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Review Poco F5 | Repetindo a fórmula de sucesso

Por| Editado por Léo Müller | 06 de Junho de 2023 às 16h01

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Review Poco F5 | Repetindo a fórmula de sucesso
Review Poco F5 | Repetindo a fórmula de sucesso

Num mercado tão voraz como o de celulares, ser lembrado por algo além do lançamento “Ultra Pro Plus” não é nada fácil. Deve ser mais difícil ainda ser reconhecido pelo custo-benefício, mas a Poco tem conseguido esse feito com a linha F. Cinco gerações depois, o Poco F5 tem a dura missão de manter o reinado da chinesa nesse segmento.

Para isso, o novo smartphone da Poco que chega ao mercado global vem com configurações robustas, lideradas pelo poderoso Snapdragon 7+ Gen 2, tela AMOLED com Dolby Vision, carregamento rápido de 67 W e um preço que gira em torno de R$ 2.000 na gringa.

Vale a pena importá-lo? Eu testei o Poco F5 por alguns dias e conto minhas impressões sobre ele nos próximos parágrafos. E, claro, se você se interessar por ele ao final desta análise, haverá links de compra confiáveis tanto do AliExpress como daqui do Brasil.

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Design é lindo, mas depende da cor

A Poco não é muito apegada à identidade visual da linha F, basicamente projetando seus modelos conforme “o andar da carruagem”. Ou seja, como a moda agora é não trazer módulos fotográficos, o Poco F5 vem com suas câmeras integradas à tampa traseira, um design nada inovador, porém bonito.

O smartphone até se diferencia da concorrência incorporando um efeito gradiente à tampa traseira de plástico — o qual, certamente, apresenta um visual diferente quando uma fonte de luz cai sobre ele —, mas achei demais. Pessoalmente, prefiro algo mais discreto, portanto recomendaria o celular nas cores preta ou azul.

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Um aspecto que me agradou muito no Poco F5 foi o seu formato mais quadradão, pois me lembrou o Motorola Edge 20 e os Galaxy Note mais antigos. No uso com uma mão, ele não tem uma pegada muito ergonômica, mas ele é bastante fino para os padrões atuais (7,9 mm), o que, esteticamente, o favorece.

Uma surpresa nesse dispositivo é a presença do conector de 3,5 mm para fones de ouvido (P2), algo que certamente me agradou por me permitir utilizar o Kuba Disco 2 sem acessórios extras. Além disso, como todo celular intermediário de Poco/Redmi/Xiaomi, temos um sensor infravermelho, que serve para controlar televisores e outros aparelhos compatíveis com aparelho.

Tela AMOLED de qualidade

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Assim como todos os Poco F desde o F2 Pro, de 2020, o Poco F5 tem uma ótima tela AMOLED. São 6,67 polegadas com resolução Full HD e taxa de atualização de 120 Hz, que consegue deixar a pesada MIUI 14 um pouco mais leve.

O painel do smartphone tem uma cobertura de cores muito ampla, cobrindo 100% do espectro DCI-P3 e resultando numa exibição de cores muito mais intensa. Essa cobertura ainda permite ao usuário realizar diversas alterações manuais no esquema de cores da tela — isso se você manjar um pouco de calibração. Mas as opções padrão do sistema já dão conta do recado para a maioria das pessoas.

Para quem consome muitos conteúdos de streaming, como Netflix, Disney+ e Apple TV+, o Poco F5 oferece suporte a Dolby Vsion e HDR10+. São características premium presentes em aparelhos como iPhone 14 Pro, porém pouco comuns em modelos intermediários, então ponto para o F5.

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Outro diferencial do celular são as bordas extremamente finas, deixando modelos como Galaxy A54 no chinelo. Segundo a própria Poco, são cerca de 93,4% de aproveitamento da área frontal, o que, mesmo não conseguindo confirmar, visualmente parece verídico.

Para ficar perfeito, só se a tela tivesse um brilho máximo acima de 1000 nits, embora entenda que faz sentido deixar a intensidade de brilho superior para o Poco F5 Pro.

Som competente, mas nada de mais

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O sistema de som do Poco F5 é duplo, com cada alto-falante em cada extremidade do aparelho. Isso é bom porque o áudio sai mais uniformemente em relação à saída de som localizada no mesmo lugar que você escuta as chamadas de áudio. No entanto, isso não significa que a qualidade é ótima.

É apenas ok. Os graves não são tão definidos quanto gostaria, talvez por conta da fina espessura do aparelho — afinal, o som precisa de espaço para circular. Mas dá para curtir uma música eventualmente sem que esteja no volume máximo, pois embola tudo. Podcasts e streaming de vídeo, porém, funcionam bem por aqui.

Configurações e desempenho

Talvez a estrela do Poco F5 seja o processador Snapdragon 7 Plus Gen 2, um modelo da Qualcomm que, infeliz e curiosamente, ainda não está presente em muitos smartphones no mundo — segundo o site Kimovil, ele é equipado apenas em 3 aparelhos, sendo um da Xiaomi, um da Realme e o Poco F5.

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Embora não seja tão conhecido no mercado, o Snapdragon 7+ Gen 2 tem desempenho configurações muito similares ao Snapdragon 8 Gen 1, chipset premium que equipou grande parte dos smartphones premium de 2022, inclusive toda a linha Galaxy S22, Xiaomi 12 e Poco F4 GT. Ou seja, potência foi tudo o que não faltou por aqui.

Aliado a 8 GB de memória RAM e 256 GB de armazenamento interno, o Poco F5 voou durante os testes. Começando pelos testes sintéticos do AnTuTu 10, nos quais, surpreendentemente, ele performou melhor que o seu irmão F5 Pro, que utiliza o Snapdragon 8+ Gen 1. As pontuações não fizeram muito sentido, pois estamos falando deu um processador da linha 8 contra um da 7.

Na internet, no entanto, encontrei muitos comparativos indicando que, sim, ambos possuem resultados muito próximos, com uma ligeira superioridade do Poco F5 Pro por trazer um chipset mais potente, condizendo com sua categoria.

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Fato é que o Poco F5 deixa modelos como Galaxy A54, Galaxy S21 FE, Edge 40 e Xiaomi 13 Lite para trás. A experiência em jogos é extremamente estável, sempre entregando o máximo de quadros permitidos sem pestanejar. Aplicativos de redes sociais, por sua vez, não tendem a reiniciar frequentemente, algo ótimo para um intermediário — se é que podemos chamá-lo assim.

Sistema e interface

A interface do Poco F5 é a MIUI 14, baseada no Android 13. Essencialmente, é a mesma presente no Xiaomi 13 e Redmi Note 12, só que trazendo algumas modificações da Poco, como o pacote de ícones e alguns aplicativos.

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Por ser a nova versão da MIUI, senti que ela continua tão fluida quanto a modificação padrão da Xiaomi, o que é ótimo, além de trazer detalhes que me desagradam, como a central de notificações separada do painel rápido e os muitos bloatwares (apps inúteis) para desinstalar.

Câmeras

Assim como acontece com o Poco F5 Pro, as câmeras do F5 são o ponto mais baixo do aparelho. Mas fotografia nunca foi o foco da Poco, portanto dá para entender onde a marca prefere economizar para diminuir o custo de produção e, consequentemente, o preço final.

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A câmera principal de 64 MP é o carro-chefe. Em boas condições de luz, as imagens são ótimas para redes sociais, pois o pós-processamento dá um ganho na saturação — ou seja, cores mais fortes são muito evidenciadas por aqui. No entanto, o smartphone equilibra com um HDR amplo e nitidez controlada.

Também gostei do modo retrato do Poco F5, com algumas ressalvas. As cores do objeto principal e o efeito de profundidade são muito agradáveis, mas em muitos cliques o software de câmera deixou o céu completamente estourado. Faltou consistência, apenas.

A câmera ultrawide de 8 MP é consideravelmente mais simples, mas até que manda bem com iluminação adequada. Não percebi uma diferença muito grande nas cores em relação à principal, mas perde no quesito definição e alcance dinâmico.

Em vídeos, o Poco F5 grava a, no máximo, 4K@30fps com uma qualidade muito boa, como é possível observar no vídeo abaixo. As cores são ótimas, e a estabilização é bem interessante. Na frontal, o limite é 1080p@30fps, já esperado dos smartphones de Xiaomi, Poco e Redmi. No entanto, o pior é que o celular não lida bem o balanço de branco, estourando o céu em quase todos os registros.

Bateria e carregamento

Com 5.000 mAh, a bateria do Poco F5 se destacou nos nossos testes. Executando aplicativos de redes sociais, jogos, mensageiros instantâneos e web por, aproximadamente, seis horas, o smartphone consumiu 25%, sendo cerca de 5 horas de tela ligada no modo automático.

Comparado com o seu irmão, o F5 Pro com Snapdragon 8+ Gen 1, o F5 teve cerca de 4% a menos de consumo de energia. Ele também se saiu ligeiramente melhor que o Galaxy A54, que gastou 29% no mesmo cenário.

Com relação ao carregamento, o Poco F5 manda muito bem suportando 67 W de potência por fio. Infelizmente, ele não é compatível com carregamento sem fio nem reverso, o que faz sentido considerando a sua proposta.

Concorrentes diretos

Categorizar o Poco F5 é complicado porque ou você compra mais barato em sites de importação, como AliExpress, ou adquire diretamente no Brasil com revendedores, que adquirem o aparelho lá fora para revender mais caro.

Na primeira opção, mais arriscada, o Poco F5 compete com o Galaxy A54, pois fica na casa dos R$ 2.000. Na melhor das hipóteses, sem taxas ou multa, ele é uma opção mais interessante no geral mesmo com as câmeras piores. No entanto, se você não quiser arriscar ser taxado em 60% do produto, o A54 é uma excelente opção nessa categoria.

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Agora, na segunda opção, o celular da Poco deixa de fazer sentido, pois chega perto dos R$ 3.000 do Galaxy S22, melhor opção nesta faixa de preço. Talvez, para ser um pouco mais vantajoso de adquiri-lo no Brasil, só custando entre R$ 2.300 e R$ 2.500.

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Vale a pena comprar o Poco F5?

O Poco F5 é um smartphone intermediário premium excelente com um custo-benefício melhor ainda. Seus pontos mais baixos estão no departamento fotográfico, os quais passam batido se você não se importar muito com fotografia.

No geral, é um celular com design, tela, configurações, bateria e tecnologias acima da média para o preço cobrado. No entanto, seu único problema é o fato de ser vendido no Brasil por R$ 3.000, faixa de preço que já possui aparelhos como Galaxy S22 e muito acima do cobrado em sites como AliExpress, onde ele normalmente aparece por menos de R$ 2.000.

Ou seja, no final, ele só vale a pena se você tiver coragem de importá-lo, mas aí você vai precisa considerar fatores como uma possível taxação de 60% do valor do produto mais multa, além de não possuir garantia nacional.

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