto de 10 MP — esta última, curiosamente, é a mesma câmera presente na família Galaxy S23. Para selfies, há um sensor de 32 MP, o mesmo do poderoso Xiaomi 12S Ultra.

O conjunto de câmera foi desenvolvido em parceria com a Leica, mas não houve nada de muito especial na colaboração além de dois novos filtros: autêntico e vibrante. As definições dos modos são literais: a primeira traz um visual mais natural às fotografias, enquanto a segunda as deixa com um aspecto mais vivo.

Quanto à qualidade, não tenho muito do que reclamar. O pós-processamento da Xiaomi continua agressivo nos três sensores, podendo soar um pouco artificial ao meu gosto, mas, no geral, consegui boas fotos para postar nas redes sociais sem precisar de edição.

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A câmera ultrawide é uma boa surpresa no conjunto do smartphone, apresentando resultados bem semelhantes aos da câmera principal ao nível de cores. Ela peca somente em ambientes menos favorecidos de iluminação, apresentando bastante ruído principalmente nos cantos.

A câmera telefoto é uma novidade agradável, garantindo fotos com zoom óptico de 3,2x muito boas. Em boas condições de luz, quase não apresentam ruídos e possuem alto nível de detalhes.

Uma coisa que não me agradou no aparelho da Xiaomi foram as fotos tiradas de mim mesmo no modo retrato. Em todos os casos, o pós-processamento esbranquiçou minha pele, algo que me deixou bem artificial. Esse efeito, inclusive, vem sendo posto de lado por marcas como Samsung e Google, que trabalham em deixar peles mais escuras cada vez mais naturais.

A Xiaomi pode não ser referência em fotografia como os iPhones e Galaxy S da vida, mas seus celulares top de linha normalmente têm os recursos de software mais divertidos. O aplicativo de câmera do Xiaomi 13 é cheio de funcionalidades que você provavelmente nunca imaginou querer usar até experimentar.

Há muitos modos de retrato no smartphone além da intensidade do desfoque de fundo, efeitos de filme em foto, modo profissional em fotografias e gravações, uma funcionalidade de IA muito legal que clona pessoas em uma única imagem, e até a possibilidade de fotografar a lua. Os recursos extras foram o que me fizeram gostar mais do aparelho.

Quanto à gravação de vídeo, o Xiaomi 13 grava em até 8K@24fps, menor do que a capacidade máxima suportada pelo chipset Snapdragon 8 Gen 2, que atinge 8K@30fps. Ele também grava em 4K@60fps com OIS na câmera principal, HDR, Dolby Vision 10-bit.

Bateria e carregamento

O Xiaomi 13 tem uma bateria de 4.500 mAh, o que considero uma boa quantidade para uma tela de cerca de 6,3 polegadas. Combinado à ótima eficiência do Snapdragon 8 Gen 2, obtive resultados bem interessantes para a categoria premium.

Mudamos o nosso padrão de testes para refletir um cenário bem próximo da realidade, realizando diversas tarefas cotidianas como jogos, redes sociais e mensageiros instantâneos, além de reprodução de vídeos no YouTube. Após os testes, com cerca de três horas e 45 minutos de tela ligada no modo automático, o aparelho consumiu 35% de bateria.

Dessa forma, estimamos que o Xiaomi 13 consiga uma autonomia total de uso de tela ligada de 10,5 horas, o que considero excelente. Tranquilamente, esse resultado se reflete em mais de um dia de uso prático. Em média, usamos nossos celulares com a tela ligada por algo entre 4 e 5 horas por dia.

Quanto ao carregamento, o celular da Xiaomi é um exemplo: suporta carregamento com fio de até 67 W, sem fio de até 50 W, e reverso (igual ao PowerShare da Samsung) a até 10 W. Dá um banho em relação às capacidades do Galaxy S23.

Concorrentes diretos

O concorrente direto do Xiaomi 13 é o Galaxy S23. Ambos são celulares top de linha recentes com Snapdragon 8 Gen 2 e tudo o que há de mais avançado no segmento premium. Nos meus testes, notei que o aparelho da Samsung tem câmeras mais competentes, embora perca na quantidade de recursos.

Desempenho, qualidade de tela, autonomia de bateria, construção e sistema são equivalentes nos dois modelos. O que pesa negativamente para o celular da Xiaomi é o preço, já que a versão mais básica chegou à Europa por € 999 (~ R$ 5.500) contra € 679 (~ R$ 3.750) do modelo da Samsung. Lembrando que somente o S23 é vendido no Brasil oficialmente.

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Se estiver procurando uma alternativa da Apple, o iPhone 14 é a melhor opção. Também é menos caro que o Xiaomi 13, além de ser vendido no Brasil oficialmente.

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Vale a pena importar o Xiaomi 13?

O Xiaomi 13 me animou bastante com suas câmeras divertidas, com o desempenho magnífico e até com a MIUI 14, agora bem mais agradável visualmente. Mas é muito difícil recomendar o celular da Xiaomi para quem mora no Brasil, tendo Samsung e Apple com aparelhos igualmente competentes e com garantia nacional.

A verdade é que sinto saudades da época quando a Xiaomi se destacava — e botava a Apple no bolso — pelos smartphones competitivos a preços mais baixos, pois fazia certo sentido arriscar importar um celular top de linha da chinesa sem garantia se, ao menos, pagássemos menos.

E pode esquecer se, futuramente, a Xiaomi trouxer o 13 ao Brasil. O preço deve chegar perto dos R$ 10.000, considerando que a versão 12 desembarcou por aqui por R$ 9.499.

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