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O que é alcance dinâmico ou faixa dinâmica em fotografia?

Por| Editado por Léo Müller | 03 de Fevereiro de 2023 às 16h14

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Ivo Meneghel Jr/Canaltech
Ivo Meneghel Jr/Canaltech

Você já deve ter lido em alguma análise de câmera de celular aqui no Canaltech que o alcance dinâmico é bom ou ruim, certo? Ou, mais provavelmente, que a faixa dinâmica é baixa, e que, por isso, o dispositivo não entrega boas fotos, especialmente em ambientes com muita luz.

Mas o que é esse alcance dinâmico, às vezes chamado de faixa dinâmica? Bom, para começo de conversa, o nome mais indicado é o segundo, conhecido por fotógrafos há muito tempo. A primeira forma é uma tradução mais direta de “dynamic range”, o nome em inglês.

Entenda a seguir o que é e o motivo de uma câmera com este alcance baixo ser considerada ruim.

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Distância entre áreas mais claras e mais escuras

Em termos simples, a faixa dinâmica é uma relação entre o ponto mais claro e o ponto mais escuro de uma imagem. Uma câmera tem um bom alcance dinâmico quando consegue captar mais nuances entre esses dois pontos, ou seja, mais tonalidades dentro e entre o claro e o escuro.

Ou seja, quanto mais tonalidades de cores claras e escuras você tem, maior é a faixa dinâmica de uma imagem. Isso é importante na fotografia porque os sensores de câmeras, especialmente as digitais, têm dificuldade de 'enxergar' tantos detalhes quanto o olho humano.

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Quando você olha para o céu, por exemplo, ele não tem uma única tonalidade de azul. E certamente não é todo branco, mesmo em dias mais nublados. Mas é comum vê-lo quase chapado em fotografias, especialmente de celulares de baixo custo.

O mesmo vale para áreas escuras. Mesmo em uma floresta em dia ensolarado, não há sombras completamente pretas, certo? Mas é comum que uma foto seja bastante fiel às áreas onde há luz, enquanto as partes com sombra ficam escuras e sem detalhes.

Nem sempre isso é um erro de exposição. Pode ser um problema da faixa dinâmica da câmera, que é menor do que a do objeto fotografado.

Os dois tipos de faixa dinâmica

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Você deve ter notado que eu mencionei um alcance dinâmico da câmera e também do objeto fotografado. São os dois tipos de faixa dinâmica, e o primeiro é o mais importante em uma análise de câmera, mas o segundo também deve ser considerado.

No geral, os celulares atuais têm um alcance dinâmico suficientemente bom para captar detalhes escuros e mais claros em ambientes internos, onde o contraste do objeto não é tão alto. Mas o mesmo não se aplica a ambientes externos, especialmente em dia ensolarado.

E isso é uma questão técnica. A lente do celular não tem a mesma capacidade de enxergar luz como o olho humano, e aí fica mais difícil captar todas as nuances das áreas sombreadas sem estourar o céu ou vice-versa. Neste caso, o alcance dinâmico do objeto é mais amplo que o da câmera.

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E é aí que entra o recurso chamado HDR. Então vamos falar sobre ele a seguir.

A importância do HDR

O HDR é um recurso das câmeras digitais que junta várias capturas em uma só. Com isso, ele é capaz de aumentar os detalhes nas faixas mais claras e mais escuras em vez de manter apenas um borrão branco ou preto nestas áreas da imagem.

Assim, uma câmera pode chegar a uma faixa dinâmica máxima maior do que tecnicamente seria capaz normalmente. Quando bem aplicado, o recurso pode até salvar uma foto que, sem ele, ficaria estourada.

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Mas não é ideal deixar o HDR sempre ativado. O ideal é deixar no automático, para que seja usado somente quando o software sentir que vai ajudar de fato. E, no caso de sua ideia ser registrar bem os contrastes de luz, e não necessariamente cada detalhe, é possível desativar por completo.